Mar Liberdade
A vida é como velejar, você viaja muitas milhas em mar aberto,mas no fim você só quer encontrar um porto seguro para ancorar e descansar.
Desnuda-me a alma quando me lês
Silencia-me o mar que desagua em mim
Despe-me o corpo no poema que és...
E na ponta daquele penhasco, de braços abertos, era como se o mar, o céu e o vento me engolissem, uma sensação de liberdade indescritível. Era uma simbiose com a natureza.
Em frente e sozinho diante do mar solitário.
Contemplando toda beleza e frieza do mar.
Na mais completa sensação de solitude.
Então eu pude perceber o quanto
o homem nasceu para ser livre.
Sociedade a verdadeira selva... sociedade aquele mar de pessoas. Algo assustador. Caos, desordem e nada de amor. Somente pó, lixo e violência. Aquele mar de pessoas... aquele mar assustador de pessoas. Quando são vistas em suas grandes metrópoles com seus altos pinhos de concreto ao esconder a belíssima linha do horizonte. E todo aquele caos, pó e lixo não passa de nada... nunca passou de ser apenas nada. Um nada que em mim corrói por dentro a alma. Nas matas densas a vida... a liberdade... a um profundo e enorme êxtase vindo do prazer de viver por pura liberdade.
E quando eu vi o mar eu sentir que tudo estava lá... Tudo estava lá. Como a minha capacidade de sonhar em navegar além daquele mar.
O balanço do mar me fazia sonhar o balanço do mar me fazia sonhar. Vivendo sobre a morada do sol. Sobre aonde o sol nascia e morria. Eu então escrevia sobre tudo aquilo. Enquanto as gaivotas voavam sobre a linha do horizonte.
de repente sois mar sem destino,
mar de tantas contradições,
apenas a voz ecoa no vento
para ter num mundo de sonhos,
apenas um dia que vento
sussurrou teu nome,
neste dia tive a certeza,
sons de ter o tormento,
tempestade tão longe
mas, bate no sentimento,
cálida amanhã que surge ao vento,
deprimida doce alma que vem alento..
rubricas numa estrada sem destino
sem endereço ao certo... o tal desejo,
foste único nas sombras de um pesadelo...
pois bem digas mais uma vez,
num tom que desaparece ao relento,
lagrimas que secaram no teu olhar.
Um mar de penúria,
no tal dilema,
sofrência mais uma luz,
altiva, num instante,
meros sonhos lúcidos,
tudo tenha seja o mar coberto de sangue,
almas morreram quando a luz desapareceu,
no foco eterno o silencio da solidão...
para tais iluminadas horas que foge a imaginação...
alterando o ar e as nuvens na perdição.
o aurato joga se ao choro,
de repete lagrimas de sangue,
o mar se abre o deserto morre,
dando outros ares a noite se abre na angustia,
aflorando as expectativas,
revira volta das ondas avança sobre á terra...
desatino puro temor,
vertigens do que mais esperar da esperança...
o amor seja a ultima esperança é a vida
que exclama tudo o que temos o somos...
Saiu do mar sentindo uma satisfação imensa de ter desvencilhado-se das águas cujas ondas retrocediam.
De frente ao mar fiquei me perguntando o que o universo tem para me falar, diante de um mundo de reviravoltas preciso de algo que faça sentido, preciso de clareza. Então oh Lua minha o que tens a me dizer junto a testemunha de um mar de imensidão de sentimentos, de ondas que quebram com toda dor, com o silêncio que leva embora as vozes que oprimem, com o som que arrancam o medo?
A resposta está em si, que o que se precisa é só ter um tempo para olhar dentro de si mesmo e aprender a se escutar e se liberar.
A essência da poesia
Está nas rochas
No som que o mar revolto produz
No silêncio falante da natureza
Naquilo que só o coração sensível o suficiente consegue perceber.
De alma livre e coração imenso feito mar
Nada sobre o mundo trazendo o seu pensar
Que é distinto infinitamente lindo
Que esbalda feito ondas ao luar
A beleza única e distinta em qualquer lugar
Trás encanto e poder só ao passar
Feito uma sereia que encanta homens até se afogar
Sua energia de amor e intensidade
Junto com afeto e liberdade
É o melhor que pode existir
E o nome dela é Natalie
PELOURINHO
.
Bate na palmeira o vento
E o negro por um momento
Julga ser a brisa do mar
Mas percebe muito tarde
Que são brancos covardes
Que vieram para lhe buscar.
.
Sem se despedir da família
Sob gritos que o humilham
Vê distanciarem-se os coqueiros
E num barco com outros tantos
Prisioneiros em pleno pranto
É levado ao navio negreiro.
.
São centenas de nativos
Transformados em cativos
Homens, mulheres e crianças
Que no porão do navio
Passam calor, fome e frio
E perdem a noção da distância.
.
Os que se mostram valentes
São presos com correntes
E obrigados a se calar
Pois com crueldade desmedida
Não relutam em lhes tirar a vida
Os lançando ao frio mar.
.
Ao serem tratados feito bichos
Não entendem a razão do sacrifício
Pelo qual estão passando
Será maldição dos orixás
Ou os demônios vieram nos buscar
E para o inferno estão nos levando?
.
Depois da árdua viagem
Os de maior força e coragem
Chegam ao porto estrangeiro
E aquela estranha gente
Falando numa língua diferente
Os troca por algum dinheiro.
.
Vão para lugares variados
Os de sorte se tornam criados
Mas os demais que a elite avassala
Têm como destino os açoites
E as delirantes noites
No duro chão das senzalas.
.
O cepo, o tronco e a peia
Lhes tiram o sangue das veias
E a sua resistente dignidade
Os grilhões e máscaras de flandres
Lhes derrubam o semblante
E eles sucumbem à saudade.
.
Muitos veem nos pelourinhos
A única alternativa e caminho
Para fora da vida trágica
Pois o escravo que é forte
Encontra na própria morte
A chance de voltar à África.
PENSAMENTO
Não posso respirar
Lá no fundo do mar...
Mas meus pensamentos
Mergulham por horas
No oceano profundo
Da minha existência
Não posso ficar
Flutuando no ar...
Mas meus pensamentos
Mergulham por horas
No horizonte infinito
Da minha existência
Como é bom poder pensar!
Pensando eu viajo ao fundo do mar
Ao topo do céu
A qualquer lugar!
Sem saber quando parar
Sem ter pressa pra voltar
Nunca deixe alguém ceifar
A tua liberdade de pensar
E de se manifestar...
O pensamento é um direito
Que merece e exige respeito.
A pequena sereia não sabia nadar, apesar disso se lançou no mar, seu medo mais profundo virou sua liberdade mas também sua prisão.
No mar aberto não existe outra solução senão, nadar contra ou a favor da correnteza.
O dia passou e a pequena sereia queria voltar, se ver livre daquele grande mar que um dia foi tão almejado a ponto de fazer ela aprender a nadar, porém já não se recordava do caminho, e ninguém poderia lhe ajudar, então a pequena sereia nadou, nadou, nadou, nadou, nadou e nadou até se cansar....
Deixe-me seguir, sou rio em corredeira entre as pedras,
busco o mar tão distante que espera-me para um diálogo barulhento,
canção de espumas brancas em busca da liberdade e da paz
A última fronteira
Não é o espaço, nem o mar Nem as montanhas, nem o ar A última fronteira da liberdade É a mente do homem, sua criatividade
Nela, ele pode sonhar, imaginar Criar, inventar, transformar Nela, ele pode se expressar, se libertar Sem medo, sem limite, sem se conformar
A mente do homem é seu tesouro Seu refúgio, seu laboratório A mente do homem é sua arma Sua força, sua esperança
Por isso, ele deve cuidar dela Protegê-la, cultivá-la Por isso, ele deve usá-la bem Com ética, com amor, com desdém
A última fronteira da liberdade É a mente do homem, sua identidade Nela, ele pode ser quem quiser Um poeta, um cientista, um líder.