Lembrança

Cerca de 11279 frases e pensamentos: Lembrança

⁠O presente na velhice, é para muitos,
o passado que ficou como oportunidade
de continuar vivendo, pois o viver
se traduz na lembrança pelo que se passou.

Inserida por joseni_caminha

⁠Ainda buscando me encontrar, voltando ao ponto exato onde me despedi de mim, e cai no abismo da inércia.
Não, não voltei do fundo do poço, voltei pra dentro de mim e despertei de um coma profundo, onde meu corpo estava adormecido, enquanto matavam minha alma sufocada, da forma mais desumana e atroz, que seja possível imaginar.
Acordei!
Voltei a respirar...

Sigo tentando abrir a caixa das lembranças, e recuperar as memórias de um tempo em que me reconhecia no espelho.
De quem é esse rosto?
Sim, ainda sou eu, com todas as marcas e cicatrizes que me tornaram totalmente diferente de quem eu era, porém mais intensa e forte.

Não tenho lembranças do meu sorriso de outrora, aquele sorriso inocente, da menina que esperava sempre o abraço que nunca veio.
Mas esse que hoje vejo no espelho é de alguém que sobreviveu, mesmo refletindo dor e cansaço, tem um brilho diferente.
Gosto dele.
Mostra minha verdade.

Não lembro mais daquela menina, ela está muito distante agora, portanto não saberia o que lhe dizer, como confortá-la, os sentimentos mudaram, alguns morreram, outros nasceram por pura teimosia. Porém, posso dizer a mulher que me tornei:
"Você foi incrível!"
"Que orgulho de você!"

Agora, sei de todas as minhas vulnerabilidades, por isso e por causa disso, conheço também a minha força.

E, só pra engabelar a vida, vou continuar sorrindo...
Já posso sentir a brisa suave do vento tocando o meu rosto.
Que alívio...
Sigo sobrevivendo...

(Nanci Cavalcanti)

Inserida por nancicavalcanti

Saudade: a medida secreta do amor


Teus olhos, agora estrelas,
não brilham menos por estarem distantes.
São vigias do meu sono,
um farol que ilumina a noite longa.
Tua voz é sussurro no vento,
um segredo guardado nas folhas secas,
canta memórias nos cantos esquecidos do dia,
um eco que não se apaga,
uma melodia que insiste em ficar.

A saudade não pede licença,
entra sem bater na porta.
Sons, cheiros, risos:
tudo rompe o silêncio da sala.
É o amor que ficou,
pedaços teus que não souberam partir,
estilhaços da tua presença,
que agora moram na ausência.

Sentir saudade é um pacto,
uma entrega,
o ensaio da presença que já não volta.
Dizer "sinto saudades de você"
é confessar: "eu te amo ainda".
A ausência é cheia demais,
carrega teu cheiro, tua risada,
o peso do que não foi embora.

Saudade é régua,
a medida secreta do amor,
o peso e a prova de tudo o que fomos.
Tesouro que o tempo não apaga,
que a ausência não rouba.
Saudade é o amor que persiste,
um grito surdo que ecoa,
buscando-te em cada esquina do tempo.

Se o amor é âncora,
a saudade é barco à deriva.
Navega sempre em busca do que perdeu.
Nem tanto ao mar,
nem tanto à rocha:
foi no equilíbrio das ondas
que minha saudade ancorou
no porto invisível do meu coração.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠O que é a morte, senão o esquecimento,
Um silêncio profundo que vem com o tempo?
O corpo pode cair, esvair-se no ar,
Mas o que somos, o que vivemos, ninguém pode apagar.
A morte não é o fim, mas a ausência do olhar,
A distância que cresce quando param de nos lembrar.
Mas quem toca a alma, quem imprime no peito,
Não morre jamais, permanece no perfeito.
O corpo se apaga, mas o espírito arde,
Em cada lembrança, em cada saudade que invade.
Na memória dos que ficam, a vida ressurge,
E nas palavras que ecoam, o ser se refugia.
A morte é só uma curva na estrada do ser,
Um ponto que nunca é definitivo, mas se faz entender.
E quando o último suspiro for dado, o último ato concluído,
Seremos eternos, pois o amor que deixamos será sempre ouvido.
Enquanto alguém contar nossas histórias com amor,
Viveremos, imortais, como a eterna flor.
A morte não pode nos calar, pois a vida é contada,
Na memória que preserva, nossa alma é eternizada.

Inserida por Matetentaluma

⁠De como me inventei

Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.

Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.

As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.

Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.

Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Tantas viagens, tantas histórias, tantas saudades...

Que calmo sofrimento esse de recordar a beleza de cada instante vivido, sem a dimensão do que se tornaria lembrança.

Aquele mix de sentimentos pela caminhada.
A memória pode nos enganar com sua doçura.

Inserida por Spagnuolo

⁠Não me velou em vida.

Não me venha agora com flores póstumas de memórias mortas. Não me traga fúnebres lembranças de amores velados em desesperança. Diga-me, acaso foste tu, a luz nos meus dias sombrios? Ou fostes apenas o frio cálido das minhas noites infindas, perdido no teu ser? Se não velastes o meu mórbido desespero, não me traga cores primaveris como afagos solitários no meu leito eterno de descanso vazio.

Inserida por naldo_silva_1

⁠Alguns só lembram o que voce tem a oferecer.
Mas Deus nunca se esquece de quem você é.

⁠"Não lamentes o que se passou, pois, se assim fizeres, lamentarás no futuro o tempo presente desperdiçado."

Inserida por Marioolavo

⁠No ecoar do tempo ergue-se a fronteira, a Princesinha dos ervais, cheia de histórias as memórias de seus ancestrais.
Onde bravos pioneiros depois de lutas e sacrifícios fincaram bandeira.
No pós-guerra, sem medo, sem freio,
Exploraram riquezas neste vasto rincão

Na terra bendita, erva-mate brotava,
E o aroma da madeira a selva perfumava.
Rios e riachos cortavam o chão,
Cercados por campos, por vida, por emoção.

Dois povos, uma história entrelaçada,
Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, cidades irmãs de jornada.
Laguna Porã refletindo no seu espelho d'água seu laço,
Um portal do tempo, um eterno abraço.

Aqui nesta fronteira se misturam culturas e raças,
O chimarrão aquece, o tereré refresca.
Polca, vanera, vanerão a ecoar,
O churrasco na brasa a todos juntar.

Acolhedora, vibrante, sem divisão,
Recebe o mundo com alma e paixão.
Brasileiros e paraguaios, filhos do chão,
Na fronteira, um só coração.

Inserida por yhuldsbueno

⁠"Semente de Pinheiro"

Joguei pinhões no bosque,
rimas no vento, saudades no chão.
O que crescer será verso,
o que secar... lição.

Ilusão? Talvez adubo
para o solo do meu ego.
Até a solidão agora
é conselheira do meu reflexo.

As lembranças são lições,
Episteme desse universo.
O abismo da esperança,
Que liberta meus grilhões!

Deixei a luz atravessar meu coração.
Como se lança a semente do pinheiro,
Desafia a bravura naquele chão.
O caminho que desvia minha razão".

Inserida por MiaSPietra

⁠A cada linha, um suspiro de tristeza pelas coisas que a gente finge que esquece, mas nunca para de lembrar.

Inserida por dizemporaquiNotumblr

Nunca duvide do seu valor único neste mundo. Em algum momento, em algum lugar, alguém guardará você na memória — seja por um gesto de bondade, um olhar acolhedor, um sorriso caloroso ou mesmo por aquelas conversas simples que provocam risos genuínos e aquecem corações. As marcas que você deixa são como sementes invisíveis: podem parecer pequenas agora, mas crescem e florescem na vida de quem as recebe, mesmo quando você já não está presente para testemunhar.

Inserida por miqueiasklippel

De certa forma nós seremos esquecidos seremos lembrados por um pouco de tempo depois a nossa memória será apagada...

Inserida por romy_cantidio

⁠Nosso cérebro é sábio e os seus mecanismos de defesa são perfeitos. Para nos proteger ele apaga da memória as nossas dores, tristezas e desilusões e guarda ao alcance da saudade nossas alegrias mais bonitas. Mas existem golpes da vida tão cortantes e profundos que ele não consegue apagar. Inevitavelmente essas dores se transformam em fantasmas e quando o vento das lembranças as sacodem, voltam com muita intensidade para nos assustar. Fingir que nunca existiram não diminue essa dor. Mesmo que nos sangre a alma é necessário juntar toda a nossa coragem e enfrentá-la de frente para que aos poucos vá diminuindo e a cura aconteça.

Inserida por ednafrigato

⁠O peso do silêncio

Dizem que nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Dizem isso como se fosse uma verdade fria, científica, quase um aviso. E talvez seja. O que ninguém diz, ou talvez finjam não perceber, é que, entre o começo e o fim, a solidão também aparece. E não é aquela que se resolve com companhia, é outra, a que mora dentro.

Chega uma hora em que o tempo desacelera. As visitas ficam mais raras, os telefonemas cessam, e a casa vai ficando grande demais para quem já viveu nela cheia de vida. Os móveis guardam mais memórias do que utilidade, e a alma, essa danada, começa a tropeçar em lembranças que insistem em não morrer.

Sinto-me como um velho pilão esquecido no canto de uma varanda. Já fui força, já fui utilidade, já fui indispensável. Hoje sou história que quase ninguém pergunta, silêncio que quase ninguém ouve.

As mãos tremem, a visão falha, a juventude se foi, mas o que mais dói é o espaço vazio na rotina, como se o mundo seguisse em frente e eu tivesse ficado preso em algum ontem que não volta.

Conto os dias, sim. Não com tristeza, mas com certa dignidade de quem sabe que ainda está aqui. E se ainda posso escrever, lembrar e sentir, então ainda sou. Mesmo que meio apagado, mesmo que decorativo, ainda sou.

E quem ainda é, ainda pode ser. Nem que seja só abrigo para uma saudade, ou um canto sereno onde a vida, mesmo em silêncio, continua a respirar.

Inserida por Itamaratyap


O Sopro da Vida

A vida é esse mistério que chega sem manual, sem pré-aviso, num sopro de luz e choro. Começamos pequenos, frágeis, envoltos em braços que nos protegem de um mundo ainda incompreensível. E, antes que percebamos, o tempo já está nos puxando pela mão.

Na juventude, acreditamos que somos eternos. Corremos como se o mundo fosse um campo aberto, como se o amanhã estivesse garantido e a velhice fosse apenas uma lenda contada pelos mais velhos. Os dias são longos, os sonhos altos, e a esperança mora no peito como uma chama que nunca se apaga.

Mas a vida... ah, a vida gosta de ensinar. E ensina com ternura e dureza, com encontros e perdas, com silêncios e risos. A vida adulta chega sem cerimônia, com boletos, compromissos, decisões e uma saudade estranha de algo que nem sempre sabemos nomear. Talvez da liberdade de não saber. Talvez do tempo em que tudo parecia possível.

E o tempo, esse velho artista, vai pintando rugas no rosto e memórias na alma. A velhice não chega de repente ela se insinua nos detalhes: no cansaço depois de uma caminhada, na dificuldade em lembrar onde guardamos as chaves, na paz de ver os netos correndo e, ao mesmo tempo, na dor de tantas despedidas.

O que é a vida, senão um fio invisível que liga cada momento ao outro? Um bordado de risos, lágrimas, descobertas, erros e perdões. A esperança? Está em cada recomeço, em cada manhã que nos convida a tentar mais uma vez, mesmo sem garantias.

A verdade da vida talvez seja essa: ela passa. Rápida, intensa, às vezes cruel, mas sempre cheia de beleza para quem sabe olhar. As lembranças estas são o que ficam quando o presente já virou passado. São os tesouros que carregamos quando o futuro se torna breve.

No fim, a vida é isso: um sopro. Mas um sopro que, mesmo breve, pode acender fogueiras inteiras no coração dos outros.

Inserida por yhuldsbueno

⁠Nem sempre o desaparecimento apaga as marcas deixadas pelo tempo. São momentos que ficarão na lembrança e que jamais serão esquecidas.

Inserida por Rita1602

⁠TRAZER-TE À POESIA (soneto)

Quando te evoco, a poesia apaixonada
Provê dum emotivo ardor que imagina
Cada versar: cheio de amor, ah! divina
Emoção. Sussurra a paixão, enamorada
Vejo ventura, ó sensação, tão doirada
Do olhar, afago, que a poética ilumina
Tirando a inspiração duma dura rotina
Alumiando o vale da alma arrebatada

Ouço a tua voz no meu pensamento
E o peito que, no sentimento ungido
Modula o soneto de ternuras cheia
E sinto, do teu beijo o encantamento
Na metrificação cada arrepio sentido:
Contenta... realiza... ocupa... devaneia.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 junho, 2025, 14’52” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

A Tarde no Morro

⁠Nos segurávamos
em cima do morro.

O sol se disfarçava na chuva,
a chuva, se dispersava no vento,
o vento, desordenava seus cabelos,
e o seu abraço
me fez amar aquele momento.

A tarde em que eu brilhei no morro.

Inserida por Henriquequeiroz

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