Ficar Distante
*O guarda sordade*
Nesta terra tão distante
Tão longe do meu torrão
Encho os meus zóios de água
Ao lembrar do meu sertão
Sonhando com um futuro mió
Peguei minhas tralha e parti
Minha terra eu confesso:
- Não te traí...Me traí!
Ó terra minha eu te falo
Com toda a sinceridade
Só vivo pensando em ti
Que vontade de vortar...
Mas o tempo vai passando
As coisa vão se danando
E a gente vai ficando
Feito raiz no lugar
Já sei que num vorto mais...
A idade se achegou
Os braço já se cansou
As perna num anda mais
E na voz véia e cansada
Só ecoa uma toada:
- Sordade, do meu lugar!
- Mas, com um tiquim de sorte
Quem sabe na minha morte
inda vorte para lá...
☆Haredita Angel-01.06.22
" Mesmo que continue muito distante no tempo...
...eu volto pra você todas as noites em meus pensamentos! "
Um dia, lá no futuro distante, tendo como referência o presente vivido a cada instante, a gente descobre que, no transitar pelo tempo, fizemos além da conta, ou nada fizemos. Calamos em excesso e falamos menos do que deveríamos. Amamos mais do que o coração seria capaz de suportar diante do desprezo e/ou da conveniência dos amados, frente ao rompimento e, igualmente à acomodação natural, na relação, promovida pelo tempo. Doamos a nossa presença mais do que os outros seriam capazes de valorizar e nos esforçamos em demasia para fazer com que àqueles que amamos pudessem entender que os nossos sentimentos também são dotados de defeitos.
Sabotamos os nossos mais íntimos desejos em favor de terceiros, especialmente sanguíneos. Investimos nos sonhos de alguns que, no fundo, nem tinham a certeza que realizá-los seria, de fato, um prazer, uma felicidade sustentável enquanto muitos dos nossos sonhos foram engavetados.
Um dia, quando o futuro distante torna-se presente, perceberemos o quão poderíamos ter feito muita coisa diferente. Que poderíamos ter tido um olhar mais cuidadoso para dentro de nós e isto não se reverteria em danos que pudessem comprometer a construção dos nossos dependentes, das nossas bases, pois, naquele pregresso tempo, ainda nos restava tempo e saúde para mudar e nos preservarmos emocionalmente. Então, a gente se dá conta que, em grande parte do tempo, fomos mais dedicados aos acontecimentos do presente, estimulados por culpas, inseguranças, inexperiências, responsabilidades, bem como carências do passado, sem observarmos que os mais velhos, que agiraram da mesma forma, e que poderiam nos servir de exemplo, não tiveram o aval do futuro, tendo esta mesma atitude, quando chegaram a fase madura. O resultado, na grande maioria das vezes, não é compatível com a intensidade da entrega de nenhum de nós quando, no foco, não nos incluímos.
É quando a gente percebe que o Tempo passou. Que é hora de encontra tempo para refletir, mas não se culpar, muito menos de se acomodar. Afinal, ainda há tempo. É hora de tentar fazer com que o presente possa promover um futuro mais feliz e mais justo para o nosso interior.
Estando nós em paz com a qualidade do que doamos de nós, mesmo ainda tendo muitos compromissos materiais, é hora de deixarmos a vida acontecer dentro da gente, do nosso jeito, com mais leveza, menos preocupação com o pensamento dos outros, com o ambiente externo que vive nos assediando para nos tornarmos máquinas que possam atender as suas demandas pessoais e corporativas. Já não precisamos de muito. A qualidade do pouco é valiosa demais.
É hora de ouvir o tempo dizendo que a nossa vida, neste atual presente, tem menos tempo disponível para o futuro. E que o passado foi uma escola para o espírito que, no universo, é transeunte. Porém, ainda há tempo de fazer o corpo feliz. De dar paz para a mente. De sorrir, apesar das rugas - das marcas do Tempo.
De, enfim, reconhecer que fizemos o que podíamos, dentro da sabedoria acumulada naqueles momentos de decisões e ações que envolviam outros corações.
Agora é hora de descansar nossa estrutura humana, sem parar de se movimentar, mas dando uma conotação de repouso, porque este é o ciclo de todos nós. Em algum momento do Tempo, todos nós seremos convocados, pela consciência, a um novo tempo de ações. Até o apagar da íris, um segundo, uma hora, um mês, uma década ou um século todas essas partículas cronologicas do infinito possuem o mesmo tempo de valor, quando se busca mais felicidade para o nosso interior. E com a dispensa de plateia, registros ou companhia apenas felizes na paz pelo tudo que fomos sem maldade no peito.
A falta de comunhão e intimidade com Deus é um sinal de que o relacionamento se tornou distante e sem prazer. A devoção e o nosso tempo de orar deve ser uma resposta do que Deus significa para nós! A devoção e o nosso tempo de orar deve ser uma resposta do que Ele faz, do que Ele nos dá em termos espirituais, como por exemplo, o sentido da vida, a salvação em Cristo, a fé, a graça e a sua misericórdia. Percebam o texto de Hebreus 4.16: Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que alcancemos misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Não deixe de sonhar, as vezes tudo que precisamos é imaginar algo distante que nos trás alívio à alma.
Viva um dia de cada vez, sem pressa, seus passos irão lhe levar a grandes lugares, e seus sonhos também!
Horizonte Infinito
O horizonte infinito, tão longe e distante, parece um sonho bonito que nos faz viajar adiante.
Os raios de sol se estendem, colorindo o céu de tons, a natureza se defende, e nós somos apenas os donos.
Mas nessa imensidão, lutando nossa pequenez, um ponto sem muita razão, sem muita significância talvez.
Porém, mesmo tão pequenos, somos parte desse espetáculo, observando embevecidos, o horizonte tão majestoso.
E assim seguimos nosso caminho, navegando nesse mar de emoções, enfrentando cada desafio, e buscando nossos próprios alvos.
O horizonte infinito nos inspira, a seguir em frente sem medo, a enfrentar qualquer tirania, e encontrar o nosso próprio enredo.
Aquilo você deseja,está distante do que do que foi preparado para você. O que você sonha,se encontra num lugar onde ninguém quer..É lá que sua honra se esconde..o seu tesouro guardado e protegido para que ninguém ô possua,além de você. ( Wélida Vieira)
Escolho amar-te, mesmo distante. Essa decisão não foi por conveniência, mas por convicção. Amar à distância é cultivar um jardim no coração, onde a saudade rega cada flor e a esperança as faz florescer. A distância separa corpos, mas não apaga a chama do amor verdadeiro que escolhi nutrir por você.
Amor pelo jornalismo
Poderia dizer que essa profissão é distante da minha família, mas na verdade não é exatamente assim. Professores passam informações, então minha profissão não é totalmente distante da função que boa parte dos meus familiares exerce. No entanto, nenhum familiar me apresentou o jornalismo.
O amor começou descalço, no meio do asfalto, jogando bola com amigos de infância. Entre vitórias e derrotas, o futebol de rua é cercado de brincadeiras. As conversas, depois de muitas idas à casa dos vizinhos para pegar a bola — alguns bem nervosos, por sinal —, valem uma história à parte. Mas hoje não, não é sobre isso que vou falar. Arrebentar os tampões dos dedões... que época boa! Não lembro disso querendo voltar ao passado, mas sim grato por Deus ter me proporcionado uma infância mais na vida real do que nas telas de hoje em dia.
O futebol de rua foi uma das coisas que mais pratiquei quando moleque e foi justamente em um desses dias que descobri aquilo que passaria a buscar com um carinho diferente: o jornalismo.
Depois da pelada, um pouco de resenha, um zuando o outro e, de repente, vem a pergunta que engaja geral: “O que você quer ser quando crescer?”. Engenheiro, mecânico de avião, bombeiro, policial, astronauta — sim, teve um que encheu a boca pra falar astronauta. Eu não duvidei, mas é claro que a resenha já vem na ponta da língua pra dar uma gastada. Em meio às revelações, um dos mais velhos do grupo fala: “Quero ser jornalista esportivo, falar de esporte.”
Eu paro e pergunto: “O que é isso? Como faz?” Nunca havia ouvido aquele nome antes: Jornalista Esportivo. Tinha uns 13 anos, mas sim, mesmo já acompanhando um pouco de futebol na televisão, a palavra era nova para mim. Jornalista Esportivo.
“O que se faz nisso? Como que é?”, pergunto.
“Fala de esporte, pô. Igual esses jornais na TV, sabe? Só que fala dos esportes apenas.”
Fã do jovem em ascensão à época, El Shaarawy, esse amigo, que por dúvida, preservo o nome, despertava em mim um interesse de buscar mais sobre a profissão. Acabada a resenha pós-futebol, volto para casa e a primeira coisa que faço é buscar sobre essa profissão no pai dos burros: o Google.
Veículos de comunicação, cursos, faculdade, o que fazer, como fazer, onde fazer... perguntas atrás de perguntas. Vídeos, relatos sobre experiências e então começo a conhecer as referências da área. Pegar um pouquinho de cada um, entender os blocos do jogo.
Craques e mais craques. Eu? Apenas um gandula perto deles. Como fazer isso dar certo? “Deus, não sei como, mas vou dar meu melhor, seja feita a Tua vontade”, dizia com fé em algum milagre. “Deus ajuda quem trabalha”, “Quem procura acha”, “Quem quer dá um jeito”; palavras assim foram sustento em meio às aflições de um cidadão comum que começava a enfrentar desafios na passagem da adolescência para a vida adulta. A necessidade de trabalhar, mesmo que fora da área, não foi suficiente para me afastar do jogo, do campo, das quadras poliesportivas.
Trabalho, fé, foco, renúncias e muita mão de Deus. Não ouso tirá-Lo dessa receita! Provocações e deboches, isso não é exclusivo de um grupo. Também passei por algumas.
Mas estar em uma redação física pela primeira vez, participar de um programa de rádio, conhecer os primeiros grandes nomes do esporte como Bernardinho, Bruninho, Fernando Meligeni, pessoas que só via pela televisão... tudo isso foi convertido em combustível. Um prêmio, de fato, um privilégio. O som do teclado ao digitar uma nota, artigo, que seja... o cheiro de tinta da caneta que mais tarde estourará ou a aflição de escrever tudo antes da caneta morrer. Até ficar na externa correndo risco de participar de uma "queimada", mesmo que o esporte seja futebol, vôlei ou basquete.
O dinamismo, a pressão por mais engajamentos, ficar de olho nas tendências, os números dos outros veículos, pensar fora da caixa e as histórias que inspiram, acesso aos bastidores de vidas dignas de filmes... os ônus e bônus.
É um privilégio poder aprender e conversar com algumas referências. Existe uma grande responsabilidade nessa profissão. Como cristão que sou, logo lembro dos versículos de Tiago 2:20-22: “Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.”
Com isso, lembro da frase: “É justo que muito custe o que muito vale”, frequentemente ligada a Teresa D'Ávila.
Não sei exatamente em que posso contribuir nesse jogo, e se posso, muito menos o que acontecerá amanhã. O que sei é que essa coceira por olhar o que poucos viram, mastigar a informação de uma maneira que mais pessoas possam entender, trazer assuntos pertinentes e principalmente cuidar para não passar nada além da verdade, além de aprender com todos, são tópicos que me prendem ao jornalismo.
Lembrando dos ônus e bônus, é quase uma antítese, logo lembro da primeira estrofe do soneto de Luís Vaz de Camões:
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.”
No fim, não é exclusivo do jornalismo. Toda profissão tem seus desafios, mas, mesmo que às vezes possa ser uma dor que desatina sem doer, é justo que muito custe o que muito vale.
Quando estavam um distante do outro, ele a seduzia com palavras, a tocava de uma forma viril e ao mesmo tempo delicada. Ele sabia usar as palavras como se tivesse usando as mãos, e deixava que delas exalasse toda a sua sensibilidade, sensualidade e lirismo. De uma forma totalmente surreal, ela sentia-se possuída por ele, alcançando um prazer que somente os amantes mais apaixonados puderam lhe dar
Era uma vez.
Em um tempo não muito distante daqui as pessoas se davam as mãos ao brincar, ao passear, ao namorar,etc.....
Já nos dias ditos modernos,
as mãos estão apenas nos celulares,assim como a atenção as coisas..
Nossa, que intrigante contemplar a terra de um outro planeta distante!
ela brilha como uma estrela solitária, em meio a um vasto tecido de escuridão,
repleta de criaturas, flora, oceanos
e um monte de idiotas.
Estrela Distante – Vinicius M.Tito
Caio em meio ao meu caos,
Transbordando-me em tristeza
Me vejo distante
Com uma estrela tão longe
Que por mais que brilhe
Seu brilho já acabou há tempos
E tudo o que você vê é uma lenta morte.
Ouvi uma música que me levou a um tempo muito distante, época em que, na minha infinita ingenuidade, acreditava não haver maldade no coração das mulheres.
Como é bom acordar de manhã, saber e, principalmente, sentir, que tem alguém, mesmo muito distante, que gosta e nos quer bem.
Quanto mais autêntico, mais distante das massas serás. não supostarás andar sobre ela sem sentir descontentamento.
Em um reino distante, em tempo também distante, entenderam a realeza que continuar como eram não seria bom, devido também as mudanças nos sistemas de poderes fora dali. Assim, decidiram implantar um sistema de governo que pudesse ser agradável a todos, onde todos seriam donos daquele reino, mas no fundo não queriam perder o poder que tinham e apesar que tenham dado à todos o poder da escolha, dividiram essa escolha em duas partes, garantido desta forma a permanência no poder apenas daqueles que sempre os possuíram. Porém, passado um bom tempo, o povo, de esquerda do poder, parecia saber como jogar o jogo do sistema, mesmo sendo sempre quem está abaixo do poder lutando para tê-lo. Ainda que quem assume o poder sempre, sempre se confunde com algumas das essências de quem o possuía, pelas beiradas ou imperceptível, passa à direita. Talvez este seja sim um problema do poder, mas o capitalismo é sem dúvidas uma incrível saída política, pois, ainda que da riqueza à pobreza ou da pobreza à riqueza em um piscar de olhos, a crença de que a culpa de tudo é tida por diligência ou desleixos individuais, faz com que este sistema jamais seja questionado, e assim, seus ideais cúpidos passam despercebidos da maioria, e talvez este seja mesmo um problema do sistema...
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