Grito
O Silêncio da Noite e o Grito do Universo
A escuridão que cobre o céu noturno nunca me pareceu banal. Sempre vi nela um sinal, um código cósmico a ser decifrado. O paradoxo de Olbers, formulado há séculos, perguntava: se existem infinitas estrelas, por que a noite não é uma explosão de luz? A resposta, que parecia escapar aos antigos, hoje grita diante de nós: a noite é escura porque o universo é jovem, finito e está em expansão.
A luz de muitas estrelas ainda não chegou até nós. Estamos cercados por bilhões de sóis, mas a distância e o tempo nos separam de suas histórias. A radiação cósmica de fundo — o eco do nascimento do cosmos — ainda reverbera, lembrando-nos que houve um início, e que estamos em movimento.
O universo se expande como nossos sonhos: sempre além, sempre além...
Minhas palavras vestem o humor da minha alma. A filosofia não é uma técnica de escrita — é um grito do coração. Ela deve ser sentida antes de ser dita.
Tem silêncio que grita mais alto do que qualquer discussão. E é nesse grito mudo que a gente se encontra ou se perde.
O Grito Que Ninguém Ouve
Vivemos em constante turbulência,
presos em problemas e assuntos pendentes que exigem solução.
E sempre — ou melhor, quase sempre —
deixamos de nos ouvir.
Nossa mente clama por uma pausa, um descanso.
Não importa o que estejamos fazendo, resolvendo, pensando...
só precisamos parar.
Desacelerar por um instante.
No momento em que estiver pensando em tudo,
simplesmente pense em nada —
nem que seja por uma fração de segundo.
Dê descanso àquele que trabalhou tanto tempo sem parar.
A mente, que tem o poder de te levar à loucura —
mas não levou.
Mesmo quando foi você quem a levou até lá.
É um grito silencioso de quem já se perdeu e se reencontrou, de quem soube o peso da dor e o alívio de aprender a não se deixar apagar. Cada palavra é um eco de experiências que não se esquecem, de um coração que, apesar de ferido, continua pulsando com uma força inesperada. Falar de sentimentos nunca foi fácil, mas é no desabafo que a alma se liberta. O passado pesa, mas não é mais um fardo. Ele se transforma em memória, e a memória não tem poder sobre quem escolhe viver com intensidade, sem medo de se rasgar por dentro, mas sabendo que, depois do sangue, sempre vem a cura. A arte de olhar nos olhos é mais do que ver, é entender, é absorver a verdade não dita, é saber que todos somos, de algum modo, outra pessoa depois de alguém.
O grito da alma
A alma não sussurra — ela grita.
Grita quando nos colocamos onde não deveríamos estar.
Quando aceitamos menos do que merecemos.
Quando repetimos dores antigas como se fossem novas.
O grito da alma é um pedido de volta pra si.
[...] teu anseio é poesia viva, é o grito do humano que pressente sua finitude e deseja, antes de partir, tocar a eternidade através do amor.
Eu sou
Eu sou o sussurro que paira antes do grito,
o silêncio que dança nas frestas do tempo.
Eu sou a lâmina sem fio que corta o que não se pode tocar,
o olhar que não se dobra, mesmo diante da luz.
Eu sou o passo que não ecoa,
mas faz tremer o chão.
Sou a sede que não se sacia,
o caminhar sem destino,
a fome sem nome.
Sou a palavra que se nega a ser dita,
o desejo que não cabe em desejo.
Sou o rastro invisível deixado em corações que jamais saberão meu nome.
Eu sou o erro e o acerto,
o meio sem bordas,
o abraço que aperta sem tocar.
Sou quem molda a si mesmo a cada respirar,
sem roteiro,
sem permissão,
sem plateia.
Eu sou aquele que dança com as sombras,
não por medo da luz,
mas por amar a textura do escuro.
Aquele que colhe o que não plantou,
e semeia em terrenos onde ninguém ousa pisar.
Eu sou a chama que não arde,
o frio que não gela,
o toque que não acaricia...
mas marca,
finca,
mora.
Sou o que nunca se cansa,
mas finge cansaço só para sentir o gosto do repouso que nunca vem.
Sou o viajante sem mapa,
o traço sem desenho,
o verbo sem tempo.
Eu sou.
E por ser, não peço licença.
Apenas respiro...
E no meu respirar,
o mundo aprende a conter o fôlego.
No meio de um silêncio!
Como um grito
de socorro
no vácuo do espaço, como um buraco negro que desconhecemos
e todos temem
Uma parte de nossas vidas
Não existe mais
Um luto de duas partes Uma única dor sentida por duas pessoas
Uma história que chega ao fim
Mas somos obrigados Continuar pela vida, Pelos que amamos
E ter a chance de fazer
Uma nova história
Onde o silêncio será preenchido por Amor!
E no lugar de gritos de socorro
Não ouvido Tomará lugar de longas gargalhadas
Ouvidas pelos quatro cantos do mundo
Não sinta saudades Sinta Amor!
Grito e parece que
não sei onde grito
sinto o hálito distante
de uma boca infinita
e se me calo
ouço um murmúrio
lastimável entre as árvores
uma voz selvagem
baixinha
entre folhas caminha
o cheiro úmido
da terra ao lado
― petrichor ―
o temporal chegou
uma pandorga
desconhecida
some no infinito
― fico sem alma.
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