Lirio da Paz
Da planície das coisas por escrever...
Da planície das coisas por escrever nasceu um lírio
sem trono
sem tecto
sem espelhado afeto.
Nasceu parido do ventre dos lamentos e gemidos,
dos ruídos derrotados e vencidos das cigarras.
Nasceu cuspido na cara desmaiada das palavras
cruas. Maltratadas.
Da serra elevada aqui ao lado
rebolam-se nervos cardados de memórias
num rosto moreno, a navegar-se em moradas de charcos.
Barcos áureos sem rumo, sem velas, velejam-se
ao som da voz cantada.
Da voz que, cansada de si, pranta,
em longínqua estrada.
Perco-me entre o plano e o composto.
Rebusco a chama distante do teu corpo,
a lava adormecida na noite do enigma.
Busco um momento
na seiva cálida do teu gosto
na saliva lenta da renuncia a escorrer-se aberta
na esteira pálida da palavra.
Num adeus distante de gestos gastos e repetidos,
no tédio déspota dos sentidos.
Na planície acerada dos trigais,
não te encontro nem sequer me encontro mais.
Mergulho no charco pardacento, o verbo,
a palavra, o sentimento.
Na boca bafiosa sinto gelo, moribunda rosa.
No estômago o soco, o invólucro transparente do nada.
Sopra da serra um mundo agreste,
que me veste do fim e me despe do começo de mim.
Da planície das coisas por escrever,
das coisas por viver, nasceu um lírio nado-morto
a pontear de roxo um espaço devoluto de oco.
Ao longe, na boca do mar, nasce agora o Sol-posto.
DEPÓS O INVERNO
Aos sóis, num tempo de desventura,
Pregado ao amor e a tristeza,
O lírio ao vento espalha a beleza,
Formando-se paixão sem amargura...
Eleva-se, e cantiga, a lua-ventura
Das noites pratas, e, quanto mais acesa
Clareia aos campos em realeza
Juntando-se as flores sua candura...
E pecados não se ouvem de perverso;
Os bálsamos dispersam o reverso,
O jardim é um só complexo de fulgor...
As estrelas se completam as amadas,
E na fragrância azul das alvoradas
Renasce dentre as cinzas uma nova flor!
Mulher
Um dia morremos de amor, mas no outro renascemos puras, como um lírio sob a sombra da lua, exalando toda nossa beleza, e perfume de mulher.
És um Lírio mais belo, de todas as flores.
És meu desejo de todas as noites.
Te quero mais que tudo.
Quero você no meu mundo.
Para sempre te amar.
Desejo-lhe aos meu braços.
Para estarmos sempre colados.
Para viver esse grande amor.''
NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Oh Lírio Santificado,
convosco está o Senhor!
Deste Ventre Imaculado
nascerá O Sol do Amor.
Alegrai-vos, Graça Plena,
por toda vida fiel!
Escutai-me, serena:
sou de Deus, sou Gabriel.
Virginíssima Maria,
no solo de Nazaré!
Não tenhais medo: confia.
A Luz reinará na fé.
Sou de Deus o enviado
para honrar-Vos, Bendita.
em Vós, O Bem aguardado
vencerá a maldade aflita.
Bendito seja este Fruto
gerador de toda Luz:
poreis nEle o nome augusto
de santíssimo Jesus.
Sobre Vós dos Céus Rainha
descerá o Espírito Santo:
toda ventura caminha
ao seu louvor sacrossanto.
Por mais um pouco, descansa.
Cessa a noite, vem o dia:
toda glória da esperança
palpita em vós, ó Maria.
com a pleníssima aurora
da divina anunciação,
sois Santíssima Senhora -
Senhora da Conceição.
Linda e fina
Desde pequenina
Calma como um lírio
E doce como uma rosa
Floresce na primavera
Que prima linda que me viera
Melhor amiga de Alma
Irmã de peito
A flor que me acalma
Floresce até na água
No mar,na ilha
Como eu te amo prima bela
Marília
Até o final contigo estarei
Você me apoiou
Quando mais precisei
Passaram-se tantas coisas
Tantos anos se tem por vir
Mas você minha prima
Eu quero sempre aqui
Do Reconhecimento e do Esquecimento.
A graça, amado, é como o lírio que se ergue no vale ao primeiro raio:
Todos apontam para sua brancura,
Inclinam-se ante seu perfume,
E nomeiam sua beleza em todas as línguas.
Ela é a água clara na taça do sedento,
O abraço que aquece os ossos do inverno,
A palavra que germina no deserto da alma.
Reconheceis a graça porque ela é espelho...
Reflete o que há de divino em vós.
Mas o mal, filho da terra, não se apresenta com trombetas.
Ele é a raiz oculta que mina a árvore frondosa,
A sombra que se confunde com a penumbra da noite,
O veneno que escorre no mel do descuido.
Não o vedes porque não quereis ver?
Ou porque ele veste as roupas do hábito,
E caminha nas ruas com o passo do comum?
Dizei-me: como podeis reconhecer o fogo se negais a fumaça?
Como podeis nomear a serpente se venerais sua pele?
O mal se desconhece não por ausência de olhos,
Mas por ausência de coragem.
Os homens fecham as janelas da alma
E depois estranham a escuridão.
A graça é reconhecida porque é dádiva que humilha o orgulho;
O mal é ignorado porque é espinho que adorna a coroa do poder.
Um exige reverência,
O outro — cumplicidade.
Oh, buscador da verdade!
Não basta celebrar a luz no alto da montanha;
É preciso descer ao vale e enfrentar a névoa que corrói as raízes.
Pois só quando nomeais a sombra dentro de vós,
A graça deixará de ser visita
E se tornará morada.
A borboleta e o lirio
O lírio ergue-se, altivo,
como templo branco no jardim das eras.
Enraizado no mistério,
não se curva ao vento,
não se rende ao efêmero.
A borboleta o busca,
peregrina das auroras,
traz no voo a lembrança dos mundos,
na cor das asas —
o sopro das almas que já se amaram.
Ela pousa,
e em silêncio o universo desperta:
pétala e asa não se tocam apenas,
se reconhecem.
É a paixão que não se mede em carne,
mas em eternidade.
O lírio permanece,
irredutível em sua pureza,
e a borboleta dança,
abandonando o tempo a cada batida de asa.
São diferentes como raiz e vento,
mas unidos como chama e oxigênio.
Na eternidade, não há fronteira.
O amor deles não é desta vida —
é um cântico gravado na alma do cosmos,
onde o lírio espera,
e a borboleta retorna,
sempre, sempre.
Soneto (parte 3)
Carta para meu lírio
Lírios azuis, flores de sonho,
Ternura que o coração sente,
Amor que não morre, não some,
Lembranças que para sempre se sentem.
No jardim da memória,
Lírios azuis florescem,
Trazendo lembranças queridas,
De momentos de amor e paz.
Seu perfume suave e doce,
Enche o ar de ternura,
Lembrando momentos felizes,
De amor e alegria pura.
Lírios azuis, símbolo de amor,
Ternura que não acaba,
Lembranças que ficam,
Mesmo quando a distância separa.
Nunca imaginei que pudesse existir, alguém que depois de muito convívio eu ainda clamasse por estar perto de mim.
Eu sempre fui a empoderada, dona de mim, e acabei sendo a sua submissa maltratada a mulher que seria cuidada
Tentei por muito tempo dar-te apenas meu corpo em servidão, hoje sou tão fraca, não consigo olhar-te sem romper meu coração.
Mesmo sem querer, o senhor de mim conseguiu, me ter de corpo e alma.
Não foi fácil quando eu descobri onde o meu sentimento estava, por um momento confuso, de sonho a pesadelo representou pra mim naquela madrugada.
O medo eminente, perdi a minha alma, estava escuro, somente a sua luz incandescia na minha morada. E o seu reflexo turvo tudo piorava. Até seus olhos traduzidos desta vez não enxergava. Que dia fatídico vivenciei, descobri um amor dentro de mim que nunca imaginei.
Tanto adiado, tanto limitado, foi tanto ceifado, muito atordoado. Que quando brotado suas raízes quebraram os quartos.
Tudo é tão profundo, todas as vivências são guardadas mesmo quando amargas.
"Que Deus me dê sabedoria para sempre respirar fundo toda vez que dá sua boca eu não ouvir nada. Que Ele te ajude a não gritar quando distraída sua voz não me alcançar. Que tenhamos sempre compreensão, para refletir antes de uma ação. Que a nossa fúria fique na cama, sempre com a sua ira e a minha resistência a porrada. Que a minha memória nunca seja apagada, que a sua proteção nunca falhe na nossa jornada. Que um dia você sinta o gosto de se deixar cuidar. Que um dia eu não sinta vergonha de te mostrar. Que nunca esqueçamos de boa noite dar, que um procure o outro a noite e que aqueça se assim precisar. Que Deus nos abençoe e que se um dia houver briga, as pazes logo virá."
"Toda vez que eu olho o reverencio.
Seus olhos, sua face e tudo que o faz ser quem é. "
Será que outros casais são assim? Admirar seu par como se nunca houvesse fim.
Pode ser num sorriso, ou quando se está mais pensativo, nos seus momentos de ira e nos dias reflexivo.
Com a personalidade do avesso, quando fala de tudo, ou acorda mudo como se fosse o começo.
Na mente operária ou intuitiva.
Como eu admiro você.
Guardo cada expressão do seu rosto, "que homem incrível, com olhar maldoso", seus defeitos pra mim são o que lhe tornam perfeito para meu gosto. Insanidade sim, pelo homem que refez-me de novo.
"Mesmo quando torna-se um poço de incógnita, afogo-me na raiva e passa, ficando-se enfim as amarras."
Eu sei porque te quis e porque me fiz te pertencer.
Sei porque te olho com orgulho, sei porque o amo, sei porque tenho medo de sofrer, sei porque deixo o meu querer de lado para te satisfazer, sei porque quando estou feliz, a felicidade bate em você.
Sei que o amanhã a mim não pertence, sei também que o eterno é algo impossível na sua mente, mas peço com receio, deixe para trás as histórias que lhe causaram desespero e não diga pra mim que a vida é feita de finais e recomeços. Deixe que eu seja tua, e escreva nossa história, deixe para falar, quando chegar a hora.
.
E me mostrou a poesia dos seus olhos marcantes quando me encarou.
Depois me trouxe a melodia das suas mãos instigantes quando me tocou.
Me fez sentir o verso doce da sua alma quando sorriu pra mim.
E colocou o predador enjaulado em minha frente quando encaixou enfim.
Não tenho medo, não tenho dor;
Não vou fugir, não vou me arrepender;
Eu ja deixei, sua loucura me entorpecer.
Te viciei, e disso eu sei. Então traga aquela corda usada que eu mesma te dei.
Me amarre aqui, se amarre em mim, e deixe que o tempo se arraste sem nem mesmo sentir.
14.07.2017 - 18:59
Você percebe que adquiriu maturidade quando começa a compreender os ensinamentos “sem sentidos” passados por pessoas admiráveis há tempos atrás...
Certo dia, alguém me ensinou que a pior coisa a se fazer quando comete um ERRRO é criar “desculpa” e justificá-lo com erro de outra pessoa. Na época eu não entendia o “porque” de aprender aquilo;
Hoje eu compreendo como é irritante e extremamente obtuso quando alguém age dessa forma baixa e grotesca.
“Não questione; Racione e solucione Quadrúpede” – Hans Bg
Eles não entendiam, e nem iriam entender; Que o semblante de felicidade surgia da dor do prazer.
Eles não se importavam com o que iria acontecer; Mas a questionaram como surgia o escurecer.
Eles a pressionaram, não entendiam o seu querer;
E ela sem paciência, rejeitou toda demência e decidiu se romper.
Eles a perseguiram, suas vontades ela teria de conter.
E ela que já se perdia e começava como os outros a também não entender.
Ele chegou sem medo, olhou com selo o seu sofrer.
Ela que nem notara o seu análogo aparecer.
Ele correu o mundo, queria tudo o que ela havia de esconder.
Ela ficou com medo, tentou fugir e se conter.
Ele criou pra ela um mundo torto pra conhecer.
Ela o seguiu aos poucos e viu que os outros não precisavam compreender.
Ele nunca quisera a cinderela que ela não podia ser.
Ela emocionada, voltara a ter o seu prazer.
Ele com seu talento, já dominara aquele ser.
Ela sem a fobia; Ele com seu poder;
Eles vivem um no outro,
Núcleos insólitos a se envolver.
13.11.2017
Seus olhos transportam segredos, que desisti de descobrir, hoje eu vivo o instante, com coisas mostradas por ti.
Não quero sua vida, muito menos seu amor, eu quero aquele mistério, que você não revelou. Quero o beijo rasgado, quero virar do avesso, quero sua mão com maldades... Sem culpas nem endereços.
Não quero que me entendas, nem quero te decifrar, quero o aqui e agora... Quem sabe na mesa de jantar?
Mostre-me seus utensílios, eu darei os ingredientes, traga-me a adrenalina que vivemos no asfalto quente.
Não preciso que estejas bem, nem que estejas mau, só preciso de você, deixe o nosso "estar" pro final.
Fique por meia hora, fique o tempo que quiser, apenas queira ficar, comigo e com meu jeito de ser.
O ciclo vicioso é perigoso, mas foi o perigo que nos uniu, que coloquem a camisa de força, somos dois loucos e um covil.
Não gosto de vincular músicas, mas essa me lembra você, mesmo que não siguemos a risca... "Amor, eu te proíbo de não me querer."
Analisando discretamente, ele queria o corpo daquela mulher sem perceber.
Não era donzela, nem princesa. Não havia realeza, muito menos riqueza, não era nem conhecida pelo povoado burguês.
Ela era uma mistura de menina endiabrada, com seus resquícios de crença em conto de fadas. E aquela vontade de desabrochar a mulher que implorava por aparecer.
Não fazia parte da realeza, nem a burguesia o comovera, era um guerreiro abatido, afugentando, apreendido. Valorizava o que os olhos viam de mais escondido, olhava o mundo com olhos bondosos mesmo sem querer. Ele não estava foragido, mas seu ímpeto permanecia escondido, o medo era de causar mágoas em prol do seu próprio prazer.
Normalmente corações se encontram, em batidas em forma de cânticos, porém, desta não houve encontro, houve aflição e também um espanto, não veio em forma de música. Subiu uma chama encalorada dos corpos incandescentes, suplicando por realizar práticas insanas no labirinto indecente. O desejo nos uniu para o deleite do prazer.
Ele percebera a mulher que se escondia na jovialidade dela. Testou-a com gentileza e descobriu que a sua força mínima era compatível com o que procurava na Terra, e nem imaginava essa riqueza existindo dentro da fragilidade dela. Alegrou-se sem perceber.
Ela manteve seu medo e segurou seu desespero por aquele homem, ela mal sabia que a sua vida dependia desse sutil encontro.
No começo desastroso a mão era trêmula e a boca relutava em não se encaixar, seus olhos fechados não conseguiam encarar, ela sentira o seu corpo clamando pelo calor do homem sem coração, mas também sabia que a aventura atingiria o seu coração. O desejo e a vontade do desconhecido foi maior que o medo de ser tudo tão atrevido.
Decidiu permitir-se a viver.
23 de Agosto - 2019
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