Machado de Assi Poema a Carta
NOVELAS?
O que seria da vida sem novelas?
Novela, novela e novela...
Mas ai a gente
De repente
Se vê em um nó
Difícil de desnovelar
Desvelar
Revelar
Por onde começar a (des) tecer?
Não importa por onde
No fim das pontas
A linha se tece novamente
Porém de modo diferente
E tu
Novelas?
UM SOPRO DE VIDA
- Como você consegue? Me diz.
- Como você consegue ser tão sensível?
- Como você consegue ter todo esse carinho?
- É como um perfume que exala constantemente.
- Chega até a me enjoar às vezes.
- Será hipocrisia sua?
- Falsidade?
- Não é possível alguém ser assim.
- Você não odeia?
- Não sente raiva?
- E inveja?
- Me diga, vamos!
- Bom, não sei (risos modestos)
- Digamos que eu creia que entendi o quanto nós somos miseráveis.
- Miseráveis no sentido que a vida é trágica.
- E quanto esforço é necessário para dizer que não.
- O quanto o cosmos é indiferente a nós.
- Mesmo que nós continuemos dizendo que não.
- Ou seja, que existe sim uma finalidade para tudo isso chamado vida, afinal.
- Uma vez me perguntaram se eu acreditava em milagre.
- Eu disse, claro!
- Toda vez que eu vejo manifestações de amor.
- E por favor, não me peça para definir de que amor estou falando.
- Quando alguém realmente se dispõe a ajudar alguém sem procurar algo troca.
- A não ser o puro prazer de fazer o bem, mas que mal a nisso?
- Novamente por favor, não me peça para definir bem e mal.
- Acho que a gente não entra muito em contato com esse tipo de sensibilidade corriqueiramente.
- A gente vive hoje sentindo que tudo é competição, guerra, conflito.
- Que precisamos estar defensivos sempre.
- Que precisamos sempre desconfiar primeiramente.
- Sim, talvez a vida seja tudo isso mesmo.
- Mas só isso?
- Não!
- A vida é mais que isso.
- Acredito que cheguei em um vazio e em um sofrimento tão grande por ter tido um contato cara-a-cara com a tragédia que aprendi a valorizar certas coisas.
- Como, por exemplo, o fato de poder estar dizendo tudo isso para você.
- Enfim, acho que o que quero te dizer é o seguinte...
- Sim, há momentos em que eu não sou sensível.
- Sim, há momentos em que eu sinto raiva.
- Sim, há momentos em que eu sinto tudo isso que você me disse.
- Porém eu não cultivo essas coisas em mim.
- Sinto porque é humano.
- Sinto porque não há como passar na vida sem sentir.
- Porém eu escolhi – em alguma medida – viver assim, sensível, carinho.
- Me faz bem.
Tem dia que estou tão inspirado
Que estouro com facilidade
Não posso conter
Esses estilhaços
São plumas
São cacos
Que ferem
Que saram
Não posso contê-los
Talvez sem algum zelo
Nem mesmo com apelo
Não há um porquê!?
Tudo acaba dependendo
Do instante
Do momento
Não peço que aceite
Nem veja beleza
Pois até mesmo eu
Não tenho certeza
Com toda a clareza
O que quero dizer
Há quem me condene
Que se diga ofendido
Em ter me sentindo
O que posso fazer?
Não posso jamais
E isso eu afirmo
Deixa de viver
Porque que você quer
E todo esse verso
Meio desajeitado
Não clama sentido
Nem leitor assíduo
Sou eu mais uma vez
Brincando com a vida
Escrevendo ao bel-
Com todo -prazer
Para encerrar
De um jeito elegante
Quero parabenizar
A mulher
Esse ser fascinante
Mulher ser divino
Que me causa paixão
Meus parabéns
Por serem quem são
IMPRESSÕES ENTRE AMIGAS
A: E o que você achou dele?
B: Ah! Não sei, nem conheço. Mas ele é bonitinho.
A: Eu também não, mas achei ele tão inteligente, educado e sensível
B: Então vai lá, fala com ele, besta.
A: Eu? E por que ele não vem falar comigo?
B: Mas o interesse não é seu, lesa?
A: Meu? Que nada.
B: Tudo bem. Deixa que eu falo, então.
A: NÃO! Tá louca? O que ele vai pensar?
B: Tu tem medo de quê, menina?
A: Não sei o que dizer a ele. Não quero parecer boba ou fácil.
B: Seja você mesma. E veja o que rola.
IRRADIAÇÃO
Não tive como escapar.
A radiação se espalhou.
E fui contaminado.
A bomba caiu sobre mim.
Por sorte não morri.
Porém eu comecei a irradiar.
A bomba de emoções era enorme.
Foi nuclear no meu eu.
Agora irradio.
Sem querer.
Irradio amor.
Irradio carinho.
Irradio ternura.
Irradio afeto.
Irradio potência.
Se você deseja.
Contaminar-se.
Basta se expor.
DÚVIDAS DE PRIMEIRO ENCONTRO
E se eu a convidasse para sair?
Está uma noite tão linda
Pensei em leva-la a...
Sair de si por alguns instantes
Acho um excelente local
Ela aceitaria esse ingresso?
E se eu a pedisse para passear comigo?
Passear pelas ruas
Nas quais ela se perdeu de si mesma
Seria uma boa pedida?
UM CAFÉ, UM SORVETE E UMA CONVERSA (PART I)
Era hora do sol sair de cena vagarosamente – bastava que oferecêssemos nossa atenção a ele e lento fazer-se-ia -, pois assim podíamos apreciar a chegada do ocaso. E assim o foi. Neste dia preferi por passear sozinho. Nada como uma tarde em boa companhia, a minha própria. Longe desta ser uma postura egocêntrica, mas apenas uma atitude de alguém que aprendeu a apreciar a sozinhez de quando em vez. Enfim, já andando por horas decidir sentar-me para sossegar as pernas. E com isso permitir com que os ventos dos 4 cantos apossassem-se de meu corpo. Fiquei ali e relaxei por alguns instantes. Já saciado do banho das brisas fui até uma loja para comprar algo para beber, pois a “sede” fez-se presente. Olhei, olhei novamente, contudo tantas eram as opções com as quais me deparei no cardápio que me fizeram não conseguir nada escolher. A atendente – que por sinal fora educadíssima – disse-me a seguinte frase: “O que acha de um simples, saboroso, clássico e não tão quente café?”. Claro, disse eu. Como não pensei nisso antes. Adorei a pedida. Escolhi, então, um lugar distante e silencioso – como de costume - para acomodar-me e degustar pacientemente o meu café. Nisso, vejo chegar ao mesmo estabelecimento em que estava uma “amiga” – essas aspas que sempre me amparam. Sabe aquela moça pela qual você já foi apaixonado nos tempos de escola, entretanto para a qual nunca se declarou? Aquela pela qual você suspirava em silêncio? Aquela pela qual noites em claro ficou? Aquela pela qual você conseguiu apenas uma amizade? Pois é, essa mesma, vítima de nosso amor platônico. Bons tempos essas paixões infantis – como se toda paixão não tivesse essa marca piegas, enfim. Ela entrou e pareceu-me procurar por alguma coisa. Procurou, virou e revirou a cabeça e os olhos por todos os lados, entretanto nada encontrava. Vi que ela estava para sair de lá com ares decepcionantes, porém não a deixei ir. Solicitei à garçonete que a fosse chamar para que me notasse. Foi ai que ela me viu e trocamos acenos e sorrisos. Fiz gestos para que ela viesse para perto de mim e assim pudéssemos conversar. Ela veio – para minha alegria. Ficou de pé diante de mim que, automaticamente, fez-me levantar também. Perguntei-lhe se ainda lembrava de mim, pois já faziam alguns anos que não nos víamos. Ela disse: “como poderia esquecer de você”. Abraçamo-nos. Nessa hora fui tomado por uma euforia interna. Perguntei a ela o que fazia naquele lugar e ela me disse que estava esperando uma amiga, porém que até aquele momento não havia chegado. Propus-lhe que se sentasse comigo para espera-la e quem sabe tomar ou comer alguma coisa até lá. Ela, inicialmente, relutou, disse estar com pressa e que não queria me atrapalhar. Disse a ela que seria um prazer tê-la como companhia e fazer-me de companhia a ela até a possível chegada de sua amiga; que em nada atrapalharia, pelo contrário. Ela, então, finalmente, disse sim – mais uma vez para minha alegria. Perguntei-lhe se desejaria pedir alguma coisa e apontei a ela o cardápio sobre a mesa. Com o tom de voz delicado, disse ela: “Acho que vou tomar um sorvete de açaí com tapioca”. Excelente! Que venha o soverte paraense, disse eu tentando ser engraçado – com louvor. Gargalhadas e risos surgiram em nós nesta hora. Com um ambiente mais descontraído instalado, perguntei-lhe como estava a vida. O que andava fazendo. Planos. Projetos, enfim. Queria saber dela e como encontrava-se naquele momento – uma forma de matar uma saudade dantes inexistente. Conversa vai e conversa vem e nós já tínhamos sabido muita coisa um do outro. Ela já havia terminado de tomar o soverte e eu já havia terminado de tomar o meu café. E adivinhem só? Perfeito, ela não apareceu – para minha felicidade. Ela me disse que já estava ficando tarde e que teria de ir, pois seus pais haviam combinado de irem busca-la para um aniversário. Antes de irmos – disse eu - o que acha de apreciar a saída do sol? Veja, está acontecendo. Ela aceitou e percebi o quão alegre ela e eu estávamos naquele momento. A boca dela não conseguia conter seus lindíssimos dentes. Escoramo-nos na orla e lá permanecemos até o cair da noite. De repente o celular dela toca e ela o atende. Adivinhe só quem era? A amiga? Errado. Eram os pais dela a chamando para ir embora. (CONT...?)
DISTRAÇÃO
Surgia ela andando ligeira e paralelamente a mim. Ao longe a via, distraindo-se intencionalmente para não olhar em meu rosto. Abaixou sua cabeça e apanhou o celular rapidamente da bolsa – que, destacando, combinava perfeitamente com seus brincos. Viu-o e mexeu com seus dedos nele como se estivesse realizando alguma operação, vendo uma ligação, um whatsapp, não sei – aqui cogitamos o que desejarmos. Sabia que nada ali havia, claramente. Foi engraçada e ao mesmo tempo sedutora tal situação. Pois ela sorria ao ver as mensagens, não do celular, logicamente, mas as que nós trocávamos com esses sinais nossos. De um lado eu, observando-a acanhada e encabulada. Do outro lado ela, fazendo-se obra à admiração minha. Lembro-me de poetas românticos cunharem isso de corte, enfim. Aproximamo-nos um do outro, lado a lado ficamos por segundos, preciosíssimos segundos. Neste instante eterno ela levanta a sua cabeça e olha-me com um sorriso discreto. Eu, em ato retribuidor, sorrio do mesmo modo. Cumprimentamo-nos cordialmente com o clássico “Olá” e seguimos nossos caminhos. Não trocamos frases, porém trocamos sentidos. São circunstâncias como estas que acendem e animam a vida. Perceber a maravilhosidade de tudo isso é uma experiência fascinante. Pergunto-me quantas vezes as coisas incidem ao nosso redor sem que atribuamos algum valor? Talvez careçam referências para se conseguir avistar certas coisas. Afinal, o mundo é aquilo que apreendemos e tudo o que estiver fora de nossa compreensão não existe para nós. Nossa, até me distrair depois de tudo isso.
GOTEIRA POÉTICA
Não tem jeito.
Eu já tentei
Escorre sempre
Toda vez que percebo
Lá está ela
Respinga nas ponderações
Ou em comentários despretensiosos
São metáforas
Licenças poéticas
Brincadeiras linguísticas
E cá está ela
(Es)correndo na lentidão do tempo
Quando a tempestade aparece
Ela fica incontrolável
Essa goteira poética
Que me acompanha
De tempos em tempos
Em meu apartamento
SOLIDÕES
Nunca pensei
Que esse silêncio
Que gritava de ti
Poderia me encontrar
E me fazer companhia
Ali calada
Pensando em nada
Estava alguém
Desacompanhada
Lia livros
Ouvia músicas
Ria com amigas
Mas lá voltava
Novamente
Para aquele lugar
De nenhuma gente
De repente
Nasce a ousadia
Fui lá
Para conversar
E as solidões
Antes presentes
Deram lugar
Aos dois contentes
De se afastar
Das solidões
28.02.1994 - CRIAÇÃO DA U.R.V. - UNIDADE REAL DE VALOR, PEDRA FUNDAMENTAL DO PLANO REAL.
“Daqui pra frente, trabalhador nenhum terá o salário menor do que o custo de vida”, declarou Fernando Henrique ao dar detalhes sobre o novo plano econômico, informando que não haveria mais perdas salariais a partir de março. “Nós mudamos a regra. Mudamos de uma maneira favorável ao trabalhador. Isso tem que ser entendido. Não adianta vir com uma conversa do passado para prever o futuro. Será diferente”, acrescentou o futuro Presidente da República.
Desde 1986, com a criação do Plano Cruzado, o Brasil sofreu uma série de planos e medidas econômicas que resultaram, ao longo de oito anos, em uma inflação total de 689.363.100%. Ao todo, foram oito programas de estabilização, cinco congelamentos de preços e salários, um confisco de ativos financeiros, 54 alterações no sistema de controle de preços, 16 políticas salariais e quatro moedas (cruzado, cruzado novo, cruzeiro e cruzeiro real), o que resultou em um corte de nove zeros em relação ao cruzeiro que vigorava no início de 1986. Por mais fortes que tivessem sido as medidas, a inflação continuou a se acelerar, havendo a necessidade de mais um plano, o que desta vez mostrou-se eficaz e duradouro. O novo plano econômico teve como consequência a redução brusca da inflação, a ampliação do poder de consumo da população, a modernização do parque industrial brasileiro e o crescimento econômico com geração de empregos, além de ter tornado Fernando Henrique o político mais influente do Brasil, fazendo com que fosse eleito Presidente da República em outubro do mesmo ano.
Olhos ...
O que eu mais acho bonito em mim, meus olhos ...
Olhos que demonstram todo tipo de sentimentos... Olhos transparentes como água límpida... Olhos que transmitem , olhos que se comunicam, olhos falam...
Olhos tristes com aquele pequeno toque de alegria!
Olhos parados , mais mente turbulenta ... Pensamentos incessantes ...
Os mesmos olhos que sorriem com alegria são aqueles que vazam quanto a alma está por transbordar!
Olhos que ficam baixos na timidez , e olho no olho quando o assunto precisa de máxima atenção, verdade e seriedade!
Olhos serenos quando amam, e olhar fulminantes quando perco as estribeiras!
As vezes fecho os olhos para que minha alma não pule para fora... Olhos porta de entrada da alma ... Só que os conhece é capaz de penetra uma alma!
É muito forte em nosso ser, a ideia de que, na ausência de um ente querido, o único caminho a ser vivido é o do sofrimento. Mas, se agirmos assim, estaremos condenando os nossos amados a sofrerem junto!
Eles nos sentem, eles nos querem bem, não desejam o nosso sofrimento.
Sem desejarmos, estamos dizendo a eles que também precisam sofrer pela nossa ausência! Estamos condenando-os a um futuro de dor e sofrimento em seus corações!
Se não desejamos isso para eles, precisamos servir de exemplo e viver.
Claro que teremos saudade, mas que esta nos traga aos olhos as lágrimas amenas que nos aliviarão a ausência e que nos lembrarão que tivemos a oportunidade de construir um laço de amor pleno e que, logo mais, estaremos juntos novamente.
Muitas vezes, achamos que, com a partida de quem amamos, temos de adotar a postura de um sofrer sentido, de um sofrer sem fim. Pensamos assim porque acreditamos que não podemos ser felizes sem aqueles que se foram.
Que possamos mudar esse nosso jeito de pensar, porque os que se foram nos amam e querem o nosso bem e rezam por nós para que sejamos felizes.
Se não podemos fazer isso por nós, que façamos então por eles!
Quantas vezes nos sentimos acuados e com medo, como se fôssemos coelhos ante o predador implacável. Alguns de nós podemos acreditar que o predador é a Vida somente porque não a compreendemos. Ela não é nosso predador e sim a nossa "mãe" que nos orienta e nos leva a compreender o quanto crescemos na nossa caminhada.
Valorizemos, portanto, a Vida.
Temos que ter cuidado ao falar com as pessoas... Pois não sabemos o grau de sofrimento das pessoas...É muito difícil saber como as pessoas vão interpretar o que falamos!
Além disso, teremos que ter cuidado para não prejudicar uma mente, uma alma, um coração, pois aquela mente, aquela alma e aquele coração podem ser a nossa única moradia enquanto nos iludimos que estamos em vários corações...
A vida é como uma roda gigante...Hoje por cima e amanhã por baixo...um ciclo vicioso...interminável..
DÊ TANTO BRINCAR COM AS PESSOAS...UM DIA A GENTE SE TORNA BRINQUEDO OU MARIONETE NA MÃO DE UMA PESSOA MAIS EXPERIENTE ,NAS QUEBRADAS DA VIDA!
Aí não adianta reclamarmos da vida...A VIDA É UM ECO DE NOSSAS ATITUDES...SÓ RECEBEMOS O QUE PLANTAMOS!
vale a pena refletir ...
Autor Diego Machado.
Às vezes eu me pergunto se vale a pena tudo isso.
Às vezes acho que isso é meio inútil
Eu sou inútil
Eu dou o melhor de mim aqui
Eu seguro as pontas
Me faço em mil pedaços às vezes
Eu não quero saber se foi dolorido
Quando eu estiver cansada disso
Acho melhor você procurar outra confidente
Da qual você possa desabafar o que quiser
Antes de você, eu já estava podre
Então não se importe em contar seus problemas
Eu sempre estou machucada.
Feridas se curam
E não é apenas com o tempo.
Eu não quero mais um domingo como aquele
Mas acho que ainda estão por vim mais
Sensibilidade é uma droga
E ultimamente não sei o que estou fazendo da minha vida
Não estou vivendo corretamente
Nem sorrindo verdadeiramente
Mas estou aqui, por você.
Como se não houvesse fim
Chegamos ao final
Foi triste como a retirada do marfim
E perfeito como a forma de um cristal
Caso eu sonhe com isso
Por favor, não me acorde
Deixe - me no paraíso
Não me jogue na estrada da morte
Ó tempo
Por que a rapidez?
Se você fosse mais lento
Eu viveria aquele momento outra vez?
Ela foi dura feito aço
Será que um dia irá esquecer?
Daquele meu abraço
Que ganhava em todo amanhecer
Quase tudo foi bom
A parte ruim restou para mim
Parece que tenho um dom
Digo não, quando o caminho é o sim
A gente apaga constantemente os sentimentos com a intenção de se defender e aos poucos precisamos de doses maiores de anestesia para alma, pois qualquer dor parece tortura.
Com a intenção de proteger o coração cingimos sentimentos, mas não importa quão perfeita seja essa cirurgia, sempre há uma cicatriz, um vazio.
A gente se acostuma a não lutar pelo amor que um dia nos torceu o braço e nos jogou no chão.
Por achar que toda relação será igual e por não acreditar em mudanças preferimos lutar contra o amor, contra essa força que comumente confundimos com fraqueza.
Às vezes, quando o amor nos doí, nos fere; é porque o outro lado está morrendo de medo e como um animal, acuado, não faz distinção entre mocinho e vilão, porque assimila todo gesto como uma possível agressão.
Nem toda dor sangra! Criar um futuro que ainda não existe amplifica qualquer sofrimento e reduz qualquer possibilidade.
Esse mundo é de bater ou correr porque ninguém quer apanhar. Fugimos, aos poucos, de nossos sentimentos e usamos como desculpa o temor ao sofrer para justificar a opção covarde de fugir e se esconder...
"Luz & Vida"
É de um grande amor assim
que eu necessito
Nem sempre me lanço ao encalço
cega e muda
mas sempre choro
grito por ele no meu travesseiro
canto por ele embaixo do chuveiro
e choro
carrego no peito a dor do mundo
e choro
choro um rio e três lagoas
nas madrugadas
abandonadas
nas manhãs envergonhadas
enojadas de pobreza
violência
impotência...
É preciso não matar esse amor
mesmo dilacerante
amor-pele
bordado intrigante
que revela
a poeta
Não posso perder a luz no meu olhar
Só ela mostra a vida a comungar...
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