Fugir de Si Mesmo
O bom homem segue incensante rumo à descoberta de si mesmo como seu mais confiável, fiel e infalível conselheiro.
Amar primeiro a si mesmo é fundamental.
Sem amor próprio não é capaz de amar o outro por inteiro!Sempre vai faltar-te algo
Tenha domínio de sua vida. Deposite menos fé na sorte e mais fé em si mesmo. Você poderá se surpreender!
"E se perdeu dentro de si mesmo,
na escuridão daquilo que nunca conheceu.
Susto apavorador!
Grita até hoje, se procurando.
Nunca se achou.
Foi enterrado dentro do eu de si mesmo, junto àquilo que nunca quis saber de si mesmo..."
Graças a Deus nós temos memória. Quando a pessoa perde a memória ela perde uma parte de si mesmo. Porque ela está perdendo uma parte da história.
Não seja tolo por achar que não é capaz daquilo que quer. Basta uma boa dose de fé em si mesmo e outra de coragem para que você consiga qualquer coisa que desejar. Lute com toda sua força e jamais deixe que lhe falte motivação. Você é capaz, saiba disso!
Eu não vim pedir visão porque eu já tô enxergando bem
Se preocupa com si mesmo porque eu tô me vendo bem
Parece mesmo que o problema só é problema mesmo, quando vai nos atingir de alguma forma, mínima que seja.
A pior coisa que existe é cuidar de si mesmo. Dos outros a gente tem apenas uma ideia e fazemos a partir disso.
Ele se embrenhava na mata a procura de si mesmo. Sozinho. Sempre sozinho! E a única presença que existia a sua volta, eram as árvores e folhas secas no chão. Fora isso, apenas ele e o vazio que existia na mata e dentro de si.
Ele não sabia se a mata encontrava-se deserta ou o deserto encontrava-se nele. Ou se ele encontrava-se na mata deserta, ou a mata deserta encontrava-se nele e como ele, deserto.
E na medida em que adentrava aquela vasta e vazia mata, menos o reconhecia e, assim, se perdia nas folhas e sem si.
Era tudo muito confuso, cheio de nada! Vasto, verde, vazio e confuso.
O único momento que parecia ter se encontrado, foi quando viu pela primeira vez um redemoinho passando a sua esquerda, arrancando árvores e espalhando poeira.
Galhos quebrados e bichos desabrigados.
Tudo se tornava oco. Ele era oco. E a cada minuto um buraco enorme crescia e lhe diminuía, transformando-o em nada.
Desesperado para saber quem realmente era, correu até um lago e tentou olhar seu reflexo através da água. Apenas as rochas no fundo do lago e o céu refletido na água que corria límpida e cristalina.
Sua boca seca e amargurada não dizia palavra. Nada, nenhum som. Sufocado por mãos que não lhe tocavam, porque não havia ninguém alí; a não ser ele e o nada ( que era tudo a mesma coisa, inclusive nada ) carregou a si mesmo até um penhasco, fechou os olhos e se jogou.
De oco e vazio; de desespero e solidão, (...) ele intensificou seu nada. Findou. Antes de saltar do penhasco e desfazer-se lentamente na escuridão de seu 'eu', ele procurava a si, que era o nada, e, no entanto, já era alguma coisa. Mas de tanto procurar e não se contentar, acabou encontrando o nada, o fim, ou nem isso.
Quando abriu seus olhos, na parede de seu quarto o relógio marcava 06:30; ele sabia que estava extremamente atrasado, como sempre esteve, mas não se assustou. Fazia décadas que não sentia emoção alguma, a não ser quando estava a dormir.
Do lado de fora, uma tempestade enorme caia e alagava as ruas de seu bairro. Tudo aquilo que acontecera não passava de um sonho. Ou seja: mais um não realizado.
E apesar de estar muito atrasado, recusou levantar-se da cama. Na verdade não conseguia.
- É que o peso da existência torna-se cada vez mais denso as 06 da manhã.
E vazio, cheio de nada, ele seguia.
