Lamento pela Morte de um Ente Querido
Consequência
Àqueles lamento
pois, vagueiam nos dias posteriores
como quem está a bordo de um barco
em água corrente
pois, assim são as coisas;
tudo que se tem
se esvanece
ficando a cargo da memória
que reflete como um lago à distância
visto com grande contraste
a beleza distante de um sol crescente.
Por tal se estende a saudade
como aurora rompante a escuridão
como sob chão e mar,
sob alma e corpo,
para uns, dolorosa e permanente
para outros, caridosa e confortante
a todos surge e urge.
Em combate; esperança,
cresce sob a luz, e pela luz
como grama ao sol
sonho, ao brilho produz
não espera o crepúsculo
inevitável, trazendo o vazio
de um sentimento infundado
nem saudade, nem esperança
apenas solidão.
A noite, tão funda e vazia,
resplandece sobe o astro
a luz de outrora
trazendo a tona
o sentimento passado,
seu criador.
Que refaz a saudade
de dias passados.
KNOCK, KNOCK, KNOCKING
.
.
Um dia, bati à porta do Castelo:
– Lamento, mas fui eu !!
Fui eu que venci o Dragão
Que atravessei abismos
Que enfrentei estrelas
Que derrubei destinos...
.
Mas a princesa esperava olhos verdes
Cabelos claros e músculos azuis
Cuidadosamente retorcidos na Academia
.
Esperava, ademais,
(pois isso confessou a uma das alcoviteiras)
um príncipe habilidoso
que a contorcesse na cama
.
[ – Mas porque não eu,
se também tenho meus truques?
Posso não ter dormido com princesas,
Mas levei camponesas às nuvens]
.
Tudo isso lhe disse, marejado
Enquanto lhe oferecia em brinde
– um cálice de Santo Graal
.
Por fim, mostrei-lhe um colar de pérolas
feito com olhos arrancados a doze dragões
[queria ofertá-los a ti]
.
.
Tudo em vão ...
.
.
A Princesa dormia
e sonhava príncipes ...
.
.
[publicado em Entrelinhas, vol.13, n.2, 2021]
Sobre mima alma pesares a dor
Lamento e carrego a sina de um amor cruel será meu carma arde nos lençóis do averno
Minha vida aborrecida sem meu amor
O sussurros da noite tem voz da morte que ecoa ate meus ouvidos agravados
Morro agora uma vez mais nas escuma do meu sangue as veias são como cordoes me puxando para baixo
O seu amor jogado aos ventos ar envenenado não respiro me sufoco lentamente
Ah como desejo a morte que me leve e sobre os montes faço morada antes de se sugado e condenado por adis
Antes que meu corpo seja consumido pela geena e queimo torto no tártaro lançarei ate ti uma ultima vez mais
Peço as estrelas que em seu jubilo sela meu corpo e que entre as eras não morra meu amor
Vejo que é romântico me matar por amor onde a vida não tem mais graça sem ti oh amor
A areia da ampulheta conta meus últimos dais
O som da madrugada e soprada pelo vento ninguém percebe mais esta é diferente
O cheiro do vinho não é notável e coberto pelo cheiro do sangue que escorre
Os olhos ainda consegue derramar as ultimas lagrimas
Não é um lamento amigo,
é uma apreciação
…se toca a gente sente
e se sentimos manifestamos.
Ta vendo, sem querer
fiz um poema amigo.
Solidão d'Abutre -
Minha voz traz um lamento
que hoje afundo em alto mar
e uma dor cresce no tempo
deixa a morte em seu lugar.
Que nem oiço a voz do vento
só já resta de mim pena
p'ra fugir deste tormento
vá a vida a morte venha.
No Tarot saiu a Torre
com um pássaro apeado
um Abutre que não morre
comendo outro depenado.
E quem fica que lhe ocorre?!
Nada vale o qu'inda tenha ...
Como a sorte é de quem morre
vá a vida a morte venha.
Revelação -
Um pintor pôs numa tela
um lamento por adorno
fez do mar uma aguarela
na pressa de ter retorno.
Um poeta pôs nos versos
a saudade endiabrada
mas o mar secou-lhe os beijos
no frio da madrugada.
Um fadista pôs no canto
a mentira de um amor
mas na voz ficou-lhe o pranto
que fica depois da dor.
Como as ondas que se enrolam
do mar alto até à margem
minhas dores já não pesam
são no mar uma miragem.
Sempre Só -
A Vida é um sonho tenebroso
uma estrada sem destino
é um grito ansioso
um lamento a que me dei ...
E há um mistério na minh'Alma
esse resto de vida que não vivi
esse resto de caminho que não andei
talvez nele pudesse ser feliz!
Nem isso me foi dado
nem a isso tive alcance
sempre só, em vão, cansado
talvez agora, então, descanse!
Entre as notas da saudade, surge outra música que ressoa como um lamento, uma canção que lamenta a distância e celebra a espera do reencontro.
Engana-se quem pensa que pássaro na gaiola canta. O que você ouve nada mais é que um lamento pela ignorância do humano que o aprisionou dentro dela.
“Fique tranquilo. Não se assuste com o uivo durante a noite... É apenas o lamento dilacerante de um lobo solitário que, outrora acolhido pela alcateia, agora é traído e banido para a vastidão árida do deserto.”
Alegria e Lamento dançam no vento,
No coração, um eterno confronto.
A vida sorri, mas a dor não se esconde,
Entre risos, o pranto se responde.
Alegria, como um sol que brilha forte,
Lamento, como chuva que apaga a sorte.
Um grito de festa, outro de desespero,
Mas no fim, ambos são parte do mesmo mistério.
Quem já não se perdeu entre risos e dor?
Na alma, um peso, na boca, o amor.
O que é alegria senão esperança esquecida?
E o lamento, uma memória da vida?
E assim seguimos, entre luz e sombra,
Buscando a paz que só o coração lembra.
Na alegria, renascemos, no lamento, aprendemos,
Em cada passo, juntos, crescemos.
O Tempo que Não Volta
Eu sou a memória que dança no vento,
um eco de risos, um doce lamento.
Sou a criança que correu no quintal,
com os pés descalços, num mundo imortal.
Eu vi nos olhos dos homens de bem,
a força do caráter, o amor que se tem.
Vi nas virtudes, tão simples e puras,
a luz que curava as dores mais duras.
Eu brinquei com o tempo, sem medo de errar,
construí castelos que o vento levou.
Pulei amarelinha, subi em árvores altas,
e nas noites de lua, contei tantas estrelas.
Eu sou a alegria que não se repete,
o abraço apertado, o doce biscoito.
Sou a inocência que o tempo levou,
mas que em meu peito ainda vive, ainda dói.
Eu vejo agora, com olhos de gente,
que o tempo não volta, que o tempo não mente.
Mas guardo comigo, no fundo do ser,
os valores que ensinam a gente a viver.
Eu sou a criança, o adulto, o passado,
o futuro que espera, o sonho guardado.
E mesmo que o tempo não queira voltar,
Guardo minhas virtudes, pra nunca parar.
Arrependimento
Hoje meu peito dói, um peso profundo,
Arrependimento ecoa, um lamento fecundo.
Pelo que já não tem como ser remediado,
Minhas amizades se foram, um mundo desolado.
Os poucos que ficam, em sombras, se escondem,
A confiança se esvai, como o tempo responde.
Estou fraca, um reflexo do que eu fui,
E a credibilidade se foi, um eco que não flui.
Fui ao fundo do poço, mergulhei na mentira,
Envolvi meus amigos, numa teia que delira.
Agora estou só, na solidão que me abraça,
Um mar de arrependimento, que nunca se disfarça.
Amigos se vão, como folhas ao vento,
E tudo será história, um triste momento.
Fui vilã do enredo, mesmo sendo no fim,
Carrego a dor da perda, um eco de mim.
Que a vida ensine, que a dor é um farol,
A iluminar os caminhos, mesmo em meio ao sol.
E que, ao olhar pra trás, eu possa ver,
Que o arrependimento é só um passo a aprender.
O Lamento Incrédulo
Choro de pedra, de pó e de abismo,
lágrima seca na face do tempo,
um grito que rasga o véu do infinito,
mas Deus se esconde no entendimento.
As dores dos mortos pesam na carne,
vozes antigas sufocam o sono,
nas ruas, exércitos marcham sem glória,
resta-me o nada, o pó do abandono.
Abraço que afaga e logo desfaz-se,
esperança em cinzas, fé em ruína,
o beijo da culpa que arde na pele,
o pecado sem nome que nunca termina.
E se Deus não houver? Se tudo for sonho?
Se a dor for em vão, se o mundo for frio?
Sou sombra sem dono, sou noite sem astro,
cometa perdido no próprio vazio.
Análise do Poema "O Lamento Incrédulo"
O poema "O Lamento Incrédulo" carrega um forte teor existencialista e metafísico, abordando temas como dor, perda, vazio e a incerteza da presença divina. A construção poética evoca um estado de desencanto e angústia profunda diante da vida e do mundo, reforçando uma visão quase niilista da existência.
________________________________________
1. Estrutura e Musicalidade
O poema é composto por quatro estrofes de quatro versos cada (quartetos), mantendo um ritmo melancólico e uma sonoridade densa, impulsionada pelo uso de aliterações e imagens marcantes. O tom lírico é marcado por versos cadenciados que transmitem a sensação de peso e desamparo.
________________________________________
2. Imagens e Simbolismo
O poeta constrói uma atmosfera sombria e desoladora por meio de metáforas e símbolos poderosos:
• "Choro de pedra, de pó e de abismo" → A pedra remete à rigidez e à impossibilidade de suavidade ou redenção. O pó sugere efemeridade e esquecimento, enquanto o abismo denota a ausência de sentido, um vazio infinito.
• "Um grito que rasga o véu do infinito" → Expressa um desejo de transcendência ou uma tentativa de romper as barreiras do desconhecido, mas sem resposta ou alívio.
• "Mas Deus se esconde no entendimento" → Aqui há uma crítica implícita à inatingibilidade de Deus. Se Ele existe, está oculto na complexidade intelectual, inacessível ao sofrimento humano.
Na segunda estrofe, há um aprofundamento do tema da dor coletiva e da ruína:
• "As dores dos mortos pesam na carne" → Uma imagem que reforça a conexão entre passado e presente, como se os sofrimentos das gerações anteriores ainda deixassem marcas vivas.
• "Vozes antigas sufocam o sono" → Evoca memórias ou culpas ancestrais que impedem o descanso e a paz.
• "Nas ruas, exércitos marcham sem glória" → Um retrato de guerras ou lutas sem sentido, esvaziadas de heroísmo ou propósito.
• "Resta-me o nada, o pó do abandono" → A solidão e o desamparo culminam na ideia de que, no fim, sobra apenas o vazio.
A terceira estrofe intensifica o desencanto e a perda da fé:
• "Esperança em cinzas, fé em ruína" → A imagem de destruição reforça a ideia de que não há mais crença na redenção, tudo foi consumido pelo tempo ou pela decepção.
• "O beijo da culpa que arde na pele" → A culpa é tangível, quase física, como uma queimadura.
• "O pecado sem nome que nunca termina" → Há um pecado indefinido, eterno, que não permite absolvição ou alívio, remetendo a um sofrimento sem causa clara.
A última estrofe questiona o sentido da existência e toca no cerne da dúvida filosófica:
• "E se Deus não houver? Se tudo for sonho?" → O questionamento central da poesia. A possibilidade de que Deus seja uma ilusão ou que a própria realidade não passe de um delírio.
• "Se a dor for em vão, se o mundo for frio?" → A dúvida sobre a existência de um propósito. Se não houver sentido para o sofrimento, o que resta?
• "Sou sombra sem dono, sou noite sem astro, cometa perdido no próprio vazio." → O eu lírico se define como uma entidade errante, sem destino, sem luz, condenado a vagar sem propósito no vácuo da existência.
________________________________________
3. Influências e Temáticas Filosóficas
O poema dialoga com o existencialismo e o niilismo de pensadores como Nietzsche, Sartre e Camus. A ausência de Deus, a sensação de abandono e o questionamento sobre o sentido da vida são temas recorrentes na poesia moderna e na filosofia do absurdo.
A angústia do eu lírico diante do possível vazio existencial lembra a ideia de Sartre de que "estamos condenados à liberdade" e de Camus em O Mito de Sísifo, onde a vida é um ciclo de esforço sem recompensa. O último verso reforça essa ideia ao comparar-se a um cometa perdido, que segue sua trajetória sem um destino ou objetivo definido.
________________________________________
4. Conclusão
"O Lamento Incrédulo" é uma poesia forte e impactante, que mergulha nas profundezas da dor existencial e da incerteza metafísica. Seu tom melancólico, aliado às imagens densas e simbólicas, reforça um sentimento de desamparo e inquietação filosófica.
O poema se destaca por sua construção imagética e pela maneira como conduz o leitor a refletir sobre a fragilidade da fé e a possibilidade do vazio absoluto. A dúvida sobre Deus, o sofrimento e a falta de sentido permeiam toda a estrutura poética, transformando-a em uma reflexão poderosa sobre a condição humana.
O Lamento Incrédulo
Choro de pedra, de pó e de abismo,
lágrima seca na face do tempo,
um grito que rasga o véu do infinito,
mas Deus se esconde no entendimento.
As dores dos mortos pesam na carne,
vozes antigas sufocam o sono,
nas ruas, exércitos marcham sem glória,
resta-me o nada, o pó do abandono.
Abraço que afaga e logo desfaz-se,
esperança em cinzas, fé em ruína,
o beijo da culpa que arde na pele,
o pecado sem nome que nunca termina.
E se Deus não houver? Se tudo for sonho?
Se a dor for em vão, se o mundo for frio?
Sou sombra sem dono, sou noite sem astro,
cometa perdido no próprio vazio.
Por Evan do Carmo
Na escuridão da alma, um lamento ecoa,
Em sombras profundas, a dor se aloca.
No silêncio da noite, os demônios dançam,
Emaranhados em sombras que avançam.
Sangue se mistura com lágrimas frias,
Em um mundo de angústia, onde as almas se perdem.
A lua, testemunha silente do desespero,
Enquanto corações partidos clamam por alívio.
Em cada canto escuro, um segredo escondido,
Em cada suspiro, um grito contido.
A escuridão abraça, sem piedade ou perdão,
Num poema dark, ecoa a solidão.
Mas mesmo na penumbra, há beleza oculta,
Em meio ao caos, uma luz sepulta.
Pois onde há sombra, também há luz a brilhar,
Num eterno conflito, onde a esperança ousa se manifestar.
Lamento de um Eterno Menino
Em brumas do ontem, onde as luzes se cruzam,
Rezava a família ao inverso destino,
Que arrebatou, com mãos invisíveis e firmes,
Um filho, um anjo, de sorrisos divinos.
No seio do lar, uma estrela fulgente,
Nascido em corpo de homem, coração pueril,
Guardava a pureza dos céus em seus olhos,
E em risos serenos, o mundo sentiu.
Ond'outros viam a ciência e leis rígidas,
Via ele cosmos, e em estrelas dançava;
Na poesia e música encontrou a linguagem
Que ao peito dos homens, mansamente tocava.
Filósofo, advogado, de astros amante,
No seu mundo próprio, uma missão traçava:
Ensinar que no amor, como um rio que flui,
Encontra-se o sentido onde a vida se lava.
Mas como explicar, quando o céu se desfaz,
O quebrar da ordem, o filho que parte?
Chora o universo, na perda de um astro,
Que brilhou tão breve, em tão frágil arte.
"Se ele é incrível", assim ele disse,
"Ele não será fácil, mas vale o lutar";
Pois mesmo na dor da mais cruel despedida,
É o amor que nos resta, é o amor a ficar.
Sagrado menino, em adulto disfarçado,
Tuas lições de ternura, ainda ecoam, vivazes;
No teatro da vida, foste peça rara,
E nas cortinas do fim, deixaste rastros de paz.
Por todos os dias em que a música cessa,
E em que os poemas não podem consolar,
A lembrança de um espírito eterno e criança
Nos fará sorrir, nos ensinará a amar.
A dor do amor é um silêncio profundo,
Onde as palavras falham, e o corpo padece,
É um lamento que ecoa no fundo,
Uma saudade que nunca se esquece.
É o coração partido em mil pedaços,
E a mente que insiste em reviver,
Cada toque, cada gesto, os abraços,
Agora sombras que não podem fazer.
O amor, em seu brilho, traz a beleza,
Mas também a tristeza de uma perda,
E a alma chora, sem nenhuma certeza,
Se o que foi vivido é dor ou promessa.
Na quietude da noite, a saudade é cruel,
Como a brisa fria que congela o ser,
E mesmo quando se apaga o céu,
A dor do amor ainda insiste em viver.
A partir do momento que você eleva o lamento de suas dores a um pedestal acima das dos outros, você se torna o opressor que um dia lhe abusou.
- Relacionados
- Poemas de aniversário: versos para iluminar um novo ciclo
- Frases de efeito que vão te fazer olhar para a vida de um novo jeito
- Frases para falsos amigos: palavras para se expressar e mandar um recado
- Perda de um Ente Querido
- Textos de volta às aulas para um começo brilhante
- Frases sobre a morte que ajudam a valorizar a vida ✨
- 31 mensagens de aniversário para a melhor amiga ter um dia incrível
