Janela
Meu sonho sempre foi muito simples: Uma casinha branca com flores na janela, um amor pra dormir nos seus braços, e a felicidade correndo como criança por um jardim todo florido.
Todos os dias eu acordava e, da janela do quarto olhava para o jardim em frente sem que nada de novo me surpreendesse nele. Esta manhã eu acordei com o perfume doce de açucenas entrando pela janela, invadindo meus sentidos, perfumando meu olhar. Foi, então, percebi: durante a noite o meu coração floresceu e por encanto ou magia o jardim amanheceu abarrotado de flores.
Um tímido raio de sol que entra pela fresta da janela entreaberta acorda os sentidos, ilumina a alma, denuncia que já é dia e, que com ele novas oportunidades surgem, novas possibilidades nascem, novos sonhos ganham forma e a vida ganha mais, luz, cor e poesia.
Da janela do meu quarto eu admiro o céu estrelado; o firmamento envolvido na aura de mistério da noite; a Ave Maria sagrada no canto fúnebre da coruja; o fino véu crepuscular cobrindo o silêncio dos prados e o orvalho translúcido ganhando forma no escuro.
Diante desse espetáculo magistral, da imensidão do universo e da poesia da noite sinto que não sou mais que um ponto no meio do breu. Mas há luz em mim, há cintilância poética em meu olhar e, embora eu não seja uma estrela, sei desse clarão que emana do meu eu divino e não permite que em meu interior seja trevas.
Só tem o coração quebrado quem amou. Vida é risco, é janela aberta aberta pro infinito! Fechar-se garante um coração inteiro, mas também nos mantém reféns de uma vida morna, de uma existência sem emoção.
Hoje o vento da saudade adentrou minha janela e espalhou lembranças tuas por todos os cantos solitários dessa casa.
Hoje por um instante abri a janela do mundo para ouvir o seu barulho. Foi ensurdecedor, o que eu vi e ouvi. Cultos satânicos levando multidões, falsos religiosos ficando milionários aproveitando da ignorância humana, pessoas malignas sendo louvadas e endeusadas. Pronto... Fechei a janela...
O espírito natalino é uma janela com vistas para a infância que a gente abre no tempo, toda vez que o Natal chega.
Cada vez que você abre a janela da alma e olha pra dentro de si mesmo, enxerga a luz no fim do túnel.
Que ao abrir a janela do dia, eu tenha olhos para enxergar a beleza do amanhecer, a sutileza do sol enchendo o firmamento de cores, a magia da aurora celebrando a vida.
Abra a janela, o dia amanheceu, o sol brilha lá fora! A vida desabrocha em cores! Há cheiro de flores orvalhadas! Há perfume de vida no ar.
Hoje ao abrir a janela, contemplei com certo espanto a aurora em luz e cores e, foi nesse instante tão cheio de magia que um raio do sol me tocou e refletiu em meus olhos cheios de beleza, o amanhecer de um novo dia.
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