Frases de Escritores

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⁠A poesia é sempre um ato de paz.
O poeta nasce da paz como o pão nasce da farinha.

Pablo Neruda
Presente de um poeta. Cotia, São Paulo: Vergara e Riba Editoras, 2006.
Inserida por roseneide_costa

⁠"Você faz o que quiser, mas a consequência é obrigatória. Você é livre, mas não pode produzir a consequência diretamente dentro da sua liberdade."

Inserida por JaneSilvva

Porque se me virá todo o amor inesperadamente quando me sinto triste e te sinto longínqua.

Inserida por TatiBellaOliveira

Que outros se jactem das páginas que tem escrito; me orgulho as que tem lido.

Inserida por lucijordan

“...Sem leitura não se pode escrever.
Tampouco sem emoção, pois a literatura
não é, certamente,um jogo de palavras.
É muito mais. Eu diria que a literatura
existe através da linguagem, ou melhor,
apesar da linguagem...”

Inserida por profeborto

A dor da alma nada mais é do que seus limites se rasgando para caber mais mundo.

E só estou triste hoje porque estou cansada. No geral sou alegre.

Clarice Lispector

Nota: Dito durante entrevista concedida ao repórter Júlio Lerner, na TV Cultura, em 1977.

Saudade do que poderia ter sido e não foi.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Abro o jogo! Só não conto os fatos de minha vida: sou secreta por natureza.

Há verdades que nem a Deus eu contei. E nem a mim mesma. Sou um segredo fechado a sete chaves. Por favor me poupem.

Clarice Lispector

Nota: Os pensamentos costumam aparecer unidos na internet, mas pertencem a obras diferentes. O primeiro é de "Água Viva" (1998) e o segundo é um trecho do conto Brasília, e está presente no livro "Todos os Contos" (2016).

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É assim porque é assim. Existe no mundo outra resposta? Se alguém sabe de uma melhor, que se apresente e diga, estou há anos esperando.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Existia. Só isto. E eu? De mim só se sabe que respiro.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A realidade é delicada demais, só a realidade é delicada, minha irrealidade e minha imaginação são mais pesadas.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Quero antes afiançar que essa moça não se conhece senão através de ir vivendo à toa. Se tivesse a tolice de se perguntar “quem sou eu?” cairia estatelada e em cheio no chão. É que “quem sou eu?” provoca necessidade. E como satisfazer a necessidade? Quem se indaga é incompleto.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Goethe diz, com verdade, que o Deus de cada homem é como esse homem; não será então o Deus do maior homem o maior Deus?

Fernando Pessoa
Aforismos e afins. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
Inserida por AdagioseAforismos

Quem sabe nesse verão as coisas não dêem mais certo, você não me convide para aquela sorveteria que eu mais adoro, me leve para caminhar no parque ou até mesmo correr naquela areia quente da praia... Mas sem dormir junto, esse calor anda me matando.

Pode ser que no meio de tudo aquilo você ainda me dê seu casaco para que eu não passe frio, mas vai saber se eu vou aceitar aquela sua blusa que tem um cheiro desgraçado de você.

E de tão parecido que eles são, acabam sendo um casal monótono. Aliás, quem nunca ouviu que peças iguais não completam um quebra-cabeça?

Não é fácil

amar e não ser amado
sofrer e esta dor não passar
morrer, e talvez
ainda estar apaixonado

não é fácil ligar todas as noites
e ser ignorado
tentar ser forte
mas na verdade, ser um derrotado

por medo de amar
pelo simples medo de sofrer
amar é sofrer
sofrer é amar.

E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou.
Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste.
Não vejo, sem pensar.
Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter.

(Livro do Desassossego - Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa)

Névoa

A névoa envolve a montanha,
Húmido, um frio desceu.
O que é esta mágoa estranha
Que o coração me prendeu?

Parece ser a tristeza
De alguém de quem sou ator,
Com fantasiada viveza
Tornada já minha dor.

Mas, não sei porquê, me dói
Qual se fora eu a ilusão;
E ha névoa em tudo o que foi
E frio em meu coração.