Marginal

Cerca de 254 frases e pensamentos: Marginal

Assim bem eu quis,
Agradar gregos e goianos,
Com ideais ascéticos, arsênicos, românticos,
Um certo lirismo de raiz.

Após ter atingido,
Meu ilícito objetivo
Agora viro o disco,
Correndo o risco,
Por um triz:
De ser entendido
Visto e sentido,
Como indigno,
Um estoico aprendiz.

Inserida por VandalismoPoetico

Nada mais parecido com um conservador
Do que um ato revolucionário.
Para métricas quantitativas,
Poema didático, texto prosaico.
Deus não dá asas a cobras,
Mas elas sempre conseguem obtê-las,
Todos com as mãos sujas, cada um com sua sujeira.
A alma move meu corpo pela cidade dos anjos caídos,
O êxtase para quem não sabe,
É só um vácuo preenchido.

Inserida por VandalismoPoetico

Agudo


agudos são os versos
aguda é a dor
agudo é o medo
agudo é o temor das pessoas
agudo é tudo!
Tudo por aqui é agudo.
A violência é aguda e nada incipiente.
As pessoas são agudas
as ações tendem a ser agudas também.
A cachaça é aguda, proporcionalmente à frustração de muitos por aqui
e por isso tantos bebem, desde muito cedo bebem e se viciam
e viciados, não conseguem mais se safar, padecem a míngua
desmerecidos e desacreditados por terem fraquejado
por terem se deixado levar pela vida difícil desse lugar.
E tinham outra opção? Talvez tivessem
se aguda fosse a educação das escolas daqui!
Mas, não! Não é.
Agudo é o tráfico que compraz os jovens
Agudas são as drogas que por aqui matam muito
não só mata jovens, mata famílias, mata a comunidade
mata o bairro, mata a cidade.
Agudo é o crime organizado que se organiza do jeito que dá
a revelia do poder público, sucateado pela máquina corrupta instalada.
Aguda é a ingerência do Estado
que tudo vê e nada faz.
Aguda é a tristeza que se vê aqui, mais aguda que em outros lugares.
Agudas são as reações que se seguem nesse contexto de caos
Agudas feito a ponta de uma lança ferindo corpos
matando gente, dia após dia.

Inserida por JotaW

Dois segundos

Blá, blá, blá...Blá, blá, blá!
Respiro fundo e pronto:
Dois segundos são suficientes.
O ar invade afoito minhas narinas
os pulmões se inflam
o tórax se expande
o cérebro oxigena-se.
Enquanto vaga a mente
tentando racionalmente pensar
das amarras desprendem-se as ideias
voam longe os pensamentos
dois segundos se seguem
e nada me vem.
Só a poesia.
Não que minha poesia não seja racional
é que por estar sempre à margem
me tornei marginal
marginalizei minhas ideias
marginalizei a teoria
teorizei a marginalidade
(des)marginalizei-me e à minha poesia.
É contingente pensar o mundo de tal ponto de vista
é-me conveniente fazê-lo deste modo.
Vagarosa perambula a mente
enquanto vaga pelo mundo
lucubra
arbitrária, dissimula
e agora, também mente.

Inserida por JotaW

Revolto

Homem Fardado
Olho O Enquadro
Mantenha se Sempre
Preparado Para ver a
Cara Do Otário
Que Me Chama De Preto Abusado
To Sempre Revoltado
Sangue No Olho
Revoltado Pela Causa
Do Meu Povo
Covardia Até O Fim
A Porrada Que Bate Na
Cara Não dói No Playboy
Burguês Só dói Em Mim
Não Confio Na Proteção
Vindo De Camburão
Vai Pintando Esse quadro
O quadro do filme Da sua Vida
O quadro De Vidas
Da maioria Esquecida.

Inserida por Verthonsantos

Quando estamos perdidos sempre vamos buscar o errado mas o pior de tudo isto é o risco inevitável que corremos de reconhecermos que o errado é e sempre será o exato, o apropriado e o mais certo para nós.

Inserida por RicardoBarradas

Máquina de moer jovens e afins#11;#11;


Tá! Eu me deixei levar. Mas o assédio era grande demais!#11;
Aqui na periferia é tudo meio assim, páh!
#11;Tá ligado? Difícil de segurar.#11;
E sem perceber, Tum! Seu mundo cai.
#11;Feito o mundo de tantos outros por aqui.#11;

Aqui na quebrada é foda, ninguém goza dos direitos plenos#11;
aqueles garantidos pela Constituição.#11;
Os políticos quando aparecem, agem como se fizessem favor pra geral#11;
parecem fingir que não existem problemas,
se pudessem, invisibilizariam-se. Mas não podem!#11;
De vez em quando têm de mostrar a cara.#11;

Aqui não tem praça, não tem quadra de futebol, não tem lazer pro jovem#11;
não tem quase nada. Tem muita coisa; ciladas e tal. #11;
E agora, é esse cada um por si de todos os dias#11;
essa agonia de caminhar pelo bairro observando 360 graus#11;
sendo observado, como se presa fosse. Aviso: - Fácil a caçada não será.

Posso garantir que haverá resistência, luta e sangue também terá.#11;
Talvez, amanhã, até corpos encontrem pelas sarjetas. Garanto: #11;
- Não terão pouco mais de uns verões e algumas primaveras.
#11;Dados estatísticos de uma realidade cruel, números#11;
que, infelizmente, incrementarão a próxima campanha de um político qualquer.

Inserida por JotaW

⁠Vê de forma desbotada, sem Brilho e sem Cor,
sua visão ofuscada diminui o meu valor, é Foda!
Mente atordoada, onde o pensamento se acomoda
o verso pira, o mundo gira e os vacilão que Roda.

Inserida por Alexandredevil

Se eu sei que nada sei, então saber é relativo
Enquanto estivermos sós, nada será conectivo
Nascemos e morremos, a questão de um instante
Referências subjetivas que mudam vários semblantes
A idéia de um porém, mas que nunca palpável
Dá idiotice amarga de uma sobrevivência amável
Luz que não se apaga, escuro que não dissipa
De um Deus onipotente, quem o mal habilita
Em uma esfera que não cai, enxergue o ar no céu
Numa concepção bonsai, estrelas são de papel
A Poeira de carbono, que julga e também é réu
Faça o que queres e a de ser tudo da lei
Se usassem a singularidade, talvez não existissem reis
Romântico e surreal de uma existência tão concreta
Possível vibrar emoções, se no peito bate uma pedra
É só química a sensação, treino igual de um atleta
Que por fora se faz monções, por dentro o caos deserda

Inserida por Alexandredevil

⁠Capão Redondo, extremo Sul, aqui o Céu é mais azul.

Inserida por poetafuzzil

⁠Quando meus olhos não mais puderem enxergar a tua beleza, pode ter certeza que meu coração continuará enxergando.

Inserida por poetafuzzil

⁠Enquanto muitos viajam no mundo da lua.
Viajo no mundo da Literatura.

Inserida por poetafuzzil

A escassez de politicas publicas educacionais e culturais de qualidade e responsáveis por parte do estado, precipita uma população gigantesca desamparada. Ativos gestuais tecnológicos analfabetos cada vez mais polarizados e fundamentalistas. Com advento das facilidades e popularidades da telefonia móvel sem a devida ordenação fiscalizadora e legalização, a sociedade institucional publica permissivamente alheia assiste imparcialmente por erro culposo, consequente o farto acesso sem critério das redes sociais que passam em si a serem um instrumento perverso e plataformas alienadas para um programa para a pulverização de falsas noticias, tendencias doutrinarias dominadoras e boatos, a uma população abandonada, que passa a crer cegamente em tudo que mais se aproxima do seu tosco entendimento, predileção pessoal embasado simplesmente em seu individual interesse como verdade. Em contra posição por predileção pessoal também por interesse, repudiar e crer indubitavelmente como criativa mentira manipuladora e ficcional absurda, toda informação e noticia que aparece em contrariedade com suas pessoais e inseguras, poucas convicções, muitas vezes provocando alianças errôneas desastrosas com convicções de falsas governanças paralelas e marginais agravando a inseguridade. A exemplo disto, tem se observado de forma cada vez mais frequente, tal fenômeno politico-social cultural de forma bem clara nas campanhas eleitorais, partidária politica e no marketing piramidal direto de massa nas seitas religiosas neo-pentecostais que se espalham e afastam em muito, do comportamento e faculdade de livre arbítrio cívico e cidadão. A desigualdade e a diversidade enquanto dificuldade desampara o cidadão comum, este sobrevivente invisível que habita na base da piramide social que vem se afastando cada vez mais da realidade contemporânea do estado democrático de direito e de toda e qualquer posição jurídica laica constitucional que doutrinariamente seria a garantia de felicidade, individualidade, diferença e liberdade.

Inserida por RicardoBarradas

Politicas publicas inconsistentes fomentam em qualquer cultura nas diversidades, a xenofobia.

Inserida por RicardoBarradas

Os valores praticados pelo mercado de arte das artes contemporâneas no Brasil em relação os valores das obras de arte dos grandes mestres brasileiros do seculo passado, muitos deles falecidos com suas obras fechadas, chegam a ser imorais. Sempre me pergunto qual será o real futuro de valor e de importância artística, cultural e financeira da arte contemporânea praticada e comercializada hoje dentro de alguns anos a frente. Não precisa ser um profeta amaldiçoado para prever em breve o uso indevido ou destruição de parte de obras de arte de artistas, ora hoje, desvalorizados, do seculo passado, a serem utilizadas como espúrios suportes e plataformas perversas para material da arte e de artistas contemporâneos. Não só pelo valor baixo do conjunto da obra mas assim como o pouco valor artístico, histórico e cultural que tem com o patrimônio e acervo artístico nacional em todos os níveis.A exemplo disto é os pichadores maculando obras de arte publicas nas principais cidades.A crise na educação, na segurança publica e a falta de oportunidades profissionais acarretam uma manifestação artística marginal, suja, egoísta, violenta e ignorante.No equivocado e perverso conceito de que a coisa publica não é de ninguém, nem do próprio que a desrespeita...e suma, não tem dono mesmo. Isto é pra lá de grave pois não é o uso indevido da coisa publica que foi apropriada por alguém para ter publicidade por um breve período de tempo mas sim mais grave ainda pois é algo que deve ser destruída ou reinventada de forma tosca e bizarra anonimamente por que é nada, não significa nada, nem é ninguém, é nada. Logo é justo marginal que alguém passou por ali para pelo menos desrespeita la publicamente uma vez e revaloriza la dentro da marginalidade e da desclassificada
poluição urbana.Um futuro triste. .

Inserida por RicardoBarradas

Viemos das ruas.
Sobrevivemos a noites escuras.
Seus livros trouxeram conhecimento.
Moldaram mentes, feito estátuas de cimento.
Mas nossas vidas foram escritas com sangue, suor e lágrimas, muitas lágrimas.
Sabedoria adquirida em cada beco e viela.
Olho no olho faz travar a sua gíria imitada.
Não me intérprete mal, sou a favor do conhecimento, amo a literatura.
Sei que livros são a chave e faz girar a fechadura.
Mas eles escrevem sobre o mar sem jamais ter se molhado.
Enquanto nos já navegavamos antes da informação.
Nossa vivência segue quente com a força de um vulcão.

Inserida por Felipealmaz

Pode crer vou vingar a minha dor
Cicatrizes ainda estão sarando
Como no lixão que cresce aquela flor
Que está florescendo em meio aos danos

Inserida por LobinDa12

Seu cheiro na minha cama e alguns fios de cabelo.
Suas marcas em meu corpo, Estou rindo frente ao espelho.
Ainda nem acredito, que loucura surreal.
Quero uns milhões de beijos desse amor marginal.

Inserida por LayonSoares

⁠O berro do bueiro

Aquele som estranho dos carros bêbados
descendo a rua acelerados
e eu ali parado
vendo o movimento da madrugada
fria e dura a me espreitar.

E todo aquele ensurdecedor silêncio no ar
e o barulho dos cães latindo sem propósito
e dos galos cantando fora de hora,
enquanto os passos mudos de alguém vira a esquina em sinfônia randômica
e a orquestra da vida noturna aleatória rege o caminhar cuidadoso dos gatos
a espreita dos ratos
e dos ratos a espreita das sobras e restos
nos ralos e bueiros sujos e cinzas da avenida meu Universo.

Na calçada, esperando o caminhão da coleta passar na segunda,
o monte de lixo amontoado na esquina,
sendo revirado por todo mundo -
(cachorro, gato, rato, cavalo, gente...).
Naquela hora, a neblina que baixa sobre a rua
e encobre o plano, aumentando o drama e criando o suspense que nos comove.

Ao fundo, o som dos aviões na pista do aeroporto
aquecendo as turbinas e os motores para a próxima viagem.
De repente o rasgo abrupto
do sopro e do grito afoito
ecoando imaginação afora
e fazendo firulas no ar escuro da madrugada,
o estrondo no céu parecendo trovão
e o deslocamento massivo de ar
que canta melódico sua fúria, enquanto surfa pelo vácuo do éter febril do firmamento.
Isso encanta, mas também assusta.

De repente alguém que grita
e a multidão na praça se alvoroça
e volta a ficar muda e bêbada
e cega e suja e dura e pálida
e surda e débil e bêbada.

E o susto repentino na fala de alguém que reclama alto
e foge rápido, sem destino,
só corre por causa do risco imensurável que impõe-lhe o medo.

Sozinhos, a essa hora, todos estão em alerta por medo do que não se vê:
- O rato corre do gato
- O vento corre no vácuo incerto como o susto do medo
do vazio que traz desassossego
e do incerto que ninguém quer pagar pra ver.

Enquanto dorme o bairro só eu estou acordado...
Olhando para o tempo em silêncio,
para o vazio a minha frente,
auscutando meu coração acelerado,
tomando o último trago,
fumando o penúltimo cigarro
e assistindo de camarote a chegada triunfal do sol, antes do fim.

Inserida por JWPapa

Minha poesia é para poetas, o restante são apenas pessoas que acham que enxergam tentando ler em braille!⁠

Inserida por Netrax