Grito
O amor é a loucura do divino, um grito apavorado, uma oração, o silêncio, a honradez sacerdotal e profana do homem...
III. Quando o grito se disfarça de silêncio
Há gritos que ninguém ouve porque se disfarçam de silêncio. E há silêncios tão densos que carregam em si o estrondo de mil tempestades internas. A mente, quando já não suporta traduzir a dor em linguagem, recua. Fecha as janelas. Apaga as luzes. Cria mundos paralelos onde, mesmo distorcida, a realidade se torna suportável.
Nem sempre a loucura é ruído. Muitas vezes, é ausência. Ausência de conexão, de resposta, de chão. É o exílio interior de quem ainda está presente no corpo, mas já não habita a lógica comum. E nesse exílio, o tempo não segue sua ordem. As palavras não obedecem significados. O real se dissolve em fragmentos que só fazem sentido para quem ali está.
A sanidade, do lado de fora, observa, mede, intervém. Mas nem sempre compreende. Porque compreender exige mais do que escuta técnica, exige atravessamento. E poucos suportam atravessar a dor do outro sem se perder de si mesmos.
Talvez a maior ponte entre a lucidez e a ruptura esteja na empatia profunda, que não tenta apagar o delírio, mas se ajoelha diante dele como quem respeita um altar de sobrevivência. Porque ali, naquilo que chamamos loucura, ainda pulsa a centelha de quem resiste, não por desordem, mas por excesso de verdade que o mundo não conseguiu conter.
Enquanto sua voz ecoava intimamente em um grito ensurdecedor, calou-se, pediu socorro no seu amargurado silêncio, um sorriso explicíto do sofrimento inexplicável. Havia algo diferente, não compreendido em tempo a tempo de dizer "eu te amo" e não "quanta falta você faz".
O grito
Só tu podes colocar a mão na massa para alcançar os seus objetivos, aprecie o tempo ela é tão valiosa. Contemple cada jornada como se fosse uma obra de arte o tempo que ela contém é vasto, mas tu és mortal, seja o tal escritor de sua história, tu és o única que dita o guião da história eles avaliam o processo,sucesso para si nesta vida em todas as esferás da vida.
O grito
Eu grito por ajuda mas ninguém me ouve. As pessoas fecham os olhos e ouvidos para mim ou eu não grito o suficiente? Eu grito tanto que ecoa… Mas por um breve silêncio, da alma, do corpo e da mente…Percebo que não sou só eu doente. Eles não me percebem porque também não se percebem. Gritos e choros para todos os lados. Aquilo é um sorriso? O que não falta é doença, da alma, do corpo e da mente… Como ajudar se também sou doente? Estou no fundo do poço ou melhor no fundo do mar, não posso nadar por você mas posso te ensinar a nadar.
ECOS DO TEU NOME...
Grito à ti que existo mas no abismo desse silêncio entre nós dois só escuto os ecos ensurdecedor do teu nome…
O grito ensurdecedor que vem de dentro de ti, ninguém ouve porque esse murmurinho se confunde com os ecos dessas vozes confusas e angustiantes desse teu abismo interno que torce um nó em tua garganta sufocando o choro em teu mundo externo.
“Casas comigo?”
És um oceano salgado e proibido;
Um cabo bojador de contradições;
Um grito vão, um choro reprimido,
Que me leva a um mar de emoções!
Se bravura fosse condição minha
E dela não ficasse sempre aquém,
Dar-te-ia o mundo numa caixinha,
O céu, o sol, a lua e mais além.
“Casas comigo?” era o que eu então
Diria, pra que percebesses que tu
És a fonte da minha inspiração!
E deste modo encabulado e cru,
Eis-me aqui entre caneta e papel
A oferecer-te um improvável anel.
Nella città III - A cor da carne
Há dores que nascem antes do grito.
Não do corpo, oráculo por vezes calado,
nem da alma, que cedo se curva ao pranto.
Mas da identidade, lançada à sombra, à face do repúdio,
antes mesmo de saber-se ser.
Nasce, então, a dor sem nome,
antes que a luz do mundo pudesse tocar a pele — nua.
É o peso de um tom que destoa,
aviltado pela violência do olhar.
A cor da carne, que não é da alma,
não é identidade,
mas adorno passageiro —
incompreendido por olhos de cárcere,
que desferem o açoite mudo da ignorância,
a face vertida.
Vê:
a cor sublinha o corpo,
e não pede perdão pelo que é.
Aqueles que esperam que a cor se renda
não entendem o enigma da pele — nua,
que nenhuma voz pode enunciar.
Se o assunto for fofoca
Se travou na Ypioca
Brados de vitória
Ou grito de derrota
Que ficou entalado
Entre o peito e a garganta
Ficar calado cumpadi
As vezes eu sei não adianta
Bota pra fora
Aquela opinião
Parece conspiração
Me traz inspiração
Isso é 'mó' piração
Ontem ja era
Viva o agora
Bota pra fora
Ate que os caras decoram
Aplauso anima e revigora
O senhor e a senhora
Se estão achando da hora
Expressa e bota pra fora
O silêncio,a fala e o grito já mudaram muitas histórias.Tem horas que devemos calar,mas existem horas que a fala e o grito são a única solução.Por isso,aprenda a calar,falar e a gritar na hora certa.
A fala,o silêncio e o grito já salvaram ejá comprometeram muitas pessoas em todo o mundo e sábio é quem já aprendeu a falar,a calar e a gritar na hora certa.
Não sei se eu grito, não sei se choro ou se sorrio, não sei o que estou sentindo, sinceramente não sei se queria ter existido, não era para eu ter nascido.
É assim que as pessoas com o pensamento destruído pensam antes de dar seu último suspiro, sem ter a oportunidade de ver a luz, se juntar às estrelas...
O grito da alma
A alma não sussurra — ela grita.
Grita quando nos colocamos onde não deveríamos estar.
Quando aceitamos menos do que merecemos.
Quando repetimos dores antigas como se fossem novas.
O grito da alma é um pedido de volta pra si.
