Homenagem a Professora

Cerca de 1445 frases e pensamentos: Homenagem a Professora

Uma gentileza, uma ternura; um abraço apertado; um olhar de aprovação; uma palavra de consolo, uma prece uma oração; um olhar estendido aos céus num gesto de gratidão... É com essas pequenezas que se faz, e sobretudo, se vive o Natal.

Inserida por ednafrigato

Celebrar o Natal é bom, mas ter o Natal dentro da gente e o seu real significado é muito melhor.

Inserida por ednafrigato

Natal é um conto cristão celebrado em várias línguas.

Inserida por ednafrigato

Bom dia!

Que o verdadeiro sentido do Natal se faça presente não apenas no dia que se comemora o nascimento de Cristo, mas em todos os outros dias de nossas vidas.

Inserida por ednafrigato

Há dois tipos de pessoas: aqueles que esperam o Natal chegar para celebrar o amor de Cristo e aqueles que celebram o amor de Cristo todo dia como se fosse Natal.

Inserida por ednafrigato

É a forma de ver o Natal que faz dele um dia mágico ou não.

Inserida por ednafrigato

O Natal não é um dia de amor, ele é próprio amor personificado em um dia.

Inserida por ednafrigato

É tão coincidente a presença de Deus no amor que para celebrá-lo se inventou o Natal.

Inserida por ednafrigato

Senhor: bendito seja o teu santo nome nesse dia de Natal, nos dias subsequentes a ele e em todos os instantes da minha vida. Guarda-me e protege-me de todo mal! Amém!

Inserida por ednafrigato

𝘕𝘢𝘴𝘤𝘪𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘳𝘰ç𝘢 𝘦 𝘯𝘦𝘭𝘢 𝘧𝘰𝘪 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘥𝘰, 𝘣𝘳𝘪𝘯𝘤𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢 𝘦𝘮 𝘮𝘦𝘪𝘰 à 𝘤𝘢𝘷𝘢𝘭𝘰 𝘦 𝘨𝘢𝘥𝘰, 𝘦𝘴𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘯ã𝘰 𝘵𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘦 𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘭𝘦𝘷𝘢𝘷𝘢 𝘯𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘢𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘵𝘢𝘪𝘱𝘢 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘵𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘢𝘷𝘢 𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘢𝘴𝘢 𝘥𝘦 𝘧𝘢𝘳𝘪𝘯𝘩𝘢.
𝘛𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘰 𝘱𝘦𝘴𝘢𝘥𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘴𝘦𝘶 𝘧𝘰𝘳𝘵𝘦 𝘢𝘭𝘪𝘢𝘥𝘰, 𝘱𝘰𝘳é𝘮 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘩𝘰𝘯𝘳𝘰𝘶 𝘱𝘰𝘳 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘰𝘶 𝘰𝘳𝘨𝘶𝘭𝘩𝘰𝘴𝘰 𝘥𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘯𝘰𝘮𝘦;
𝘥𝘦 𝘜𝘔 𝘙𝘈𝘗𝘈𝘡 𝘛𝘙𝘈𝘉𝘈𝘓𝘏𝘈𝘋𝘖𝘙.

𝘌𝘴𝘴𝘦 𝘦𝘳𝘢 𝘈𝘯𝘵ô𝘯𝘪𝘰 𝘊𝘢𝘳𝘭𝘰𝘴, 𝘮𝘦𝘶 𝘵𝘪𝘰 (𝘛ô𝘪𝘯) 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘦𝘳𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘪𝘥𝘰 𝘦𝘮 𝘋𝘰𝘮 𝘔𝘢𝘤𝘦𝘥𝘰 𝘊𝘰𝘴𝘵𝘢 𝘯𝘢 𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘮𝘰𝘳𝘢𝘷𝘢.

Inserida por Markussouza

Menina que sabe programar,
Nem que seja mais ou menos;
Nem é gente, é anjo! é a Gisele.

Inserida por Piliti

Aniversário do Pequeno Príncipe

Todas as cores posso te desejar
Chuvas de rosas e arco-íris pintar
Mesmo jasmins para seu jardim perfumar
Ou raios de sol para suas campinas florescer
Nada disso seria suficiente
Para poder descrever
A quantidade de sonhos realizados
Manhãs tranquilas
E tardes de caminhadas macias
Que imagino te desejar.

É seu dia. Seu novo ano.
Seu novo ciclo para ser abraçado
Desejado, acariciado.
Que os desejos descritos nos versos acima
Venham com mais cores e forças
Derramados como chuvas das forças divinas
Gotejando quimeras e primaveras
Para seus passos de guerreiro
E para seus olhos turquesas de garoto faceiro

Cresça e viva leve e feliz menino do Rio
Homem das formas que inspiram e desenham
Formas ainda mais lindas para nosso mundo.
Cabelos de ouro,
Armaduras em ferro e couro
Com pele de diamante
Do coração brilhante
Como joias em flor
Te desejo amor
E caminhos lindos sem dor
Há tantos caminhos para trilhar
E que neles haja sempre o encanto da vida
A te amar e respeitar

Deitas no pequeno planeta
Como um nobre pequeno príncipe
Que veio de uma constelação
Caiu aqui segurando a cauda de um cometa
Porque seres de luz
Que a própria poesia traduz
Faz com que tudo que toque
Vire estrelas
Como o brilho de seus olhos
Continue com seu toque de Midas
Iluminando nossos passos,
encantando em seu dia, nossas vidas!

Inserida por victordrummond

CORDEL AO 5° ANO 2017
Galera, preste atenção,
Que agora vou falar
De uma turma especial
Que veio pra arrebentar...
O maior cordel que fiz
No coração vou levar.

O André é o menorzinho
É esperto pra danar,
De sorriso cativante
Gosta é de presentear!
A voz é muito marcante
Muito fácil de apaixonar.

O Arthur é caladinho,
Fala só o que precisar.
Não gosta muito de bola
Queimada sabe jogar.
Garoto muito inteligente
Que aqui vem pra estudar.

Outro garoto é o Carlos...
Tem letrinha miudinha,
Professor manda aumentar,
Vive lá no seu cantinho.
Resposta boa sabe dar,
Apesar de caladinho.

O Enzo é bem conhecido,
Boas risadas gosta de dar.
Quando o pai chega a escola,
Ele trata logo de entrar.
É rápido na Matemática,
Gosta de vídeo no celular.

Vem aí o Gabriel Marques,
Cuidadoso no que faz!
Gosta muito de ajudar,
Aprende tudo, é capaz!
É garoto bastante sincero,
Fala se algo não satisfaz.

Temos o outro Gabriel,
Carvalho é seu sobrenome.
Habilidoso na arte cênica,
Responsabilidade de homem.
Dá-lhe uma tarefa, ele faz
Divide, não é unha de fome.

Quem vem agora é o Ítalo,
Da fila quer ser o primeiro.
Não gosta muito de grupo,
Mas é um bom companheiro.
Sempre pronto a ajudar
Carrega o mundo inteiro.

Mais um caladinho vem aí,
Não gosta de jogar bola.
Jefersson é o nome dele
Com a mãe chega à escola.
Só responde se perguntado,
Mesmo assim não se isola.

O Keven também fala pouco,
Agora já se solta mais.
Descobrimos um bom goleiro
No gol ele pega demais.
Levou troféu no campeonato,
Mostrou do que é capaz!

Pensa num desenhista bom!
Lucas Bernardes: acertou!
Menino bom de escrita,
No desenho também é show.
É tímido, fala baixinho,
Na capa do livro arrebentou.

Tá chegando outro Lucas,
Segundo nome é Leonardo.
Se alguém vai acertar
Parece até combinado:
A turma diz logo que é ele.
Eita, menino, estudado!

De longe já vem sorrindo
Com as covinhas no rosto,
O craque Luiz Otávio,
Gente boa que dá gosto.
Menino muito inteligente
Pra brincadeira bem disposto.

Temos colega peruano,
O inteligentíssimo Mateus.
Também é muito caladinho,
Compenetrado no que é seu.
Caprichoso e de boas notas
Usa bem os dons de Deus.

Outro bom de bola é o Vítor
Já ganhou muito troféu.
É garoto artilheiro,
O estudo não deixa ao léu.
Garoto muito capaz
Pra ele tiro meu chapéu.

Oxi... Agora são as meninas:
Ana Flávia pra começar.
Já gosta de maquiagem
Por fora não quer ficar,
De cabelos negros e lisos,
Um sorriso pra se lembrar.

Ana Lívia é bem tímida,
Dança muito e é esperta.
Certa vez em um teste
Deixou a turma de boca aberta:
Foi a única que leu tudo,
Não fez nada e estava certa.

Anna Clara Cardoso vem aí
Com seu sorriso muito lindo!
De fala leve e bem pensada,
Cada dia vai evoluindo.
Tem muita força de vontade,
Muito bem vai se saindo.

Lá vem Anna Clara Rodrigues!
Eita menina equilibrada!
Bailarina, mesmo se nervosa,
Não tem resposta mal dada.
Sempre educada com todos,
Qualidade que é admirada.

Abram alas pra Bianka
Outra que veio pra arrebentar.
Com seus textos bem feitos
Feitos pra realmente encantar.
Ela também fala pouco
Nas provas nada a desejar.

Doçura de pessoa é a Bruna,
Calma até para repreender.
Abraça a gente com os olhos
Sempre gentil, bom de ver.
Tem um coração de ouro,
Tem sorte quem a conhecer.

Agora é a vez da Camilly
Com seu jeito de modelo.
Só quer saber de tirar dez,
Não quer castigo, nem atropelo.
De voz e gênio fortes
A menina tem muito zelo.

Da mais alta pra menorzinha,
A Déborah é mesmo caladinha.
Vez ou outra seu sorriso lindo
Vem dar uma aparecidinha.
Não se mete em polêmicas:
É da paz a espertinha!

Fiquem calmos, lá vem a Éllen!
Menina de gênio forte,
Muda de humor bem rápido,
Ir à aula é como esporte
Podem sempre contar com ela,
A amizade é o passaporte.

Ela escreve belas histórias!
Falo agora da Izabel.
De Matemática não gosta,
Se ouve falar, olha pro céu.
Tímida e super gente boa,
Cumpre bem o seu papel.

Mais uma das geniosas
É Maria Eduarda Figueiredo.
Não é nada caladinha,
Fala tudo sem ter medo,
Mas é muito carinhosa
Isso desde muito cedo.

Temos Maria Eduarda Silva,
A atriz de voz marcante.
Menina muito emotiva,
Gosta de ser mesmo atuante.
Equilibrada nas decisões
Como deve ser o estudante.

Maria Laura pede passagem
Forte por dentro e por fora.
Só ainda não enxergou
Que é querida, sim, senhora!
Adora distribuir doces,
Com sorriso nessa hora.

Em 1, 2, 3... chega a Mariana!
Sempre muito educada
Trata todos com delicadeza.
Essa menina bem prendada
Toca, dança e canta
Com sorriso bem estampado.

Você pensa que acabou?
Vem agora a Mirella,
Protetora dos animais
Muito esperta acho ela.
Sempre muito educada
Não há quem não goste dela.

Ainda falta a Thainá,
Outra bailarina da sala.
É um pouco esquentadinha
Talentosa que nem se fala.
Dança e canta muito bem
Com multidão não se abala.

Agora cheguei ao fim!
De todos da turma falei.
Foi mesmo um grande prazer
Todo esse tempo que passei!
Dessa grande turminha,
Saudades sempre levarei!

Inserida por rogeriotrindade

Mortos não têm rede social.
Ainda existem amigos vivos, poucos mas existem.
Não espere perde-los para ama-los!

Inserida por NannyeDias

“Já tenho algumas décadas e sei, tenho muito a caminhar. Desejo ainda ser lido mesmo depois quando enfim for encontrar minhas origens. Espero até lá parecer mais sábio aos olhos dos que me descobrirem. Não sou propriedade da minha propriedade. Tudo que tenho e fiz só faz sentido se puder ser, de alguma forma apropriado por outros. Sou poeta e a poesia não tem dono cada um que a ressignifica se torna co-autor. Essa é a a forma que encontrei de me tornar eterno a cada vez em que eu for recontado.”

Inserida por Epifaniasurbanas

Eu gosto de te usar
Adoro te ter na palma das minhas mãos
Meu único medo é te deixar voar
Mas eu sempre tomo cuidado, não posso te deixar escapar

Não que eu seja enrolado, mas eu adoro te enrolar
Quando começo algo, sempre gosto de terminar
Me pede pra dar duas voltinhas e sem entender nada fico tímido
Porque pra ser sincero, não é tão normal pra mim a quimíca rolar

Me pede pra ir devagar , pra deixar a chama rolar
Pra eu ir com calma, pra sentir a brisa no ar
Mas como eu sempre te digo: relaxa que hoje eu vou te usar

Inserida por BrisaPoetica

Aécius Nevulosu...


Aécius Nevulosu nasceu com uma grave doença
Ladrus corruptus pseudomaníaquis
Doença que somente se manifesta na fase adulta
E se caso venha a ter contato com a política
Desatento e sem saber portar tal enfermidade
Optou frequentar esse contaminado ambiente
Com pouco e breve contato nesses locais
Aécius, se pegou gravemente débil
Passou a apresentar os sinais e sintomas
Dessa rara e desventurada moléstia
Primeiro apresentou a febre Peculatis
Não havia cura e esses episódios duraram anos
Diagnosticados como incontidiles apropriades
E vieram as manias, sinais da grave patologia
Sintomas diversos se acumularam num repente
Nevulosu decidiu se auto tratar e assim o fez
Iniciou a busca pela cura fazendo planos
Se elegeu político, mudou de hábitos
Criou intimidades com porcentagens
E fez do 9 e dos pares de zeros sua distração
Gostou tanto que passou a colecioná-los
Admirador do vil metal e da pecúnia alheia
Se deu a tomá-los para si, sem cerimônias
Aécius jura, de pés juntos, que se curou
Na verdade, passou a fazer muitas juras
Mas, somente quando se precipitava em juízo
Nesse momento lhe vinha de pronto à fala
Em convulsos gatunites:
“Nunca declarei presente que ganhei”
E replicava: “Podem perguntar no partidão!”

Inserida por mucio_bruck

O prazer de meu eu...


Sou pescadora
Não nego minha raça
Uso linha, anzol e vara
E se me faltar a isca
Serve uma de luz que pisca


Sou pescadora
Em rio, mar ou lagoa
Sou feliz nessa raiz
Faça chuva, vento ou ventania
Meu querer é minha companhia


Sou pescadora
Não importa que peixe pescar
Se Pirarara, Piraiba ou Piapara
Não é o pescado que me atrai
Mas a faceta de meu eu que sobressai

Inserida por mucio_bruck

Quando uma lágrima solitária e teimosa,cisma em descerpelo meu rosto, ignoro-a, porque já não tenho mais a ansiedade da espera e nem o temor da ausência !

Inserida por neusamarilda

<<A Lenda do Chapelão>>

Pelas duras estradas de terra do bairro Copacabana do passado, tocando sua boiada em meio à solidão de tais caminhos seguia firme o arauto, desbravando a mata virgem para dar de comer ao seu gado, pisando o barro da estrada encharcada para por o que de comer sobre a mesa de sua própria casa, enquanto caminhava descobrindo e ou construindo novos caminhos por onde seguir... “Ôh Marruh”! “Bora Sergipe”! “Boi bandido”.

Seguia pelos caminhos, sozinho, com a força típica dos homens valentes do campo, que tocam as boiadas no comando firme de suas vozes imperativas, e que apesar da doçura e mansidão de gente que de tão sofrida tem a paz estampada no olhar, seguia em frente fazendo a sua própria história fazendo a infância da gente ser grande, gostosa de ser vivida de ser lembrada. Fazendo a infância das gentes, todas, terem aquele gostinho de terra pequena, fazendo-nos todos, nostalgicamente, lembrarmo-nos da roça ou vivenciar uma experiência aproximada com o que há de ser de fato a vida no campo, mesmo para aqueles que nasceram e cresceram nas cidades já imensas e cheias de todo tipo de confusão e que jamais pisou o pé no mato de uma roça qualquer. Lembrança de quando tudo o que se tinha por aqui era ainda o que estava por ser conquistado e do mato rude que perfazia todos os caminhos fazendo capoeira para as brincadeiras das crianças à época.

Quando passava a boiada assombrada pela ligeireza do chicote do vaqueiro hábil torneando o seguir dos bois, ditando o ritmo do caminhar (tanto do gado quanto das pessoas a observar o movimento) agitava-se toda a molecada pelos caminhos de terra vermelha, de barro preto dos brejos encharcados pelas inúmeras minas d’água existentes (hoje extintas), e ou pela argila cintilante das encostas de barrancos que serviam de arquibancada pra fugir das possíveis chifradas dos bois desembestados às vezes. Ao ver aquele mundaréu de boi seguindo no rumo comandado pelo vaqueiro de chapelão de palha ou de feltro marrom na cabeça e estaca de madeira e chicote de couro às mãos e berrante uivando repertório vasto e requintado o mundo pequeno que era o de quem observava, agigantava-se, tornando-os expectadores do evento: - “Bois passando, cuidado”! E por fim, quando já lá longe ia o último boi gritava de cá a criançada animada: Vai com Deus Chapelão! Vai com Deus. E todo mundo tinha um boi preferido dentre os bois do rebanho, só que de tanto medo de ser chifrado, ninguém ousava chegar perto.

Particularmente, lembro-me com muito carinho das “benzeções” e das “rezas” carregadas de fé, que curavam mesmo, qualquer tipo de problema. Certa vez, minha mãe achando-me aguado, levou-me e deixou-me aos cuidados dele. Depois de colher alguns ramos de uma planta qualquer no mato e embeber-lhe em água benzida (benta) saraivaram sobre mim umas duas ou três ramadas, na hora ri, mas doeu de verdade. Depois lavou meu corpo todo na bica que escorria ao pé da mina d’água que corria perto de sua casa, nos arredores da Rua Argentina, com um incômodo banho de leite de cabra, ordenhado naquele exato momento, para tal finalidade. Enquanto minha mãe me espreitava com uma galha lavrada de goiabeira na mão, por medo de eu reagir negativamente me recusando ao tratamento ou por medo de eu tentar fugir por vergonha da azaração dos meus amigos e desconhecidos da mesma idade que aguardavam por ali. No auge da minha ingenuidade infantil achei fantástico tão espetáculo de alegoria irreparável. Apenas fiquei com medo das rezas estranhas e com vergonha das risadas das outras crianças na fila para serem benzidas (bentas) também. Não há de minha época uma criança sequer, fosse da religião que fosse que não tenha vivenciado experiência parecida. Lembro-me até hoje, com nostalgia, de tal procedimento e sinto-me honrado todos os dias por isso. Hoje, me sinto um pouco órfão dessa época e desse tipo de ser humano que aos poucos vai deixando de existir no bairro Copacabana.


>>> OBS: Homenagem ao grande Srº Chapelão, morador do bairro Copacabana, BH, MG. Com toda a minha deferência.

Inserida por JotaW

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