Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
O verdadeiro amor, como qualquer outra droga forte que cause dependĂȘncia, nĂŁo tem graça. Assim que a fase do encontro e descoberta se encerra, os beijos se tornam surrados e as carĂcias cansativas. Exceto, Ă© claro, para aqueles que compartilham os beijos, que dĂŁo e recebem as carĂcias enquanto cada som e cada cor do mundo parecem se aprofundar e brilhar em volta deles.
Como acontece com qualquer outra droga forte, o primeiro amor verdadeiro sĂł Ă© realmente interessante para aqueles que se tornam seus prisioneiros. E como acontece com qualquer outra droga forte que cause dependĂȘncia, o primeiro amor verdadeiro Ă© perigoso. Os que estĂŁo sob o domĂnio de uma droga forte â heroĂna, erva-do-diabo, verdadeiro amor â frequentemente se veem tentando manter um precĂĄrio equilĂbrio entre discrição e ĂȘxtase, enquanto avançam na corda bamba de suas vidas. Manter o equilĂbrio numa corda bamba Ă© difĂcil atĂ© mesmo no estado mais sĂłbrio; fazer isso num estado de delĂrio Ă© praticamente impossĂvel. A longo prazo, Ă© completamente impossĂvel.
TODO O AMOR
A maior covardia de um homem
Ă despertar o amor de uma mulher
Sem ter a intenção de amå-la
Nenhum homem vale as lĂĄgrimas de uma mulher
Nenhum homem Ă© merecedor de fechar um sorriso feminino
O homem que despreza o coração de uma mulher doce e pura
Ă, sem dĂșvida, um tolo
E sequer Ă© merecedor do sentimento de desprezo
Mas o maior erro de uma mulher
Ă acreditar que encontrarĂĄ em um homem
O Amor que apenas dentro dela estĂĄ
Quando um homem ama uma mulher
Ă apenas ele o agraciado
Por que a mulher jĂĄ Ă© em si todo o Amor
Toda a Beleza
E toda a Graça...
Ă preciso que a leitura seja um ato de amor.
Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei vocĂȘ.
Antes que eu morresse de amor. Matei vocĂȘ.
Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu nĂŁo.
Aprendi
Que ouvir uma palavra de carinho
faz bem a saĂșde!
Que um gesto de amor
sempre aquece o coração!
Que o julgamento alheio
nĂŁo Ă© importante!
Que se deve ser criança
a vida toda!
Que Ă© preciso
cultivar a paz interior!
Que sonhar
Ă© preciso!
E que o mais importante de tudo
Ă© que somos livres para as nossas escolhas!
NĂŁo podemos viver apenas para nĂłs mesmos!
Mil fibras nos conectam com outras pessoas
e por essas fibras nossas açÔes vão como causas
e voltam para nĂłs como efeito!
Aproveite ao mĂĄximo cada instante da sua vida,
pois ele Ă© Ășnico!
Nunca Ă© tarde, nunca Ă© demais. Onde estou, onde estĂĄs. Meu amor, vem me buscar.
O amor, esse sufoco,
agora a pouco era muito,
agora, apenas um sopro.
Ah, troço de louco,
coraçÔes trocando rosas
e socos
Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lå. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava. Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?
Extremos da paixĂŁo
NĂŁo, meu bem, nĂŁo adianta bancar o distante lĂĄ vem o amor nos dilacerar de novo...
Andei pensando coisas. O que Ă© raro, dirĂŁo os irĂŽnicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes Ășltimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor Ă© igual Ă perda da morte. SĂł que dĂłi mais. Quando morre alguĂ©m que vocĂȘ ama, vocĂȘ se dĂłi inteiro(a)- mas a morte Ă© inevitĂĄvel, portanto normal. Quando vocĂȘ perde alguĂ©m que vocĂȘ ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), hĂĄ entĂŁo uma morte anormal. O NUNCA MAIS de nĂŁo ter quem se ama torna-se tĂŁo irremediĂĄvel quanto nĂŁo ter NUNCA MAIS quem morreu. E dĂłi mais fundo- porque se poderia ter, jĂĄ que estĂĄ vivo(a). Mas nĂŁo se tem, nem se terĂĄ, quando o fim do amor Ă©: NEVER.
Pensando nisso, pensei um pouco depois em Boy George: meu-amor-me-abandonou-e-sem-ele-eu-nao-vivo-entĂŁo-quero-morrer-drogado. Lembrei de John Hincley Jr., apaixonado por Jodie Foster, e que escreveu a ela, em 1981: "Se vocĂȘ nĂŁo me amar, eu matarei o presidente". E deu um tiro em Ronald Regan. A frase de Hincley Ă© a mais significativa frase de amor do sĂ©culo XX. A atitude de Boy George - se nĂŁo houver algo de publicitĂĄrio nisso - Ă© a mais linda atitude de amor do sĂ©culo XX. Penso em Werther, de Goethe. E acho lindo.
No sĂ©culo XX nĂŁo se ama. NinguĂ©m quer ninguĂ©m. Amar Ă© out, Ă© babaca, Ă© careta. Embora persistam essas estranhas fronteiras entre paixĂŁo e loucura, entre paixĂŁo e suicĂdio. NĂŁo compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si prĂłprio. NĂŁo compreendo como querer o outro possa pintar como saĂda de nossa solidĂŁo fatal. Mentira: compreendo sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do Ăștero de minha mĂŁe,berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixĂŁo rumo a sei lĂĄ o quĂȘ, alĂ©m do pĂł. O que ou quem cruzo entre esses dois portos gelados da solidĂŁo Ă© mera viagem: vĂ©u de maya, ilusĂŁo, passatempo. E exigimos o terno do perecĂvel, loucos.
Depois, pensei tambĂ©m em AdĂšle Hugo, filha de Victor Hugo. A AdĂšle H. de François Truffaut, vivida por Isabelle Adjani. AdĂšle apaixonou-se por um homem. Ele nĂŁo a queria. Ela o seguiu aos Estados Unidos, ao Caribe, escrevendo cartas jamais respondidas, rastejando por amor. Enlouqueceu mendigando a atenção dele. Certo dia, em Barbados, esbarraram na rua. Ele a olhou. Ela, louca de amor por ele, nĂŁo o reconheceu. Ele havia deixado de ser ele: transformara-se em sĂmbolo sem face nem corpo da paixĂŁo e da loucura dela. NĂŁo era mais ele: ela amava alguĂ©m que nĂŁo existia mais, objetivamente. Existia somente dentro dela. AdĂšle morreu no hospĂcio, escrevendo cartas (a ele: "Ă para vocĂȘ, para vocĂȘ que eu escrevo" - dizia Ana C.) numa lĂngua que, atĂ© hoje, ninguĂ©m conseguiu decifrar.
Andei pensando em AdĂšle H., em Boy George e em John Hincley Jr. Andei pensando nesses extremos da paixĂŁo, quando te amo tanto e tĂŁo alĂ©m do meu ego que - se vocĂȘ nĂŁo me ama: eu enlouqueço, eu me suicido com heroĂna ou eu mato o presidente. Me veio um fundo desprezo pela minha/nossa dor mediana, pela minha/nossa rejeição amorosa desempenhando papĂ©is tipo sou-forte-seguro-essa-sou-mais-eu. Que imensa misĂ©ria o grande amor - depois do nĂŁo, depois do fim - reduzir-se a duas ou trĂȘs frases frias ou sarcĂĄsticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida.
Ai que dor: que dor sentida e portuguesa de Fernando Pessoa - muito mais sĂĄbio -, que nunca caiu nessas ciladas. Pois como jĂĄ dizia Drummond, "o amor car(o,a,) colega esse nĂŁo consola nunca de nĂșncaras". E apesar de tudo eu penso sim, eu digo sim, eu quero Sins.
Fidelidade! Ainda hei de analisĂĄ-la um dia. Entra nela o amor da propriedade. HĂĄ muitas coisas que jogarĂamos fora, se nĂŁo temĂȘssemos que outrem a pudesse aproveitar.
Diga ao primeiro que passa que eu sou da cachaça mais do que do amor.
Amar Ă© o mesmo que exercitar-nos na simplicidade. O amor nĂŁo complica, porque seu Ășnico desejo Ă© resolver.
âš Ăs vezes, tudo que precisamos Ă© de uma frase certa, no momento certo.
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