Galho
A vida é como um galho seco, sempre esperando a chuva cair para fortalecer-se ou esperando o sol fortalecer-se para cair.
“Já fui fruto podre, folha murcha e galho seco, porém uma raiz resistente, talvez sendo cuidada capaz de se transformar em uma nova árvore.”
Giovane Silva Santos
"Com um galho Deus modificou a água salubre, com todo avanço tecnológico o homem não consegue limpar o Tietê?
Giovane Silva Santos
De tanto as folhas crescerem
Chega uma hora em que o galho desce
Já não existem mais escombros sob a sombra
Há paz e alegria de sobra
Só quem chora é a chuva
Mas ela nem chove agora
Houve um tempo em que sobravam dias
Agonias normais
De tanto ver cairem as folhas
Chega uma hora em que ninguém repara
E de tanto sobrarem dias
As horas, feito feras, só se maltratavam
Não havia ombro onde chorar
Tinha o ar, que se movia
Tinha a chuva que molhava, indiferente
E de tanto ver crescerem as sombras
Chega uma hora em que os olhos secam
Broncos, endurecem tanto quanto o pé de amora
Hoje, quando a chuva chora, as folhas verdejam
E o coração, na paz de um tronco, parece até que nem se molha
Agora, a tudo carrega dentro de si
De modo, que todo aquele que passa e que olha, não veja.
Edson Ricardo Paiva.
"Ao som dos pássaros"
Em meio a esse lindo dia
O belo sábia pia,
No galho da árvore, todo sem moral
O pequeno pica-pau,
Faz nada menos que seu trabalho.
Ouço um barulho babaca!
Seria isso uma maritaca?
Que bela afeição,
Deixou o senhor pavão.
Sentado ao pé do velho carvalho,
Aqui estou eu,
Observando que...
de "gaio, em gaio"
Voa esse papagaio.
A galinha de grão em grão,
Acaba que limpa o chão.
O galo estabanado,
Acabou que ficou enroscado
no arrame farpado.
Momento sem entender bulhufas...
Percebe-se que o louro
Não para de coça sua nuca.
Em meio a esses pássaros "pititos"
Vem lá o periquito!
Esse som curioso,
Que faz esses pássaros soltos,
Parece música.
Melodia se espalha...
Um minuto de silêncio.
[...]
Shiiiu...
Sem mais nenhum piu
Agora só os meus passos,
Intervém ao som dos pássaros !
Minha mente frutífera, se compara a uma grande e frondosa arvore. Em cada galho, em cada folha há mil historias.
Porem quando tento escrevê-las, tenho um repentino bloqueio, as ideias fogem se escondem pareço não ser capaz de escrever nem um simples haicai. Talvez tentar registrar minhas ideias seja como por um herbicida. Mas, sei que minha imaginação é imarcescível que não murcha e continua imperecível, bem guardada.
Se ao invés de te dar rosas te dão um galho cheio de espinhos coloque o galho por uns dias em um recipiente com água, depois é só transferir o galho para um canteiro mantenha os cuidados necessários e teráa rosa que você tanto deseja.
quem pula de galho em galho e macaco
O coração precisa de solidão pra calibrar.
Tenha um reencontro com você, relembre seu valor inestimável....
Dessa maneira aquela chavezinha começa a virar e seguirá em paz, sem magoa e com a certeza que o seu melhor foi empregado
Poema: O macaco
Autor: Rafahel Ramos
O macaco pula de galho em galho
Quando quer cantar, só canta rimado
O macaco adora fazer canção
Pula de árvore em árvore com a banana na mão
O macaco é um verdadeiro artista
Canta, dança e é trapezista
O macaco se diverte de montão
Solta uma música só no gogó de microfone na mão
Cavalo primata que não cansa,
Criança na corcova descansa,
Galho seco que não despedaça,
Maritaca que na ponta canta,
Passarinho da megalópole,
Acorda já no fio,
Galho elétrico no poste,
Canta bem cedo,
E depois foge,
Aquele que pula de galho em galho.
Precisa se conscientizar que o problema não está na árvore, mas nele.
Aprenderiamos mais deixando folhas em galho, flores no vaso, passeando olhares nas aves fora das gaiolas. Aprenderiamos mais com a observação.
Cada possibilidade no seu galho
Cada sonho no seu quadrado
Assim diz o homem falho
Também o limitado
Cada ilimitado no seu limite
Cada impossível provável
Nisso o simples consiste
E pensa o instável
Cada ação na sua inércia
Cada resultado negativo
É o fim da controvérsia
Sentido inconclusivo
03/05/21
Ter a paciência de observar a folha que se desprendeu do galho é um exercício de compreensão daquilo que somos de verdade: frágeis, finitos e levados por uma força e lei acima das escolhas feitas.