Mais uma vez
Passo as mãos mais uma vez sobre o rosto, teimo em olhar para o relógio querendo saber se ela voltou a trás. Quem sabe dormir mais cinco minutinhos ou até dez. Cubro a cabeça com o cobertor, respiro o ar quente com os olhos fechados sobre pressão. “Primeira aula, educação física” olho de novo para o relógio e sorrio, afinal que mal tem chegar só um pouquinho atrassada? Ouço de longe o sermão de minha mãe com minha irmã, com certeza não deve ser algo de fato importante. Deitada de bruço, viro de lado para ver “como anda o meu celular”. CARREGADO. Tiro o carregador da tomada e desconecto o fio do celular, duas mensagens.
Uma de boa noite, que dormi sem ler e outra de bom dia. De fato deveria seguir o conselho daquela pessoa, fazer do meu dia, um bom, ótimo, dia! Resolvo levantar, sem calçar a pantufa que me esperava ao lado da cama vou para o banheiro com os pés frios. Prendo meu cabelo em um rápido coque, que se desfaz logo que tiro as mãos dos cabelos e abrindo a pia, lavando o rosto sinto uma mercha dos meus cabelos cor de mel ir ao encontro da água, logo depois ao secar minha pele passo os fios de cabelo pela toalha. Pego o rímel sobre a bancada de mármore branco polido, assim tendo que precisar olhar para o desafiador espelho, sorrio irônica, chegando mais perto para poder passar minha maquiagem diária, rímel apenas. Saio do banehiro fungando o nariz, disposta a trocar de roupa.
Com a mochila sobre o ombro, um fichário velho e solitário de folhas entro na portaria da escola disposta a dizer algo como “o despertador não tocou” ou simplesmente “perdi a van”, qualquer desculpa seria passada despercebida por que como todos ja sabiam da minha grande vontade de não fazer esportes em dia de frio, ou qualquer outro. Não precisaram nem me perguntar, assim a moça nova, que juntava dinheiro trabalhando na recepção da escola para pagar a faculdade, teve que me informar que perderia o primeiro horário, nem se quer, me dei o trabalho de fingir me importar.
Atravessando a portaria, em direção a um corredor, poré esbarro em um amigo.
- Ouvi sua voz - disse Vicente rindo sem graça.
- Muito notável ela, mas ouviu do lá ginásio? - seria possível eu falar tão alto?
- Não, fui expulso de três aulas estava no banco - ele novamente riu, desta vez descontraído.
- Grande aluno!
Conversa vai, conversa vem chegamos ao assunto “garotas versos garotos”, não foi bom ouvir logo cedo que meninos não se desapontam com um término de namoro, achei cruel demais.
- Para! Meninos choram também! - dei um soquinho de leve em seu braço.
- Chora sim: por futebol, eliminatória então…
- Ah, vai dizer que você nunca chorou? - olhei fixamente querendo fazer um raio x.
- Ja sim… - disse sem jeito, o que fez eu não comemorar com a declaração.
- … Mas porquê?
- Meninos, de fato, não choram Camila mas homens, homens choram.
Me senti livre em escutar mais uma vez que estava neurótica
Me senti livre em saber que eu não tinha nada vê com a história.
- Vou te falar só mais uma Vez.. Não fique correndo atrás de min, Deixa que eu corro atrás de você :)
Estranho. Inseguro. Mal falado. Mas ainda era amor. O velho amor agindo mais uma vez, numa época onde ninguém acreditava nele. Era o amor pegando pelo braço, engolindo o coração, pressionando o pulmão… Era o amor de novo, agindo como o amor. Doído, admito, mas tinha aquela anestesia própria que matava qualquer anti-corpo maldito que tentava se apossar de tudo aquilo. Mas não era só amor… Parecia algo maior que isso.
E novamente, mais uma vez, como eu esperava, mas mesmo esperando esta sendo detestável, mais uma vez, eu me enganei. E o pior, eu sabia que isso iria acontecer, mas eu acreditei que poderia ser diferente, eu acreditei que eu estava enganada com os meus próprios pensamentos.
Mas é isso menina, mais uma vez você foi mal interpretada, mais uma vez suas palavras foram na frente da sua alma, mais uma vez você levanta a cabeça menina, e continua sorrindo...
Peço mais uma vez ao amor para reconhecer que faço o impossível para ir além e conquistar meus objetivos;
Sei que humano sou e não sou perfeito, pois não nasci para perder e com as certezas que me envolvem eu sou um vencedor
Só
Mais uma vez
A mente
Teimando em ser
Feliz, novamente
Somente.
Se mente,
Mente que germina
Semente –
Poda, arranca, corta,
Sem ao menos nascer.
Água fria,
Letra morta.
E tudo volta a ser
O ser, somente
Sozinha, mentira
Só mente, que sente
O ser que foi
Sem ao menos ser.
E ai em um momento de reencontro torto, você olha e vê o seu passado mais uma vez a sua frente, querendo ser o seu futuro . Dai você caminha mais um pouco e deixa ele onde deveria ficar , naturalmente. E sabe aquela frase que a gente ta acostumado a ouvir dessas pessoas que gostam de sair arrumando tudo ? “TUDO EM SEU DEVIDO LUGAR” e blá blá blá, Então , ela começa a fazer sentido quando você deixa o que é do passado passar.
Viver é profanar pela primeira vez numa flores virgem e sabendo que não poderá profanar mais uma vez à mesma floresta e nem treinar para a sua execução.
E sigo aqui eu, tentando amar outra vez, sabendo que posso chorar, que posso sofrer mais uma vez, mais foi assim... chorando que eu, e todos os outros vinhêmos ao mundo.
Lembro de ter sido convidado para ir ao céu só que não pude levar você e voltamos mais uma vez para essa terra perd.ida
" Talvez eu devesse tentar
mais uma vez,
insistir
ouvir quem sabe outro não
a vida tem mostrado
que não é interessante correr atrás de coisas difíceis, impossíveis
mas que fazer se sou assim determinado
insensato
quando a procura é por algo
que não sei
resta tentar e tentando vou vivendo
buscando o que acho que é meu
esteja onde estiver...
Hoje mais uma vez
Me peguei pensando em você
Lembrei da tua voz
Do seu cheiro
Do seu toque
E com isso tudo
Meu ser
Chorou por dentro
Mas enfim aos poucos
Fui percebendo que no
Fundo dele
Só tem as
Melhores
Lembranças
Dos momentos
Junto a tua presença
Mais uma vez, a confiança esvaiu-se.
Seus olhos encontraram os meus, fixos em minha alma.
Sua voz ecoou, proferindo palavras que buscavam acalmar a tormenta em meu peito:
"Não se preocupe com mais nada. Doravante, eu sou seu amparo."
Você me assegurou, com a convicção estampada no semblante:
"Essas pessoas que a feriram agiram com puerilidade, movidas pela imaturidade."
Instintivamente, meu rosto desviou-se, um reflexo da desconfiança que me assola.
Com delicadeza, suas mãos emolduraram minha face, trazendo meu olhar de volta ao seu.
E, novamente, as palavras que eu ansiava ouvir, carregadas de promessa:
"Grace, não se preocupe. Agora, você tem a mim."
Naquele instante, vislumbrei a sinceridade cintilando em suas palavras e refletida em seu olhar.
Contudo, até o presente momento, meu rosto permanece voltado em sua direção, em uma expectativa silenciosa.
Aguardo, com apreensão, que as palavras temidas se concretizem: "Grace, siga seu caminho, pois também me reconheço imaturo para oferecer o cuidado que você merece."
Meu medo de tirar a armadura se tornou real. Fui ferida mais uma vez, nessa guerra o melhor é ser efêmera.
