Inerte
"Nesse mundo tão desumano, minha alma vai se tornando inerte, sem vida e sem emoção qualquer. Eu até tento não me machucar, não me envolver, mas é tão inevitável. Sempre vem algo ou alguém, que derruba minhas estruturas, me atingindo onde mais me dói. E isso vai me consumindo dia após dia, porque o meu coração tão sensível é obrigado a ser indiferente pra poder tentar sobreviver a tantas decepções e isso me dá uma vontade louca de sair desse mundo.
Então percebo que não sou tão forte como imaginei ser."
-Roseane Rodrigues
Tudo estava inerte, não sentia o cheiro do verão, nem a essência das flores na primavera, apenas ia com o vento, leve e invisível.
Queria voltar a sentir, queria outra vez atenção, porém algo estava errado, onde estava sua capacidade de sentir?
Seu corpo gélido e com aparência de inverno estava coberto por um lençol branco como a neve.
Era um adeus?
Impossível! Como ela podia não mais existir, quando isso aconteceu?
Gritou e enfim sentiu, um desespero que a corroia por dentro, parecia que seu peito estava em chamas, suas lágrimas pareciam abrir feridas em seu interior. Quando tudo se acalmou ela deitou ao pé de sua cama e se deixou levar. Enfim conseguiu voar junto com as folhas do outono.
Não fique inerte, apenas lamentando, porque você acredita que pouco pode fazer.
Faça o que lhe for possível e creia: será o suficiente para aquele momento.
Nenhuma ideologia que permaneça inerte, merece estar na cabeça do ser humano em constante mudança para o crescimento.
Ver a vida passar
e não seguir adiante,
e ela indo e sumindo
e você inerte
como se não estivesse vivo.
Somos vitimas de nós mesmos...
Permanecer inerte as circunstâncias não é uma questão de não saber o que fazer, e sim aguardar o momento certo para agir.
Não se deve ter medo de tentar, mas sim de ser inerte a vida toda desejando e saber que poderia ter sido um vencedor!
O corpo inerte sem movimento.
Soterrada pelos cobertores.
A noite está fria, escura e silenciosa.
Pelo vidro da janela vejo a neblina.
As sombras agitam a minha alma.
Ouço os gritos desconexos do pensamento.
Onde dormita a minha poesia.
Os versos calam, as letras congelam.
A saudade das tuas flores do canto, muda das minhas preces!
Nós humanos fomos programados por Deus para ocupar a matéria bruta e inerte, e o pouco que sabemos sobre a nossa origem, é o que sabemos hoje.
Inativa
Hoje, nada quero sentir.
Quero ficar inerte
Aqui mesmo sem sair.
Hoje nada quero ter
Quero ficar livre
Apenas pensando em você
Hoje a página ficara em branco
Sem rimas, sem versos sem sofrer.
Esvaindo-me sem ti (Mote)
01/02/14
As vezes
Sinto-me inerte
Nos meus agitados movimentos
Vagueio na imaginação
Perco-me sem me ter encontrado
Penso na desgraça que sou
E lamento por ter sido obediente
No dia e momento que,
Aceitei viver na vida
Arrependo-me por nada
Sim. Nada.
Nada por vezes também sou
Mas quando não sou
Também não penso em nada
Vezes e vezes
Busco alento
No grande vazio do meu ser
Mas quando percebo que sofro
Apenas digo: as vezes!
Porque as vezes nem, é sempre
O que significa que tudo passa
E se hoje sou infeliz
Espero no “As vezes” do amanhã.
A vida segue, lenta e breve. O amor, inconstante, mantém-se inerte à dor. Perceba: És humano! Suporta a saudade em tua alma. Cala-te em tua profunda solidão. Se contradizes, é porque vives".
O pavio de uma dinamite é inerte e pode ficar assim por toda vida. Mas basta uma pequena faísca para colocar tudo pelo aires.
Inocência perdida
Inerte, estive em coma profundo.
Tive sonhos incríveis, acordado, em outro mundo.
Uma dimensão paralela e reflexo daqui.
Tive dias fenomenais, como dantes, não vivi.
Acordei de um sonho bom e triste estou aqui nesta dimensão.
Falsidade, hipocrisia, egoísmo, crueldade, desumanização.
Trago guardado na alma, tudo que eu vi, naquele lugar.
Pra não deixar morrer o que há de bom em mim, sempre vou me lembrar.
Lembrar que pude um dia ser verdadeiro, sincero, apaixonado...
Mas agora sou experto, Malicioso, pronto pra guerra, e armado.
Não sou apenas bom e também não sou tão mal.
Uma mistura dos dois, um ser humano fatal
Todo amigo é um impensável inimigo inerte, e vice-versa. Cabe a nós, estimular ou acalentar qualquer um dos dois.
flerte
olhava o céu
nuvem inerte
alvas como papel
cá do cerrado
calado, meu coração
dispensava qualquer termo
numa espera sem ação
um olhar perdido, ermo
pensando só em você
e neste glacê de emoção
o meu sentimento voa
até ti, buscando razão
desta distância atoa
que ao amor maltrata
é dor chata, que dá solidão
aquelas que não cabem
no peito, de tanta aflição
e só os que sentem sabem
como é contramão sentir...
então, venha logo! Não fique por vir!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 14 de outubro
Cerrado goiano
