Literatura de Cordel
Quando as narrativas se tornam intérpretes da verdade, a mentira ganha espaço, obscurecendo a realidade e distorcendo o que de fato acontece.
Mateus 7.13-14 – A Porta Estreita e a Porta Larga.
A régua de medir da hipocrisia é, ironicamente, desmedida...
E quando as narrativas se tornam intérpretes da verdade, a mentira ganha espaço, obscurecendo a realidade e distorcendo o que de fato acontece - espaço aberto para a estrada larga do mal.
E assim... As conveniências do mundo se moldam a um emaranhado de escolhas confusas, com efeitos paralisantes, que recusam o Caminho Estreito — Jesus Cristo — para trilhar o caminho largo do pecado, que conduz à estagnação, à destruição e à separação de Deus.
"Pratica o bem e seus olhos verão o Céu". (Meu Espírito Amigo, Rio de Janeiro, 24 de julho de 2025)
É próprio da imaturidade trocar a autoconfiança pela dependência - uma conduta que favorece a insignificância e fere a dignidade humana.
As ações colaborativas inspiram e incentivam a amizade e a integração - valores que promovem o acesso a oportunidades para os grupos sociais motivados à construção do bem comum: o bem-estar, tanto individual quanto coletivo.
E continuei observando aquele senhor caminhar lentamente.
Seus passos revelavam cansaço e resignação — sinalizando que, talvez, estivesse conformado com situações pessoais e familiares que clamavam por transformação.
No entanto, seu comportamento era de aceitação.
Aproximei-me dele e disse:
"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente" — como Deus ensina em Romanos 12:2.
E, persistindo no desejo de ajudá-lo a mudar o seu olhar, acrescentei:
— Deus não se conforma com o que nos paralisa... Ele nos chama para recomeçar!
Lembre-se: Deus tem um recomeço para a sua vida!
Ele voltou o olhar em minha direção, acenou com a mão... e partiu.
Fiquei parado — por muito tempo — observando-o seguir o seu caminho.
Comovido, a voz embargada, permaneci ali...
Em silêncio, orando a Deus, pedi:
— Querido Deus, o meu pai está precisando de ajuda… e eu vou ajudá-lo.
É a musica dando sentindo à movimentos singulares, únicos - causando diversão, emoção, alegria, bem-estar... Paz.
"Você não precisa ter medo porque Eu sou o seu Deus. Eu lhe darei forças - Eu vou ajudar e manter você em pé, firme, com a minha vitoriosa Mão Direita - Isaías 41:10"
As dificuldades abrem caminhos e fortalecem os caminheiros que se atrevem à travessia.
Quando deixamos de criar conteúdos com inspirações livres para escrever conteúdos críticos e textos direcionados a terceiros, deixamos de trabalhar a nossa própria literatura e perdemos o eixo principal do nosso trabalho como escritor. Mergulhar no oceano das críticas nos leva a perda de foco, identidade e paixão pelo trabalho de fazer literatura.
Acordei com o sol rubro do fim da tarde; e aquele foi um momento marcante em minha vida, o mais bizarro de todos, quando não soube quem eu era – estava longe de casa, assombrado e fatigado pela viagem, num quarto de hotel barato que nunca vira antes, ouvindo o silvo das locomotivas, e o ranger das madeiras do hotel, e passos ressoando no andar de cima, e todos aqueles sons melancólicos, e olhei para o teto rachado e por quinze estranhos segundos realmente não soube quem eu era. Não fiquei apavorado; eu simplesmente era outra pessoa, um estranho, e toda a minha existência era uma vida mal-assombrada, a vida de um fantasma.
De tanto respirar diferentes formas de arte, estranho seria se eu não me aventurasse por essa jornada.
Tenho facilidade para me adaptar às muitas formas de falar o português brasileiro e como já morei em favelas sob comando de todas as três facções do Rio, e ainda numa dominada pela milícia, acabei tendo contato com as particularidades de cada região. Mas transformar isso em literatura não é fácil.
Quando a guerra começou, minha mãe sugeriu que eu escrevesse um diário. Nele, contava tudo o que tinha feito no meu dia. Eu pensei que assim eu poderia um dia lembrar de tudo o que aconteceu.
"Minha cidade foi minha história e ela teve o tamanho, mesquinho, de minhas ambições. (...) O dilúvio salgado escapava com tamanha fúria dos olhos, que achei que fosse arrancar meus glóbulos. Fiquei feliz por isso. Nunca mais enxergar seria imensa bênção. Mas o destino é tão cruel que a partir dali comecei a enxergar ainda mais. Vi o passado, vi o futuro, vi o distante e vi o não dito; vi o que se soterrou debaixo dos tapetes da memória e vi o que se quis dizer, mas não foi possível nos tempos mortos. Tornei-me curva pelo peso de toda verdade que acumulei em minhas costas. Uma luz intensa fez me lúcida. Estava morrendo? Um jaó cantando longe. Um adeus? Do tempo que já se foi. "Ouça o mar." Não existem, já, jaós por aqui. "Ouça o mar!" Mas nunca fomos apresentados. Um dia o sertão chega lá. O canto do jaó. Raro. Pai? Se alguém achasse um. Sagrado seria. Ou maligno. Despedida.", Fred Di Giacomo, "Desamparo"
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