Hábito
O escritor deve se divertir escrevendo, mas, ao mesmo, ter o hábito saudável de dar aos seus escritos o rótulo de trabalho.
Mentirinhas virou habito. Você perdoa uma vez, duas vezes, esquece da terceira, nem comenta da quarta e na quinta nem se fala... Mas, mentirinhas sempre iram incomodar.
Tenho habito e me apaixonar por tudo que e difícil! Muitas vezes sofro, mas estou sempre driblando o sofrimento e buscando a felicidade!
Morto
Morto é o escravo do hábito
Deixando se levar
Pela rotina do dia-a-dia
Percorrendo os mesmo lugares
Fazendo sempre a mesma coisa
Não se importando em mudar
Morto é quem não se arrisca
A falar uma nova língua
Dá pelo menos um grito
E apenas se põe a calar
Morto se contenta com uma só cor
Um só sabor, nenhum amor
Morto é aquele que não faz amigos
Não é amigo nem de si
Se aproxima do nada
Deixando o tudo partir.
Troco os canais da televisão compulsivamente, é só um hábito ordinário meu, uma vez que estou tão desligada pensando em você que não presto atenção nas figuras que se mexem ali na tela de sei lá quantas polegadas. O cigarro no cinzeiro já virou cinzas, a fumaça que levanta é do filtro queimando em vão, estou estática.
Garrafa de vinho vazia no chão, taça cheia na mão... balanço pra lá e pra cá, como aqueles provadores em concursos sabe? Encosto a taça perto da boca, inspiro a embriaguês, cadê você?
Meus olhos já sonolentos pelo álcool vasculham o quarto te procurando. Os lençóis arrumados na cama. Suas roupas no armário. Aquela nossa foto tirada num final de semana no campo toma conta da minha procura, fixo-me no seu sorriso.
Por esses dias tem me doído de mais ficar longe do lugar onde eu habito e sou maior do que tudo o que me cerca. Longe de casa.
Na verdade longe do lugar que eu chamo de lar - mas nem sei aonde fica.
É difícil não pertencer a lugar nenhum e estar, mesmo que um pouco, em tantos lugares ao mesmo tempo. Um pouco de mim aqui, um pouco ali. Mas não ser, efetivamente, de algum lugar, me dói.
Mas me dói mais ainda ficar longe daqueles, esses seres que amo, que tem um pouco ou tanto de mim.
embora pareça que não tenho sido de ninguém. Mas ao mesmo tempo perteço um pouco a todas as pessoas.
Por esses dias, tudo tem me feito chorar: uma música, uma mensagem no celular, uma brisa, um grão de areia no canto da parede, a lagartixa a olhar copiosamente para mim.
Tenho o hábito de escutar a mesma música muitas vezes. Cada hora descubro algo novo nela e o que mais me assusta é que ela nunca envelhece ao meu ver. Ela ultrapassa o tempo e se eu não tomar cuidado, volto e morro na ilusão, ou seja, no passado.
O hábito pode até não impedir que avistemos novos horizontes,mas nunca será uma visão em alta definição.
Eu tenho o hábito de deixar as pessoas com essa sensação de quero mais.
Mais diversão. Mais amizade. Mais emoção. Mais aventura. Mais paixão. Mais, muito mais.
Aprender dizer não é necessário, porém, tome cuidado para que não vire um hábito, e você diga não às pessoas que sempre te disseram sim.
O amor, quando genuíno, possui o hábito de abrir rotas bem opostas aos rumos de nossas expectativas!
