Gustave Le Bon

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Gustave Le Bon (1841 - 1931) foi um psicólogo francês. Autor de Psicologia das Multidões.

A humanidade só saiu da barbárie mental primitiva quando se evadiu do caos das suas velhas lendas e não temeu mais o poder dos taumaturgos, dos oráculos e dos feiticeiros. Os ocultistas de todos os séculos não descobriram nenhuma verdade ignorada, ao passo que os métodos científicos fizeram surgir do nada um mundo de maravilhas. Abandonemos às imaginações mórbidas essa legião de larvas, de espíritos, de fantasmas e de filhos da noite – e que, no futuro, uma luz suficiente os dissipe para sempre.

"Só pelo fato de pertencer a uma multidão, o homem desce vários graus na escala da civilização. Isolado seria talvez um indivíduo culto; em multidão é um ser instintivo, por consequência, um bárbaro. Possui a espontaneidade, a violência, a ferocidade e também o entusiasmo e o heroísmo dos seres primitivos e a eles se assemelha ainda pela facilidade com que se deixa impressionar pelas palavras e pelas imagens e se deixa arrastar a atos contrários aos seus interesses mais elementares (...) Para o indivíduo em multidão a noção de impossibilidade desaparece. perdida a sua personalidade consciente, obedece a todas as sugestões de um operador. "

Qualquer que seja a razão, o inconsciente muitas vezes nos domina e sempre nos cega.

Uma moral sólida é o inconsciente bem educado.

São as palavras e as fórmulas, mais do que a razão, que criam a maioria de nossos julgamentos.

Uma nação sem ideal desaparece rapidamente da história.

Agir é aprender a conhecer a si mesmo. As opiniões formuladas são palavras vãs, desde que não sejam sancionaldas pelo ato.

Totalmente indiferente ao destino, a natureza só se ocupa do destino da esécie. Perante ela todos os seres são iguais. A existência do mais pernicioso micróbio é cercada de tantos cuidados quanto a dos maior gênio.

A história não é mais do que a narração dos esforços empregados pelo homem para edificar um ideal e destrui-lo em seguida, quando, tendo-o atingido, descobre a sua fragilidade.

O historiador julga o passado com sua sensibilidade moderna. A sua intrepretação, forçosamente falsa, pouco nos ensina. O menor conto, romance, quadro, monumento da época considerada encerra um ensinamento mais exato.

Inserida por RobertoMax

Um dos mais constantes caracteres gerais das crenças é a sua intolerância. Ela é tanto mais intransigente quanto mais forte é a crença. Os homens dominados por uma certeza não podem tolerar aqueles que não a aceitam.

Os homens são quase sempre levados a crer, não pela prova, mas pelo agrado.

Para mover, cumpre comover.

...nem sempre acreditamos na mentira alheia, mas facilmente damos crédito às nossas próprias.

A força dos fanáticos reside precisamente na rigorosa obediência ao seu ideal perigoso.

O interesse possui, como a paixão, o poder de transformar em verdade aquilo em que lhe é útil acreditar.

Em matéria de crença religiosa, política ou moral, toda contestação é inútil. Discutir racionalmente com outrém uma opinião de origem afetiva ou mística só terá como resultado exaltá-lo.

O heroísmo pode salvar um povo em circunstâncias difíceis; mas é apenas a acumulação diária de pequenas virtudes que determina a sua grandeza.

...a necessidade de crer constitui um elemento psicológico tão irredutível quanto o prazer ou a dor. A alma humana tem aversão à duvida e à incerteza.

Desde que os assuntos sobre os quais se quer raciocinar caem no campo da crença, a reflexão perde o seu poder crítico.