Inutilidade
Sobre a inutilidade do ser
Inutilidade do ser é a perspectiva da existência de um motor perpétuo, onde você tende a acreditar que o motor precisa de uma potência, cuja força advém de si mesmo e que a maquinaria resiste ao tempo. O tempo em potência para morte mantém a expectativa de satisfação existencial, somado a invenção da satisfação de prazeres efêmeros. Em resumo mp+p-p-t= inutilidade
A inutilidade só pode ser vista na obscuridade do pensamento, na luz do pensamento tudo que é pensando atravessa o otimismo ao destino. No obscuro o pensamento não está contaminado pela necessidade de transcendência, ali a ideia é pura sem contaminação do eu/cultura, este estado de pureza é capaz de ver o que se tem antes e depois do ser. O ser vai tentar sair deste estado/lugar, ao deslocar-se sente o movimento de vida, mas é surpreendido pela finitude do ser que não tem alternativa ante à morte a não ser investir nas vicissitudes pulsionais, nisso o enredo está criado, a história está feita e construída no arquétipo/psicogenético. Nisso a será replicado, ensinado, testado, confirmado por alguma autoridade/potência que propagará a utilidade do ser enquanto o ser descobre ser inútil em si mesmo, ao menos aos que vem do malogrado e obscuro lugar. Obscuro não por falta de luz, mas por desistir e insistir em dar luz as ideias.
A sensação de inutilidade nos concede o sentimento de desvalorização por não conseguir contribuir em nada para agregar valor na vida de alguém ou na sociedade.
A inutilidade do conhecimento.
Me sinto triste e inútil, com tanto conhecimento que tenho, e sem poder usar eles, ou que façam uso deles.
O que me entristece é saber, o quanto que meu conhecimento é útil.
Saber que poderia ajudar muita gente e meu conhecimento está inerte e sem nenhuma utilidade para mim, para meus próximos, minha comunidade, meu bairro, minha cidade, meu país e a humanidade.
Matciano A Nantes
Entre o ateu e o teísta persiste a inutilidade do dogmatismo, só mudando o lado. Como tudo o que fica refém de crenças, a escolha mais honesta é agir como se tivesse a resposta, pôr de lado as afirmações e fixar-se na dúvida.
Ela me ensinou a inutilidade de desejar um passado diferente e a futilidade de me preocupar com todos os futuros assustadores sobre os quais eu não tinha controle.
Após inúmeras chances e inúteis anos de espera, você constata a inutilidade de algumas pessoas que só estão atrapalhando a tua vida e das quais agora você só quer estar muito longe.
A inutilidade de algumas pessoas é demonstrada pela atitude através a qual enfrentam os problemas da vida.
Porém podem ter a certeza que quando as mesmas se reúnem num buteco bebendo cerveja até o dia seguinte é justamente quando alcançam o máximo nível de inutilidade e de imoralidade.
A inutilidade bateu na minha porta e eu abri
Faz tempo que me sinto assim
Tão fútil um pensamento oriundo, diante do mundo
que abro as portas e sinto a dor que é tentar me esquecer de quem sou
de quem me tornara
mais um dia amanhece e a inutilidade ta na minha porta
Fingirei que nada aconteceu.
Eis-me entre homens, meu irmão,
na angústia e na dor de saber da finitude —
e da inutilidade da vida
quando o assunto é a eternidade.
Amo e odeio essa possibilidade.
Convivo entre homens que, embora tente compreender,
enxergo como fracos:
almas perdidas no labirinto da consciência da morte.
Cegos guiando cegos,
todos buscam entender o que não é possível,
e acima de tudo, tentam encontrar sentido
naquilo que apenas repetem —
como se a crença, por si, salvasse.
Às vezes penso: talvez sejam como eu,
alguém que aprendeu a repetir os erros ancestrais —
a ilusão da crença
de que há algum sentido na morte do homem.
Sobretudo depois de se conhecer a sentença:
“Tu és pó, e ao pó voltarás.”
Me solidarizo com esses homens.
Mas, ao contrário deles,
na maior parte do tempo,
eu nego qualquer sentido ao universo.
Rejeito qualquer ideia cósmica ou estoica de metafísica —
seja a da alma imortal,
seja a da carne eterna,
ou da saturação de algum prazer físico.
Tudo é em vão.
Seguimos como ovelhas para o abate,
e todas as crenças desabam
quando a razão nos assalta,
como um raio que, vez por outra,
ilumina demais.
Superando as sombras do passado
As palavras de meu pai ecoavam como um decreto de inutilidade. As afirmações de minha mãe pintavam um futuro sombrio, desprovido de conquistas. O laço fraterno com minhas irmãs parecia frágil, distante da amizade que eu ansiava. Na escola, sentia-me como uma intrusa, uma aluna indesejada. A crítica de um professor ressoou profundamente, como se minha própria existência fosse um erro.
Cresci envolta em uma névoa de incerteza, questionando meu lugar no mundo. Hoje, aos 30 anos, reconheço o vazio que se instalou, reflexo das feridas do passado. Minha história pode não ser um conto de alegrias fáceis, mas ela é a minha jornada.
Ainda que em alguns momentos a vida pareça um fardo pesado, carrego em mim a resiliência de quem sobreviveu às tempestades. Se por vezes meus passos vacilam e o destino se oculta, a busca por um caminho permanece acesa. A tristeza que as incertezas trouxeram não me define, mas me impulsiona a buscar luz.
Na minha busca espiritual, volto-me para diversas crenças, na esperança de encontrar amparo e compreensão. E mesmo que o silêncio persista em alguns momentos, a fé reside em meu coração.
Sou feita da vastidão da estrada sob a noite estrelada, da firmeza do chão batido sob a luz da lua. Envolvo-me na delicadeza do perfume das rosas e na imensidão acolhedora do mar. Reconheço a multiplicidade de caminhos e destinos que se apresentam, e com renovada esperança, sigo adiante, confiante de que um deles me encontrará.
Nada me dissuade de que o útil é aquilo que se opõe à dor, e de que minha própria inutilidade é meu demônio real.
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