Fogueira
Sou pequenino grão de areia,
Sou uma cinza de fogueira
Transformada em verde ramo
Da Videira Verdadeira;
Sem Tua seiva não vivo,
Ó Videira Verdadeira.
Fogueira
Se pensar é meu pecado,
a caneta - qual cilício -
me flagela e vou, calado,
escrevendo meu suplício
pelo qual eu sou julgado,
torturado e condenado.
Eis aí meu Santo Ofício!
A multidão busca seu reflexo pardo na multidão. Fagulhas que juntas tentam produzir uma fogueira que aqueça de uma só vez inumeráveis corações. Não os culpo por tamanha falta de calor na alma, mas eles me culpam por não querer levar à sua fagulha minha fogueira.
Carvão para as brasas e lenha para a fogueira, assim é a pessoa briguenta para atiçar as contendas.
Saudade de São joão
Eita... Saudade do São João, São Pedro, Santo Antônio, da Fogueira queimando e eu gritando, viva meu povo, viva São João, Viva a alegria!! Vamos comer quentão.
Saudade da aglomeração, das danças , das quadrilhas, dos bumba meu boi em cada arriá desse sertão.
Saudade da Criançada vestidas em xadrez e florados, soltando bombinhas de murrão
Saudade da alegria , de gente gritando , sai do meio que a quadrilha está chegando, pula dentro e dança junto aquele forró de Gonzagão.
Saudade das cores brilhantes e bandeirolas saltitantes penduradas no barbante.
Saudade de comer canjica, pamonha, cuxá caldo quente, para esquentar o coração e voltar para o salão da palhoça do arraia da Maria Aragão .
Saudade de juntar os amigos, ficar em volta do arraiá gritando:” tira a cabeça meio cabeção que eu quero ver a companhia barrica cantando e dançando numa canção .
Eitaaaaa, Que essa época é boa!! Junto tudo de bom, forró, bumba boi , quadrilha e carimbó,
Faz uma misturada de ritmos que chegamos a dançar de um pé só .
Eu coloco minha tiara de flores e um vestido todo florado, para ver o Boi de matraca , zabumba , orquestra e todos o sotaques , que só aqui no maranhão é entoado .
Toca a tua moda seu moço ,” meu Maranhão meu tesouro meu torrão , fiz essa toada pra ti maranhão...
Uma paixão...
Meu São João!
De cantigas, do sertão
De fogueira, de balão
Ai meu coração!
Das memórias mais saudosas
Guardo as mais gostosas
Da pipoca, do milho, do aluá
Do cuscuz ao mungunzá
Anavantu, anarriê!
Merci beaucoup
Não há de quê...
Saudades de você
Um horizonte,
pinturas com cores alegres no sol se pondo,
uma fogueira acesa espantando o frio,
o teu sorriso se aproximando em meio as árvores e arbustos,
queria tanto que essa visão fosse infinita.
" O inverno pode reunir pessoas em volta de uma fogueira, mas só o amor verdeiro poderá aquecer um coração ferido "
Queima coração!
Uma fogueira implacável queima iluminando o cume de uma montanha gelada,
olhando firme e decisivo seguro os sentimentos na ponta do guindaste e vejo a neve cair,
com o olhar de uma águia observo o encontro do sol com a lua, a escuridão momentânea me trouxe paz de espírito pois deixou mais viva as chamas da minha fogueira,
como uma bússola uma voz interior me aponta a direção mostrando-me o melhor caminho para se voar sem medo.
Só sei ser fogueira...quando encontro pelo caminho uma boa faísca...aí meu bem.. a química pega fogo...
A paixão é uma fogueira
É fogo de incendiar
É a brasa incandescente
Labareda a chamuscar
Mas ela vai depender
De ter lenha pra viver
Para nunca se apagar
777
Cada vez que eu ascendo essa fogueira
Apago um fogo para outro poder brilhar
Não entendo como faço para me aquecer
Sinto tudo por um momento se apagar
A versos que me aqueceram ao escrever
De alguns eu tive que me gastar
Outros... Ainda irão nascer, espero não apagar
Com saudades acendi uma fogueira porém me queimei
Seu brilho e cor eram iguais, mas doía de mais
Apenas quente e doloroso, era simplesmente o fogo, nada mais que chamas ao vento
Diferente daquele rosto, quente e caloroso
O brilho da fogueira era apenas a mãe natureza
Já aqueles cabelos, brilhavam como o sol em uma galáxia inteira
A fogueira podia até queimar
Já ela podia me abraçar
Uma brasa que esquenta no inverno e não um amor de verão para me deixar
Você
Você é tudo pra mim,
Fogueira ardente,o meu sol poente,
És a linda flor do meu jardim.
Você é a explicação das minhas procuras,
Uma mulher que reluz e me seduz,
Meu único remédio que sempre me cura.
Você ,é como um dia eu sonhei,
Uma menina linda e sensual,
Que nas estradas da vida encontrei.
Você é o meu infinito,
O meu melhor grito,
E sem você, não resisto, simplesmente me agito.
Me agito de carência e por medo da solidão,
E sem você,
Sou um problema sem solução.
Você é algo sublime e inexplicável,
Uma mulher que escolhi simplesmente amar,
E dentro desse enigma indecifrável,
Está o fato de eu sempre conseguir lhe encontrar.
Numa linda noite de março,
Onde tudo simplesmente começou,
Entre doces beijos e abraços,
Algo forte me cativou.
Foi forte e com muita cor,
Leve como brumas ao vento,
Foi o início de um grande amor,
E com ele ,um grande sentimento.
Lourival Alves
"Bailei só, à beira mar.
Éramos apenas eu, as lembranças de nós e a fogueira fraca, à crepitar.
Bailei só, à beira mar.
Bailei, mas eu queria mesmo, era estar contigo, a amar.
Bailei só, à beira mar.
O tempo urgia, e a brisa leve, me trazia as lembranças de ti e minh'alma insistia, em me maltratar.
Bailei só, à beira mar.
Roguei perdão ao Deus, pelo bailar; em meu âmago, só ele sabia, que eu queria mesmo, era me afogar.
Nas ondas, me lançar.
Na vã esperança, de que as lembranças de nós, elas pudessem levar.
De súbito, senti em minha face, uma lágrima rolar.
Recordei que éramos um, éramos nós, um só sonhar.
Bailei só, à beira mar.
Não sei o porquê, mas a Lua parece assustada, pálida, parece-me chorar.
Lembrou-me, o da face daquela, o corar.
Talvez ela saiba que, vou-me agora, para nunca mais voltar.
Será que os anjos, hão de cantar?
Que as águas do céu e o céu das águas, possam testemunhar.
Que o fundo do oceano, seja meu novo lar.
E que em minha nova morada, eu nunca mais baile só, à beira mar..."
