Liberdade de pensamento
Minha liberdade é a minha morada. Sempre que sigo as instruções, permaneço o tempo necessário para não fugir as regras.
Os pássaros voam de encontro com a liberdade. Nós, de encontro com o nosso Eu em busca da sabedoria.
Você tem o direito de falar o que pensa mas não tem o direito de julgar quem não conhece. Liberdade de expressão é um direito de todos mas em vez de falar, então faça algo que preste.
Minha liberdade é limitada apenas pela minha natureza divina. Consequências são apenas meios de acordar essa natureza.
Felicidade não tem a ver com liberdade, dinheiro e bom emprego. Tem a ver com a paz que carregamos e não nos damos conta.
Bastaria as pessoas serem mais sinceras, honestas e humildes, que veríamos comportamentos maravilhosamente diversificados, personalidades espontaneamente interessantes, equívocos rapidamente resolvidos, decisões amplamente mais libertas, preconceitos instantanemente eliminados e atitudes surpreendentemente menos egoístas.
Somos assim. Sonhamos o voo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o voo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.
Nota: Trecho da introdução do livro. O pensamento muitas vezes é atribuído erroneamente a Fiódor Dostoiévski. Acredita-se que a confusão aconteça por Rubem Alves mencionar o escritor e a obra "Os irmãos Karamazov" na introdução do livro "Religião e Repressão".
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