Livre para Voar sem Destino
O Destino dos Lúcidos
O destino dos lúcidos é carregar o peso da verdade
como quem leva água num vaso rachado:
sabendo que, a cada passo, algo se perde,
e mesmo assim caminhando.
Ver além dos olhos é uma ferida secreta,
uma lâmina de luz que sangra devagar,
enquanto a maioria adormece embalada
pelo suave consolo da ilusão.
Os lúcidos atravessam cidades silenciosas,
templos abandonados, desertos sem nome.
Carregam nos ombros o que não pode ser dito
e nos olhos o que o mundo se recusa a ver.
Por vezes, desejam também dormir —
mas a lucidez é uma chama que não se apaga:
ela arde nos ossos,
ela queima no coração,
ela sussurra entre os passos:
“Segue…”
Pois o que vê não pode fingir que é cego,
e o que sabe não pode regressar à ignorância
sem rasgar a própria alma.
O destino dos lúcidos é ser ponte entre mundos,
eco entre silêncios,
voz entre os adormecidos
e chama acesa
nas noites sem estrelas.
Amigo é aquele que caminha ao teu lado sem desejar ser teu destino. A verdadeira amizade não exige espelhos, mas presença. Entre os que riem contigo, poucos te verão quando estiveres invisível ao mundo — esses são os amigos.
Na dança do destino, os fios da indiferença se entrelaçam, quando quem um dia compartilhou nossos passos nos relega ao mistério. Desvanecemos como um eco distante, enquanto seguem adiante, alheia à nossa presença no palco da vida.
Sob o véu diáfano do destino, não é o carma que nos enlaça com fitas de recompensas ou nos lança em abismos de punição. Somos nós, com o coração pulsante de intenções e ações, que tecemos o próprio tecido da nossa existência. Trabalhando em consonância com o murmúrio da Natureza, moldamos a harmonia que nos envolve, tal como as estrelas bordam o manto noturno do céu. Cada gesto nosso, obedecendo ou transgredindo as leis universais que regem essa dança cósmica, reverbera no infinito, retornando a nós em ecos de alegria ou tristeza, serenidade ou turbulência. Assim, na jornada pela vida, somos os artesãos do nosso próprio destino, sempre em busca de um equilíbrio divino e natural.
Inspirado na filosofia de Helena Blavatski
Pensamentos, Palavras, Ações e Destino
No imenso jardim da vida, cada pensamento é uma semente plantada com carinho. Cultive seus pensamentos, pois eles se tornam palavras, e palavras têm o poder de criar e destruir, de ferir e curar. Elas são a primeira expressão do nosso ser, lançadas ao vento como pétalas de uma flor. Guarde seus pensamentos, pois eles viram ações. Cada gesto, cada movimento nasce daquilo que pensamos, da intenção que carregamos em nosso coração. As ações são os frutos que brotam das sementes plantadas, e é através delas que moldamos o nosso mundo. Zele por suas ações, pois elas viram hábitos. Repetidas vezes, como um ritual sagrado, nossas ações se transformam em hábitos, e esses hábitos definem a essência do nosso caráter. Eles são os padrões que seguimos, as trilhas que percorremos sem pensar, levando-nos pelos caminhos da vida. Observe seus hábitos, pois eles definem seu caráter. É no caráter que se revela a verdadeira face de uma pessoa, aquilo que somos quando ninguém está olhando. Um caráter sólido é construído com hábitos virtuosos, é um farol que nos guia nas tempestades da existência. Preze por seu caráter, pois ele define seu destino. No fim, somos os arquitetos do nosso destino, e é o caráter que molda o caminho que percorremos. Um destino de honra, de paz, de realização, nasce de um caráter bem vigiado, de uma vida vivida com propósito e integridade.
Encontro de almas afins
Numa encantadora noite de verão, andando sem destino, cruzei com seu caminho e juntos seguimos na mesma direção. Alternamos olhares pela janela da escuridão e, durante cinco anos, caminhamos juntos por cada estação.
A seu lado, aprendi incessantemente e, a cada momento, com esforço e afeto, você me guiou, cumprindo a primeira etapa de sua missão.
Tal como me ensinaste, semeei as sementes que germinaram em minha vida e aprendi a espalhar o bem por onde quer que eu vá... Aprendi a decifrar a linguagem do amor, a perceber a verdadeira beleza de uma flor, a sentir a essência de cada aroma e a finesse dos bons costumes das regras de etiqueta... E, como Julieta, aguardo você, meu amor, para prosseguirmos nossa história com o desfecho que já está escrito no infinito.
Reencontrei-te, minha metade eterna, No abraço do tempo e do destino, Com corações que batem em rima terna, Unidos pelo amor divino.
Na dança dos astros e das estrelas, O universo conspirou por nós dois, Trazendo à luz as promessas belas, De um amor que em nós se compôs.
O beijo selou o encontro sagrado, Duas almas que se reconhecem, Num matrimônio celestial, abençoado, Onde os corações, em uníssono, se aquecem.
Agora somos um só, um inteiro, Completamos o quebra-cabeça da vida, Com mentes e almas num só roteiro, Vivendo as promessas divinas prometidas.
Depende de você...
A luz divina caminha lado a lado com o seu destino, o caminho traçado exclusivamente para você, antes mesmo de sua descida à terra. O final feliz da sua história não é alcançado pelo isolamento ou pela preguiça. Sem envolvimento, não há desenvolvimento; sem esforço, não há vitória; e sem vitória, não há liberdade. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" — das prisões do ego, do caminhar cego, da arrogância alimentada pela rebeldia e ignorância, e das ilusões que o mundo material nos apresenta como verdades.
Todos nós possuímos uma bússola interior que nos orienta na direção que devemos seguir, embora muitos não saibam como utilizá-la. Antes de trilhar um caminho, volte o ponteiro dessa direção para o seu interior. Na solitude, o coração abre a porta para a intuição, e a sabedoria guiará seu processo de evolução, conduzindo você a um mundo que oferece muito mais do que os olhos podem enxergar.
Já me perguntaram a razão de tantos pensamentos lançados sem destino certo. Respondo que não escolho fazê-lo, pois que brotam de mim como lavas de um vulcão a que não resta alternativa senão lança-las para fora. Assim como ao pensador, ao vulcão não importa que distância alcançam, e menos ainda o tipo de terra que cobrem. O que a ambos suscita é que a mesma lava que parece tão destrutiva no momento da erupção, ao longo de toda a eternidade continuará fertilizando o solo que a acolhe.
O destino das sementes as separa em três grupos: as que se espalham sobre rochas impenetráveis e fenecem; as caídas sobre terras rasas que não conseguem aprofundar suas raízes, e logo secam; e as que encontram terras férteis e profundas que em seguida as transformam em árvores frondosas!
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