Insônia
Acho que amo noites demais
para estar desacordada na melhor parte das 24 horas,
fechar os olhos enquanto o céu acende suas estrelas...
Ou talvez as noites me assustam tanto que não sou capaz de descansar enquanto ela permeia.
Não tenho pressa para apagar as luzes ou fechar a porta
Sei que a partir do momento que eu fechar os olhos, tudo virá a tona.
Por isso prefiro manter as luzes acesas,
a porta aberta
e os olhos atentos.
I N S Ô N I A
Já não suporto mais as noites vazias, vagando como um zumbi na escuridão. A insônia me rouba, tira meus sonhos, leva minha tranquilidade, sequestra meu sono.
Não sei como lutar contra ela. Preciso, ao menos por uma hora, afundar no descanso, encontrar paz em um sono tranquilo.
Meus dias são um fardo, me arrasto, dormindo em pé, carregando o peso do cansaço. A insônia não é apenas um tormento, ela é minha pior inimiga.
Som expressivo da chuva que cai naturalmente lá fora, ouço agora da janela do meu quarto, acompanhado da minha insônia, sentindo uma sensação agradável, tendo uma ocasião simplesmente inspiradora, aguardando a chegada do sono após o avanço incansável das horas.
Na extensão da noite,a minha mente está inquieta,o meu sono está distante,os meus pensamentos não param,estão numa agitação intensa,
instigando uma inspiração pulsante
que desperta com eficácia alguns versos que são significantes por serem avivados por um tom de audácia, por palavras calorosas e sentimentos sinceros,apenas um poema a partir do silêncioe da insônia de um poeta.
A noite vai chegando, o vazio tomando conta e a mente ficando agitada. Quando olho o relógio percebo que me perdi em meio aos meus pensamentos, olho pela janela e o sol está nascendo.
Mais uma noite sem dormir e tendo que sorrir e transparecer ao mundo que estou bem. Mas na verdade estou quebrado. E o pior é que eu não sei como colar os pedaços, fechar as trincas. Minha essência se esvaiu, minha alegria se foi.
Nada mais importa, eu apenas sobrevivo.
Misteriosamente tudo ficou estranho: as pessoas, as casas, as ruas, o mercadinho da esquina... Minha sombra.
"como está? Onde está?" perguntas sem respostas. Contento-me com o silêncio ensurdecedor; com a curiosidade obtusa e latente que tende a me atormentar todas as noites ao repousar-me - ou, pelo menos, ao tentar assim fazer.
Contento-me, então, com as suposições hipotéticas, fantásticas e lúdicas do meu pensamento que, exausto, peleja aquietar-se. Aquietar-me.
Mais um dia; menos um dia.
A lucidez é algo mais penoso ao homem que a loucura, pois atrás dela que ele esconde seus mais sinceros sentimentos, os verdadeiros. Os sábios tem insônia ao refletir sobre ela, os ignorantes a tomam como um orgulhoso escudo e os tolos assim com eu apenas sofrem...
PERDIDO
Quanto tempo perdido,
Num tempo que não voltará,
Quanto tempo esquecido,
Num tempo que acabará.
Quantas horas perdidas,
Nas horas do dia,
Quantas noites perdidas,
Quantas horas de insônia.
Quanto tempo perdido,
Falaria mais, mas seria perda de tempo.
Autor: Agnaldo Borges
16/11/2014 - 00:07
MALDITA SEJA!
Depois de um dia cansativo, eu já estava deitada.
Senti a presença dela, meus olhos estatelados.
Ela, não sei como, conseguiu as chaves das minhas portas.
Eu já não aguentava mais trocar os cadeados e os segredos.
Andou visguenta e ardilosa até a beira da minha cama…
Eu não podia acreditar naquela visita, já madrugada.
Sentou-se na beirada, esticou sua mão e tocou meu corpo.
Estremeci, sentindo o seu toque aveludado e perturbador.
Ela fazia a minha cabeça girar, abarrotada de pensamentos.
Virei para o outro lado tentando ignorá-la.
Ela, não se dando por vencida, aproximou-se ainda mais.
Deitou-se ao meu lado e abraçou-me com toda força.
Quase sufocou-me com os seus longos braços e pernas.
Imobilizada, mal conseguia raciocinar; sentia o hálito quente.
Rememorei os remédios que tomei para livrar-me dela.
Com todo o esforço, consegui me mexer: tudo doía.
De um lado, para outro, e ela ali, feito parasita.
Alcancei o controle e liguei o televisor.
Ela queria atenção e começou a pular na frente da tela.
Levantei-me atordoada e circulei pelos espaços.
Ela ao meu lado, matreira, imitava os meus passos…
Abri a geladeira, peguei algo branco para beber.
E ela ali, sorrisinho sarcástico, não queria ir embora.
Decidi fazer funcionar o chuveiro na água morna.
Despi a minha roupa e senti aquela líquida carícia..
Ela avizinhou-se na porta de vidro e espreitou-me.
Então, trajei uma roupa bem mais confortável…
Toquei os lençóis do leito para ver se ela postulava.
Acendi um incenso forte para ver se ela enjoava.
Peguei o celular e ela, egoísta, o derrubou no chão.
O meu corpo pequeno e moído, eu não consegui mais lutar.
Asfixiada, abri todas as janelas para entrar o ar…
Mas ela sacudia as cortinas, sem parar, sem parar…
Abri um livro grosso, história fastienta, letras bem miúdas.
E ela se acomodou pegajosa no meu colo para ler junto.
Já era tão tarde, e eu tão cansada, madrugada adentro…
Eu não poderia ceder aos seus desencantos.
Tentei concentrar-me nos sons das ruas… Ela sibilava.
Liguei uma música baixinho, e ela tamborilou forte os dedos.
Eu quis morrer só um pouquinho naquele momento…
Juntei as forças que eu tinha e a joguei contra a parede!
Mas ela se levantou imperiosa como se nada tivesse acontecido.
Olhei para a janela e o sol, mansinho, já dizia “bom dia”.
E ela foi-se arrastando, de volta às profundezas das trevas…
Chorei, debatendo-me, abraçada aos travesseiros.
Gritei com todos os meus pulmões: MALDITA SEJA!
– Vá embora da minha vida, maldita INSÔNIA!
Correndo por dentro, dando voltas entre cabeça e coração, tropeçando nas emoções e levantado nas razões.
Olhando por dentro não vejo argumentos para explicar meus sentimentos, nesse momento parece que estou jogado ao relento.
Sem proteção, visão, sem uma escolha, sei que para andar preciso de um caminho, como não tenho um, contínuo correndo por dentro tentando encontrar saída.
Vida perdida, marcada por feridas.
O sonho de ser feliz com atitudes estacionadas, tudo isso não me leva a nada, a não ser permanecer acordado durante madrugada pensando...
Não sei o que fazer, a noite se aproxima e com ela o desespero, o medo em saber que mais uma vez não conseguirei dormi. São 4 horas da manhã e parece que o sono não vem me visitar hoje. O problema da insônia é que com ela vem junto os pensamentos, os pensamentos que durante o dia ninguém tem coragem de pensar, aqueles pensamentos que te fazem ficar triste pelo passado e ter medo do futuro, futuro esse que para falar a verdade eu não tenho coragem de imaginar. Mas logo amanhece e junto com o sol vem mais um dia, um dia que poderia ser diferente, poderia ser melhor. O problema que não importa o quanto melhor ele seja, a noite sempre vai chegar e junto com ela a insônia...
Ideias e fantasias que saltam do travesseiro,
Imagens que se retém do vaivém de um dia inteiro,
Num sono revigorante de um transeunte em devaneio,
São sonhos de um insone que de uma noite é prisioneiro.
Incontáveis as noites sem controle
tua falta me castiga com palavras
sem nexo, sem entender, sem razão
emoção indiferente mas consequentemente
sem culpa da covardia de desistir
de não lutar pra que em um único lugar
eu e você não exitasse em ir
sem direção tanto faz, minha esperança jaz
meu grito silêncioso ecoa mas tu não ouve
quando seu respirar ouço á kilometros
em momentos menores que instantes
uma partida, uma inconsequente ida
sem volta, sem rumo, perdi meu controle
lembranças de palavras que não dizem nada
exceto que perdi meu controle.
Mais uma vez você me fez perder o sono
E isso tem se tornado tão comum todas as noites
Só espero que o sono me sequestre novamente
Antes que tu me faças perder o fôlego.
Até quando ansiedade, tu insistirás em me fazer companhia?
Madrugada de Junho
Chamam-me Zé, da terra do rei. Apesar disso, um humilde plebeu.
Cidadão orgulhoso, hébrio eventual e desafortunado, estudante bem sucedido e intelectual fracassado.
Há dias não durmo. Não muito. Não.
Soluções das mais diversas foram-me apresentadas. Como meu caráter, contudo, são falhas.
Como ciência, deixam a desejar. Como técnica, ineficazes. Como crença, continuam no plano imaginativo. Um fracasso.
Ontem testei um remédio. Dormi junto ao despertar do sol.
Hoje foi diferente. Álcool. A alvorada se foi há horas e ainda escrevo estes versos.
A agonia já deixou de ser amante. Casei com ela e a traí. Raiva, minha nova paixão.
Desespero será o meu futuro. Desesperança, após ele.
Quero chorar. Também desejo vomitar. Tristemente, não tenho mais controle sobre o próprio corpo.
Minhas mãos tatilografam amontoados de rabiscos estranhos, os quais a autoria negarei pela manhã.
A falta de memória será a prova.
O sono não vêm. A angustia bate frenética a porta de meu coração. Descobriu a traição e agora cobra seu preço.
Suspiraria de alívio se ela apenas pegasse as malas, preferisse meia-duzia de ofensas, desse meia-volta e só voltasse meia quinzena depois, com um oficial de justiça e uma intimação. A dor de cabeça séria menor.
Decadência.
Ao menos não estou sozinho. A tristeza é companhia fiel. Durmo com ela às vezes, mas durmo.
Mal posso esperar pela próxima visita.
Niilista? Não, não tenho tanta sorte e nem tanta esperança assim.
Ó, Tristeza, quando voltarás? Desejo-te, fiel amiga. Se quiser-tes, caso-me contigo. Aceitarei teus egoísmos, desejos e tuas traições.
Sono, eis o que quero em troca. Apenas isto. Aceitas a proposta?
Fico feliz...
Pus minha cabeça no travesseiro,
Esperando o sono que teimosamente demorava,
Entre uma piscadela e outra comecei a ouvir um melodioso companheiro,
Era o rouxinol que cantava,
"Infeliz, desfiz
As malas prontas na sala,
Por um triz, eu quis
A alma minha, com tala,
Libertar.
Contá-la minha saudade
A vazia vastidão da casa
Nestes dias-cão, de maldade!
Sem ela saber
Estaria indo a ver.
Mas desisti.
Na cama fria,
Silêncio, agonia
Amarga insônia
Companheira.
Delírios,
Dilemas.
Eu nem dormi..."
(08/12/2017)
HELP ME!
Quase sempre, nunca sabemos quando será as últimas palavras, as últimas lembranças; os últimos momentos.. Estamos sempre ocupados com quaisquer outras coisas menos importantes, que acabamos esquecendo de abraçar o próximo.
Não sendo minhas últimas palavras, mas acredito que sendo minhas melhores. Esse texto vai muito além de ser sobre mim, é sobre eu e mais outras milhares de pessoas que pensam o mesmo;
Rodeado de pessoas, mas sabendo que está sozinho. Caminhando alegre, mesmo que nem um se quer sorriso, é verdadeiro.
Constantemente pensando em um fim, mas sempre sem coragem. . .
Não minta para mim dizendo que alguém aprendeu a controlar, pq para mim ela cada vez fica mais forte.
No meio da noite ela te acorda, no meio da refeição.. a fome some.
"Eu te amo" salva mais vidas do que você mesmo imagina. O dia pode estar mil maravilhas, mas se for para ser, você vai chorar.
Eu não desejo um fim, desejo uma saída e um recomeço.
peço que assim como eu, voce encontre seu refúgio e continue tentando. pq é disso que nos fazem fortes!
Eu sei como você se sente, seus dias podem ter sido péssimos o quanto for. Mas saiba que para mim você é forte e que nunca estará sozinho.
eu amo voce, passe bem!
Traiçoeiras!
— As pessoas não sabem o que passa na vida dela.
— Tudo que ela enfrentou e está enfrentando.
— Não questionam, apenas julgam.
— Ficam falando.
— As pessoas não conhecem os caminhos que ela trilhou para chegar até aqui.
— Os medos que enfrentou!
— Às vezes que as preocupações, não as, a deixaram dormir!
— Quantas vezes teve que se refazer, e mesmo despedaçada em pequenos cacos, ela se juntou e se fez inteira.
— Como uma guerreira.
— Ninguém nunca perguntou, oque ela teve que enfrentar?
— Como ela realmente está?
— Ninguém se importa qual aspecto de sua personalidade foi ofendida.
— Nunca perguntaram quais marcas, viraram feridas?
— Nem se ela teve que se camuflar e dar um duro danado, para até aqui chegar.
— Mesmo olhando o painel de traços no tempo, não deixou ele ditar as regras, ela se encarregou de seu futuro.
— Sem medo de enfrentar o escuro.
— Ela não se escondeu, para não ser para sempre uma impostora, ela enfrentou e venceu.
— Quantas vezes ela se sentiu perdida, sem direção.
— Cansada… Sem saída…
— Pedindo ajuda.
— Mãos estendidas!
— As pessoas a olhavam como quem via um espantalho,
fingindo apontar o caminho,
mas a enviavam rumo ao tornado.
— Pro lado contrário!
— Dizendo ser o melhor atalho!
— Dizendo ser a melhor direção!
(Pessoas, tem gente ruim de coração.)
Rosely Meirelles
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