Coleção pessoal de canismajor

1 - 20 do total de 24 pensamentos na coleção de canismajor

O homem que sofre antes de ser necessário, sofre mais que o necessário.

O que somos é consequência do que pensamos.

Quem saiu a viver por mim
quando eu dormia ou enfermava?

Por que não nos deram grandes
meses que durem um ano?

Lágrimas não derramadas
esperam em lagos pequenos?

Ou serão rios invisíveis
que correm para a tristeza?

Sou onívoro de sentimentos, de seres, de livros, de acontecimentos e lutas. Comeria toda a terra. Beberia todo o mar.

Se sou esquecido,
devo esquecer também.
Pois o amor é como um espelho:
tem que ter reflexo.

Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

Depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.

Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo.

E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo (...) que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era.

Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.

Só eu, só eu amei o amor de meus enganos.

Não fui o que os outros foram
Não vi o que os outros viram
Mas por isso, o que amei,
amei sozinho.

O que você quer? O que se passa no íntimo revela-se exteriormente? Fulano tem uma grande chama queimando em sua alma, e ninguém jamais vem nela se esquentar, e os transeuntes só percebem um pouquinho de fumaça no alto da chaminé e seguem então seu caminho. E agora, o que fazer? Sustentar esta chama interior, ter substância em si mesmo, esperar, dizia, a hora em que alguém desejará aproximar-se - e ficar? Que sei eu? Quem quer que acredite em Deus, que espere a hora que cedo ou tarde chegará...

No azul profundo as estrelas eram cintilantemente esverdeadas, amarelas, brancas, cor-de-rosa, de um brilhante mais vítreo do que em casa – mesmo em Paris: chame-se-lhes opalas, esmeraldas, lapis lazuli, rubis, safiras. Certas estrelas são amarelo-limão, outras têm um rubor rosa, ou um verde ou azul ou um brilho que não se esquece. E sem querer alargar-me neste assunto torna-se suficientemente claro que colocar pequenos pontos brancos numa superfície azul-preta não basta.

Não tenho certeza de nada, mas a visão das estrelas me faz sonhar.

Não basta escolher com o coração, tem que usar a razão.

Ninguém vive num jardim sem espinhos.

Esta consciência, que faz de todos nós covardes.