Humanidade
Oh, aquelas mulheres existem.
Parte delas darão boas esposas, mas ainda assim, existem aquelas que preferem viver a só do que um clímax familiar.
Costumo compará-las como pássaros presos em gaiolas, seu canto não soa livre mais, também não sabe se ainda existe.
Talvez o excesso de informação de um marido com sua carga familiar pese e pese mais do que queiram carregar.
Não as vejo menos mulheres ou covardes por isso, talvez possamos culpar as asas, essas que se recusam a fechar.
Penso que talvez essas sejam livres demais, algumas jovens demais ou exista algo a mais amarrado em sua barra de calça.
Essas, como sinto pena, geralmente são mal vistas pelas sogras e egoístas perante aos olhos do cônjugue e apenas compreendidas somente por mulheres iguais a essas mulheres.
...as vezes parece-me que as ruas guardam um universo paralelo ao que a maioria dos humanos entendem e enxergam. Há vidas esquecidas, ignoradas. Há histórias perdidas, na obscuridade do preconceito, que são perceptíveis apenas àqueles que aprenderam, e ainda aprendem que, a essência não se limita à aparência...
O medo é comum na realidade tão violenta que atualmente nos envolve, mas não deve ser, em hipótese alguma, desculpa para a ausência de educação, a estupidez, a indiferença, o descaso com o caráter, que é atributo especificamente Humano...
Que a humanidade não se perca... Que não se perca a humanidade...
A diferença entre a felicidade e a tristeza é que a primeira acaba em segundos e a outra parece não ter fim.
Liberdade - coração de beija-flor
Liberdade!!! Coração de beija-flor
Banzo negro que renasce a minha dor
Estou perplexo, no avesso desse nexo, no avesso do reflexo, que reflecte a minha cor
Por onde pecam e minam as esperanças
Nos tratados, abortos de alianças
Nos segredos, sinais vitais se faz,
mortais ou imorais
..onde jazz, já somos nós!
Ao retrogrado dessa poeira cósmica
desmistificam os canhões e gerações
E que a flor, segue a face da navalha
- que retalha na batalha - até não cortar mais !
Livre fui eu !!!
Nos seios da África-Mãe
Onde a fome, morria pela rima
rimava ao som do batuque ao afoxé
que os filhos da paz, na dança da paz, ensina
Livre fui eu !!!
Nos seios da África-Mãe
Onde sorria pro dia e para a alvorada
Onde dormia nos campos ao relento
Adormecia ao som do vento, sem o ruído da batalha
Livre fui eu !!!
Nos seios da África-Mãe
A correr como o bailar de uma gazela
... a me perder pelo verde ...a densa mata
Onde o verde vira prata e o silêncio vira lenda
Lutamos todos por ti, África !
Para que voltes a ser como era d`antes
... e que o sorriso de criança teça a trança
e que dance toda a dança e se debruce na janela
Lutamos todos por ti, África!
Oh ! Mãe, gerai filhos na terra
Para lutar !
A integrar para Não entregar
Pois é melhor suar na paz, do que sangrar na guerra.
Nos consideramos seres humanos,
mas o que tenho visto é tanta desumanidade;
Pregamos a paz,
quando na realidade o que tenho visto
é só guerra;
Falamos de fé,
quando no caminho encontro pessoas vazias e tão desprovidas de caridade;
Muitas vezes promovem guerras desnecessárias
Quando poderíamos viver em união;
Falamos tanto de DEUS
Mas aonde está o amor que Ele pregou tanto
para a humanidade ?
Nem todas as almas
atingem o caminho da paz
porque não conseguem regar
com gotas de amor o jardim
da união
Por mais que o ar puro as cerquem
não tem o dom de sentir o aroma
primaveril
E tampouco abraçam com fraternidade
Perdem seu chão em tentar cobrir sua
alma com a brisa da humanidade.
26/08/15
Pois o que tortura o homem é exatamente o que ele pensa quando é confrontado pela sua própria verdade.
Chega de feridas,
o mundo já anda cheio delas
O que está em falta
são curativos para aliviar
as dores da humanidade.
12/9/15
O apontador de metralhadoras
Deleite em sangue e dor e lágrimas que caem e são sopradas pelo vento
para longe, para bem longe de qualquer sentimento minimamente humanizado.
Com rígidas metas a seguir, o apontador segue em auxílio à barbárie
a metralhadora arguida pelo furor de sua própria ira interna
embrutecida na contramão da vida, orienta seu caminho.
A alça de mira em 'colundria' com a massa de mira,
ambas corrompidas pelo gatilho ligeiro da expertise militar
que dá vida aos projéteis lançados lentamente ao ar, feito plumas ao vento
higieniza toda a humanidade existente naquele lugar,
'desaprisionando' o grito aprisionado no peito
que o enche de adrenalina para guerrear
e também o comove, o entristece e o faz chorar.
Depois dos gritos de medo e pedidos de clemência, o tiro de misericórdia.
Os olhos se fecham e o brilho latente da retina se encerra
assim como se encerra a luminescência dentro de uma lâmpada,
quando se queima.
Faz-se um breve silêncio entre o instante imediatamente posterior ao disparo fatal
e o instante em que já sem vida,
o corpo percorre o trajeto da queda de sua própria altura
e encontra o chão duro e ressecado pelo sol forte que o castiga diariamente.
O som ensurdecedor do silêncio que se propaga após a queda do corpo no chão à sua frente
o faz perceber que a guerra que luta agora, nunca foi a sua própria guerra
foi sempre a guerra de outros,
justificada por motivos que ele jamais soube explicar.
E que os sujeitos por ele subjugados são na verdade,
tão inocentes quanto ele próprio.
E em meio a tantas agruras,
ele percebe que a criança que ergue as mãos em sinal de rendimento
o faz por não ter escolha,
por não ter também uma metralhadora, ou um fuzil
com mira a lazer e pente de munição letal reserva,
como a que traz consigo pendurada no ombro esquerdo
em um coldre de couro desbotado e sujo de sangue.
O que ele não percebe é o quanto essa batalha lhe faz mal
o quanto cada corpo caído no chão, sujo de sangue e de terra vai pesar em sua consciência
quando enfim parar de puxar o gatilho sem pensar no porque o faz.
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