Coleção pessoal de pedropaulompn

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“A maioria de nós tenta romper as barreiras do mundo sem antes desobstruir os obstáculos lançados pelo próprio eu. E é nesse instante que perdemos o equilíbrio, pois o conhecimento desvanece ante o impacto da queda, e a força do fracasso corrói pessoas preparadas para serem vencedoras.”

“O grande afã para acompanhar o ritmo da vida é tamanho que não sobra tempo para contabilizar os itens básicos que equilibram o desenvolvimento humano, e é nesse terreno que se fixam as raízes de muitos males, principalmente dos fracassos inexplicáveis, renúncias indiscutíveis de ideais e propósitos.”

“A passividade da escola é de uma dimensão espantosa diante dos problemas sociais, comportamentais e éticos, pois a escola dos meus sonhos se prende a um discurso pedagogicamente correto e pratica ações grosseiramente incorretas, a ponto de ser injusta: não cumpre metas, não busca alternativas e, como na política, nela imperam as falácias, pois há um medo de tomar resoluções drásticas e provocar mudanças”.

“Com tantos impedimentos, a escola futurista não evolui em tempo real para acompanhar os passos de uma sociedade cada vez mais eletrônica, cuja placa-mãe armazena dispositivos que atraem o futuro a cada reset(ada) do tempo. O seu progresso é tão lento que ainda não conseguiu se livrar sequer do quadro de giz. Daí as dificuldades para inserir as tecnologias de ponta disponíveis para o sistema de ensino, pois, em plena era digital, computador e Internet ainda são bichos estranhos para muitos professores, que, sem intimidades com esses “monstrengos”, se ajeitam como podem para ludibriar seus alunos, colocando remendo novo em tecido velho.”

“Sobre a nova plataforma familiar, pai não é mais o varão, a autoridade máxima da casa, pois o novo regime igualitário que impera no seio dos lares derrubou a supremacia masculina que não mais domina o território. Marido e mulher se converteram simplesmente em “macho e fêmea” que estão juntos até que os interesses sobrevivam; que opiniões e pontos de vista não entrem na zona de convergência.”

“Com o olhar no futuro e os pés no passado, a escola dos sonhos não tem ritmo para acompanhar os passos de uma sociedade capitalista que tem ambição de sair do lugar-comum para não ser espezinhada pela globalização. A obsessão de atingir esse objetivo a impede de formar cidadãos autônomos, conscientes das suas responsabilidades na sociedade, preparados para arrostar os desafios do mundo, e isso exige uma escola que eduque para a vida, e a que temos impele seus alunos para a escola da vida”.

“O conhecimento é desejado por milhões, que o perseguem em lugares inusitados, nos momentos mais impróprios, por razões irrefutáveis. Mas poucos param para explorá-lo com sapiência ou fazer os mais sábios dos questionamentos: Qual o valor do conhecimento? Que tipo de conhecimento devo adquirir para me tornar uma pessoa melhor, um cidadão melhor, um profissional melhor?”

“É preciso edificarmos a escola, para desmoronar um sistema falido, ignorar as utopias para suprir a carência de profissionais responsáveis, éticos, educados e atrair para a sala de aula ferramentas que eduquem por meio de métodos que não excluam; com educadores conscientes do seu papel transformador de pessoas, não de mundo, pois o mundo está em constante processo de transformação, e seu aluno é mais um com trajetória traçada. E, para que essa trajetória seja direcionada para um caminho de vitórias, é preciso que a Educação prepare humanos para acompanharem essa metamorfose; de gestores que façam da escola “tecnológica” um local de acesso desejado e de administradores que não usem a escola como cabide de emprego para cumprir promessas políticas”.

“O sistema se preocupa em edificar escolas modernas, com aparências futuristas, mas não vislumbra que escola contemporânea é aquela que, de olho no amanhã, ajusta as falhas do ontem sem perder o contato com o hoje e que esse espaço é ministrado pelo humano cognominado professor, que necessita de capacitação, motivação, respeito, equilíbrio, autonomia e suportes técnico e pedagógico para aplicar uma boa aula.”

“O mundo evoluiu numa velocidade tão alarmante que a escola se distancia da sociedade e se perde pelos caminhos que antes acreditava serem trilhas seguras; a escola de paredes e grades está perdendo terreno para a “escola da vida”. Seus atrativos são fantásticos: portões amplos, corredores iluminados e mestres com “habilidades e competências” para transformar seus alunos em doutores na arte de ser delinqüentes, pois a tradicional continua estagnada no tempo, com técnicas e princípios que não educam, e, mesmo com os avanços da ciência, que buscam caminhos alternativos para sanar problemas emergentes, estamos distantes de termos uma educação que cumpra metas para que a escola atinja as suas funções sociais.”

“É urgente a necessidade de admitirmos que família não é uma Companhia Limitada ou uma Sociedade Anônima para ser administrada com ativo e passivo,
cumprir um calendário tributário para se esquivar da malha fina.
Família é o ventre onde o humano absorve valores culturais, religiosos, deveres, responsabilidades...
Compromissos... para fortalecer as estruturas pessoais.
Sem essa instituição cada vez mais desintegrada, é inevitável o aborto do cidadão socialmente correto”.

“Se a sociedade se instituir, os resultados podem surpreender. Essa organização não tem custo além da participação de todos. Basta que deveres sejam cumpridos para que direitos resultem em responsabilidades. Essas mudanças de atitude são a diferença de quem faz da educação um instrumento de transformação social.”

“Nossa sociedade converteu-se num covil em que cada membro traça a sua trajetória no seio de um círculo sem propósitos, em que o humano — espécie vulnerável, em constante estado de evolução — tornou-se um artista, experto em maquiar a realidade para dissimular as marcas dos fracassos.”

“ O homem, é um insaciável por comodidade e se posiciona em constante estado de alerta à espera da passagem da resposta que promova o conhecimento que proporcione estruturas para a construção de um mundo ideal. Essa fome o instiga a desafiar os limites da ciência, do universo, por acreditar que o científico é a porta de entrada, de saída, o escape... Mas tem o dever de não usar a vida como instrumento de experimentos, fazendo dele uma arma contra a própria vida.”

“Este é o ponto em que estamos: no marco zero de um planeta sem direção, sem clima definido e sem projetos para conter os efeitos fatais do aquecimento global. E, pelo descaso dos governantes, as novas gerações, que já estão sendo educadas para consumir, encontrarão barreiras intransponíveis e poderão não ter espaço para contornarem o problema.”

“O maior educador, o tempo, nos ensina que fracassos e conquistas levam às respostas...A explicação é a própria força de vontade para superarmos desafios em nome de uma conquista pessoal, pois o conhecimento se eleva apenas com a grandeza de atos e atitudes, mas, se os propósitos não forem canalizados para germinar valores e promover mudanças, o conhecimento continuará a ser, simplesmente, informações... Informações que se esvairão em vez de evoluírem para a sabedoria, por não terem sido aplicadas a nosso favor.”

“Atingir o conhecimento que preencha o vazio e faça a diferença tornou-se o desafio maior. E o homem recorre a todos os artifícios — Filosofia, Sociologia, recursos tecnológicos — por acreditar que, se desvendar o mistério do vínculo entre a ciência e o pensamento com a origem da vida, encontrará as respostas para as dúvidas que inquietam a humanidade.”

“O homem, na plenitude da sua imperfeição, na grandeza da sua capacidade de querer absorver os mais singelos movimentos, de reter informações precisas do porquê da própria existência, mostra-se instável, inconsistente, e poucos conseguem domar esse anseio a ponto de evitar o conflito entre o conhecimento sensorial e o intelectual. Por se deparar com dificuldades para organizar idéias, pois se confronta com problemas para gerenciar os instrumentos do conhecer — situação e razão — e transformar esse mecanismo em conhecimento que proporcione o seu desenvolvimento.”

“A obsessão de que o acúmulo de dados promove sabedoria impele muitos por um caminho do qual todos se esquivam: o da ignorância, pois poucos assimilam que a informação, na era globalizada, chega na velocidade em que a buscamos, mas a sapiência para aplicá-la vem num ritmo lento, em tempos alternados, em que respostas e soluções emanam do próprio eu. É a partir desse ponto que o conhecimento expõe o seu verdadeiro valor, permitindo que a sabedoria flua ostentada pela consciência de que será usufruída para o bem comum.”

“Cada vez mais quente, o planeta agoniza, num duelo desigual, para se livrar das garras da atrocidade humana, que o está transformando numa bomba cujo relógio salienta, num tique-taque inquietante, a contagem regressiva da vida, alertando que pode explodir a qualquer instante, pois o estopim, hiperaquecido, é mantido sob as chamas da insensatez, do interesse financeiro, político, subjetivo... Dessa forma, expõe a vida, esse frágil fio atado ao onipresente, ao flagelo, impelindo-a a vagar por caminhos sem horizontes, à mercê daqueles que põem em xeque o futuro da humanidade.”