Infancia Querida
O que canto em abundância
são retratos de saudade...
És a flor da minha infância
E um cartão de identidade.
I
Nas passagens do rossio
o colorido do ervado,
velhas eiras, algum gado
e cem anos de pousio...
Na riqueza do teu brio
eu vivi sem importância,
sem o vício da ganância,
no carinho do teu leito,
é sincero e por direito
o que canto em abundância.
Ii
Para sempre a minha escola,
o meu teste de memória,
professora dona Vitória
e mil sonhos na sacola...
Sua imagem me consola
num padrão de eternidade,
vi em ti a liberdade,
muita força e muito medo,
e as promessas dum brinquedo
São retratos de saudade.
III
Aquela imensa multidão,
as promessas arrojadas,
com pessoas encantadas
oferecendo a exaustão...
Boa-Nova e devoção
demonstrados na constância,
o teu povo em abundância
vê passar mais um petiz,
mas que hoje ainda diz:
És a flor da minha infância.
IV
És a página mais amena
no meu livro desfolhado,
o sentimento emocionado,
a nostalgia que me acena...
Neste abraço para Terena
há carinho e amizade,
e aquela fraternidade
que eu guardo de criança...
foste tu a minha esperança
e um cartão de identidade.
"Tudo na vida passa...
- A infância também passou.
- Mas aquela criança que lá brincava,
está sempre voltando... voltando...e voltando.
- Feito passarinho no ar,
só batendo as asinhas..."
Haredita Angel
21.03.22
Na infância a alegria de brincar me contagiava.
Eu ria ,caía ,corria e chorava
Eu brincava com tudo que achava
O sorriso saia e a felicidade brotava
Com os pés descalços, na terra pisava
Brincava de pega pega e ninguém me pegava
Com os brinquedos brincava
Bagunças fazia e depois apanhava
A noite chegava e logo eu dormia
Ansioso ficava para a chegada de um novo dia.
Agora eu não sei o que me aconteceu, me tornei frio, infeliz.
O que me aconteceu?
Minhas incertezas e confusões tem machucado pessoas importantes na minha vida. Além de afastá-las e deixá-las com dúvida de o por que eu ser e agir assim.
Eu não quero mais magoar ninguém, quero ser alguém que espalha alegria, que contagia, provindo atitudes positivas de coração.
Uma coisa eu tenho certeza, é que sou um menino sonhador que quer ser o reflexo de muita gente, espalhando a boa magia da infância.
Quero ser alto astral e espalhar gargalhadas de felicidade.
Eu sou gaúcha, mas nunca fui particularmente entusiasta de ser gaúcha. Na infância, vestia o traje de prenda, cantava músicas típicas e dançava na escola, como se fosse algo lúdico. Achava que, num mundo globalizado, pertencer a uma região era coisa do passado. Acreditava que éramos todos cidadãos globais e pós-modernos. Mas então vi minha terra arrasada, as ruas por onde caminho alagadas, o bar onde costumo ir com meus amigos debaixo d'água, o centro da cidade, onde há apenas duas semanas houve carnaval, inundado. Vi as cidades arrasadas, as pessoas com barro nas pernas e lágrimas nos olhos. Vi a água levar tudo, tudo, da minha gente. Foi aí que percebi o quanto pertenço ao Rio Grande do Sul. Pertenço à gente que amo, aos meus conterrâneos, e a dor de todos é minha também.
Li no jornal uma carta de uma senhora narrando a enchente de 1941. Enquanto ela descrevia a água subindo no centro de Porto Alegre, nos bairros Navegantes, São João, Menino Deus, nas ruas de Praia de Belas, com o Pão dos Pobres sendo evacuado, eu sentia um arrepio. Parecia que ela estava narrando minha própria experiência. Solidária, ela me deu voz e as suas palavras devolveram as minhas. Então, ela usou o termo "flagelados" para descrever aqueles que perderam tudo. Aquilo me assustou, achei forte. E me dei conta de que é uma das palavras que dá dimensão do que estamos passando. Um estado debaixo d'água, com milhões de flagelados. Não falo apenas daqueles que perderam suas casas ou entes queridos, falo de todos nós que estamos em estado de choque diante dessa tragédia. Dos meus amigos que saíram às pressas de casa, dos que perderam tudo, dos animais nos telhados, do vizinho idoso que vai comigo buscar água no espelho da Redenção, com nossos carrinhos de feira. E uma semana parece um século.
Há um mês atrás, quando a vida era feliz, estava no Rio de Janeiro e vi a exposição que Ailton Krenak realizou a curadoria, no CCBB. Lá tinha uma imagem de dois meninos e um homem num barquinho. Só se via a copa das árvores e muita água. Estavam sobre a aldeia onde moravam. Fiquei comovida, imaginando como seria passar por isso. Achei que entendia, que minha empatia alcançava. Eu estava errada. Eu não sabia de nada. A tragédia não se empresta. E o que posso fazer, como Krenak fez, é contar. O que quero dizer é que vamos viver, vamos reconstruir.
Hoje revi a primeira menina que fez meu coração esquentar na infância. Bizarro isso a diferença de idade nem teve relacionamento e quase pergunto a ela se conhecia ela em algum lugar! E tinha visto ela ontem e não tinha lembrado de onde conhecia! Mó viage!😂😂
A vida é preciosa. Aproveita a sua infância, sua adolescência e a sua fase adulta, porque quando morrer não dá pra dar replay.
Minha história de amor com meu marido começou na infância, sempre fomos apaixonados, mas a maldade humana nos separou por um período, porém o amor verdadeiro ninguém pode apagar.
Saudades
As marcas da minha infância
Carrego sempre comigo
Tem coisas que hoje lhes digo
Dos meus tempos de criança
Que quando vem na lembrança
A dor aperta meu peito
Somente com muito jeito
Consigo espairecer
Mas não consigo esquecer
Nem sei se tenho o direito
Meu grande exemplo de vida
Saudades do velho pai
Meu pensamento se vai
Abrindo sempre a ferida
Que por não obter guarida
Num ato de covardia
foi silenciar neste dia
Por coisas sem fundamento
Não esqueço essse momento
Nem esssa atitude fria
Meu velho desprevenido
Sem instinto de maldade
Sofreu a barbaridade
De ser ali abatido
Presenciei o ocorrido
Em completo desatino
Embora ainda pequenino
Sem nada poder fazer
A dor que trago em meu ser
Carrego desde menino
O pensamento corrói
Desassossegos na alma
Procuro manter a calma
Mas sempre a saudade dói
Lembro meu pai, meu herói
Que perdi ainda criança
Por causa de uma lambança
Que nem mesmo sei porquê
Mas peço a Deus prá conter
Meu instinto de vingança
Ao grande Pai das alturas
Protetor do mundo inteiro
Impiedoso justiceiro
Conforme reza a escritura
Peço que adote a postura
Que a religião nos ensina
Que faça cumprir a sina
E que estes trastes mulambentos
Venham pagar seus intentos
Pela justiça Divina
Ivens de Lima Abreu
Hoje vou falar de autoestima; em particular a minha.
Tudo começa com as críticas(desde a infância), com as brincadeiras sem graça, com a zoação, os comentários maldosos e sempre os guardei pra mim. Quem sofre não sabe que desencadeia uma doença, a baixa autoestima, UMA DOENÇA SIM! Seguida disso, tornei-me as pessoas que me machucaram. Passei a humilhar-me, desfazer-me, não confiar-me, sequer acha-me capaz de conseguir/conquistar algo. Vocês conseguem ler isso e sentir a barra que é uma pessoa que sofre com baixa autoestima?
Mas pq você está falando disso, se é algo que você tem que mudar?
Para alertar a vocês que isso se torna uma doença de autoestima, que quem sofre não quer sair, quer se isolar, culpa-se constantemente, não tem paz com seu próprio pensamento, e quando saí quer se disfarçar para que as pessoas não as enxerguem, sejam algo invisível, e o quão grande a sociedade tem papel ativo nisso?
Independente de você conhecer ou não a pessoa tem o dever de respeitá-la, e entender que autoestima mata. Já se perguntou porque para o ser humano é tão mais fácil identificar os defeitos e não apontar uma qualidade? Porque geralmente é o que fazem com você, dentro de casa, no seu grupinho social, as pessoas que você chama de amigos/amigas. Mas isso não quer dizer que a mudança não possa partir de você! Seja diferente, os iguais não são atraentes.
Sempre pensei dessa forma, sempre me posicionei com visão no diferente para enxergar os outros e nunca a mim.
Você pai, mãe, irmã/irmão, parentes, amigos/amigas, desconhecidos, enxerguem além do que vocês conseguem ver, acostumamos a maquiar nossas dores, nossas frustrações, nossos medos e não falamos sobre, não apontem os defeitos alheios pois grama de vizinho nenhum é tão verde assim. Todos carregam grandes traumas, enfrentam grandes batalhas diárias. É tempo de ajudar! É tempo de viver coisas boas, de ajudar aquele que tem dificuldade a entender o X da questão, é tempo de amar e demostrar que precisamos sentir o que o outro vem dando sinais.
Cessem as brincadeiras de mal gosto, o tempo voa, quantas vezes nos seus momentos de dores você deseja que alguém pergunte se você está bem, se realmente está bem? Você quer alguém que te dê apoio, troque um papo, ou só te ouça. Você sente falta dá empatia nos momentos de angústia? E quantas vezes tem praticado ela? Por que não fez/faz isso com quem passou/passa por momentos difíceis também?
Hoje é difícil você conhecer alguém que saiba receber um elogio, resultado de muita frustração. Eu particularmente não sabia tratar isso de uma forma natural, não acreditava por não me conhecer, por não achar que eu era aquilo que diziam... Mas devemos enxergar além, beleza é relativo, é muito mais que aparência física, as pessoas empregam-as de formas diferentes. Em questão de segundos podemos julgar alguém com base na aparência e isso é o pior erro. Permitam-se enxergar além! Existem diversas qualidades que transcendem os defeitos, existentes em um ser; honestidade, lealdade, simplicidade, caráter, bondade, solidariedade, generosidade, coragem, garra, empatia...
As pessoas precisam se autoconhecer.
Saudade da minha infância
Um dia o poeta escreveu
“ que saudade da aurora da minha vida
Da minha infância querida que os não trazem
Mais”
E eu digo: Saudade dos dias que mamãe dizia
Em meados dos anos 70, não saia de casa que o papa figo lhe pega , e eu na minha inocência com os olhos a regalar, olhava pela brecha da porta num via nenhum passar,
e hoje há vírus
a me assustar,
num saio nem um tiquim
que é pra morte não rodear.
E quando tudo isso passar
quero poder comemorar
,abrir um bom vinho
e como amigos celebrar
a vida e ao amor
e a todos poder abraçar.
DEMIR DIAS
O NATAL DE MINHA INFÂNCIA
Desde os tempos de infância, sempre fico na expectativa da chegada do NATAL.
Ainda criança, estudar era muito bom, mas, chegar as férias, aprovado, era muito melhor, pois, logo vinha a boa nova - o NATAL.
Período de ganhar presentes, roupas novas, brinquedos e viagens.
O NATAL é mágico, um colorido de luzes, a brilhar na cidade, nas ruas, nas casas.
Nos lares, as árvores de Natal, as guirlandas, os presépios, nos remontam ao nascimento do menino Jesus.
As orações pela paz, harmonia, prosperidade e saúde, tornam-se momentos de fé e esperança para um Ano Novo que se aproxima.
Relações carregam-se de afetos, sentimentos afloram e aquecem corações.
Fluem a humildade e a generosidade da partilha.
Senão a doação financeira para quem precisa, o desapego assume relevância fazendo com que o pouco que nos propomos a ofertar, seja muito para quem recebe.
As saudades doloridas pelas distâncias ou pelas lembranças daqueles com quem convivemos, nos fortalece na caminhada da vida.
Então é NATAL, festa da família, período de acreditar, período de encher os coraçõezinhos das crianças de sentimentos ternos e de relembrar como era lindo o NATAL DE MINHA INFÂNCIA.
O sorrir
Privilégio de poucos.
Na infância, adolescência, maturidade...
Ontem ouvi meu anjo querido,
Me alertando.
Vovó quando estava no banho,
Brincando você brigou comigo.
Você se assustou e ficou séria.
Vovó, olhei para você.
Você sorriu, vovó!
Sorri creio que a primeira vez
Que precisei ralhar com você.
Enfim sorrir sempre fez parte do meu viver, logo alegria, alegria.
Desde a infância, quase todos meus hiperfocos foram artísticos. Em outras palavras, nasci para ser artista. É mais forte do que eu.
E quando lembro da minha infância junto aos meus avós, sonho voltar para aqueles dias... Somente o desejo está junto a mim, mas sei não será possível.
Eu juro; se fosse, voltaria para o cantinho quente da cama de minha avó, quando deitava no meio deles na madrugada.
Saudades que me queima a alma.
Ah! Que saudades
da minha infância
cheiro de bolo e café
mamãe na cozinha
e papai lendo Jornal
eu e meus irmãos
correndo pelo quintal
não sabia nada de política
muito menos de inflação
não me preocupava com doenças
e muito menos com religião
e quando algo doía
mamãe dava colo e carinho
papai comprava um remedinho
era tudo tão simples
tão puro e sincero
que saudades sem fim
de um tempo que passou
mas em meu coração ficou.
------------ Juliana Rossi Cordeiro
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Lembranças da infância: frases para celebrar e reviver momentos
- 28 poemas sobre a infância para reviver essa fase mágica da vida
- Minha Irmã Querida
- Amizade de Infância
- 75 frases sobre crianças que celebram a magia da infância
- Textos sobre infância que encantam todas as idades
- Filha Querida