Coleção pessoal de benoliveira

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⁠No final, sou engolido pela cobra de duas cabeças: como uma criatura mitológica e metamórfica, feita de duas esfinges que jamais eram decifradas pelos outros, mas adoravam se devorar.

⁠Entre o karma e o destino, nossos caminhos se cruzaram em uma tarde de domingo. Hipnotizado pelos seus olhos castanhos brilhantes, minha alma reconheceu a sua em cinco segundos. Eu sabia que era jogo perdido e que não adiantava lutar: a paixão estava anunciada na maneira que o meu coração batia freneticamente e nossos beijos eram como oráculos sussurrando que o amor estava vindo e não havia para onde correr.

⁠Segredo de bruxo: quando você tem twin flame, alguém com quem tem um contrato de alma de vidas passadas, presente e futuras, não consegue esconder nada um do outro.

⁠A diferença de quem nasceu bruxo e quem estuda bruxaria é gritante. Quem estuda, começa e para. Quem é bruxo, continua bruxo, mesmo se parar de estudar.

⁠Havia um preço que eu pagaria. E sempre pago por ele, mesmo quando ele não sabe. É que o meu instinto de proteção me deixa louco. A noção de saber que ele pode se machucar, ativa um lado sombrio em mim. A ideia de que esta pessoa poderia ser eu, me assustava mais ainda.

⁠Alguns fios invisíveis são impossíveis de romper.

Desde a infância, quase todos meus hiperfocos foram artísticos. Em outras palavras, nasci para ser artista. É mais forte do que eu.

Se a alma tinha algum peso, naquele instante, Babi sentiu como se a sua estivesse leve a ponto de levitá-la como as folhas. Sylvanus sabia as palavras certas. Se o universo não era feito de acasos, então, ela estava ali no momento exato em que precisava estar. Aquilo fez sua mente se acalmar.

Espero que não pense que sou um monstro por escolher minha vida, ao menos uma vez. Foi preciso deixar meu sonho e meu amor morrerem para que eu percebesse que ainda estava viva. Só sei que não posso continuar naquela personagem, aquela versão mal-acabada de mim, um zumbi que se perdeu. Tudo o que preciso é de uma chance de sair desse beco no qual me encontro. Entenda, há coisas que, depois que descobrimos, nunca mais nos deixam voltar atrás. Não é como se você pudesse esquecer aquilo o que aprendeu.

Eu tinha tudo o que precisava para começar. O destino era cheio de ironias. Aprendíamos sobre a vida quando enfrentávamos a morte; revivíamos o amor quando o enterrávamos; e reconstruíamos sonhos quando eles já estavam despedaçados. Foi preciso perder o medo de machucar os outros para que eu encontrasse minha coragem em algum lugar escondida dentro de mim.

Ao evitar a inanição do corpo, não percebi que havia adquirido uma espécie de anorexia da alma, o vazio dos sentimentos.

De tanto respirar diferentes formas de arte, estranho seria se eu não me aventurasse por essa jornada.

Se você pudesse saber o seu destino, aceitaria todas as dores e os prazeres?

Como muitos artistas aprenderam ao longo de suas existências, ela sabia que muitas respostas só vinham em momentos de solidão. A magia era uma arte e deveria ser cultivada como tal

O poder pode ser inebriante, mas também pode ser ilusório, minha criança. Nunca se esqueça de que a verdade e o amor são tão poderosos quanto qualquer outra fonte de energia. Não fomos feitos para destruir. A natureza nos ensina a resistir, reinventar e recomeçar, mesmo quando as esperanças parecem perdidas

Dos clássicos aos contemporâneos, os livros são fonte de conforto, mesmo quando nos incomodam ao apertar os cortes que ainda não cicatrizaram. Assim como alguns personagens seguem sua própria jornada de desenvolvimento, nós, leitores, passamos por várias etapas ao virar das páginas. Esse movimento duplo de mistura das vivências dos personagens e dos momentos reflexivos de nossas existências ajuda a somar à nossa bagagem e nos dão suporte para entender que existe esperança.

Se existe algo que a literatura e a natureza nos ensinam é de que está tudo bem ser diferente e que só sobrevivemos por causa da diversidade. Não é só uma questão de opção, é uma necessidade.

Os cabelos dançavam no vento. Liberdade. Quando estava fora da zona de estresse, ela podia sentir os pequenos prazeres da vida – como se deixar levar pela música que tocava, sorrir com leveza e simplesmente apreciar o momento, sem se perder nos devaneios do passado ou do futuro. Naquele instante, só havia o agora.

A paixão obsessiva de um escritor pode levá-lo à morte.

As pessoas acham que os escritores escrevem para os leitores. Elas não se dão conta de como é terapêutico vomitar as memórias, sonhos e ideias fixadas em nossos subconscientes.