Grito de Protesto
Cansaço Invisível
Carrego um peso que ninguém vê,
um nevoeiro denso dentro da mente,
um grito calado que não se desfaz,
ecoando em silêncio, eternamente.
Pensamentos correm, não sei pra onde,
me perco entre eles, sem direção.
O corpo presente, o espírito ausente,
a alma em queda, sem explicação.
Sorrisos ensaiados, olhos cansados,
respostas automáticas, gestos vazios.
Acordo cansado, durmo inquieto,
num ciclo sem pausa, frio e sombrio.
Queria um descanso que fosse profundo,
não só do corpo, mas do mundo em mim.
Um colo, um tempo, um recomeço,
onde eu me encontre — e diga: "enfim".
É um grito silencioso de quem já se perdeu e se reencontrou, de quem soube o peso da dor e o alívio de aprender a não se deixar apagar. Cada palavra é um eco de experiências que não se esquecem, de um coração que, apesar de ferido, continua pulsando com uma força inesperada. Falar de sentimentos nunca foi fácil, mas é no desabafo que a alma se liberta. O passado pesa, mas não é mais um fardo. Ele se transforma em memória, e a memória não tem poder sobre quem escolhe viver com intensidade, sem medo de se rasgar por dentro, mas sabendo que, depois do sangue, sempre vem a cura. A arte de olhar nos olhos é mais do que ver, é entender, é absorver a verdade não dita, é saber que todos somos, de algum modo, outra pessoa depois de alguém.
O grito da alma
A alma não sussurra — ela grita.
Grita quando nos colocamos onde não deveríamos estar.
Quando aceitamos menos do que merecemos.
Quando repetimos dores antigas como se fossem novas.
O grito da alma é um pedido de volta pra si.
[...] teu anseio é poesia viva, é o grito do humano que pressente sua finitude e deseja, antes de partir, tocar a eternidade através do amor.
E se eu for só fresta do infinito,
Luz que escapa, mesmo em grito aflito,
Me despeço do que nunca dito
E abraço o mundo no que acredito.
Eu sou
Eu sou o sussurro que paira antes do grito,
o silêncio que dança nas frestas do tempo.
Eu sou a lâmina sem fio que corta o que não se pode tocar,
o olhar que não se dobra, mesmo diante da luz.
Eu sou o passo que não ecoa,
mas faz tremer o chão.
Sou a sede que não se sacia,
o caminhar sem destino,
a fome sem nome.
Sou a palavra que se nega a ser dita,
o desejo que não cabe em desejo.
Sou o rastro invisível deixado em corações que jamais saberão meu nome.
Eu sou o erro e o acerto,
o meio sem bordas,
o abraço que aperta sem tocar.
Sou quem molda a si mesmo a cada respirar,
sem roteiro,
sem permissão,
sem plateia.
Eu sou aquele que dança com as sombras,
não por medo da luz,
mas por amar a textura do escuro.
Aquele que colhe o que não plantou,
e semeia em terrenos onde ninguém ousa pisar.
Eu sou a chama que não arde,
o frio que não gela,
o toque que não acaricia...
mas marca,
finca,
mora.
Sou o que nunca se cansa,
mas finge cansaço só para sentir o gosto do repouso que nunca vem.
Sou o viajante sem mapa,
o traço sem desenho,
o verbo sem tempo.
Eu sou.
E por ser, não peço licença.
Apenas respiro...
E no meu respirar,
o mundo aprende a conter o fôlego.
Chegará um tempo em que o silêncio dos sensatos será visto como violência, e o grito dos tolos, como virtude.
No meio de um silêncio!
Como um grito
de socorro
no vácuo do espaço, como um buraco negro que desconhecemos
e todos temem
Uma parte de nossas vidas
Não existe mais
Um luto de duas partes Uma única dor sentida por duas pessoas
Uma história que chega ao fim
Mas somos obrigados Continuar pela vida, Pelos que amamos
E ter a chance de fazer
Uma nova história
Onde o silêncio será preenchido por Amor!
E no lugar de gritos de socorro
Não ouvido Tomará lugar de longas gargalhadas
Ouvidas pelos quatro cantos do mundo
Não sinta saudades Sinta Amor!
Grito e parece que
não sei onde grito
sinto o hálito distante
de uma boca infinita
e se me calo
ouço um murmúrio
lastimável entre as árvores
uma voz selvagem
baixinha
entre folhas caminha
o cheiro úmido
da terra ao lado
― petrichor ―
o temporal chegou
uma pandorga
desconhecida
some no infinito
― fico sem alma.
Sou grito
Dos gestos errados
Recomeços intensos
Sou tendência de reinventar
Onde busco sempre o melhor.
Ver Deus pode ser um ato de resistência, um grito desesperado pela dignidade humana. Lutar contra opressores também é uma forma de adoração a Deus.
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