Mar Liberdade
E quando eu vi o mar eu sentir que tudo estava lá... Tudo estava lá. Como a minha capacidade de sonhar em navegar além daquele mar.
O balanço do mar me fazia sonhar o balanço do mar me fazia sonhar. Vivendo sobre a morada do sol. Sobre aonde o sol nascia e morria. Eu então escrevia sobre tudo aquilo. Enquanto as gaivotas voavam sobre a linha do horizonte.
Se é irreal,
Até o mais doce pensamento é amargo
E a tranquilidade do mar é apenas aparente
Se é irreal
A imagem refletida no espelho é uma mancha
E o amor que dizes sentir é só lembrança de um vulto
Como podes tu dizer-me que é real
Se tu não és tu?
Ouça-me, portanto:
Se é irreal
Todo pensamento é ilusão
E cada movimento, dentro e fora, conduzem à mera distração
Se é irreal
Enquanto for irreal
Tu andas por onde quer, sem saber que está na prisão
Mas quando te tornardes real
Sê firme
Sê livre
E voe...
caminha-se na sombra das paredes
que se erguem envoltas
num mar duro de pedra
e sal
uma nesga de luz que sai
das trevas
por curto instante e faz gerar
da palavra a semente
rebentam do fundo da garganta
apertadas por dizer e formam-se
em interrogações constantes
no seio do poema que se faz
grita a liberdade
acordam os sentidos conscientes
duma nova realidade
in "Meditações sobre a palavra" (um tributo a Ramos Rosa, o poeta do presente absoluto), editora Temas Originais, do poeta Alvaro Giesta
Um mar de penúria,
no tal dilema,
sofrência mais uma luz,
altiva, num instante,
meros sonhos lúcidos,
tudo tenha seja o mar coberto de sangue,
almas morreram quando a luz desapareceu,
no foco eterno o silencio da solidão...
para tais iluminadas horas que foge a imaginação...
alterando o ar e as nuvens na perdição.
o aurato joga se ao choro,
de repete lagrimas de sangue,
o mar se abre o deserto morre,
dando outros ares a noite se abre na angustia,
aflorando as expectativas,
revira volta das ondas avança sobre á terra...
desatino puro temor,
vertigens do que mais esperar da esperança...
o amor seja a ultima esperança é a vida
que exclama tudo o que temos o somos...
_A solução de outros modos é se ter a evolução
num mar de solução.
se tem a solidão
como se não houve se outro lado a tal resolução,
sua voz apenas é um ecoo
num paradoxo em que nada será,
apenas se escoa.
Saiu do mar sentindo uma satisfação imensa de ter desvencilhado-se das águas cujas ondas retrocediam.
De frente ao mar fiquei me perguntando o que o universo tem para me falar, diante de um mundo de reviravoltas preciso de algo que faça sentido, preciso de clareza. Então oh Lua minha o que tens a me dizer junto a testemunha de um mar de imensidão de sentimentos, de ondas que quebram com toda dor, com o silêncio que leva embora as vozes que oprimem, com o som que arrancam o medo?
A resposta está em si, que o que se precisa é só ter um tempo para olhar dentro de si mesmo e aprender a se escutar e se liberar.
Quero a lua como se fosse teus olhos.
Quero nuvens, céu e mar
Quero tudo e qualquer coisa
Que te lembre, que me faça recordar !
Quero a plenitude da natureza
Quero as correntezas, as belezas...
Quero o que me toca, me fascina
Quero águas como o mel da tua boca
Quero pássaros voando, liberdade
Quero tudo que te tenha,
Quero as flores, ventanias
Quero o vento, poesias
Quero letras, melodias...
Quero teu nome pra rimar.
num mar de morte
seus sonhos estão nus
numa expressão
que mundo rejeitou
quando ninguém te amou
seus momentos tornaram
as sombras que acompanham
a sobriedade de enormes instantes
derramado num copo de vinho,
a torrencial torna se seu julgo
nesse estado primitivo,
e tudo torna se atenuante
nos braços da extrema unção,
deixando a luz morrer, momentaneamente...
sendo refém de seu algoz...
profundos seres do esquecimento
em teus lábios o reflexo de outras horas
a felicidade colocada no futuro
esplendido ar que se transpõem
em brumas a atormenta ganha um aroma
do teu corpo sensações tão atroz,
que brilho da noite contribui no estado de escuridão...
barulhos contribuem num abraço frio da madrugada,
gemidos de prazer relutam no sabor de amantes
desvaire nas sombras o ador...
infinito o preludio que insiste em viver
outras metamorfose dada por seu corpo.
a paixão atenuantes assombram as memorias
translucidas e revoltas de um sentido abandonado...
um raio de luz expressa agonizante sonho
que paira entre tantas dimensões...
brutalmente esqueço me a tomou em minha profunda solidão.
Faço de cada instante meu encontro com a vida. Faço da minha vida um mar imenso de aproveitar instantes. Vou sem lenço, sem documento, em meio ao vento, no meio do tempo. Vivo um segundo de cada vez. Cada incerteza é um novo momento. Parei de acreditar em rótulos. Deixei de acreditar em limites. Comecei a acreditar em mim. Me deixei ser livre pra conquistar todo dia mais liberdade. Alguns chamam de loucura, outros de falta de juízo. Ouvindo mutantes eu canto. Louco é quem me diz que não é feliz. Me apeguei na minha loucura de desapegar daquilo que o mundo teima e que todo mundo diz. Se tem algo que é louco é que aprendi a ser feliz com pouco. Foi quando a vida me deu tudo e hoje o céu chega a ficar mudo, de tanto que eu paro pra agradecer. Na rua saio cantando enquanto as pessoas passam me olhando e eu sorrio por nem ter o que dizer. Pra mim louco é quem vive sério, num quadrado, sem mistérios, e esquece de aproveitar o que essa vida tem pra oferecer. Em céu aberto é que eu rezo, o mar é minha igreja, toda energia boa eu prezo, não importa qual energia boa seja. Na areia é onde eu piso, não fico mais dando aviso, faço o que eu quero e preciso fazer. Cada estrela é um caminho, há muito tempo que eu sai do ninho e posso até andar no chão, mas minha alma será sempre, eternamente... Alma de passarinho.
Tenho um barco que vai velejar em mar aberto até chegar a uma terra afastada onde poderei gritar mais por enquanto ainda sofro com a maresia
A essência da poesia
Está nas rochas
No som que o mar revolto produz
No silêncio falante da natureza
Naquilo que só o coração sensível o suficiente consegue perceber.
De alma livre e coração imenso feito mar
Nada sobre o mundo trazendo o seu pensar
Que é distinto infinitamente lindo
Que esbalda feito ondas ao luar
A beleza única e distinta em qualquer lugar
Trás encanto e poder só ao passar
Feito uma sereia que encanta homens até se afogar
Sua energia de amor e intensidade
Junto com afeto e liberdade
É o melhor que pode existir
E o nome dela é Natalie
Em frente e sozinho diante do mar solitário.
Contemplando toda beleza e frieza do mar.
Na mais completa sensação de solitude.
Então eu pude perceber o quanto
o homem nasceu para ser livre.
Às margens do teu ser.
Meu mar doce,
represá-la?
Não posso.
És livre, mar...
Navegantes?
Só os que permites,
mas
não há ainda quem
te desbrave.
És livre, mar,
de
ondas curvilíneas,
poente de toda luz.
Povoas a mente dos homens,
morada do desejo.
És livre, mar,
a ti, tenho
apenas
um pedido:
Afoga-me.
Europa, Levanta-te
Europa, levanta-te! Não és apenas terra e mar,
não és apenas mapas e tratados,
és o fogo que atravessou os séculos,
és a soma dos sonhos e dos ideais,
és as vozes que clamaram por liberdade
e não se calaram diante da tirania.
Que cada pedra do teu caminho recorde
o sangue e o suor dos que ergueram catedrais,
dos que navegaram sem medo,
dos que escreveram versos de esperança
e leis de justiça.
Não és um só povo, és muitos.
Não és uma só língua, és mil.
Mas falas com uma só voz
quando a liberdade é ameaçada,
quando a igualdade é negada,
quando a fraternidade é esquecida.
Juntos somos mais.
Mais do que reinos e bandeiras,
mais do que fronteiras desenhadas por guerras antigas.
Somos a luz de Atenas,
a coragem de Roma,
a razão de Paris,
o espírito de Lisboa,
a força de Berlim.
Os tiranos nos temem porque não estamos sós.
Eles sonham com muros,
mas nós construímos pontes.
Eles querem silenciar-nos,
mas a nossa voz ecoa em todas as línguas.
Europa, levanta-te!
Ergue a tua bandeira não como arma,
mas como promessa:
enquanto estivermos juntos,
nenhum homem será escravo,
nenhuma nação será acorrentada,
nenhum direito será negado.
O futuro não pertence aos que dividem,
mas aos que unem.
E unidos, seremos sempre livres.
Paixão Oceânica
O azul mais belo,
Mistério a desbravar,
Como um grande pirata, no mar,
Minha liberdade, vou encontrar.
Vento na proa,
Azimute definido,
Indo até a popa,
Contra as ondas, destemido.
"O mar levou toda a tristeza,
Todo sentimento ruim,
Isso que me deixa"
Navegar os sete mares
E é o que me deixa feliz,
Yo ho ho hou!
O que faz eu enfrentar,
Até gigantes, sem cair,
Yo ho ho hou!
A liberdade dessa jornada,
O sal das ondas no casco,
O balanço do nosso barco,
De bonbordo a estebordo é a minha casa.
O maior tesouro viver,
Viver e sentir o fogo arder,
Arder e não doer,
Simplesmente apenas viver...
