Gula
A gula se parece com cavalos velo-zes, não há que dominá-los pelo certo, sendo melhor absorvê-la com uma grande dedicação chamada paciência, tipo arte em evidência.
Não busco a gula,
Nem o desejo sem fim.
Não busco a luxúria,
Nem o que me faz assim.
Não busco a ira,
Nem a raiva no coração.
Não busco a inveja,
Nem a dor da comparação.
Não busco a preguiça,
Nem a falta de ação.
Não busco a soberba,
Que nos tira a razão.
Busco a paz,
A simplicidade,
A verdade,
E a humildade.
GULA
Sim, mais! Mais ainda! E ainda mais!
Quando o coração sente o tal desejo
Um olhar que queima, os toques tais
E aquele arfado suspiro, doce ensejo
Nunca as sensações nos são iguais
Porque o olhar do amor tem lampejo
Fazendo do sentimento ali seu cais
Sim, mais! Mais ainda! Ainda o beijo!
Ah! O beijo! ... que nos deixa talante
Querendo muito, ter terna felicidade
Cheio de sede, gosto que consome
Fosse, assim, toda a sorte, amante
Não há emoção que baste à vontade
Nem satisfação que chegue à fome!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/01/2024, 12'33" – Araguari, MG
Há uma luta constante entre
Consumir demais e
Não se encher o bastante.
Com pessoas,
Mal há equilíbrio.
Ou estão
Em overdose
Ou presas
À migalhas.
(Foi a fome ou a gula que te destruiu?)
Se sou gulosa,
deveria engolir palavras -
dessas que sobram,
gorduras localizadas.
Assim
a poesia seria slim,
e a gula teria um estético
fim.
"A paixão pela comida leva à aventura, não menos que outras paixões. E aventuras com risco próprio, é bom que se diga."
(Gladston Mamede. "Memórias de Garfo & Faca". Instituto Pandectas)
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