Loucura sem ser Doida
Se és louco, continua
a subir nessa loucura,
porque a vida só mingua
quem não tem a tua altura.
I
Cada louco é um segredo
encoberto num mistério,
que se mostra num critério
comparado a um brinquedo…
Mesmo sobre um arremedo
a verdade é sempre nua,
e o sinal se acentua
no tino que sabe a pouco;
se és tu, és quase louco;
se és louco, continua…
II
Sabes bem tudo o que és
dentro da tua aparência,
que te tapa a consciência
e te abre de lés a lés…
Não encubras as marés
dessa tua compostura,
porque atrás dessa figura
de feição inteligente,
és um louco que se sente
a subir nessa loucura…
III
Já vais alto bem o sei,
vais aonde eu imagino,
bem acima do teu tino
no rigor que em ti criei…
Prometo, não contarei
a loucura que é só tua,
pois alteia, vai à lua,
como lobo num rebanho,
e revela o teu tamanho
porque a vida só mingua…
IV
Se és firme no ofício
de trepar até ao espaço,
voas livre - como eu faço -
neste curso vitalício…
Nunca há um precipício
onde há uma aventura,
e sendo tu uma criatura
sempre perto das origens,
enches sempre de vertigens
quem não tem a tua altura…
O Homem é uma criatura tão estranha, tão diversa, que tem sempre uma postura muito perto da loucura e o resto é só conversa.
Título: Caldeirão.
Caldeirão, loucura e paixão,
mexe, mexe, mexe…
e o poeta se remexe.
Viver, se apaixonar e viver,
desiludir, brincar e perder,
criança sem idade de crescer.
Caldeirão, lucidez e desilusão,
mexe, mexe, mexe…
e um novo personagem aparece.
Fiel
Minha fiel loucura
Minha intensa tensão
Minha maravilhosa paixão
Que surpresa ao te rever
Segundos por minutos ficado
Cada passo seu, eu petrificado.
Momentos que o tempo tava quebrado
Coração de emoções ficou tomado
Você tão bela, tão hermosa
me deixou à quilômetros do chão
e por um tempo pensei
em minha antiga declamação
Seu olhar, seu sorriso,
suas pernas, seus passos
e meu peito de novo
ficou sem você!
Para e lembrar o louco vive tranquilo no seu espaço vazio, na verdade todos querem a loucura do louco.
- Acho, senhora, que pela primeira vez na vida Artur foi golpeado por uma loucura que ele não pode contrololar.
- O Amor?
Olhei-a e disse a mim mesmo que não estava apaixonado por ela, e que seu broche era um talismã apanhado aleatoriamente. Disse a mim mesmo que ela era uma princesa e eu no filho de uma escrava.
- Sim, senhora.
- Você entende essa loucura?
Eu não tinha consciência de coisa alguma na sala, exceto Ceinwyn. A princesa Helledd, o príncipe adormecido, Galahad, as tias, a harpista, nenhum deles existia pra mim, assim como os tecidos pendurados nas paredes ou os suportes de bronze das lamparinas. Só tinha consciência dos olhos grandes e tristes de Ceinwyn e de meu coração batendo.
- Entendo que é possível olhar nos olhos de alguém - ouvi-me dizer - e de súbito saber que a vida será impossível sem eles. Saber que a voz dessa pessoa pode fazer seu coração falhar e que a compania dela é tudo que sua felicidade pode desejar, e que a ausência dela deixará seua alma solitária, desolada e perdida.
[...]
- Isso já lhe aconteceu, Lorde Derfel?
(As Crônicas de Artur)
A loucura de muitos se chama amor, mas a obsessão de outros se chama paixão.
ALMEIDA, Bruno de Souza. "Reflexões". Resende, 27 de Novembro de 2015.
Samantha: Eles são homens. Eles não falam, brigam. Eles não conseguem evitar. É toda aquela loucura de testosterona. Deus abençoe.
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