Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

HĂĄ coisas que melhor se dizem calando.

Machado de Assis
MemĂłrias pĂłstumas de BrĂĄs Cubas (1881).

Hå momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa de nossos sonhos e abraçå-la.

Desconhecido

Nota: Trecho de Link

Por que as pessoas entram na sua vida?
Pessoas entram na sua vida por uma "razĂŁo", uma "estação" ou uma "vida inteira". Quando vocĂȘ percebe qual deles Ă©, vocĂȘ vai saber o que fazer por cada pessoa.
Quando alguĂ©m estĂĄ em sua vida por uma "razĂŁo" Ă©, geralmente, para suprir uma necessidade que vocĂȘ demonstrou. Elas vĂȘm para auxiliĂĄ-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudĂĄ-lo fĂ­sica, emocional ou espiritualmente. Elas poderĂŁo parecer como uma dĂĄdiva de Deus e sĂŁo! Elas estĂŁo lĂĄ pela razĂŁo que vocĂȘ precisa que eles estejam lĂĄ. EntĂŁo, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Às vezes, essas pessoas morrem. Às vezes, eles simplesmente se vĂŁo. Às vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender Ă© que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas oraçÔes foram atendidas. E agora Ă© tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "estação" Ă© porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para vocĂȘ a experiĂȘncia da paz, ou fazem vocĂȘ rir. Elas poderĂŁo ensinĂĄ-lo algo que vocĂȘ nunca fez. Elas, geralmente, te dĂŁo uma quantidade enorme de prazer. Acredite! É real! Mas somente por uma "estação".

Relacionamentos de uma "vida inteira" te ensinam liçÔes para a vida inteira: coisas que vocĂȘ deve construir para ter uma formação emocional sĂłlida. Sua tarefa Ă© aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que vocĂȘ aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e ĂĄreas de sua vida. É dito que o amor Ă© cego, mas a amizade Ă© clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.

Pare aqui e simplesmente sorria!
O maior risco da vida Ă© nĂŁo fazer nada.

Eu nunca vou entender por que a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguĂ©m, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender por que vocĂȘ Ă© exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que vocĂȘ quer, mas as nossas exatidĂ”es nĂŁo funcionam numa conta de mais...

Mas aĂ­, daqui a uns dias... vocĂȘ vai me ligar. Querendo tomar aquele cafĂ© de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar sĂł enquanto vocĂȘ pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. NĂŁo porque seja uma idiota, nĂŁo me dĂȘ valor ou nĂŁo tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque vocĂȘ me lembra o mistĂ©rio da vida. Simplesmente porque Ă© assim que a gente faz com a nossa prĂłpria existĂȘncia: nĂŁo entendemos nada, mas continuamos insistindo.

Chega de Saudade

Vai, minha tristeza, e diz a ela
Que sem ela nĂŁo pode ser
Diz-lhe, numa prece, que ela regresse
Porque eu nĂŁo posso mais sofrer

Chega de saudade, a realidade Ă© que sem ela
NĂŁo hĂĄ paz, nĂŁo hĂĄ beleza
É só tristeza e a melancolia
Que nĂŁo sai de mim, nĂŁo sai de mim, nĂŁo sai

Mas, se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois hĂĄ menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhÔes de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que Ă© pra acabar com esse negĂłcio de viver longe de mim
NĂŁo quero mais esse negĂłcio de vocĂȘ viver assim
Vamos deixar desse negĂłcio de vocĂȘ viver sem mim

Vinicius de Moraes
Letra da mĂșsica "Chega de Saudade", composta por VinĂ­cius de Moraes e Carlos Jobim.

Mulheres como Maçãs

Mulheres são como maçãs em årvores.
As melhores estĂŁo no topo.
Os homens não querem alcançar essas boas,
porque eles tĂȘm medo de cair e se machucar.
Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão,
que nĂŁo sĂŁo boas como as do topo,
mas sĂŁo fĂĄceis de se conseguir.

Assim, as maçãs no topo pensam
que algo estĂĄ errado com elas,
quando na verdade ELAS sĂŁo maravilhosas...
Elas tĂȘm que esperar um pouco mais
para o homem certo chegar...
aquele que Ă© valente o bastante
para escalar até o topo da årvore.

Shuna Holmes

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser atribuĂ­da a Machado de Assis, mas nĂŁo consta do seu acervo.

Quando penso em vocĂȘ me sinto flutuar,
me sinto alcançar as nuvens,
tocar as estrelas, morar no céu...

Tento apenas superar
a imensa saudade que me arrasa o coração,
mas, que vem junto com as doces lembranças do teu ser.

Lembrando dos momentos
em que juntos nosso amor se conjugava
em uma sĂł pessoa, nĂłs...

É atravĂ©s desse tal sentimento, a saudade,
que sobrevivo quando estou longe de vocĂȘ.
Ela Ă© o alimento do amor que encontra-se distante...

A delicadeza de tuas palavras
contrasta com a imensidĂŁo do teu sentimento.
Meu ciĂșme se abranda com tuas juras
e promessas de amor eterno.

A longa distĂąncia apenas serve para unir o nosso amor.
A saudade serve para me dar
a absoluta certeza de que ficaremos para sempre unidos...

E nesse momento de saudade,
quando penso em vocĂȘ,
quando tudo estå machucando o meu coração
e acho que não tenho mais forças para continuar;
eis que surge tua doce presença,
com o esplendor de um anjo;
e me envolvendo como uma suave brisa aconchegante...

Tudo isso acontece porque amo e penso em vocĂȘ...

Desconhecido

Nota: Embora o poema seja habitualmente atribuĂ­do a William Shakespeare, nĂŁo existem evidĂȘncias acerca da sua autoria.

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A alegria de saber que vocĂȘ existe faz-me forte para suportar a tristeza de sua ausĂȘncia. Eu amo vocĂȘ!

Carta Aberta Para Mim

Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsåvel pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna. Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com intensidade. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo estå nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos.

Desconhecido

Nota: A autoria do texto tem vindo a ser atribuĂ­da a Charles Chaplin e Augusto Branco.

Perguntas

Quantas vezes vocĂȘ andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguĂ©m que gosta muito?
Quantas vezes vocĂȘ olhou para uma paisagem em uma foto, e nĂŁo se imaginou lĂĄ com alguĂ©m...
Quantas vezes vocĂȘ estava do lado de alguĂ©m, e sua cabeça nĂŁo estava ali?
Alguma vez vocĂȘ jĂĄ se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado?
VocĂȘ deve ter visto que aquele filme, que vocĂȘs dois viram juntos no cinema, vai passar na TV...
E vocĂȘ gelou porque o bom daquele momento jĂĄ passou...
E aquela mĂșsica que vocĂȘ nĂŁo gosta de ouvir porque lembra algo ou alguĂ©m que vocĂȘ quer esquecer, mas nĂŁo consegue?
NĂŁo teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso?
E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo?
VocĂȘ jĂĄ chorou por que lembrou de alguĂ©m que amava e nĂŁo pĂŽde dizer isso para essa pessoa?
VocĂȘ jĂĄ reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou?
Para essas perguntas existem muitas respostas...
Mas o importante sobre elas nĂŁo Ă© a resposta em si...
Mas sim o sentimento...
Todos nĂłs amamos, erramos ou julgamos mal...
Todos nós jå fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra...
EntĂŁo, qual a moral disso tudo?
Nem tudo sai como planejamos, portanto, uma coisa Ă© certa...
Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje!
Não deite com mågoas no coração.
NĂŁo durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz!
E comece com vocĂȘ mesmo!

Martha Medeiros

Nota: Autoria nĂŁo confirmada.

Tarde demais o conheci, por fim; cedo demais, sem conhecĂȘ-lo, amei-o.

William Shakespeare

Nota: Trecho da peça "Romeu e Julieta" (Ato I, Cena V)

Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez nĂŁo amanhĂŁ, mas dentro de uma semana, um mĂȘs ou dois, quem sabe? O verĂŁo estĂĄ aĂ­, haverĂĄ sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada “impulso vital”. Pois esse impulso Ă s vezes cruel, porque nĂŁo permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrarĂĄ quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderĂĄs pensando algo assim como “estou contente outra vez”.

Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu: o essencial da década de 1980. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto,
Mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas
renĂșncias e loucuras, alguĂ©m me valoriza
pelo que sou, nĂŁo pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida proporciona,
que dĂȘ valor ao que realmente importa,
que Ă© meu sentimento... e nĂŁo brinque com ele.

Adriana Britto

Nota: Trecho adulterado de um poema da autora.

Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderå uma longa explicação.

Provérbio Árabe

Nota: A citação costuma ser erroneamente atribuída a Mario Quintana.

Sendo este um jornal por excelĂȘncia, e por excelĂȘncia dos precisa-se e oferece-se, vou pĂŽr um anĂșncio em negrito: precisa-se de alguĂ©m homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta estĂĄ tĂŁo contente que nĂŁo pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a prĂłpria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa Ă© fugaz como estrelas cadentes, que atĂ© parece que sĂł se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite Ă© muito perigosa e nenhuma ajuda Ă© possĂ­vel e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anĂșncio sĂł tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. NĂŁo faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dĂĄ Ă© tĂŁo grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se tambĂ©m que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se tambĂ©m uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. DĂĄ-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. P.S. NĂŁo se precisa de prĂĄtica. E se pede desculpa por estar num anĂșncio a dilacerar os outros. Mas juro que hĂĄ em meu rosto sĂ©rio uma alegria atĂ© mesmo divina para dar.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crînica “Precisa-se”.

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O VELHO E A FLOR

Por céus e mares eu andei,
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber
O que Ă© o amor.

Ninguém sabia me dizer,
Eu jå queria até morrer
Quando um velhinho
Com uma flor assim falou:

O amor Ă© o carinho,
É o espinho que nĂŁo se vĂȘ em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor.

Vinicius de Moraes
Letra da mĂșsica "O Velho e a Flor", composta por VinĂ­cius de Moraes, Toquinho e Luis EnrĂ­quez Bacalov.
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A dor Ă© inevitĂĄvel. O sofrimento Ă© opcional.

Tim Hansel
You Gotta Keep Dancin'. Elgin: David C. Cook Publishing Company, 1985.

Nota: Frase muitas vezes atribuĂ­da, de forma errĂŽnea, a Carlos Drummond de Andrade e Martha Medeiros.

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FELICIDADE REALISTA

De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. NĂŁo Ă© tarefa das mais fĂĄceis. A princĂ­pio, bastaria ter saĂșde, dinheiro e amor, o que jĂĄ Ă© um pacote louvĂĄvel, mas nossos desejos sĂŁo ainda mais complexos.

NĂŁo basta que a gente esteja sem febre: queremos, alĂ©m de saĂșde, ser magĂ©rrimos, sarados, irresistĂ­veis. Dinheiro? NĂŁo basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olĂ­mpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... nĂŁo basta termos alguĂ©m com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso Ă© pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiĂșsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declaraçÔes e presentes inesperados, queremos jantar Ă  luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diĂĄrio, queremos ser felizes assim e nĂŁo de outro jeito.

É o que dĂĄ ver tanta televisĂŁo. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que sĂł podemos ser felizes formando um par, e nĂŁo como Ă­mpares? Ter um parceiro constante nĂŁo Ă© sinĂŽnimo de felicidade, a nĂŁo ser que seja a felicidade de estar correspondendo Ă s expectativas da sociedade, mas isso Ă© outro assunto. VocĂȘ pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com trĂȘs parceiros, feliz sem nenhum. NĂŁo existe amor minĂșsculo, principalmente quando se trata de amor-prĂłprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitå-lo, gastå-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista Ă© fazer o possĂ­vel e aceitar o improvĂĄvel. Fazer exercĂ­cios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relĂłgio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lĂĄ dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida nĂŁo Ă© um game onde sĂł quem testa seus limites Ă© que leva o prĂȘmio. NĂŁo sejamos vĂ­timas ingĂȘnuas desta tal competitividade. Se a meta estĂĄ alta demais, reduza-a. Se vocĂȘ nĂŁo estĂĄ de acordo com as regras, demita-se. Invente seu prĂłprio jogo.

Martha Medeiros
Montanha-Russa. Porto Alegre: L&PM Editores, 2003.

Nota: Apesar de muitas vezes atribuĂ­da, de forma errĂŽnea, a MĂĄrio Quintana, essa crĂŽnica Ă© da autoria de Martha Medeiros, tendo sido originalmente publicada no site Almas GĂȘmeas em 08/01/2001 e depois integrada no livro "Montanha-Russa".

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Deus nos concede, a cada dia, uma pĂĄgina de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.

Vou me enganar mais uma vez, fingindo que te amo Ă s vezes, como se nĂŁo te amasse sempre.

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crÎnica "Periférico".