Gustave Le Bon

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Gustave Le Bon (1841 - 1931) foi um psicólogo francês. Autor de Psicologia das Multidões.

IMPORTÂNCIA DA TRADIÇÃO PARA AS CIVILIZAÇÕES

Uma civilização não se constitui até que se tenha criado uma tradição e ela não progride até que tenha modificado um pouco essa tradição a cada geração. Se a civilização não a modifica ela não progride. Se ela tentar uma modificação muito rápida, ela perderá toda a estabilidade e se desagregará e consequentemente irá desaparecer.

Assim, com valores e tradições deve-se ter muito cuidado. Não é impunemente que se agita o limo depositado pelos ancestrais no fundo de nós.

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A redução progressiva das liberdades manifesta-se em todos os países, de uma forma especial e que se traduz na criação de inúmeras medidas legislativas, todas em geral de caráter restritivo, que levam necessariamente a aumentar o número, o poder e a influência dos funcionários encarregados de as aplicarem. Estes funcionários tendem assim a transformar-se nos verdadeiros senhores dos países e o seu poder é tanto maior quanto é certo que nas incessantes mudanças de governo a casta administrativa, a única que escapa a essas mudanças, é também a única a possuir irresponsabilidade, impersonalidade e perpetuidade. Ora não há despotismo mais forte do que aquele que se apresenta revestido desta tripla forma.

A criação contínua de leis e regulamentos restritivos, que rodeiam de formalidades ridículas os mínimos atos da nossa vida, tem como consequência fatal limitar cada vez mais o círculo em que os cidadãos se podem mover livremente. Vítimas da ilusão de que a igualdade e a liberdade ficam melhor asseguradas com a multiplicação das leis, os povos vão dia-a-dia aceitando entraves cada vez mais pesados.

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As assembleias parlamentares representam o melhor método que os povos ainda encontraram para se governarem e, sobretudo, para escaparem o melhor possível ao jugo das tiranias pessoais.

Aliás, não apresentam senão dois perigos sérios: o desperdício forçado de finanças e uma restrição progressiva das liberdades individuais. O primeiro destes perigos é a consequência inevitável das exigências e da imprevidência das multidões eleitorais. Se um membro de uma assembleia propuser qualquer medida que dê uma aparente satisfação às idéias democráticas, como, por exemplo, assegurar a reforma a todos os operários, aumentar o ordenado dos cantoneiros, dos professores, etc., todos os outros deputados, sugestionados pelo receio dos eleitores, não se atreverão a reprovar a proposta apresentada, temendo que a sua atitude seja tomada como desprezo pelos interesses desses eleitores.

Apesar de saberem que ela irá agravar pesadamente o orçamento e levará à criação de novos impostos, não podem ter hesitações na votação. Porque, enquanto as consequências do aumento das despesas são ainda longínquas e sem resultados graves, as consequências de um voto negativo poderiam manifestar-se logo que se apresentassem perante os eleitores. A esta primeira causa do exagero das despesas vem juntar-se uma outra não menos imperativa, que é a obrigação de autorizar todas as despesas de interesse meramente local. Nenhum deputado se lhes poderia opor, porque essas despesas representam, uma vez mais, as exigências dos eleitores, e um deputado só consegue obter o que pretende para a sua circunscrição se ceder a idênticos pedidos dos seus colegas.

O segundo perigo a que nos referimos, a restrição forçada das liberdades pelas assembleias parlamentares, embora aparentemente menos visível, é contudo bastante real. Resulta das numerosas leis sempre restritivas, cujas consequências os parlamentos, com o seu espírito simplista, não sabem ver e se julgam obrigados a votar.

Utilizando a tese no seu livro O Indivíduo Contra o Estado, Herbert Spencer escreve o seguinte acerca do parlamento inglês:

"Medidas ditatoriais, rapidamente multiplicadas, têm mostrado uma tendência contínua para restringir as liberdades individuais de duas maneiras: estabelecendo anualmente regulamentos cada vez mais numerosos, que impõem restrições ao cidadão em coisas em que os seus atos eram dantes completamente livres, e forçando-o a praticar atos que anteriormente tinha a liberdade de praticar ou não. Simultaneamente, os encargos públicos, cada vez mais pesados, principalmente os regionais, restringiram-lhe ainda mais a liberdade, diminuindo-lhe a parte dos lucros que pode gastar à vontade e aumentando a quantia que lhe é retirada para ser gasta conforme apraz aos agentes públicos.»

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O sufrágio das multidões é em toda a parte semelhante e traduz muitas vezes as aspirações e necessidades inconscientes da raça. A média dos eleitos representa para cada nação a alma média da sua raça e, de uma geração para outra, encontramo-la quase idêntica. Os governos representam um papel insignificante na vida dos povos. Estes são guiados
principalmente pela alma da sua raça, isto é, pelos resíduos ancestrais de que essa alma é o somatório. A raça e a engrenagem das necessidades quotidianas são os senhores misteriosos que guiam os nossos destinos.

Um sufrágio limitado (limitado às capacidades, se quisermos) poderia melhorar o voto das multidões? Não posso aceitar semelhante coisa nem por um instante, em virtude da já mencionada inferioridade mental de todas as coletividades, qualquer que seja a sua composição. Em multidão, repito, os homens igualam-se sempre, e no que respeita a assuntos de ordem geral o sufrágio de quarenta acadêmicos não é melhor que o de quarenta carregadores de água.

Não creio que nenhum dos votos tão censurados ao sufrágio universal, como o restabelecimento do Império por exemplo, tivesse sido diferente se os votantes tivessem sido recrutados exclusivamente entre sábios e letrados. O fato de um indivíduo saber grego ou matemática, ser arquiteto, veterinário, médico ou advogado, não lhe confere dons especiais para as questões de sentimento. Todos os nossos economistas são pessoas instruídas, na sua maioria professores e acadêmicos. Haverá um único problema de ordem geral, por exemplo, o protecionismo, sobre o qual estejam de acordo? Perante os problemas sociais, tão cheios de incógnitas e dominados pela lógica mística ou afetiva, todas as ignorâncias se tornam iguais.

Portanto, se só as pessoas carregadas de ciência constituíssem o corpo eleitoral, os seus votos não seriam melhores que os de hoje. Deixar-se-iam guiar sobretudo pelos sentimentos e pelo espírito partidário, e não deixaríamos de ter nenhuma das dificuldades atuais, mas teríamos certamente a agravante da pesada tirania das castas.

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A Psicologia das Multidões Eleitorais

As multidões eleitorais são heterogêneas. A multidão eleitoral caracteriza-se sobretudo pela pouca aptidão para o raciocínio, a ausência de espírito crítico, a irritabilidade, a credulidade e o simplismo. Pode se observar nas suas decisões a influência dos condutores e o papel dos fatores afirmação, repetição, prestígio e contágio.

As multidões podem ser seduzidas. Assim, a primeira qualidade que um candidato deve possuir é o prestígio. O prestígio pessoal só pode ser substituído pelo da fortuna. O talento ou o gênio não são elementos de êxito.

É de capital importância para o candidato possuir prestígio e poder assim impor-se sem discussão. Se os eleitores, compostos em grande parte por operários e camponeses, nomeiam alguns dentre eles, fazem-no por razões acessórias, como, por exemplo, fazer frente a um homem eminente, a um patrão poderoso de quem quotidianamente dependem, e assim terem a ilusão de, por momentos, se tomarem eles próprios patrões.

Mas só o prestígio não basta para assegurar o êxito de um candidato. O eleitor deseja que lhe lisonjeiem as aspirações e as vaidades, e o candidato tem de rodeá-lo das mais extravagantes bajulações, não devendo hesitar em fazer-lhe as promessas mais fantasistas. Se os eleitores forem operários, nunca será demais injuriar e denegrir os patrões.

Quanto ao candidato contrário, é preciso tentar esmagá-lo dando como certo, através da afirmação, repetição e contágio, que ele é o último dos patifes e que ninguém ignora que cometeu vários crimes; e, para isso, é evidentemente inútil encontrar qualquer espécie de prova. Se o adversário conhecer mal a psicologia das multidões, tentará justificar-se com vários argumentos, em vez de responder às afirmações caluniosas com outras afirmações igualmente caluniosas, e não terá então qualquer hipótese de triunfar.

O programa escrito do candidato não deve ser muito categórico, pois os seus adversários poderão mais tarde recordar-lho; mas o seu programa verbal nunca será excessivo.

Poderá sem receio prometer as reformas mais importantes porque, embora na altura estes exageros produzam grande efeito, em nada o comprometem para o futuro. Com efeito, o eleitor não se preocupa nada em saber se o eleito seguiu a profissão de fé proclamada e na qual naturalmente a eleição se apoiou.

O orador que souber manejar as palavras e as fórmulas conduz as multidões à sua vontade. Expressões como: o capital infame, os vis exploradores, o admirável trabalhador, a socialização das riquezas, mídia golpista, elite burguesa, classe média fascista, etc., produzem sempre o mesmo efeito, embora comecem a estar já um pouco gastas. Mas o candidato que consiga descobrir uma nova fórmula, convenientemente desprovida de sentido preciso e assim adaptável às mais diversas aspirações, obterá infalivelmente o êxito.

Outro fato a se observar é que as multidões têm as opiniões que lhes são impostas e nunca opiniões raciocinadas. Essas opiniões e os votos dos eleitores ficam condicionadas pelas promessas de bolsas alguma coisa, facilidade de crédito para obtenção de algum bem, legados de algo, etc. Utiliza-se o terror, o medo para submeter as multidões. Olhe, vamos dar continuidade ao programa de benefícios adquiridos. Vocês não podem deixar de manter as conquistas do bolsa tal, etc.

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Por que figuras como Lula, Maduro, Hugo Chavez e outros assemelhados vencem eleições facilmente em países como o Brasil e Venezuela? Resposta: "É com modelos e não com argumentos que se guiam as multidões.
Em cada época, há um pequeno número de individualidades que ditam a ação, e são essas que as massas inconscientes imitam. Todavia, estas individualidades não se devem afastar muito das idéias aceitas porque, nesse caso, seria muito difícil imitá-las e a sua influência tomar-se-ia nula. É precisamente por este motivo que os homens muito superiores à sua época não têm geralmente sobre ela qualquer influência, pois é grande demais a distância que os separa dela.

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O poder das palavras é tão forte que bastam alguns termos bem escolhidos para que as coisas mais odiosas sejam aceitas. Taine refere precisamente que foi invocando a liberdade e a fraternidade, palavras então muito populares, que os jacobinos conseguiram «instalar um despotismo digno do Daomé, um tribunal semelhante ao da Inquisição, hecatombes humanas idênticas às do antigo México». A arte dos governantes, como a dos advogados, consiste principalmente em saber manejar as palavras. Arte difícil porque, em qualquer sociedade, palavras iguais têm sentidos diferentes para as diversas camadas sociais, que empregam aparentemente as mesmas palavras mas não falam a mesma língua.

O tempo pode ser fator de mudança, bem como, por exemplo, a raça e crenças, no sentido das palavras.

Democracia e liberdade são precisamente as palavras mais usadas as que variam de sentido de povo para povo, como por exemplo as palavras democracia e socialismo, tão frequentemente utilizadas hoje em dia.

Na realidade, estes termos correspondem a idéias e imagens completamente opostas na alma dos latinos e dos anglo-saxões.

Para os Latinos, democracia significa sobretudo o anular da vontade e da
iniciativa do indivíduo diante do Estado, o qual cada vez mais tem a seu cargo dirigir, centralizar, monopolizar e produzir. Para ele apelam, constantemente e sem exceção, todos os partidos, radicais,
socialistas ou monárquicos. Para o Anglo-Saxão, nomeadamente o da América, a mesma palavra democracia significa, pelo contrário, um desenvolvimento intenso da vontade do indivíduo, a diminuição
do papel do Estado, ao qual, além da polícia, do exército e das relações diplomáticas, nada se deixa para dirigir, nem sequer o ensino. Deste modo se vê como a mesma palavra possui, para estes dois povos, sentidos totalmente contrários.

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Os povos continuam a ser governados pelo seu caráter, e todas as instituições que não são intimamente moldadas nesse caráter não representam mais do que uma capa de empréstimo, um disfarce transitório. É certo que se fizeram, e se hão-de fazer, guerras sangrentas e revoluções violentas para impor instituições às quais se atribui o poder sobrenatural de criar a felicidade. E porque provocam tais movimentos, poder--se-ia dizer que agem sobre a alma das multidões. Mas, na realidade, sabemos que, triunfantes ou vencidas, as instituições não possuem em si mesmas qualquer virtude. Lutar pela sua
conquista é lutar por ilusões.

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A IMAGINAÇÃO DAS MULTIDÕES`

Como em todos os seres em que o raciocínio não intervém, a imaginação representativa das multidões é susceptível de ser profundamente impressionada. As imagens que uma personagem, um acontecimento, um acidente, evocam no seu espírito têm quase a vivacidade das coisas reais.

As multidões estão um pouco na situação da pessoa adormecida cuja razão, momentaneamente suspensa, permite que surjam no espírito imagens de grande intensidade, mas que depressa se dissipariam se fossem
submetidas à reflexão. As multidões, incapazes de reflexão e de raciocínio, não conhecem o inverossímil; ora as coisas mais inverossímeis são geralmente as que mais impressionam.

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Pão e espetáculo eram na Antiguidade, para a plebe romana, o ideal de felicidade. No decorrer dos tempos, este ideal pouco tem variado. Nada impressiona mais a imaginação popular do que uma peça de teatro. Toda a sala sente ao mesmo tempo as mesmas emoções e, se elas não se transformam imediatamente em atos, é porque nem o espectador mais inconsciente consegue ignorar que está a ser vítima de ilusões e que riu ou chorou perante aventuras imaginárias. Mas, por vezes, os sentimentos sugeridos pelas imagens são tão fortes que, tal como as sugestões habituais, tendem a transformar-se em atos.

...

Isto constitui, em minha opinião, um dos indícios mais notáveis do estado mental das multidões e, sobretudo, da facilidade com que podem ser sugestionadas. O irreal aparece-lhes com quase tanta importância como o real, e elas manifestam uma tendência evidente para os não distinguir. É na imaginação popular que se baseia o poder dos conquistadores e a força dos
Estados. E é atuando sobre essa imaginação que se arrastam as multidões. Todos os grandes feitos históricos, como a criação do Budismo, do Cristianismo, do Islamismo, a Reforma, a Revolução e, nos nossos dias, a invasão ameaçadora do Socialismo, são as consequências diretas ou remotas de profundas impressões produzidas na imaginação das multidões.

Por isso, os grandes homens de Estado de todas as épocas e de todos os países, incluindo os déspotas mais absolutos, sempre consideraram a imaginação popular como o alicerce do seu poder e nunca tentaram governar contra ela. «Foi tornando-me católico», dizia Napoleão ao Conselho de Estado, «que acabei com a guerra da Vendeia;
foi fazendo-me muçulmano que me instalei no Egito e foi fazendo-me ultramontano que conquistei os padres em Itália. Se governasse um povo de judeus, restauraria o templo de Salomão.»

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A violência dos sentimentos das multidões, e sobretudo das multidões
heterogêneas, é ainda ampliada pela ausência de responsabilidade. A certeza da impunidade, tanto mais forte quanto mais numerosa for a multidão, e a noção de um poder momentâneo bastante considerável, devido ao número, tornam possíveis no grupo sentimentos e atos que eram impossíveis no indivíduo isolado. Nas multidões, o imbecil, o ignorante e o invejoso, libertam-se do sentimento da sua nulidade e da sua impotência, que é substituído pela consciência de uma força brutal, passageira mas imensa.

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Se um legislador quiser, por exemplo, lançar um novo imposto, deverá optar pelo que é teoricamente mais justo? De maneira nenhuma. O mais injusto pode ser, na prática, o melhor para as multidões se for o menos perceptível e, aparentemente, o menos pesado. É por isso que um imposto indireto, mesmo quando é exorbitante, é sempre facilmente aceite pela multidão. Como é pago, em pequenas frações, nos objetos de consumo diário, não chega a perturbar os hábitos nem causa impressão. Mas se o substituirmos por um imposto proporcional sobre os salários, ou outros rendimentos, para ser pago de uma só vez, levanta-se imediatamente um coro de protestos, ainda que o novo imposto seja dez vezes menos pesado do que o outro.

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A moda não conhece revoltadas; só a extrema pobreza lhe recusa escravas. Nenhum dos deuses do passado foi mais respeitosamente obedecido.

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Da necessidade da crença:
"Os elementos constitutivos da nossa existência pertencem, como sabemos, a três grupos: vida orgânica, vida afetiva, vida intelectual. A necessidade de crer alia-se à vida afetiva. Tão irredutível quanto a fome ou o amor ela é, freqüentemente, tão imperiosa. Constituindo uma invencível necessidade da nossa natureza afetiva, a crença não pode, e nisso é como um sentimento qualquer, ser voluntária e racional. A inteligência não a forma nem a governa".

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Uma crença é um ato de fé que não exige provas e, aliás, não é, as mais das vezes, verificável por nenhuma. Se a fé se impusesse somente por argumentos racionais, poucas crenças se teriam podido formar no decurso dos séculos. (...) A sugestão e o contágio mental pelos quais se propagam as crenças são independentes da razão.

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Se as crenças fossem acessíveis à influência da razão, teríamos visto desaparecer, há muito tempo, todas as que são absurdas.

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A razão pode provocar o desejo de crer, nunca terá, porém, a força de fazer crer.

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Confinado num deserto, privado de qualquer símbolo, o crente mais convicto veria rapidamente declinar a sua fé. Se, entretanto, anacoretas e missionários a conservam, é porque incessantemente releem os seus livros religiosos e, sobretudo, se sujeitam a uma multidão de ritos e de preces. A obrigação para o padre de recitar diariamente o seu breviário foi imaginada pelos psicólogos que conheciam bem a virtude sugestiva da repetição. Nenhuma fé é durável se dela se eliminam os elementos fixos que lhe servem de apoio. Um Deus sem tempestades, sem imagens, sem estátuas, perderia logo os seus adoradores.

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...as religiões realmente monoteístas só existiram nos livros. O cristianismo, por exemplo, logo anexou legiões de anjos, santos e demônios, que correspondem exatamente às divindades secundárias do mundo antigo e são venerados ou temidos como aquelas. Essa multiplicidade de deuses secundários nas crenças monoteístas e a divisão rápida destas últimas em seitas mostram claramente que o monoteísmo é um conceito teórico, que não satisfaz às nossas necessidades afetivas e místicas.

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