Lembranças do Passado
Devemos guardar lembranças, mas se livrar delas quando for necessário, isso é o que chamam de seguir em frente.
Mulheres infelizes mantém em sua vida os ventos
passados, lembranças de alguém que um dia as teve,
seja por um tempo curto ou tempo longo denominando
de amigos. As patadas que o presente companheiro
recebe em seu ego,em sua alta estima e no orgulho
masculino, deixam vastos campos desertos em seu
futuro como par, pois quem vive no passado, se
esquece de viver o presente. Homens felizes são
os que encontram mulheres sem bagagens, sem amigos
que um dia foram algo a mais em suas vidas.
Pares perfeitos não se lamentam do que passou de
uma forma restaurativa, mas de um jeito e forma
sutil em dizer ao que esta contigo no presente,
que se existe algo importante e mais belo, essa
existência é você.
Amigos jamais tem intimidades com amigas e amigos,
pois se disso passar, deixam de serem amigos para
se tornarem um alguém, um ser, um ponto no passado
onde se enterrou e se findou naquele momento em
que barreiras se ultrapassaram.
Viver e alimentar o passado, é desnutrir o presente.
- Massáo Alexandre Matayoshi
Olhe bem para o seu presente, vai ser a lembrança do que você fez no hoje que você vai ter pra contar no seu futuro.
Daqui a alguns anos qual o passado que você quer ter?
Dizem que o horizonte é um bom lugar para se guardar lembranças, desejos, sentimentos, ilusões, perdas, conquistas, etc; tem bastante espaço..
Dizem que lá é onde mora o passado e também o futuro...
É comum olhar pra ele e passar um filme de sua própria história de vida na cabeça... É comum olhar pra ele imaginando o futuro. E, se acostumando a olhar para ele, em liberdade, é possível perceber seu caminhar em forma de onda que, de certa forma, também estará olhando para você, vindo carregadas de nosso passado e futuro. Por isso não me prendo ao horizonte e tento não parar de remar.
Minha realidade é a onda... O mar sou eu..
Anos ao seu lado, um rompimento. O tempo rola novamente e me perco entre lembranças do que foi vivido e daquilo que um dia poderia ser. Um reencontro e novamente uma enxurrada de memórias me cercam, e toda certeza que obtive desde então?
Ainda bem que não pertencemos mais a mesma história.
Lembranças de amizades curiosas
É neste humilde verso que as resgato;
É como a fonte que dá vida às rosas
Adormecidas pelo tempo ingrato.
Situações inocentes, carinhosas,
Da nossa infância no momento exato.
Imagens da lagoa, bichos, prosas...
Na memória, belíssimo retrato.
Relembro cada lance motivado
Pela saudade, no contexto puro
Da emoção e constante aprendizado.
Dez anos passam em segundos, juro.
Nossas cartas escritas no passado,
Nossas vidas, distantes no futuro.
Que nada é pra sempre todos sabemos! Mas, enquanto você viver de lembranças e ficar tentando resgatar uma coisa que não existe...você vai encolher, SEMPRE MAIS!
Lembrança (até mais)
Ela tinha um jeito delicado de ser
Eu sabia que não me pertenceria
Mas não sabia que tão cedo iria
Me deixar, assim, bem disperso...
A cada lembrança, pingo de chuva
A cada lágrima, que cai como luva
Eu me perco no mesmo pensamento
Que sempre é o do nosso momento
Seria fácil se não tivesse sido nada
Eu sonhei e fiz tudo aquilo por mim
Por nós... foi um beijo e todo o fim
Cada um, então, seguiu sua estrada
No fundo, sei que nos encontraremos
Só a distância insistiu em nos separar
Nada durou pra sempre e nem durará
Quando nos vermos, que reação terá?
Eu quero olhar aqueles olhos mágicos
Desfrutar de novo do sorriso demais
Nessa história, não há nada de trágico
Ela também lembra. Eu sei. Até mais.
Vida de Lembranças
Eu não olho mais pela janela, não te vejo mais passando na rua de terra, em tua bicicleta de cestinha, levando o pão pra sua mãezinha. Hoje tudo mudou, nada é mais tão simples, quando tenho um segundo do meu tempo olho de soslaio a imensidão da cidade grande pela janela, não vejo mais aquela simplicidade, porque tudo é grande, tudo é cheio de pessoas retraídas, é algo complexo, impossível de tentar entender. Antes tudo era tão simples, o de mais imenso que podia se imaginar naquela época era o céu e seus deuses, as estrelas e seus mundos, os seres inteligentes de outros planetas com suas lendas. Mas também se tinha a temerosa floresta de árvores grandes e altas, uma perto da outra como se fizessem companhia, alem de seus frutos e animais encantados e seres magníficos, que hoje nunca mais os vi, pois o verde ficou cinza e o mistério e delicadeza se transformaram em maquinas brutas e barulhentas, grandes e sem sentindo.
E tu se tornaste só mais uma lembrança, pobres lembranças de um tempo que parece ser antigo, num momento retrasado, atrasado e simples, numa época de alegria, mas isso tudo se transformou em passado, se transformou em pó. O pó que cobre meus moveis e meu piano caro, o mesmo pó que esfarela os meus próprios livros, que já perderam a muito sua verdadeira estirpe.
Seria medíocre pedir pra voltar ao começo de toda essa historia? Reviver toda a fome e sede novamente? Ver de perto toda a miséria e a podridão dos homens mais uma vez? Mas olhar-te da janela todo santo dia? Pois então, uma verdadeira paixão pode ser coberta pelo pó, ser esquecida e amarelar de tal forma que ninguém pode mais tocá-la?
Minhas miseráveis duvidas me consome aos poucos, como se o fim chegasse cada vez mais próximo e mais perto do que já esta, pois me questiono todo dia e minha resposta sempre é a mesma covardia de sempre; sei muito bem o que posso, tudo está ao meu alcance nessa nova etapa da minha vida, mas tenho que assumir meu medo do tal tudo, medo da resposta que posso receber se um dia eu voltar a olhar para os teus grande olhos negros, como naquela minha ultima tarde de verdade: minhas malas já estavam prontas ao lado do banco em que me sentava na varanda de casa, o sol morno brilhava e tocava minha pele, o céu azul cintilava lindamente e as flores coloridas desabrochavam, quando senti o pesar do teu olhar em mim e pude ver a rispidez e no fundo a quente paixão que ali ainda podia se esconder, não tive tempo de retribuir o olhar, nem mesmo tentei uma suplica de desculpa com a boca...
Não saberia o que dizer a ti se tentasse se despedir, nunca soube em momento algum; poderíamos de novo e somente isso ter a mesma companhia mútua pela ultima vez, ver o teu olhar brando que tu tinhas pra mim e não o teu furor ou receio. Nada mais que a simplicidade da paz que se tinha entre nós, entre nossos abraços desajeitados, entre nossos beijos improvisados, nos nossos anseios e nos sorrisos envergonhados e descontraídos; tudo que ainda peço é um pouco dessa paz, mas tudo que recebo é o silencio da vida, o meu silencio e isso me sufoca inquietantemente.
-Isabela Leite
Sentindo Falta
Lágrimas cobrem o meu orgulho,
As lembranças insistem, em me machucar,
Pensar triste, pulsar doloroso, clamor gritante, assim esta o meu debilitado coração,
Gritos de saudade dividi com a Lua, penosa e paciente ela me ofereceu as estrelas para acalmar a minha alma,
Seria bom poder bater as duas palmas das mãos e juntar o passado com o meu presente, o entrelaçar dos dedos significaria os fortes laços de amor unificados pelo tempo,
Pode ser uma esquisitice, mas eu nunca irei abandonar aquele amor que senti de tão perto...
Ciente do valor do hoje sei o preço do amanhã. O ontem já virou história, lembrança de um bon-vivant.
Toda a arte é hoje as lembranças mais remotas de uma época ou uma idade em que à sociedade humana teve realmente ética, valores familiares, princípios, virtudes, educação, civismo, cidadania, personalidade e moralidade. Atualmente à máquina superou a mão de obra humana e o dinheiro enquanto valor passou a ser divindade, patrono e justificativa para todas às torpes atitudes de baixarias, abusos animalescos e incivilidades.
Guardo na gaveta
Minhas joias raras
Que não estão à venda
Não empresto
Não alugo
A lembrança
Os amores
As boas recordações
E quando a saudade aperta
Abro a gaveta
E lá volto ao passado
Que foi ontem
Outro dia
Muito tempo
Minha história de vida
Errando...
Foi que aprendi
Chorando...
Foi que valorizei
E amando...
Tive a certeza que fui feliz!
Até imagino o Ser Humano podendo voltar ao tempo, uns querendo apagar algumas lembranças, outros querendo ficar no passado."
