Fria
Noite
Nessa noite árdua e fria,
O que me resta é solidão
Solidão essa de amor e paixão
Será que a espero ou será que não?
Enquanto a espero lágrimas caiem ao chão e olhando para janela me pergunto: porque acabou?
Éramos um casal tão lindo...
Eu fui um tolo, esse é meu final escupido
Nas vezes que sinto a solidão fria,
E nas mentiras que, às vezes, construo,
No vazio sombrio, a alma flutua,
Olhando o íntimo, onde me diluo.
Me pego, às vezes, no amor não vivido,
Fugindo dele, na multidão dispersa,
No vão, entre sombras, onde estou perdido,
Minto para o coração que persiste.
Olhando bobo, nesse jogo incerto,
A alma dança, entre a verdade e engano,
No meio do vazio, um eco desperto,
Entre o sentir e mentir, me engano.
Assim, no soneto, meu ser vagueia,
Entre as vezes que sinto e mente teceia.
Mais uma fria noite chegando,
o sol se pondo no horizonte.
Meu coração aqui, quentinho,
o peito aberto a sua doce espera,
para que nele repouse em sonhos
de estrelas cadentes, desenhando
os nossos nomes na escuridão da noite.
Silêncio
Basta-me um breve olhar,
sutil como a brisa fria,
para que sintas em mim
o que minha alma diria…
– mas nunca direi.
Uma nota mal tocada,
ecoando na distância,
desfaz sombras e muros,
acende luz na lembrança…
– melodia que calarei.
Para que encontres meu ser,
entre as margens do vazio,
desfaço em névoa os meus passos,
me escondo em versos tardios,
– que em silêncio guardarei.
E enquanto não me percebes,
os dias seguem flutuando,
entre o ontem e o nunca,
onde o tempo vai passando…
– até que me apagarei.
Pesadelo:
Cai o crepúsculo anunciado no horizonte.
O avanço da noite envolve a floresta fria.
O vento serpenteia entre as montanhas.
No centro da vasta escuridão se revelam os segredos dos espíritos que habitam a mata...
Segue o ritmo de um tempo que não é mensurado...
No breu da noite a magia da luz reflete nos seres os tons de prata.
O murmúrio do silêncio evoca o rolar das águas sobre as pedras...
Tocas e cavernas serão abandonadas...
Todos saem sob o camuflado do verde musgo, e os que foram vistos serão devorados...
Corre tempo, corre vida, corre perigo.
Correm as águas, corre o vento, Corre ao abrigo...
Logo vem o clarão da aurora rompendo a escuridão...
Os mistérios se escondem sob as raízes da mata, E na imaginação dos homens que nela habitam...
As cores da montanha agora se avistam...
No coração da floresta, pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Pulsa a vida...
Mesmo que você esteja perdido em uma noite fria, sob um céu silenciosamente estrelado, não tema. Ele sempre te guiará com a luz das estrelas, conduzindo seus passos até o destino que o coração escolheu, mesmo quando a razão já tiver desistido.
Se um dia você encontrar um lobo solitário sob a luz fria de uma noite clara, saiba que estará diante da mais pura representação do Homem Solitário — forte, livre, mas eternamente só.
O Coração Silencioso de Virgem
Ela é de Virgem —
fria à primeira vista,
um pouco dura, um tanto crua,
mas guarda um fogo sutil
que poucos sabem decifrar.
Não teme dizer o que pensa,
sua verdade é linha reta,
analítica, sonhadora,
com os pés fincados na terra
e os olhos mirando estrelas.
Ela sabe o que quer
e move montanhas pra conquistar.
Não se entrega de bandeja,
é desconfiada —
e no fundo, quer confiar.
Tem ciúmes bobos,
um sorriso tímido,
e olhos que gritam histórias
que quase ninguém entende.
Suporta o mundo quando ama,
mas se você virar um “tanto faz”,
não espere segunda chance.
Ela sofre calada,
não implora, não volta.
Romântica?
Talvez. Em pequena dose.
Mas se você souber tocar sua alma,
ela será poesia viva,
cheia de encanto e entrega.
Atenção:
ela muda, desafia, testa,
cobra o que cobra de si mesma.
É tímida no amor,
vá devagar.
Mais que palavras,
ela entende gestos.
Se ela disser “eu te amo” —
acredite.
Ela está dizendo a verdade.
Não a sufoque de perguntas,
não tente decifrá-la com pressa.
Você pode ser o melhor do mundo,
mas se passar despercebido,
não há volta.
Ela não ama pela metade.
Ou sente tudo, ou nada.
Ame-a ou deixe-a.
Mas se escolher amá-la,
prepare-se:
conquistar essa mulher
é um desafio sagrado.
Na vastidão da noite, onde as sombras dançam, noite fria e chuvosa, sentei-me no banco da praça na esperança que ela chegasse e sentasse ao meu lado . As lágrimas caem, como pérolas noturnas, Iluminando o caminho da dor e da angústia. A alma se curva, sob o peso da ausência, e a solidão se torna a única companhia. Sinto-me perdido O tempo não cura, apenas anestesia a saudade. Queria poder voltar no tempo, refazer meus passos, e evitar os erros que me levaram a este impasse. Mas o tempo é implacável, e a vida segue seu curso, eu só posso me conformar em saber que você esta bem !! E tão distante. Mas nesse silencio profundo uma voz me sussurra baixinho . Que a solidão é apenas um capítulo e não o fim da historia. Que a luz da esperança ainda pode brilhar . E no tempo certo a solidão se dissipará como a névoa da manhã trazendo um novo amanhecer. Boa noite
REZA (soneto)
Eu vi a solidão... Escura e fria
Que no sentimento a sós ficara
E qual o motivo a sorte ignara
Não sei, sei que dói na poesia
Se mais sentia, mais dor escorria
Nos versos com desditosa cara
Cheio de sofrer, poetando para
Cada pesar, que a saudade trazia
O verso fluía e o choro chorava
Pudera neste folhetim literário
Ter prazer que a dita ignorava
Ah! como pudera! Sou sem sentido
Nem mesmo as súplicas no rosário
Me deu zelo pra que fosse querido.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 abril, 2025, 17’26” – Araguari, MG
*dia da morte do Papa Francisco
Hoje está sendo uma noite fria e sem estrelas,
amanhã será um dia frio e sem brilho.
O calor e a luz dos astros se foram com ela.
Você
Quando meu sonho ...nunca foi teu...
Quando sem amor foste tão fria...
Quando te mostrei..o meu eu...
Quando..olháste só faltava o meu...
Quando te descobri...nada me
pertencia..era tudo seu...
Quando você errou no que prometeu...
Quando a minha luta..se perdeu...
Quando..o tempo ficou calado...
Quando você não se devolveu...
Quando...fiquei só..sem ler o que era teu...
Quando nos perdemos..com sol e não breu
Ambos soubémos o que se perdeu...
Na pele da folha, em silêncio repousa,
uma lágrima pura, tão leve, tão fria,
nasceu da saudade que a noite entoa
e chora calada ao nascer do dia.
Não é dor que fere, nem pranto humano,
mas eco de estrelas que já se apagaram,
memórias do vento, de um sonho insano,
que os galhos guardaram, mas nunca contaram.
Lágrimas de orvalho não gritam, não caem,
apenas se entregam à luz que desponta.
E o sol, sem saber, quando as toca, trai —
desfaz em silêncio o que a alma conta.
Talvez seja assim também dentro da gente:
um brilho discreto no fio da manhã,
que esconde um universo em cada semente,
e morre sem dor... mas não sem razão.
Noite Turbulenta
Uma madrugada fria e escura mais nada comparado a escuridão que invadiu o coração, ruídos na rua são irrelevantes ao barulho das risadas que ecoam na memória, a lua deixou de brilhar aos meus olhos, ela se tornou irreconhecível e nada interessante, a menina deixou de querer ser astronauta porque agora seu interesse pelo espaço acabou de morrer, ela se viu em um caminho lindo cheio de flores só não imaginava que os espinhos que encontrasse fosse da mesma flor que ela colheu e cuidou , em meio ao sangue que corria em suas mãos, ela percebeu que a dor que ela sentia pelo espinho tinha machucado também o coração. Ela olhou pra lua sentindo conforto como ela fazia antes mais isso não durou muito tempo o que parecia um sonho aos poucos se tornou um pesadelo... Ela queria acorda mais não era um sonho o que ela tava vivendo era real e a dor era só mais um sentimento que ela desesperadamente fugia com pressa de um dia nunca passar, em meio a corrida ela implorou desesperadamente por um lugar acolhedor mais era impossível quando tudo que ela via era dor. Mais uma vez ela se sentiu sozinha e se trancou, quem sabe um dia ela encontre alguém acolhedor.
Noite fria de outono
Uma fria noite de outono
Onde passo em minha residência
Me cubro na cama para me aquecer
Fico olhando para teto
Pensando em o que pode acontecer
E em que já passou, momentos bons
Mas desejando dias melhores
Não estou indo bem nestes últimos tempos…
Penso em minha mãe em minha família
Momentos engraçados passageiros
Em que nunca pensei que estaria assim hoje
Tenho momentos que pareço ter ninguém
E me lembro de uma garota…
É nada esquece, digo para mim
Ah melhor ir dormir, aproveitar esse frio
Um diário em minhas mãos
Madrugada fria
A vida quase vazia.
Chove lá fora.
O quarto jaz numa penumbra que me arrepia.
Folheio lentamente um diário.
Nem sabia da existência dele...
O acaso colocou-o em minhas mãos.
Sinto-me como se estivesse
um altar profanando.
Dúvida cruel a me assaltar...
Ler ou não ler
aquelas linhas
... tão certinhas?
Olho-o... descuidadamente...
Como quem não quer olhar...
Como que por acaso...
Dou uma espiadinha.
Vejo o meu nome mais de uma vez escrito
naquelas folhas que vou folheando bem devagar.
De partes em partes há datas...
Uma lágrima rola.
Nossos instantes vividos estão todos aí
Meu eterno amor registrou tudo quando ainda estava aqui.
Madrugada fria,
olho aberto, sem sono
Preocupação me cerca,
tipo bicho no abandono
Mas Deus me sussurra:
"Filho, você não tá sozinho"
O pensamento direciona,
Ele é meu caminho
14/05/2025
A sombra que me veste, fria e constante,
Um eco surdo em cada instante.
O mundo lá fora, cores vibrantes, som,
Mas dentro, um cinza, um eterno "não".
A respiração presa, um nó na garganta,
Palavras não ditas, mágoa que planta
Raízes profundas, tecendo a aflição,
Um labirinto escuro no coração.
O pensamento voa, sem rumo ou direção,
Em círculos viciosos de apreensão.
O medo espreita, nas esquinas da alma,
Tirando a leveza, deixando a calma
Ser apenas lembrança, um tempo distante,
Enquanto a angústia segue, vigilante.
Quem dera romper este véu pesado,
Sentir a leveza de um céu estrelado.
Mas por ora, ela reside, tenaz e real,
Um peso invisível que me faz mortal.
