Mario Quintana fim e Começo
Tudo vai ser silêncio
Tudo vai ser silêncio
E eu não consegui te encontrar.
Jaz um amor que não teve começo
não teve meio
não teve fim
teve apenas uma longa espera
que findou-se no silêncio de mim.
19/01/14
Diário de Expedição
Equipe 3 PASSOS
Explorador: Felipe
Região: Sul
Nome da Região: Terra Efêmera
Dia: 1
Nível de Perigo: 4/5
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Registro nº 001
Após dias atravessando biomas diversos e enfrentando criaturas hostis, deparei-me com uma região até então desconhecida e absolutamente singular. À distância, percebi uma terra que parecia mudar de cor a cada olhar. As tonalidades vibravam e se transformavam de forma constante, provocando tontura e desorientação. Mesmo assim, mantive meu curso em sua direção.
Ao me aproximar, observei a presença de animais nas redondezas. Alguns se afastavam com visível receio, enquanto outros permaneciam imóveis, fitando o interior da área. Notei que, ao tentarem adentrar a região, começavam a tossir, apresentavam sinais de enfermidade e logo recuavam assustados. A atmosfera era estranha, quase hostil.
Sentei-me sobre a grama ainda verde e, enquanto registrava minhas observações, percebi que meu nariz começara a escorrer e que espirrava com frequência. Suspeito de um início de gripe leve. Mais preocupante, porém, foi notar que a terra colorida parecia estar se expandindo, como uma infecção. A grama ao meu redor, antes saudável, agora exibia manchas marrons.
Realizei um teste simples: posicionei uma pedra longa sobre o solo anômalo. Após alguns minutos, ao recolhê-la, notei que apresentava rachaduras e se partia com facilidade. Este solo parece possuir propriedades que adoecem seres vivos e fragilizam matéria inanimada.
Em conformidade com os princípios da Equipe 3 PASSOS, preparei-me para entrar na região. Antes disso, escondi meus equipamentos fora da área para evitar furtos. Nomeei este território de Terra Efêmera — um local onde tudo parece se desintegrar ou desaparecer, mas ainda preserva algum tipo de “vida”.
Adentrei a Terra Efêmera levando apenas meu caderno de campo. Ao pisar no solo, a tosse e os espirros se intensificaram. O clima revelou-se tão peculiar quanto o solo: o céu apresentava formações espirais e as nuvens giravam lentamente. O ar era seco, mas alternava entre zonas de frio e calor de maneira aleatória.
Ao avançar pela área, avistei a primeira forma de flora local: uma árvore com tronco oco no centro e folhas manchadas de marrom. Tentei extrair uma amostra do tronco, mas sua rigidez surpreendeu — era como se camuflasse sua verdadeira natureza. Mesmo após vários golpes, não consegui quebrar um fragmento.
Continuei meu caminho. A paisagem tornou-se mais densa, com o surgimento de outras árvores semelhantes, mas ainda sem sinais de vida animal. Após longa observação, encontrei uma nova espécie vegetal: uma flor que lembrava uma margarida, mas parecia fundida com um fungo do tipo Dama Velada, formando um “vestido” com as pétalas.
Pude concluir que esta terra abriga um ecossistema autônomo, possivelmente tóxico, que misturas estruturas vegetais e fúngicas para originar espécies únicas. Ao lado dessa flor híbrida, localizei um curso d’água. Aparentemente limpa, a água era transparente, porém possuía uma coloração escura sutil, quase imperceptível.
Observações Finais do Dia 1:
A Terra Efêmera possui propriedades mutáveis e potencialmente infecciosas.
Espécies animais evitam contato direto com a região.
Plantas e fungos parecem fundidos, formando novas espécies.
O solo compromete tanto organismos vivos quanto matéria inerte.
O clima é instável, com anomalias térmicas e visuais.
A expansão da terra contaminada sugere comportamento viral.
Ação seguinte: estabelecer acampamento seguro fora da zona afetada e planejar retorno com equipamentos de análise.
Status de saúde: sintomas gripais leves.
Equipamentos: deixados em segurança fora da área.
Caderno de bordo: mantido comigo durante toda a exploração.
Um simples ponto.
Pequeno, quase imperceptível,
mas com a força de quem encerra.
Encerrar não é apagar;
é colocar o ponto exato onde a frase cumpriu seu papel.
E talvez, por isso mesmo, o fim de uma fase nunca seja apenas um fim.
É a pausa antes da próxima linha.
Hoje, concluo o parágrafo chamado "ensino médio".
Guardo entre suas linhas três anos que me transformaram.
Neles, fui vírgula, reticência, até mesmo travessão.
Mudei de tom, troquei de pele, aprendi a silenciar e a falar.
Conheci gente que virou parte do meu vocabulário afetivo,
professores que riscaram certezas e reescreveram caminhos.
Sou grata.
Pelas mudanças que me incomodaram,
mas me prepararam.
Pelas frases difíceis que quase não consegui terminar,
mas terminei.
Pelos capítulos que doeram e, mesmo assim, me ensinaram
a não desistir da história.
Agora, com o coração calmo e os olhos acesos,
inicio o parágrafo seguinte.
Título provisório: faculdade.
E quem sabe onde essa nova narrativa me leve?
Mas se há algo que aprendi com os pontos finais,
é que o adeus nunca é ausência,
é memória que permanece entre as páginas.
E essa parte de mim que agora se despede
ficará para sempre guardada.
Com saudade, com ternura,
e com um ponto final que não apaga,
mas ilumina
o que vem depois.
Dez - 2021
No começo de um relacionamento, tudo é emocionante e novo, parece que nada pode nos magoar. E gradualmente você percebe que, na verdade, qualquer coisa pode te magoar.
Todos os dias caminhamos para o começo do fim ou talvez para o final de tantos começos, por isso, faz-se necessário pisar em lugares e não em pessoas, dar passos leves , mas não incertos, cuidadosos, porém, firmes.
Toda história tem um começo, um meio e um fim. Não espere o fim para querer o começo, assim, vc nunca vai viver, o meio. Aproveite ao máximo tudo aquilo que te faz sorrir, diga que ama sempre que puder, não economize no gostar e no querer, amanhã é outro dia, mas nem sempre o outro dia vai ser bom. Mantenha por perto quem te quer bem, cuida, aproveita, exalte, a forma mais linda de se amar é admirando o outro.
Começo e fim
Alfa e ômega, que percorre de norte a sul, leste a oeste, que move as poeiras do oriente a ocidente, Oiapoque ao Chuí do Brasil, nesse coração há um filho, uma gota do teu sangue, que jorra clamor, pela fé, por saber que a dimensão incalculável e infinita é medida com a palma da mão, a este um reles mortal, que subtende ser oriundo da tua semelhança, tal foi a criação, então oh senhor, oh pai, oh altíssimo, grandioso, tal mistério pertencente aos que temem, encontre sinceridade, sim, apesar de, tal como confesso minhas fraquezas e falhas, medos e impotências, dificuldades, é da tua presença, do teu Santo Espírito que clamo, chamo, peço, suplico e invoco, pois não admito viver perante uma paisagem bela e não poder enxergar, com sede severa e não poder beber da tua água, não me negue senhor teu Espírito, creio que a vida e a morte é da alçada dos teus mistérios, chamo e pleiteio vida no senhor, porém se este pequeno não for capaz, entrego a ser ceifado, pois nego a miséria, a escassez, o nada perante o tudo de ti, oh pai, recebe minha palavra, creio na tua misericórdia, recebo, profetizo teu nome glorificado através da minha vida, amém...
Giovane Silva Santos
Tudo começa ao sonhar, que evolui-se para a vontade, aperfeiçoa-se afã e, no fim, o sentimento de realização que vos preenche.
O amor...
Dá sentido à vida;
Faz o coração pulsar;
Une as pessoas em uma mesma sintonia;
Permite começos e recomeços.
Somos feitos de carne e amor. Já imaginou como seria se assim não fosse?
Amor que chega e fica, amor que chega e vai. Amor de uma noite, amor de uma vida... Não importa!
O que importa é não desistirmos do amor. Afinal de contas, desistir do amor é desistir de nós mesmos, pois, fomos feitos por causa do amor e não o amor por causa de nós.
Às vezes é bom voltar do começo e recomeçar o começo que sempre foi bom. Ele ainda permanece em mim como algo inesquecivelmente novo.
