Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Às vezes sufocamos gemidos, tão necessários até que o sorriso se firme em nossa face, daí saber o quanto foi sofrido cada conquista. Quando valorizamos nossos feitos, também fazemos história.
Acordei cedo, onde os primeiros clarão do dia surgiu no horizonte
vi alguém ao longe traçando seu caminho
perdida entre as vielas que encontrará
sem saber que rumo tomar
tentei alcança-la mas seus passos eram comprido
chamei-a pelo seu nome
porém o eco da minha voz não a alcançou
ficou apenas o desejo
de que ela retornasse
porém até hoje não mais a encontrei.
Lá nas sábias entidades
Desse vasto território
Faz-se algo apelatório
Para o dom das caridades
Falam essas sumidades
Deste rumo deprimente
Como quem esteve ausente
Daquilo que bem conhece
E o povo é quem padece
Nas garras de certa gente.
Um arrumo nos casacos
Um esgar, um arrepio
Um prenúncio deste frio
Num trejeito de macacos
A aragem nos sovacos
O tremor em corpos sãos
O mancar dos anciãos
No tributo à voz do vento
Cede a prova do momento
Com o frio das suas mãos.
Os ossos do dia-a-dia
Nas alturas de carência
São ensino, por excelência
Pela sua antinomia
Além da ortopedia
E do cerne da matéria
A corrente da artéria
Mostra fracas cartilagens
Para aquelas personagens
Que se fartam de miséria.
Todo o lobo na matriz
Da raiz da sua essência
Tem talento e apetência
pra fazer o que não diz
Dentro dessa bissectriz
Da paisagem dividida
Uma parte é dirigida
Ao engano da verdade
Enquanto a outra metade
Gere o pão da sua vida.
Companheiros de matilha
Aliados da má-língua
Fazem jus à sua míngua
Com aleives na quadrilha
Tudo soa a maravilha
Aos cordeiros aparentes
Forjam logros indecentes
A troco do seu proveito
E a torto e a direito
São por vezes inocentes.
Brilham como divindade
Dos altivos campanários
No mais visto dos cenários
Da estranha sociedade
Talvez por necessidade
Das vaidades assumidas
As prosápias exibidas
Não se mostram em segredo
Enquanto este povo ledo
Tem as palmas estendidas.
Ler é decifra-se pela ótica dos outros; é encontrar-se sem se perder; é mergulhar, sem se molhar, no oceano magnífico da imaginação.
Somente a leitura crítica tem o poder de extrair a verdadeira essência de um texto e de atingir a sua total profundidade.
Lemos não apenas para desfrutarmos de um banquete intelectual do autor, mas, principalmente, para exercitarmos o nosso pensamento. A força da literatura está, imprescindivelmente, em fazer pensar.
Quem não tem autonomia para questionar, tampouco tem liberdade para dar sua opinião e exercer seu direito constitucional e democrático.
Mulher
Onde ela está existe vida
É um livro de cabeceira
Que ensina o valor da lida
Pra gente não fazer besteira
Mulher
Não existe homem forte
Que por trás de si não tenha
Uma mulher que o mantenha
Lúcido a se tornar gigante...
Louco é aquele que desdenha
E não sabe o valor desse brilhante.
A originalidade não significa ser completamente diferente de tudo o que já existe, mas sim trazer sua própria perspectiva e experiências para as coisas que você compartilha.
Jamais aceite o amor pela metade. Migalhas não alimentam. Antes, matam por desnutrição. No fim, ou morre o amor ou morremos nós.
Nunca é tarde para tentar de novo. Viver de novo. Amar de novo. A esperança só morre quando fechamos os olhos pela última vez.
Quem ama não constrange,
Quem ama não humilha,
Quem ama, no seu semblante,
O rosto de Cristo brilha!
O que é o amor? - um tesouro
Que dentro de nós guardamos,
Mas que somente vale ouro
Quando compartilhamos.
Quem muito diz "eu sou humilde", já está faltando com humildade!
O primeiropasso da humildade é não se considerar maior, ou melhor,do que ninguém.
Perceba a diferença, de sentimento e de ação, das frases abaixo:
1- Eu vou orar por você!
2- Posso orar com você?
A grande maioria dos pastores, ou irmãos da fé, usam muito a primeira opção. Não que ela não tenha o seu valor, mas esta é uma maneira que não coopera muito para edificar a pessoa que está precisando da oração. Não provoca efeito algum para quem está com a fé enfraquecida.
É muito nítido o distanciamento que existe na primeira frase, da parte de quem ora. Uma ação "solitária" e de certo modo fria.
Enquanto que na segunda se cria uma conexão entre as pessoas envolvidas, com Deus, pois: "onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, ali eu estarei". Isso é a Igreja de Jesus em que habita o Espírito Santo do Senhor.
Sinceramente, quem não quer (ou acha que não precisa) orar COM, é melhor que nem diga que vai orar POR... Apenas ore, sem alarde, em secreto, sem anúncio.
A segunda opção demonstra humildade, equidade e mais compaixão. Mas a primeira pode até denotar soberba ou um mero cumprimento de protocolos.
Infelizmente, grande parte dos pastores de hoje - especialmente os daqui do ocidente - estão no modo automático de suas práticas religiosas. Pois para eles mais valor de glória há nos dízimos e ofertas, do que nas almas e relações conquistadas para Jesus.
Não vejam esse texto como uma crítica, mas sim uma oportunidade de abrirem seus olhos! A "profissão pastor" vem causando uma cegueira perigosa, criando fiéis cada vez mais melindrosos e interesseiros. Eis o público perfeito para os empreendimentos da fé!
Eu agradeço a um certo pastor (Deus sabe o seu nome) que esses dias teve a "ousadia" de pedir para orar comigo, me fazendo perceber essa gritante diferença; e fazendo muito mais - em cinco tranquilos e profundos minutos - do que em uma hora de um culto de muito teatro e gritaria.
Revelações acontecem quando o profeta é - de fato - da parte de Deus.
Quem foi que "determinou" que para curtir a vida é preciso estar fora de casa? Felicidade, ou a gente tem ou não tem, porque é algo que vem de dentro.
Quem precisa de novidades o tempo todo e grandes acontecimentos para se sentir bem, vai morrer tentando e não vai conseguir ser completo.
Passear é bom, mas ficar em casa "fazendo nada" com a família também é!
Que bobagem pensar que não existe felicidade na simplicidade!
