Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Há os que gostam do que escrevo, a quem devo gratidão; outros pela mesma razão, parece que ainda lhes devo imposto de opinião.
Não é difícil mandar, com abertura e civismo. Difícil é controlar todos os que querem mostrar fome de protagonismo.
Deram ao povo um lugar com liberdade, sem vazas, sem um céu para sonhar, e de tanto rastejar o povo perdeu as asas.
Na mesma rotina tudo vai de mansinho,
sob a lamúria dos homens mais certos,
alguns faladores armam-se em espertos,
e outros emborcam rotinas de vinho...
Um novo turista parece perdido,
junto aos juízes do Alto da Praça,
dão-lhe a sentença enquanto ali passa:
será um letrado ou então foragido!?
Passa um grande carro de asas abertas,
reclama atenção aos olhos dos críticos,
nas montras que são também dos políticos,
que à tarde se juntam a horas mais certas...
Ouvem-se verdades dos chamados loucos,
esses sem juízo, esses meus iguais,
jogados à sorte dos seres maiorais,
que sendo bastantes parecem tão poucos.
No teatro da política, a sensibilidade dos espectadores é sempre um contrapeso para a insensibilidade dos que actuam.
Era noite... Pedi sossego! Pedi para ficar invisível para as almas mal intencionadas. Quase ninguém me via!
Quem parte sem me deixar, por uma qualquer razão, vai para outro lugar, mas não deixa de morar dentro do meu coração.
A especialidade de muitos seres humanos é encobrir as segundas-intenções, como quem encobre a nudez com roupas transparentes.
Os poetas nascem para maçar as estrelas e não as pessoas. E os astrónomos tentam ver como isso é possível.
Hoje sou uma criança,
embebida de esperança,
neste nosso paraíso...
Vejo as ruas coloridas,
por pessoas divertidas,
com amor e um sorriso...
Vejo até os passarinhos,
entretidos nos seus ninhos,
a fazerem criação...
E os borregos no rebanho,
sem acharem nada estranho,
junto às prendas que lhes dão...
Vejo alegria a rodos,
numa festa para todos,
diversão a toda a hora...
Como os bandos de perdizes,
onde todos são felizes
e ninguém fica de fora...
Na criança que há em mim,
vejo este dia assim,
entre achados e perdidos...
Perguntando ao pensamento:
como será cada rebento,
quando forem mais crescidos?
Sentiu alegria no primeiro dia de escola,
entrou no portão com as grades abertas,
correu destemido atrás de uma bola
cheia de um ar de aversões encobertas...
As outras crianças olharam-lhe a cor,
olharam-lhe os pais com a tal rejeição
que entorna por dia oceanos de dor
e o fez encostar sozinho ao portão...
Sentiu-se confuso, procurou os defeitos
que tinha no corpo, nos pais e na pele,
não viu mal algum a não ser preconceitos
criados por muitos e ali para ele...
E a pura alegria desfez-se em tristeza,
ouviu impropérios com a alma oprimida,
sentiu no momento abalar-lhe a beleza,
que em tantas crianças marcou uma vida.
Mesmo quando nada nos parece ajudar, lembremo-nos sempre que a nossa confiança, a nossa determinação e a nossa persistência, são as nossas melhores conselheiras. Se partirmos uma pedra à centésima martelada, as noventa e nove marteladas anteriores são tão importantes como aquela que partiu a pedra. Deus sabe disso, e normalmente conversamos com cada uma dessas marteladas da mesma forma que conversamos com Deus.
Há quem conserve as amizades em sal, quem as conserve em gelo, e quem as conserve tão quentes, tão quentes, que evaporam.
Quero viver num mundo onde os humanos sejam apenas humanos, sem rótulos e sem estrelas invisíveis. Quero que todos possam ser felizes nas igrejas, nas bibliotecas, nos espaços públicos e nas escolas. Quero que ninguém seja obrigado a balir, que ninguém seja perseguido por pensar de forma diferente, e que ninguém se sinta preso estando em liberdade. Quero viver num mundo sem inveja, sem preconceitos, sem hipocrisia, sem excomungados e sem escorraçados.
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