Manual de Sobrevivência
Oeste/Pantanal
Oeste queimado e devastado,
Uns animais sobreviveram e outros morreram queimados,
Uma centelha,
Primo até em dizer,
Rios secos e outros transbordando,
Na corrida do tempo,
Quem irá salvar os pantanais ?
Arquipelagos!
Cadê os riachos e seus lindos lagos ?
Só ouço o gemido da onça pintada sondando as margens dos rios,
Aos poucos ela vai pela mata queimada adentro e sumindo na sombra ofuscada,
Vai corroendo os corações dos ribeirinhos,
E vai dilacerando até as almas dos passarinhos,
Feridos por uma calamidade criada,
Uma pequena faisca jogada e virou fogaréu,
Que bordel !
Cinzas esparramadas pelos serrados e nas grandes baixadas,
Povos sofredores !
Antílopes que sentem nos cascos eternas dores,
Bichos preguiça gritam por socorro,
Escravos e vítimas,
Do homem sedento por terras que muitas vezes nem são deles,
Abusos absurdos,
Será se sou eu que estou cego e surdo ?
Sou Poeta sim,
Mas tenho alma e coração,
Sou dependente e independente de uma catástrofe delinquente que foi queimada por mãos que não sabem ser gente,
O quê será de ti Oeste faroeste ?
Que não usa munições para sacrificar tantas vidas inocentes,
Uma pontinha de pólvora no palito?
Ou uma dedilhada no rolete do isqueiro?
E fizerem vidas torrarem no negro que era gramado e tudo agora e cinza e carvão
Porque?
Porque tanta devastação ?
Nem citei ainda a capivara e o castor,
Lobo-guará e outros roedores,
Jacarés, tamanduás e macacos,
Felinos como o gato maracajá e seus agregados,
Será !
Será se antes de morrer posso ter o prazer de ver esse pedaço de chão tão judiado ainda curado....?
Será...?
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Voce e feliz pelo simples fato de está vivo hoje , se sim! parabéns você e um sobrevivente dessa turbulência que o mundo vive ...
Viva hoje como se não tivesse o amanhã ,porque não sabemos se estaremos vivos amanhã!...
EU, LUTO
Constante e incessante
Luto pra sobreviver,
Luto pra não sentir.
Morri ano passado,
Mas este ano,
Luto. Nem pensar.
Minhas expectativas são expressões de tristeza...
Te juro que tentei sobreviver...
Tento compreende porquê ainda sonho...
Ainda continuo a ter esperança...
Ninguém sabe o já passei...
Para eles meus sentimentos são apenas nuvens nós céus.
Dia a dia apenas a solidão eterna...
Sentimentos são do espírito, eles sobrevivem a mudanças de plano, do físico para o espiritual. Sentimentos são bagagens que nos acompanham na mudança que fazemos quando nosso corpo carnal para suas funções.
Você não sobrevive a certas experiências, e, depois delas, não existe mais de forma plena, apesar de não ter morrido.
Vivemos o real
e o irreal.
Cada homem,
Cada mulher.
Em particularidades pessoais, sobrevivendo de utopias peculiares as quais classificam de verdades.
Não existimos!
A humanidade evolui coletivamente no amor e individualmente no egoísmo
A sociedade não sobrevive ao indivíduo
Vida de um autor
Eu vivo e sobrevivo em meio dessas palavras frias organizadas em linhas para satisfazer minha vontade de reviver coisas boas que aconteceram comigo. Ou pelo menos que eu queria que acontecessem comigo. Mas tudo isso que eu disse não importa já que eu vou viver pra sempre em meio das palavras frias que no fim da minha vida minha alma ficaria para sempre aprisionada.
Vivo na periferia...
As pessoas te medem...
A guerra pela sobrevivência é as palavras que te magoa...
A cada segundo que tenta se levantar a alguém para te derrubar...
Nada resta nas ruas apenas verdades que te consome... Momentos bons são sonhos...
Mexa se não pode ficar aqui...
Tudo parece se tornar parte de pesadelo sem fim... A sociedade parece gentil mais somos ignorados pela verdade...
A luta continua para continuar a ver que no mundo existe pessoas boas...
Em todas histórias existe o amor...
A esperança parece algo doce...
A morte parece algo tão especial...
As pinturas são expressões de um artista...
Minhas palavras são poemas nas paredes...
A fome e a sede parece quase nem importar...
Sonhos são enigmas da minha alma.
