Histórias
Líderes oriundos da pobreza carregam não apenas suas histórias, mas as de toda uma comunidade carente.
Tantas viagens, tantas histórias, tantas saudades...
Que calmo sofrimento esse de recordar a beleza de cada instante vivido, sem a dimensão do que se tornaria lembrança.
Aquele mix de sentimentos pela caminhada.
A memória pode nos enganar com sua doçura.
Sinto falta da minha infância na casa da minha vovozinha querida, dos bolos e doces, das histórias que ela me contava, quando ela lia poemas para eu dormir, era fantástico, minha mente desaparecia e se perdia na minha imaginação fértil onde meus pensamentos criavam cenários.
Ah, como sinto falta da minha vozinha, da cozinha, do filtro de barro, da caneca pendurada no prego ao lado. Sinto falta do chão vermelho que ela encerava, eu escorregava como num parque de diversões. Os melhores momentos da minha vida agora são minhas lembranças mais preciosas que transformo em poemas que trazem a quem os lê um pouco da minha alegria da infância, da melhor fase da minha vida. Que saudade da minha querida vovozinha...
Saudades de você.
Em memória da minha querida avó.
Às margens da Laguna Porã.
Duas cidades, dois corações,
Unidas por histórias e tradições.
Ponta Porã e Pedro Juan,
Fronteira viva, terra irmã.
Laguna Porã, espelho d’água,
Guarda segredos, murmura a mágoa.
Lendas antigas, contos de fé,
Que os nativos contam, crê quem quiser.
Vieram de longe, de todo lugar,
Os que sonharam em aqui ficar.
Ergueram casas, abriram caminhos,
Tecendo o tempo com seus destinos.
No mercado, cheiros e vozes dançam,
Mistura de línguas, ritmos que avançam.
Tereré partilhado, sotaques cruzados,
Laços que nunca serão quebrados.
Aqui se vive, aqui se sonha,
Sob o sol ardente que nos acompanha.
Duas cidades, mas um só chão,
Que pulsa forte no coração.
FUMAÇA BRANCA
Mal colocado no armário
Não te esqueçam Jorge Mário
Lá se vão histórias tantas
Por trás de fumaças brancas
Em decisão vespertina
Incendiaram a Sistina
Queira esse “novo” calor
“Ascender” com mais fervor
Fé praticada em ações
Tocando assim corações
Usando assim suas garras
Numa luta que não para
Reforçando ali, sem medo
Nessa “Estância” de São Pedro
Seja eterna a busca audaz
Sem vaidades: pela Paz. Alfredo Bochi Brum
Se todas as histórias já foram escritas, quem escreveu a minha? Este não tem alma. Escreveu minha infância com tristeza, tirando de mim o que poderiam ter sido minhas melhores lembranças. Levou minha mãe que me deu à luz e me amamentou.
Em uma tragédia sofri, acolhido pela minha avó que me criou com muito carinho e amor.
Mas o cruel escritor da minha história também a tirou de mim.
De casa em casa, cresci, amadureci,nunca me esqueci, desde que o mau escritor que escreveu tantas tristezas e perdas levou embora minhas joias mais preciosas. Hoje só me restam lembranças e saudades. Um escritor malvado e ruim escreveu uma história triste, não teve piedade de mim. Todos os Dias das Mães passo tristemente sozinho, com o coração pesado, colando cada pedaço do meu coração partido
Este escritor nunca foi filho, nunca teve mãe
Para entender que não se pode tirar uma mãe de um filho...
No ecoar do tempo ergue-se a fronteira, a Princesinha dos ervais, cheia de histórias as memórias de seus ancestrais.
Onde bravos pioneiros depois de lutas e sacrifícios fincaram bandeira.
No pós-guerra, sem medo, sem freio,
Exploraram riquezas neste vasto rincão
Na terra bendita, erva-mate brotava,
E o aroma da madeira a selva perfumava.
Rios e riachos cortavam o chão,
Cercados por campos, por vida, por emoção.
Dois povos, uma história entrelaçada,
Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, cidades irmãs de jornada.
Laguna Porã refletindo no seu espelho d'água seu laço,
Um portal do tempo, um eterno abraço.
Aqui nesta fronteira se misturam culturas e raças,
O chimarrão aquece, o tereré refresca.
Polca, vanera, vanerão a ecoar,
O churrasco na brasa a todos juntar.
Acolhedora, vibrante, sem divisão,
Recebe o mundo com alma e paixão.
Brasileiros e paraguaios, filhos do chão,
Na fronteira, um só coração.
Vocês aceitaram o destino que irão viver, sem questionar nada, então, não venham com historias tristes, vocês não quiseram ouvir, então aceitem o peso de suas próprias escolhas!
Eu carrego o peso das minhas escolhas!
Quando Você Chegou
Quando você chegou, o passado perdeu o peso,
As histórias antigas ficaram para trás, sem importância.
Tudo renasceu, tão novo, tão belo, tão leve,
E até minha casa, que andava quieta, sorriu para você.
Do seu lado oposto, essa conversa sutil,
Silenciosa, mas cheia de intenções, me prende, me fascina.
Seu rosto é um universo onde me perco sem querer,
E quando você sorri, é como se o ar sumisse por um instante.
Quero te ver amanhã e depois, e mais um mês inteiro,
Sem pressa, sem fim, só pelo prazer de estar ao seu lado.
Porque cada momento contigo é um presente sem promessa,
E tudo o que eu quero é continuar recebendo esses dias.
Vi ela em um sonho esquisito, se o esquesito for uma forma de beleza e paz. Contei a ela historias que ja foram perdidas, ela sorriu e as ouviu, e disse palavras graciosas. Como posso esquecer esse sonho? Não imagino viver de outra forma.
Eu sou o vilão de todas as histórias (menos da minha) e sempre o culpado de tudo, e mesmo que por um milagre eu tenha mudado, quem é que acreditaria?
Meu tênis surrado conta histórias que vão além do simples desgaste. A cada marca, um dia de batalha; a cada mancha, um esforço árduo. Suas solas gastas percorrem o caminho diário de um homem que não se rende ao cansaço. Me levanto cedo, enquanto a cidade ainda dorme, e é o tênis que me acompanha nas ruas frias e calçadas irregulares, suporta o peso do meu corpo cansado, mas determinado.
As costuras soltas revelam as horas extras, os turnos dobrados, as noites mal dormidas. A poeira acumulada nos seus vincos é um mapa das longas jornadas, carregando o peso das obrigações e dos sonhos ainda por realizar. Não há brilho, não há novos contornos, mas há uma história viva, de suor e de persistência.
Esse tênis, velho companheiro, conhece os atalhos e os desafios. Ele sente cada passo vacilante, mas também cada pisada firme, quando ergo minha cabeça e encaro mais um dia de trabalho. Não importa se está rasgado, se perdeu a cor ou se os cadarços se desfazem; ele segue, firme, porque sabe que sua função é levar adiante aquele que não pode parar.
Nas horas de folga, ele descansa ao pé da porta, como se esperasse o próximo chamado. Mas ainda ali, parado, ele não deixa de carregar consigo o espírito das minhas lutas. Um tênis surrado é mais que um calçado; é um testemunho silencioso de resiliência, de um homem que, mesmo com o corpo marcado pelo cansaço, mantém viva a esperança de um futuro melhor.
Sou feito de Luz,
De Cicatrizes
E Também de Gratidão!
Sou feito de Histórias,
Guardo memórias lindas,
Absorvi no tempo as marcas que foram se eternizando
E permitiram que eu me tornasse o que Sou!
Vivi grandes batalhas, algumas silenciosas
Outras contadas no tempo!
Não me tornei um personagem épico daqueles que as narrativas históricas apontam e desenham como se fossem imortais…
Sou real,
De uma vida feita de retalhos, de tardes à sombra de uma árvore,
De memórias de risos de crianças à beira de um rio no entardecer de um domingo qualquer,
Dos pés descalços debaixo dos pinheiros procurando o gramado molhado pelo sereno no anoitecer…
Sim!
Eu carrego cicatrizes,
Nos olhos, nas mãos, nos ossos,
No corpo e na alma!
Aprendi que são necessárias
Pois o que é de um homem sem suas cicatrizes,
Suas memórias,
Suas Histórias?
Ah, eu canto vitórias,
Elevo meu canto ao Soberano Deus
Que tanto me deu,
Que tanto bem me faz
E meu canto é de gratidão…
Gratidão pelos rios que vi passar em minha vida e sei que lá, muito longe, encontraram o mar…
Gratidão pelas flores que plantei e as espigas de milho que colho,
O arroz que malhei
A enxada que carreguei nos ombros
Ainda menino no meio dos trigais,
Coberto pelos milharais
Com um milhão de coisas para contar!
Sim!
Eu sou feito de Gratidão!
100% do meu Ser irradia Gratidão e paz,
Derramo flores pelos caminhos,
Colhi tantos frutos lindos que só Deus pode compreender a infinitude desse sentimento…
No altar não acendi velas,
Levo as luzes
Das quais me fiz e me tornei
No decorrer do tempo
Ao escrever minha História…
Levo comigo rostos da infância,
De adolescentes brincando nos gramados, caindo e escorregando na lama…
Eu sou feito de memórias, de histórias, as mais lindas, aquelas que encantam…
[…]
E eu vejo um rio de sonhos
Onde os meus se transportam
E crescem até chegar no mar…
Eu sou Luz,
Me vesti de pura luz e me embriaguei
Da grandiosidade do amor de Deus,
Que me veste de sonhos em cada anoitecer
E me permite acordar sorrindo
Porque eu conquistei o que Ele me pediu,
E dos talentos que recebi
Multipliquei por dez, cem, mil, milhões
Tão bom é o tempo que Ele me concede
Para buscar estrelas nos olhos de um idoso, doente, enfermo
E colher sorrisos nas crianças, nas pessoas puras
De cuja bondade a vida é feita!
Eu sou luz!
Eu sou um pouco de tudo isso
Mas o melhor de tudo
É que o que sou
Ninguém poderá ser!
O que vivi e viverei
Ninguém poderá viver!
Porque cada um é único
E emana luz
Ou desaparece na escuridão…
…
(Proibida reprodução)
(Texto parcial)
Vivendo
Se surpreendendo
A cada dia
Com a vida
Suas histórias
Lidas
Presentes nossos
Sementes nossas
Que plantamos
Sentindo essa experiência
Revivendo
Renascendo a cada dia
Suspiro
Sopro da vida
Bom de mais
Gratidão
É ser feliz.
É ter vocês todos aqui
Nesse universo que nos convidou
_ Você nem sabe disso, né!
Desconhece os planos...
E vamos juntos
Retribuindo
Com amor e gratidão
Abraços
Paz no coração
Ficção
Ainda que demore
as histórias acabam
eternizarem-se
é ilusão
um dia nasce
o outro nem sempre
a crença é
silenciosa,
mas o fato foge
da ficção.
Sempre vi nos livros uma oportunidade única de conhecer novos povos, histórias, métodos, técnicas e culturas que me faz viajar pelo mundo inteiro sem sair do lugar!
Histórias de uma atendente
O homem acompanhado da mulher, chegou e eu como sempre:
- Bom dia, em que posso ajudar!
- Ah precisamos renovar documento.
- Ah sim preciso dos seguintes documentos com cópias.
- Poxa, cópias? Onde tem isso?
- Ali na frente!
- Posso vir direto e te procurar.
- Claro que sim!
Eles viraram as costas e minhas colegas:
- Você é doida, esse é o fulano, ator da novela das 8!
- E mesmo! Sei nem quem é, e chamei o próximo!
Minutos depois o casal retornou, sorriso largo e me chamando pelo nome.
Então falei:
- A mulherada tá tudo louca aqui, porque você é famoso, desculpa eu não conhecer.
- Adoramos quando isso acontece!
Quando foi embora depois do atendimento, passou pra dar tchau! Hahaha
Minhas colegas suspirando!
Fim
Histórias de uma atendente.
Pensão por óbito.
A viúva chega desesperada no balcão:
- Porque caiu só metade do meu dinheiro?
- Momento, vamos verificar o prontuário.
O prontuário:
Uma segunda mulher, certidão de outro filho, notas fiscais e a capa de um disco do Roberto Carlos com declaração de amor assinada.
É gente, um disco!
Isso aconteceu por volta dos anos 90, mas nunca me esqueci da esposa que ficou só com metade do dinheiro.
"São tantas emoções" na vida de uma atendente...
Fim
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