Insano
O ciclo
Mais um ciclo chegou ao fim, mais um ciclo independente insano e intenso. Sentimentos rolaram de uma forma sem igual, novas palavras foram ditas, e acabei por conhecer, um pedaço de mais uma vida.
Este foi um ciclo apaixonado e feliz, tinha algo diferente dos outros, algo especial. Mas as divergências vieram, os conflitos se fizeram. E o ciclo apesar de perfeito, ainda não estava pronto, era incompleto era instável.
Foi mais um ciclo de duas vidas que se conheceram e se amaram, e que agora chegou ao fim. Um ciclo que marcou vidas, e ensinou a viver.
Meus pêsames, pois enterrei mais um amor, amor fatal, acalentador, inconsequente, insano e imortal.
Não sou de acreditar em vida após morte mas abro essa exceção acreditando que esse amor que enterrei vai brotar em outro coração.
Dezoito.
Estranho me definir nestes últimos anos. Isso me parece um tanto insano.
Perdi e ganhei tanta coisa, coisas que me ensinaram a ser quem sou ou quem eu deveria ser hoje.
Idas e vindas como um metrô em um dia comum, tudo em seu horário de pico.
Você chega aos dezessete pensando que já viu de tudo, afinal você já conhece este mundo. Porque dezoito seria tão diferente e especial? Não vejo motivos para nomear tal.
Sorrir, chorar, muitos esperam este momento para se libertar.
Se eu te disesse o quanto mudei nesses últimos anos... Não sei se há motivos para se orgulhar ou decepcionar.
A decepção e a vitória são maneiras estranhas que te fazem mudar o percurso da sua história.
Odiava livros, nunca pude ler um por inteiro, e não pense que seja por falta de interesse ou tempo. Hoje não só leio um como sonho em poder escrever, escrever algo que todos se interessariam por ler.
Mudei minha maneira de observar pessoas, ás vezes a personalidade pode valer mais do que a aparência. As vezes a aparência se sobressai.
Manter algo pelo tempo ou até mesmo segurar coisas que não foram feitas para serem presas, não é a resposta para sua incrível solidão e falta de compaixão.
Cada dia que se passa é único, mesmo que na noite anterior você tenha chorado a madrugada inteira. Um dia após o outro; Vá atrás daquilo que você denomina ser seu "ouro".
Dezoito significa para mim não só o começo de mais um ciclo da vida, significa que todas as coisas que aprendi não foram em vão, que todas as pessoas que passaram por mim me trouxeram uma lição. Pegar delas um pouco ou jamais ser igual a elas.
Viva por você e por aquilo que você acredita.
Passados dezoitos anos, achando que a morte antes deste dia viria ao meu encontro, hoje vivo por aquilo que acredito que consigo alcançar.
Ninguém vai viver por mim ou comigo para sempre. Um dia as coisas acabam e quando isso acontece só lhe resta seguir em frente.
Uma nova oportunidade, um sonho restaurado, um futuro que tanto venho aguardado...
Bem vindo novo ciclo de vida!
saudações nobre alma,
sombrios temores através do insano,
desejo cálida de um momento,
distúrbio ser atormentado,
no patamar selado do espírito...
ao fel difuso ao centro do coração.
expansivo tangente orbitante...
desejo atroz quando mais profundo,
extenso mórbido de tuas mortalhas,
dispersa na difusão inteira da sombria...
moda de viver na solidão pura...
vitiliginosa ate que tudo seja...
o profundo da alma, doce sentido...
prolifera sentimento tais esperança,
vulgar horizonte arte do amor...
predileto ser dourada afirmações...
diante qual seria florescer,
mero caos dolente vergam vespertina,
tais como esperança que paira,
longes do centro do espírito,
senis aurora dessa alma,
espasma de longe para sempre,
o fato mais fundo do tem a consciência,
transferida na assustadora fonte,
tão vagante no horizonte da alma.
Há pessoas que sentem um prazer insano ao desestimular o outro. Adoram essas frases feitas de água fria, como “não vai dar certo”, “isto é impossível” ou a clássica “é melhor nem tentar”. Geralmente são sujeitos de poucas conquistas na vida, muitas frustrações e um punhado generoso de inveja. Chegam a ter inveja até do que ainda não aconteceu. A possibilidade de vitória alheia lhes provoca terremotos no fígado e na alma. São pessoas infelizes, que vivem de espalhar grãos de sua infelicidade pelo mundo. Nem sempre conseguem.
A Luz Invade a Imensidão No Escuro Do Quarto
Na Sala Eu me Disfarço
De Louco insano Pensando
No que vou Tentar falar.
A sua Face Me traz tranquilidade
Nessa Metade Somos a Parte de Um Só..
E em todas aquelas angustias algo insano passava-se em minha cabeça. Coisa abstrata a qual não sabia definir, mas absorvia-me os sentidos, deixando-me cativa em meu próprio mundo. Como pode você amar algo que não te pertence! Ela vivia em meu mundo, como algo inexorável e não efêmero. Aquilo consumia meus dias, horas e minutos e no fundo eu queria sentir tudo isso.
Sou eu um poeta?ou serei eu apenas um insano homem banalizado pelo mundo expressando minhas dores em um papel.
Silêncio insano
Eu conheço o barulho da porta que fecha.
Já senti o suor das mãos frias.
Conheço a dor na cravada da flecha.
Pisei as pedras da estrada vazia.
Eu conheço o grito que ninguém ouve.
O silêncio que nos faz insano.
Já via lagarta na folha da couve
Vi a tesoura cortando no pano.
Eu conheço a tristeza da estação depois que o trem passa.
A incerteza se a dor irá parar.
Já vi choro no embarque, ouvi as promessas.
Coração que se divide pra depois suspirar.
Aquelas estrelas vermelhas
atrás do wayfarer
guardam os anos
as noites em claro
os poemas insanos
os quadros do Ian Curtis
na parede do quarto
O ser perfeccionista é um ser desumano, já que não
há nada mais insano do que exigir perfeição de quem
está em construção e evolução neste plano humano!
Guria da Poesia Gaúcha
Intenso como a energia do sol
Insano como as minhas ousadias
Quente como a larva de um vulcão
Sim! Sou eu mesmo
De uma forma gostosamente único e maravilhoso;
Tudo que tenho
nesta noite e nas mãos ...
É um grito insano
Um quarto amontoado
Um canto de solidão
Um corpo frio
Um sentimento vazio
Um poema sem razão
Uma ânsia silente
Uma saudade rasgada
e descontente
amargando o coração.
Diz-me duas palavras
(Amor: sentimento insano)
O vento o tocava, era algo que lhe incomodava: o vento assanhando os seus cabelos, amarrotando suas roupas já amassadas, jogando respingos d’água em seu All Star preto, mas se conformava com o vento, pois era algo que lhe recobrava o fôlego.
Só mais uma tarde vazia como todas as outras, tentando definir uma direção qualquer, foi quando os olhares se cruzando por dentro de todos os demais e vindo em sua direção o atingiram, como um rifle carregado com balas sem som, tocando toda estrutura móvel em sua direção. Um tremor repentino, algo o acertou e ele sentira tudo aquilo como se fosse verdade. Sentindo o fim de tudo, Mr. Jeck não sabia o que lhe impunha aquele ar goro, insolente, que o deixava em cárcere privado, com força abaixo de um, onde o padrão habitual é um milhão, não sabia o que era, mas queria se livrar de tudo aquilo e tentar voltar ao padrão.
Não sentia mais o mesmo sentimento insano que antes o tocava loucamente. Mr. Jeck estava anormal, louco para que aquela troca de olhares se findasse, queria ver logo o fim daquela guerra. Então virou a cabeça na direção oposta para tentar livrar-se dos tiros sem som aos quais olhara antes, causando à Sophia pequeno desconforto, pois ela não sabia o motivo do movimento logo após a troca tão intensa de tiros sem som. Mr. Jeck saiu em passos lentos ouvindo a musica que em seu ouvido dizia:
“THIS IS THE END OF THE WORLD TO ME...” (este é o fim do mundo para mim).
Passos eternos, quase intermináveis, em direção ao nada, tocando o chão, com pouca vegetação, que se colocava a sua frente. E a cada momento se afastava mais do seu rumo, deixando Sophia para trás e seguindo em direção ao nada.
O vento o tocava, era algo que lhe incomodava: o vento assanhando os seus cabelos lisos, amarrotando suas roupas já amassadas, jogando respingos d’água em seu All Star preto, mas se conformava com o vento, pois era algo que lhe recobrava o fôlego.
Parecia que tudo aquilo era para sempre. Queria chegar logo ao fim de tudo, não queria sentir pensamentos insanos, tentou apressar os passos, mas para Mr. Jeck aquilo parecia uma caminhada de vinte quilômetros.
Já cansado de todo aquele sentimento que o aprisionava, parou, pensou em voltar e olhar nos olhos verdes de Sophia e falar-lhe toda a verdade, tudo o que ele sentia e pensara naquele momento, só queria expor sua insanidade, mas se lembrava dos dois longos passos que tinha de voltar, e isso o deixava perplexo, imóvel, no mesmo estado que Sophia.
Virou lentamente a cabeça, via o vento derrubando as folhas já secas pelo tempo, via todas aquelas aves voando sem asas, viu os anjos contemplando a imensa beleza de Sophia, parados em qualquer lugar. Mr. Jeck sentia-se frustrado por ter iniciado toda aquela loucura, e nesse momento já tinha perdido todo o controle, não sabia o que fazer.
Com o corpo já todo virado em direção à Sophia, tentou falar, mas era em vão, estava sufocado pelos tiros que havia tomado há pouco.
Ficou parado observando e contemplando a imensa beleza perfeita de Sophia, que mais parecia esculpida à mão, podendo se perceber cada detalhe com nitidez.
Há supostos vinte quilômetros de distância podia descrever perfeitamente o que via em Sophia. Os olhos brilhavam como se fossem de vidro, como duas estrelas, solitárias e melancólicas, com toda a imensidão que as rodeavam num findar de tarde. Seus longos cabelos lisos mais pareciam uma queda d’água interminável e cristalina, as curvas de seu corpo perfeitamente corretas, como jamais vistas em um corpo feminino.
Os anjos que há todo momento observavam a solene beleza de Sophia, sem sequer sair um minuto de sua presença, faziam tudo parecer ainda mais belo e difícil de encarar, não era simples para ele.
Ao tentar dar o primeiro passo para trás, não conseguiu, estava preso ao sentimento insano, se encontrava sufocado pelos tiros do olhar solene de Sophia, então, se recordou de algo que poderia recobrar-lhe o fôlego, o ar em volta, que alguns segundos atrás o incomodava, respirou fundo, e, enfim, foi solto, conseguiu dar aquele primeiro longo passo, e lembrou-se de tudo que se passara até ali, como se fosse um filme reprisado em câmera lenta.
O vento tocando-o, os respingos d’água em seu velho All Star, já gasto por dois longos passos, tudo aquilo outra vez, mas agora será diferente, está destinado a expelir aquela bomba que tanto o incomodava. Mas o som era falho e ele não queria tentar refazer os destroços depois da explosão.
Olhou subitamente nos olhos dela e levou outro tiro sem som. Hesitou e decidiu voltar os dez quilômetros restantes, deixar explícito todo aquele sentimento insano, toda essa dor que comprime o seu peito ia ter que sair. Tentou reunir o resto da mísera força que ainda havia dentro de si.
Então, algo o tocou, fez-lhe ver que Sophia não era aquilo que achara ser. Olhou subitamente nos olhos de dela, enquanto tudo o que pensava passava em sua mente como um filme.
Não mas hesitou e, enfim, conseguiu expor o que estava sufocando-o, uma simples pergunta:
“Sophia, diz-me duas palavras?”
Ela imóvel como sempre, com todos aqueles anjos ao seu redor, pois sua beleza era tão sublime que os anjos rodeavam-na, docemente o respondeu:
“AMO-TE.”
Mr. Jeck imóvel com tal resposta pensou:
“Então isso que é um sentimento insano?”
Em seguida Sophia o fez a mesma pergunta:
“Mr. Jeck, diz-me duas palavras?”
Ele respondeu:
“DEIXA-ME!”
E como antes, Sophia está do mesmo jeito, imóvel, com todos aqueles anjos ao seu redor.
Mr. Jeck outra vez virou-se como quem fosse sair, e em seu ouvido ainda tocava a mesma musica:
“THIS IS THE END OF THE WORLD TO ME...” (este é o fim do mundo para mim).
Tirou o fone do ouvido, e o mundo ao seu redor correu outra vez normalmente, como antes, e todo aquele sentimento insano fugira de Mr. Jeck, como os anjos que estavam ao redor de Sophia. Virou-se e voltou à realidade, foi quando ao longe ouviu uma voz que dizia:
Ei Mr. Jeck, você esta ficando louco?
Deixa essa ESTÁTUA ai e vamos embora.
Autor: Kenny Anderson da Silva
Mr. Jeck
Revisão: Admilson Lins da Silva Júnior
Agosto de 2009