Inerte
Existe um espinho ali, em algum lugar. Ele tá lá, inerte, intocável. Não há pinça que o tire, nem alicate. A tempos que muitos se fingem de vivos.
Um corpo sem alma é completamente inerte, não há nele nenhum movimento, não há nele o esplendor que move a beleza da vida.
A verdade é que quem espera nunca alcança, dança!
Ter fé não é aguardar, inerte, uma gratificação do universo pela sua eterna paciência em acreditar na realização dos seus sonhos. Fé é acreditar que a sua luta, sua busca e seu trabalho trarão resultados positivos para sua vida.
Então, não reclame se depois de muitos anos esperando você não alcançar n
Não me utilizo mais da palavra felicidade, inerte, isso não me faz mais sentido, então, eu apenas estou bem, ou não; e hoje, eu não não estou bem...
Vai saber onde pousa meus pensamentos, vai saber.. Já que inerte em outro mundo eu vivo, nessa nostalgia fiz questão de permanecer. Mas que fique claro a quem queira saber, me sintonizo em uma lembrança de um tempo em que fui feliz, bem mais feliz, e somente hoje eu vejo o quanto de satisfação ja fui proporcionada. Hoje vivo ao relento coberta por cicatrizes da ingratidão, devaneios me perseguem, suplicando pra que os tempos de outrora voltem a ser reais, súplicas vãs, e então vai saber onde pousa meus pensamentos, mas nem queira saber.
Caminho em nados
... Cálcico esse meu sangrar que se inerte,
essa mansidão reveladora sussurra,
meu leito dorido saído dos espinhos,
sou antiquado nos amores masmorras...
... Castelo segredado, num cuspe acidado,
repentinamente me afoga esmo dado,
as corujas em seu plainar noturno,
diurno Saturno se esconde estrelado...
... Propostas a morte desfaço as calçadas,
onde os passos se vão sem pingos,
chove, porém minhas são as mágoas,
guarda-ás no odre dos sonhadores...
... Bandeio-me ao sul, pois o norte a está,
esperar a brisa púrpura desse azul,
desgastado e vendido há muito tempo,
por faltar-me sol me ponho no escuro...
... Vou-me a capacidade das pernas, voz,
ultrapassa os ombros onde assento,
numa vírgula e temeroso a uns pontos,
deserto visto do mar, eu e meus contos...
Viajar
As viagens não ocorrem apenas quando o corpo não está inerte.
Estar parado não consiste necessariamente o desligamento parcial ou total do mundo.
Durante as viagens vividas em qualquer transporte, ocorrem dois tipos de viagens em uma só.
Sao as viagens corpóreas, das quais o teu corpo repousa e tira um cochilo.
E as viagens transcendentes.
Essas tem forte relação com as corpóreas.
Estao intimamente ligadas.
O relaxamento do corpo, possibilita ao indivíduo o chamado "sono", que poderia ser considerado também, como uma espécie de meditação. Que te possibilita a elevação da alma.
Viagens não são apenas viagens.
E sim, viagens.
Que dentro delas, multiplicam-se e te viajam.
Sem razões aparentes dei a você meu coração, frio e inerte e sem razão você o aceitou. E então ele se tornou quente e pulsante e eu acreditei viver.E então você não mais o quis e eu, eu chorei.E então experimentei o que acreditava não mais existir dentro de mim. Você chorou e disse que me amou em algum momento e eu chorei e disse faria tudo por ti, mas tudo que eu podia dar, era pouco, pouco pra te dar.E então meu coração parou e eu soube então o que era amor e não poder fazer nada além de perder, perder o que era essencial aos olhos e coração.
vejo seu corpo morto inerte
tantas virtudes perdidas
nessa faminta forma de amor,
olhe para espelho nunca me vi,
sempre me amei com uma noite no luar,
desejos de amor me amo tanto,
que perdi todas forças...
uso minha faca no teu ventre
sinto seu prazer...
grita com ultimo suspiro,
me amor por isso,
nunca senti frio...
De que adianta saber ler as entrelinhas e ficar inerte? Sacar que o caminho não é bom e continuar nele? Insistir em algo que lhe machuca? Perder noites de sono por estar preso a algo que já no presente lhe causa desconforto? Construir castelinhos, mas de areia e no meio de um baita vendaval?
E o tempo passa em velocidade descomunal
Eu continuo inerte neste quarto querendo saber a razão de viver
Esperando o que me reserva para o amanha
Sabendo que o hoje foi igual ao ontem e anteontem
Não vivo mais
Vegeto
Já estou perdendo a cor e meu corpo se enfraquecendo Morrendo grudada em uma cama feito um ser em estado terminal
Não escuto mais minha fala
O brilho de minha alma se perdeu
Fui consumida
Devorada pela sede de sua vingança
Estou presa a você sem amarram ou celas
Meu choro é preso, apertado e doido Não tenho saída Você não solta minhas amarras Não me deixa viver
Meu castigo para a vida toda.
Hoje estou inerte diante de
teu olhar.
E ainda continuas ao meu
lado, linda e doce.
Então deixas meu sorriso
declarar-te meu amor.
Minha voz partiu sem retorno,
permitas que eu olhe e dispa
tua roupa e que possa sentir
o perfume de tua pele.
Permita, que meus pensamentos
fantasie o melhor da paixão que
já vivemos.
Não negue ao meu coração o
sentir e vibrar das lembranças
em meio ao luar.
Permitas que meus sapatos
sigam teus passos, já que
meus pés não podem mover-se
em tua direção.
E depois de minha partida, que
seja eu nuvem a dar-te abrigo
em dias de sol forte.
Por que o amar não conhece
o limite do tempo nem aqui
nem em outra vida.
Viver
A quem não tem olhos para ver
Inerte é a visão do seu destino
Na ilusão é que tem alegria de viver
Vivo quem arrisca ser peregrino
Só assim a vida vale a pena
Onde o mundo não é pequenino
E o amor o script de uma real cena
Ser mulher, e, oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!
(in “Cristais Partidos” 1915.)
