Ideal
O amor ao ideal
Amar... é fácil dizer que amamos algo ou alguém, e é mais comum do que acreditamos e veja, não é um crime dizer que amamos, jamais, é uma das coisas mais potentes que a natureza pode nos oferecer, porém se analisar num contexto prático, não faz o menor sentido.
A questão é que não há nada amável em si, nada é gostável em si e sim há sempre algo que ama algo, alguém que gosta de algo. Um carro não é amável, um carro só é, até porque se um carro fosse amável em si mesmo TODOS sem exceção o amariam.
Assim é a relação entre as pessoas, pessoas não amam pessoas, pessoas amam ideais de pessoas, "olha aquele garoto, ele é lindo, é honesto, é fiel, se encaixa perfeitamente no meu ideal de pessoa", exatamente, porém a vida é devir, devir é transformação e o dia que a natureza mudar aquele garoto o suficiente para ele deixar de ser seu ideal de pessoa, já não lhe agradará mais não é? você deixa de amar o ideal nesta pessoa pois ele já é diferente daquilo que um dia foi.
O que é um casamento? uma luta sem fim de duas pessoas para que seus ideais no outro não seja alterado, alguns conseguem e outros não e assim a vida segue.
Veja, o amor ainda sim consegue ser bonito pois por sua vez é uma das manifestações mais puras da natureza, uma mãe que ama seus filhos, o olhar desta mãe para com eles é a manifestação mais poderosa de amor a um ideal, "veja, meu filho é uma parte de mim, ele será aquilo que eu nunca pude ser, ele trilhará caminhos diferentes e melhores que os meus", um ideal poderoso de esperança, amor a esperança de transcender no outro. Em relação ao olhar, dos nosso sentidos, com certeza o amor floresce nos olhos. Somos observadores e a maneira mais eficaz de transmitir sentimentos é através do olhar.
É legal dizer que amamos quando usamos a forma genérica da palavra, mas basicamente amamos aquilo que se encaixa no que acreditamos ser a "perfeição aos olhos".
No fim, se faz necessário um cuidado ao usar tal palavra, uma vez que ela não é só o que diz ser, uma vez que o uso indevido fere, distorce e as vezes até mata. Saber o real significado nos torna qualificados a usa-la, torna você responsável por aqueles a quem diz amar.
O relacionamento hoje, nesta atual geração;
O padrão de beleza ideal chega a entorpecer em nossa sociedade atual. Na atualidade em em vivemos, não existe mais aquela velha história de que os opostos se atraem, se a pessoa não está buscando uma relação compatível com seu status financeiro, ela está de alguma forma tentando tirar proveito o máximo possível de certa relação. Não existente mais aquela história de como no tempo de nossos avós na qual uma relação durava anos e até mesmo chegavam até o fim das suas vidas casados. Os tempos hoje relacionado a relação são outros o casal não preferem mais somar, e sim um tirar proveito um do outro, são raros os casos na qual o casal são unidos e somam, permanecendo lado a lado e companheiros.
"Denomina-se 'ideal' a síntese em que se fundem, numa só forma e numa só energia, a idéia do sentido da vida e a do preço de sua realização: diz-se que um homem tem um ideal quando ele sabe em qual direção tem de ir para tornar-se aquilo que almeja, e quando está firmemente decidido a ir nessa direção."
Sem a síntese, que o ideal opera, entre o impulso de universalidade e os interesses do organismo psicofísico, não haveria meio de fazer um homem sacrificar-se, impor-se restrições, contrariar desejos e reprimir temores, em prol de algum valor moral, social ou religioso, para alcançar sua plena estatura humana e tornar-se, talvez, maior do que ele mesmo.
"[O ideal] concilia, no homem, o desejo de auto-afirmação, de autodefesa, de permanência, com o impulso de crescimento, de doação e de superação de si. Ele dá uma significação universal às tendências individuais, e põe estas a serviço daquela."
O ideal é como o fogo em que se transfunde, no forno alquímico da alma, o egoísmo em altruísmo, a paixão reflexa em ação refletida.
O ideal é o caminho pelo qual as aspirações individuais de felicidade distribuem-se nos sulcos já abertos da realidade exterior, saem da redoma do sonho e ganham um corpo no cenário maior dos fatos e das coisas.
O ideal é a bússola que assinala para a alma uma direção firme e constante por entre as incertezas. Por isto, o sentimento de insatisfação, de vazio e de tédio que experimentamos quando traímos ou esquecemos o ideal é o sinal de alarme que nos permite corrigir o rumo e reencontrar o sentido da vida.
O ideal é a medida efetiva do tempo existencial, o padrão de intensidade e profundidade da significação dos momentos. Sem ideal, os instantes e os lugares se homogeneízam na massa do indiferente, após a breve excitação casual que os torna interessantes.
O ideal é a coluna mestra e a força da personalidade. Traí-lo ou esquecê-lo é entregar-se, de ossos quebrados, nas mãos da contingência e do absurdo.
Encarado psicologicamente ou teologicamente, o ideal de perfeição humana sugerida pela imagem do divino é a meta obrigatória e universal da existência humana sobre a terra, e a perda deste ideal é, segundo [Paul] Diel, a causa das neuroses.
A exaltação imaginativa é um estado em que a mente, embevecida com o seu ideal, se identifica mais ou menos inconscientemente com ele e atribui a si as perfeições que a ele pertencem, como se já as tivesse realizado. [...] O exaltado toma o potencial por atual, imaginando possuir as perfeições a que aspira.
Uma sociedade voltada para a busca de um ideal religioso, moral ou cultural universal, e dotada dos instrumentos educacionais capazes de viabilizar a realização humana de seus membros, produz, certamente, uma esplêndida floração de individualidades vigorosas e ricas que, por sua vez, contribuem para o progresso e o brilho da sociedade.
Diante de nossos pensares um turbilhão de pressupostos um ideal montado por meios diversos onde intuímos bem e mal, certos e errados, todos nós em igual incertezas aplicamos em fórmulas imaginárias de víveres que julgávamos dar certo mas, chegamos ao fim de uma trajetória como que já não importa mais quem ganhou ou perdeu algo dúbio de perecimentos próprio de nada meu ou nosso...
O artigo da Constituição ideal para ser transformado é o 12.
Nunca um corpo que vai ser guardião da Carta Magna poderia ser indicado por um presidente ou ligado a um partido.
Mesmo quê, não declarada esta ligação.
"O ideal não é um bem comum,
é um bem, pessoal e incondicional.
O maior erro é acreditar nas pessoas e duvidar de si mesmo".
"No mundo real o idealismo comum é utopia. No virtual o ideal é surreal e a doce mentira que alimenta mentes vazias e corpos cheios de nada".
