Imortalidade
O mais importante não é o quanto permaneça entre os viventes, e sim, que seus atos sejam eternizados.
O desprezo pela vida eterna é inaceitável; confundem-na com esta vida, o mais importante concurso contra a morte. (ler Provérbios 18)
Pra nunca morrer
E então quando eu me for, não tenha em sua mente, que surgiu em mim em algum momento, duvidas ou medos ou desespero, por não saber ao certo para onde eu estava indo.
Para a onde exatamente eu seria direcionado em que lugar seria minha última morada?
A mim, nunca importou de fato e por nem uma noite sequer, perdi o sono tentando sanar esta questão, embora a idéia de uma possível eternidade sempre me apavorou. A eternidade consciente.
A terrível ideia de que minha consciência e o perceber de mim mesmo, estariam, mesmo depois de sessado o sopro de vida em mim, vivos e conscientes em alguma eternidade, seria tortuoso.
Vejo a vida como um dom maravilhoso, apesar das dores da carne e da alma e agonias constantes sondando e vindo me dizer bom dia todos os dias; ainda por amor à vida, me esforço em continuar sentindo o calor do sol, o vento nos cabelos o cantar dos pássaros e tudo que me cerca e me diz que ainda estou vivo.
Mesmo assim nunca cultivei a esperança ou desejo do “ser eterno”, como algumas pessoas almejam. De modo que quando eu me for e tu olhares para meu tumulo, saiba que eu não estarei ali. E se olhares para o céu dos cristãos pense que lá também não estarei. E se procurares no inferno não me encontrarás. Pois nunca cri de fato na existência real desses mundos de conforto ou danação eternas.
Mas me acharás mesmo depois de minha morte, em minha obra. Por mais pequena e singela que ela se mostrar, eu estarei ali de alguma forma.
Onde estiver uma escrita, uma pintura um rabisco meu, ali sim estará minha imortalidade.
Somos sós ou sóis?
E no final de tudo
Somos tudo?!
Não somos nada!
Somos tudo!
Somos adulto?!
Somos crianças?!
Somos tudo?!
Não somos nada!
Somos tudo!
Somos bípedes?!
Somos primatas?!
Somos Homo?!
Iguais?!
Semelhantes?!
Somos sábios?!
Somos sapiens...
E no final de tudo
Somos diferentes?
Somos carentes!
Somos incoerentes!
Somos crente!
Somos parentes!
Somos sapiens...
Somos machos?
Somos fêmeas?
Somos eles?!
Somos elas?!
Somos nós?!
Somos homem!
Somos menino homem...
Ou homem menino?
Somos sós?!
Somos sóis?
Somo ou somos?
Somos a imagem de Deus?
Somos semideuses?
Somos mortais!
Somos imortais?
Normais ou anormais?
Somos pecadores?
Somos perfeitos?
Somos adversários?!
Somos amigos?!
E no final de tudo
Não somos nada!
Somos tudo!
Somos mecânicos?
Somos involuntários?
Somos voluntários?!
Ou involuntários...
Somos natureza?
Somos animais?!
Somos racionais?!
Ou irracionais?
Somos civilizados?
Somos preparados?
Pra que? Por que?
Pra nada!
Pra tudo!
E no final de tudo
Somos tudo?!
Não somos nada!
Somos tudo!
Tantas são as obras com suas imortalidades e tão pouco tempo temos para devorá-las, pois estas permanecem e nós não.
MINHA MOCIDADE
Dizem que suave é o coração de um jovem,
Pois ainda não aprendeu a se ferir,
Não foi corrompido pelo dia a dia imóvel
E nem viu os sonhos se despedaçarem.
Ser jovem é cativar a inocência;
É ter, nos olhos, esperanças.
A juventude é a idade das utopias,
É o tempo de se saber invencível,
Imortal.
Depois que ela passa,
Passamos o resto da vida
Procurando respostas,
Sem sabermos, ao menos,
Que apenas isto nos basta:
Ser jovem,
Mesmo que de pele enrugada.
Vivemos hoje um momento novo para despontar no coração dos seres a mais viva fé e a convicção inquebrantável nas verdades imortais, que hoje já não são patrimônio das religiões instituídas, mas objetos de estudo das ciências.
Livro: Inteligência Consciencial
A doença que cresce e vai devastando o ser humano por toda a vida é a principal responsável pela busca da imortalidade a ser alcançada pela obra de arte construída em independência da dor inafiançável e da exclusão educada do artista pelos companheiros e pelos pares.
Todos nós esperamos que nossas escolhas e ações tornem um pouco mais doces os quartos nos quais entramos, os mundos nos quais vivemos, as vidas que tocamos, as pessoas e os lugares que deixamos para trás. Esse é, de certa forma, nosso gesto rumo à imortalidade, nossa pequena mensagem ao universo.
IMORTAL
Quem em vã penitência
almeja viver para sempre
sem jamais sentir-se amado?
Quem em sã consciência
deseja viver para sempre
sem jamais alguém ter amado?
Pois amar dói
e nos tira do eixo
Acerta o queixo
E nos faz chorar
Amar também
É perder o equilíbrio
Render-se ao ludíbrio
Deixar-se sonhar
Sem amor não se vive
Tão-somente existe
Quem de nós sobrevive
a um destino tão triste?
Só vive para sempre
quem se dispõe
a morrer por amor
Só vive para sempre
quem se opõe
a negar sua dor
Existir por existir,
Sem condoer-se?
Sem nada sentir,
Sem atrever-se?
Melhor do que ter esta sorte
É saber-se um mero mortal
Vulnerável até quando é forte
Sem pretender parecer ser o tal
Que as lágrimas só sejam enxutas
Se não houver mais razão pra chorar
Que não haja desculpas fajutas
Para os que preferem não se importar
"Eu sinto o ponto central em falta em todos nós: o sentimento de compaixão. Ouvi uma vez uma frase que dizia que é possível ouvir com o coração."
"Por que ficou tão impressionado com aquela história dos vaga-lumes poderem desaparecer e surgir tantas e tantas vezes na escuridão?"
"O que isso implica em ouvir com o coração?"
Aqui, sabemos que há uma desconexão, não incoerência.
"O que eu disse foi que o pensamento é uma espécie de material em processo e qualquer pensamento construído seja por razões tecnológicas, crenças psicológicas, deuses vingativos, toda a estrutura do grande primata com base no pensamento, é um processo material. Pensei que, nesse sentido, é importante. O pensamento é experiência, conhecimento armazenado nas células e funcionando em um cruzo especial estabelecido pelo ser. Tudo o que me é um processo, está em processo, é fluxo material. O que importa é o que eu não sei. Eu não vou nem discutir isso, porque eu não sei."
"Não sabe?"
"Não. E nunca fui capaz de compreender o significado do tempo. Eu não acredito que ele exista de forma alguma. Eu senti isso de novo e de novo enquanto os vaga-lumes acendiam. Não parecem fagulhas de brasa nas trevas? Como pode o tempo existir enquanto há escuridão? Nem o futuro pode existir. Nem para nós, nem para eles."
A vida é muito curta
quando vivemos
uma vida inventada,
uma mentira contada.
Quando você é você
em essência, a verdade
você matou a mentira
vive a imortalidade!
Pra fazer o que se quer,
pra ser quem se é,
só existe um tempo
é o eterno AGORA!
Criamos um Deus e a Eternidade para acreditarmos
no Sempre e rejeitarmos a nós próprios.
De costas ao espelho do real.
O silêncio é a única música e os pensamentos a letra
compostos e regidos instantaneamente na Sinfonia Vida.
Só assim se é realidade.
Sem melodias que embalem;
sem drogas que entorpeçam;
sem trabalhos que distraiam;
sem doutrinas que confortem.
Basta apenas uma coragem sempre maior àquela que a natureza nos concedeu.
Queremos o Sempre e perdemos o Agora.
“Não havia pressa, nem ansiedade, apenas o agora, o puro ato de existir e celebrar. A vida se tornava arte e imortalidade.”
Nos tornamos eternos
antes de nos tornarmos sábios.
Sabedoria é amor.
Então nos tornamos eternos
antes de aprendermos a amar.
E deste modo, o melhor que poderá nos acontecer
será que nos tornemos frios, práticos e lógicos.
Tornando-nos superinteligentes,
evitaremos a guerra e a violência.
Nos tornaremos pacíficos,
mas perderemos o calor,
a poesia,
o amor
e o riso.
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