Machado de Assi Poema a Carta
E esse vazio que nem você nem ninguém preenche nunca que você troca de roupa que você troca de casa que você troca de rosto e tudo continua do mesmo jeito
Esse vazio que você troca de parceiro que você troca o cigarro o isqueiro mas a fumaça e a neblina é sempre igual
E esse vazio que você enche a casa de móvel que você enche a estante de livro que você compra tanta bobagem mas nunca aprende e repete a mesma Velha História
E esse vazio que você olha para o espelho procurando um rosto conhecido mas na sua frente só vê um estranho
Você poderás me iluminar?
Na calada da noite fico a te lembrar.
Seu rosto a imaginar, seus sorrisos espontâneos a pensar.
As estrelas a brilhar, e só de imaginar lembram-me de suas constelações se iluminar.
Sua majestosa dança viverá.
E assim chamará por meu nome até achar que foi o bastante pra dizer eu te amo, abraçara-me até quando achar que irei explodir, irá me beijar até quando achar que irei sumir, usa-me até achar que irei embora. Pois enfim chegou sua hora, você está indo embora, e nem me olhou até agora.
E com você indo embora, o que farei agora, sem rumo, nem rota, a escuridão sempre me nota.
Já esquecida aqui não irei mais embora, talvez seja a hora, a hora de pensar, a hora de amar, a hora que esquecer um passado jamais sem volta.
E assim sem mais chorar, chegastes minha hora, a hora de ir embora
As lembranças ficará.
A solidão chegará .
Você poderás me iluminar?
E então é chegada a hora.
Sobe a grama vejo caminhar.
Mais não para perto como queria.
Seus passos a se afastar.
Com um passo tu levarás uma parte de mim.
Mais outro passo levou contigo as lembranças.
Vários passos e levarás a alma que um dia me restarás.
E só assim você não pode me iluminar
Levou consigo o que tinhas de precioso.
Levou consigo meu mais puro amor.
Agora me resta a perguntar.
Eu poderia amar?
Transformação
Um dia senti que minha alma estava vazia.
As pessoas eu não lia.
Não tive a oportunidade de estudar,
de aprender as palavras, decodificar,
muito menos de entender um livro de ninar.
Sabia que vivia em um lar doce lar,
mas não o que isso no papel iria formar.
Até que um dia,
eu vi as portas que a leitura abria
e resolvi estudar.
Com essa oportunidade, obtive uma chave.
E com ela consegui milhares de portas destrancar,
e para sempre comigo irei guardar.
Agora sou um homem elegante,
que por meio das palavras consegue ir avante
além das fronteiras desse mar abundante,
meu horizonte está muito maior do que antes.
Os vazios foram preenchidos,
retomei a antes perdida esperança.
Tenho agora a imaginação de uma criança
e leio a vida como se fosse uma linda dança.
“Mil e uma léguas até você”
Porque terei eu de sofrer tanto
com sentimentos que antes eram para mim um encanto?
Ela parecia me amar,
mas só queria ao meu coração matar
Se essa mulher uma musa em ascensão,
não vem até mim,
eternamente morrerei por tal pretensão
Sentir o deleite do seu amor,
para mim foi apenas um dissabor;
Felicidade e tristeza são tão contraditórios,
com o tempo se tornaram aleatórios
Céu, terra, mar,
como posso eu viver se não para amar?
Se um dia nada nos aproximou,
foi porque o destino não deixou;
Tu és a primeira rosa que brotastes em meu coração,
por você apenas morro de paixão.
Serás isto real ou apenas ilusão?;
Doces lábios que tu trazes,
tão doces quanto seu coração
que me encheram de pura emoção;
Naveguei pelo mar dos sentimentos,
e acabei em fragmentos;
Através da tempestade marinha,
eu encontrei em você o amor que me aninha;
Minha deusa, minha rainha, meu tudo,
por você dou a volta ao mundo;
A mais lenta dança contigo parece uma corrida
O maior filme um curta
E cada beijo uma piscada
Mas cada segundo mais valioso do que anos
Sentimento em repentino que em um ponto quase divino
Mudou a vida de um jovem menino
Para o amor de um crescido rapaz
Que somente pensará no tempo
E não em mais tempo.
Mundo vago
que em meio a um passo
já fujo do raio do compasso
e começou a outra parte da dança
mesmo que a mente ainda se cansa
de tanta exigência sem ritmo impedida pela distância
me presenteie então, ao menos com sua despedida
já ficaria feliz
pois de tudo o que aconteceu
que meu entendimento não consegue chegar
minha mente instalou bem ali o seu jeito de me olhar.
corações amargos
que em busca do amor desenfreado
ainda procura alguém para estar do lado
mesmo depois das facadas levadas
mesmo depois das pessoas importantes virarem nada
mesmo depois do sentimento por extinto
mesmo o fim voltando para esse início distinto
da procura por alguém que preencha seu vazio
mesmo que por instinto.
Poético silencioso
que se deslumbra numa noite branda
rodeada de olhares curiosos a se debandar.
Lua branca e clara como as ruas do entendimento
que me preenche de sentimento
deixando a mente livre querendo voar
novamente volto a escrever pensando em quando vou descansar
mesmo que a mente em rimas de momento não pare de pensar
para compor mais um pedaço da alma
um resquício que me acalma e me faz querer continuar.
Venha chuva
deixe de ser passageira
more em mim como a uma veia que pulsa e corre a cada bater.
Dance de ante as batidas do meu coração
mostrando que dentro de nós reside uma canção
e que nada no mundo irá te fazer parar de dançar.
Pule, rodopie e se jogue, mas tudo o que te peço
é que passageira a ser tu não volte
pois mesmo sendo sua vida corriqueira
aí de mim se perder mais uma veia.
DEMORA
Uma das donas da ambiguidade
Quando demora pra vir, saudade
Quando demora pra ir, felicidade
Quando o tempo demora a passar, esperar
Quando a demora é estar, apreciar
Demora no tempo
Demora com tempo
Demoras ambíguas
Demora comigo
Mas não te demores
Com jeito
Com vida e sem convite
Demora madura
Demora que atura
Demore o tempo que for
Desde que a demora não mate o amor
JOTA B
Outro lado
A cortina era um véu
Que dividia a sala
De um lado eu, olhos esbugalhados , boca roxa , roupa rasgada , semblante de fúria
Corri pra cortina puxando com força
Queria rasgá-la , eu estava com ódio
Eu queria furar a cortina toda com a faca que na minha mão estava
Pra chegar do outro lado
Onde estava eu
De semblante calmo , vagaroso
Bonitinho , arrumado , pele limpa , boca rosada
Enquanto o eu furioso não consegue chegar ao eu calmo
O eu calmo apenas toca a cortina e ela se abre
Ele chega ao eu furioso e em sua boca beija
Une sua carne ao outro
Na mais perfeita relação
Um mete o outro recebe
E assim um eu se torna o outro
O calmo se torna fúria
A cortina foi rasgada
Quadros de lembranças
Sinto meu coração
Sinto ele se despedaçar
Sinto a cada batida
Sinto a dor do seu quebrar
Em minha garganta
Um nó a apertar
Expedindo a passagem de ar
Um milhão de palavras a guardar
Somente a relembrar
Do seu doce olhar
Do seu doce falar
Você visita meus sonhos
E depois de me abraçar
Vou e acordo aos prantos
E deixo assim o luar testemunhar
O meu amor
O meu sofrimento
O meu inferno
Seu cheiro
Ainda vem me visitar
Sempre que passo
Ao lado do nosso lugar
Me deixo ali
Ser tomado por ti
Me lembrei sempre
Sou seu eterno acompanhante
Meu eterno amor
Meu sentimento não muda
Desde do primeiro beijo
Até o nosso beijo de despedida
O amor ilumina
o coração é como fogo
quando vê a alma
Fico mongo
Mas a paz fica na calma
No topo da paixão
meu coração fica frio
Pois sofri de uma grande desilusão
Meus olhos derramam lagrimas como a enchente de um rio
Minha alma sombria esclarece com tua luz
Meu coração ilumina com o brilho de seus olhos
Quando te vejo, a iluminação de tua luz reaparece em meu coração
A sua iluminação me guia até o brilho da paixão
de ti levo meus versos
De ti levo minhas palavras
De ti levo meus sorrisos
De ti levo minha alegria
De ti levarei minhas dores
De ti levarei minhas lamentações
De ti levarei minhas angústias
De ti levarei minhas recordações
De ti levo meu despertar da manhã
De ti levo as lindas melodias
De ti levo as flores na poesia
Para ti deixo a felicidade estampada
Para ti deixo a esperança sem medida
Para ti deixo meu amor em sua vida.
a Poesia atingiu o auge de sua tristeza
me carregava nos braços em tal momento
colocou-me no chão e me abraçou
disse que precisava me abandonar, que eu sabia onde ir
soturno, desci as profundezas de mim mesmo
arrastando-me em paredes lamacentas nos túneis de minha dor
era lá que eu devia estar
haviam escritos nas paredes do meu íntimo
tal qual profetas apocalípticos anunciavam dores e morte
se era poesia rasgada pelo desamor iminente, eu não sei
rastejei por sentimentos abandonados
e alegrias não vividas ante a verdades consumidoras da alma
não lembrei como fazer uma oração
e com minhas palavras blasfemas de sempre abri a boca
ante o que escorria de minhas palavras, Deus fechou seus ouvidos
os anjos rasgaram suas vestes de alto a baixo
tremeram os céus
na terra putas lambiam os dedos e as ilusões
de homens que pagaram por um pouco de amor
no momento que eu estava a pagar por simplesmente Amar
a morte pois ensaiou-se como um novo início
e acenou-me com um sorriso sedutor..
**O preço
e a cada escrito roto,
no papel amassado,
jogado na lixeira,
perdidos para sempre,
incorrigíveis,
impossíveis de serem lidos,
sim, ninguem os lerá...
ninguem se identificará,
não despertará sentimentos,
não será parte de ninguem,
essas partes do sempre de mim que se foram para o nunca mais..
Morrer,
Não é só ausentar da vida
Tornar-se lembrança na despedia.
Morrer,
É ir além (literalmente)
Ser e não ser um alguém.
É também, nascer recorrente
para um espírito do bem
aos Céus, se foi benevolente.
Amém!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03, junho, 2016 - Cerrado goiano
Naquelas manhãs no calor da manhã minhota em que ia vagueando e desfrutando do cheiro da neblina das planícies minhotas com o seu esplendor nascer do sol eu adorava desfrutar do meu adocicado café bem quente e escrever poemas à beira rio no meio da natureza em Braga, e lia o inigualável romance na sombra da escuridão de uma escritora minhota e celta guerreira que fascinava todos os dias com as suas palavras e com o seu olhar cintilante belo como o universo e as charmosas planícies de Braga.
As grandes planícies minhotas e as suas sombras na escuridão e as suas aventuras e foi sem querer que te quis Braga com todo o teu esplendor.
Naquelas manhãs no calor da manhã minhota em que ia vagueando e desfrutando do cheiro da neblina das planícies minhotas com o seu esplendor nascer do sol eu adorava desfrutar do meu adocicado café bem quente e escrever poemas à beira rio no meio da natureza em Braga, e lia o inigualável romance na sombra da escuridão de uma escritora minhota e celta guerreira que fascinava todos os dias com as suas palavras e com o seu olhar cintilante belo como o universo e as charmosas planícies de Braga.
As grandes planícies minhotas.
E todos os natais que eu desfrutava em Braga à beira da lareira com os meus eggnogs natalícios em volta da minha escrita poética e dizia assim com o meu humor comediante e poetico, Natal, é nascer todo dia e toda a noite e dizes de forma simpática e todos os verões e natais dizias Mata-os com o teu sorriso e com a tua felicidade e pureza..
No Natal é doares-te em gestos de amor e sinceridade,
é ser o sol que aquece e ama, à tua família que adormece e se encanta,
Com teto e com cobertores em volto da lareira e árvore de natal.
Natal, é ser o acalento,
da criancinha faminta,
que te estende a mão com amor.
O Natal, é todo dia e noite,
quando se dá alegria e amor.
Quando tu és uma luz pura
iluminando os caminhos,
de todos os teus sonhos.
Natal, é viver plenamente,
em comunhão com Jesus,
Natal, é ajudar sua família,
à carregar sua cruz,
esse é o Natal verdadeiro,
é esse, o Natal de Jesus e o meu também.
E nós vamos caminhando e cantando até aos confins do universo e do mundo e dizemos Mata-os com o teu sorriso e com a tua felicidade e pureza.
Porquê que as terras minhotas e nortenhas me fascinam, só de acordar pela neblina minhota às 6h da manhã e poder desfrutar do indescritível cheiro com aquela neve cristalina e os famosos cânticos da celta guerreira e escritora e da gastronomia e história que Braga nos tem para nos oferecer, é que nem pensava duas vezes e dizia, Braga és bela, maravilhosa e extraordinária cidade que até os mouros e os celtas se apaixonaram e largaram as suas espadas e agarraram-se ao vinho pelas manhãs e pelas noites a dentro, a lenda dizia, se es mouro e celta e se largares a espada e beberes vinho bracarense de manhã e à noite irás simplesmente ter grandes aventuras lendárias, porque os Deuses te indicam o caminho poético e filósofo que deves seguir. Na filosofia eu dizia sempre à beira da lareira com o meu vinho, não deixes para amanhã o que podes fazer hoje e dizer hoje porque amanhã poderás ficar arrependido. A vida é só uma por isso vive e o resto que se lixe.
Eu me apaixonei, e chorei.
Eu me senti amada, e fui enganada.
Eu senti que era amor, e me aprofundei a dor.
Eu namorei, e fui trocada outra vez.
Eu perguntei: “Você me Ama?”, e fui jogada na lama.
Eu desisti de amar, e aprendi a nadar.
Eu sai da Rima, e encontrei o Amor-próprio.
- Relacionados
- Carta de Amor: textos românticos para o seu amor se sentir especial
- Poemas para o Dia dos Pais (versos de carinho e gratidão)
- Poema de Amor Verdadeiro
- Frases de Machado de Assis
- Poesia Felicidade de Machado de Assis
- 28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida
- Poema para Irmã
