Fernando Pessoa Ausencia
"Ontem, foi quando a sua ausência mais doeu.
Certeza, que foi por conta daquela chuva, que levou tudo, mas não levou você d'eu.
Ver você passando ao longe, fingindo que não me conheceu.
Como posso ignorar um corpo, que conheço até mais que o meu?
O coração acelerou, queria ter arrancado-o do meu peito, estrangular meu próprio eu.
No momento em que olhei pela janela daquele ônibus e vi as lágrimas do céu, minha chuva escorreu.
A tarde que estava clara, as nuvens carregadas, me lembraram a sua ausência, quando tudo escureceu.
Vislumbrei por milésimos, meu próprio reflexo, e vi um homem moribundo, com a vida estraçalhada, mas que ainda é seu.
Amanhã, o hoje será igual ontem, eu já pedi perdão a Deus.
Roguei a Cristo, para que na próxima chuva, leve tudo, leve minh'alma, e principalmente, leve você d'eu.
Parece-me, que agora todo dia é como o ontem, quando sua ausência, mais doeu..." - EDSON, Wikney
Ele oferecia-me doses tão altas e constantes de desprezo e ausência, que rapidamente viciei-me nelas, ao ponto da sua presença tornar-se desnecessária e absolutamente dispensável.
"Segurança não é a ausência de perigo, mas a presença de preparo. Fortaleça sua mente, corpo e espírito, e esteja sempre preparado para vencer qualquer desafio."
Numa profunda angústia
perco-me na imensidão
a tinta flui a minha ausência
e o sono a minha própria negação
mas nesse mundo sem sentido
quanto tempo levara para a celebração
Caminho profundo no abismo
As quatro cadeiras da sala estão prontas para oração
desbotadas as suas fissuras irão ecoar os números
sobre o seu proprietário de coração
numa dança eterna, onde me consolo com a solidão.
Uma luz então surge
e ingenuidade que fica
e o que se reflete no espelho?
Lembrança me traz
cores púrpuras e lilás amarelado brilham em tom fantasiado
parece conseguir cortar o crepúsculo
ressoa então a sentimentalidade
aguardando a verdade que no fundo você sabe.
Saudade: Presença na Ausência
A saudade é uma presença discreta, mas constante. Ela não exige ser vista, mas se faz sentir, ocupando um espaço no peito que, de outra forma, estaria vazio. É a ausência de algo ou alguém que, paradoxalmente, nunca deixa de estar presente. Ela preenche o que falta, trazendo de volta o que o tempo e a distância tentam apagar.
A saudade é um lembrete de que, mesmo quando algo se vai, a marca que deixou permanece viva dentro de nós. Não é uma falta qualquer, mas uma falta que tem significado, que carrega consigo a essência do que foi vivido, do que foi amado. E, por mais que a ausência nos faça sentir o peso do que não está, a saudade nos ensina que aquilo que amamos não desaparece.
Cada lembrança traz consigo uma sensação de proximidade, como se, de alguma forma, aquele momento ainda estivesse ali, ao alcance da alma. A saudade é o reflexo de que o que foi importante nunca se perde completamente. Mesmo na ausência, aquilo que tocou nosso coração continua a fazer parte de quem somos.
Saudade é, então, a presença na ausência. Ela é o eco de algo que se foi, mas que permanece vivo em nossa memória, em nossos sentimentos, em cada pedaço de nós que ainda guarda o que foi significativo. É a prova de que, enquanto houver lembranças, nunca estaremos realmente sozinhos.
Algumas perguntas não precisam ser respondidas. A beleza dos mistérios está na ausência de uma resposta.
Liberdade não é sair dizendo tudo o que pensamos. O nome disso é ausência de bom senso. A Liberdade pode até dizer o que eu posso, mas é o bom senso que diz se eu devo dizer. E é esse equilíbrio entre o que eu posso dizer e o que eu devo que sustenta as relações humanas.
"Ausência do Bem"
Talvez seja simples enxergar o mal,
Na dor, na perda, no final fatal.
No amor quebrado, casamento arruinado,
Na sombra escura de um mundo desolado.
O que é o mal? Me pergunto em silêncio,
É mais que dor, é ausência de um alento.
Não é matéria, não tem forma ou cor,
É o eco vazio, o oposto do amor.
O mal é a ausência do bem,
Um vazio que nos prende também.
Escolhas livres, um risco que Deus deu,
A liberdade que o homem escolheu.
Agostinho sabia, Aquino também,
O mal é o caos quando falta o bem.
Não tem rosto, não tem mãos, nem chão,
É o fruto amargo da nossa decisão.
Deus sabia, mas nos deu a licença,
De errar, de cair, sem resistência.
Na liberdade, o bem se expõe,
Mas o mal também surge onde o amor não compõe.
O mal é a ausência do bem,
Um vazio que nos prende também.
Escolhas livres, um risco que Deus deu,
A liberdade que o homem escolheu.
É o desequilíbrio, a falta de luz,
A sombra que cresce quando o amor se reduz.
É a desordem, o afastar do Criador,
A porta aberta pra tudo que é dor.
O mal é a ausência do bem,
Um vazio que nos prende também.
Mas no amor há um caminho, uma razão,
Pra voltar ao que é santo, à nossa missão.
Escolhas livres, mas há redenção,
Na luz do Criador, a nova direção.
O mal não tem força onde o bem é total,
Voltemos à origem, ao amor essencial.
JMJ
O sofrimento egoísta pela perda de um ente querido surge quando nos concentramos mais na ausência que sentimos do que na libertação e continuidade do caminho daquele que partiu. É natural sentir dor, mas o apego exagerado demonstra uma visão limitada da vida como um todo. O verdadeiro amor deseja o bem ao outro, mesmo além da matéria, compreendendo que a morte é apenas uma passagem e que o espírito segue vivo, amparado e em evolução. Transformar a dor em resignação e prece é a forma mais elevada de honrar quem amamos e de contribuir para sua paz e progresso espiritual.
"Minha busca é pela riqueza financeira e intelectual, a ausência de uma não será obstáculo para o avanço da outra."
"Mesmo na ausência, o amor de uma mãe continua a brilhar, iluminando nosso caminho com memórias e afeto eterno."
Roberto Ikeda
**Convite à Saudade**
Se a saudade vier te envolver,
ou a ausência do café te fizer tremer,
não te prives da coragem de bater
à porta da casa que sempre te quer.
Aqui, entre xícaras e silêncios,
resolveremos o que o peito exige:
o calor de um abraço,
ou o fervor que a cafeína dirige.
Talvez, no amargo, encontre o doce,
e na pausa, o tempo que não cessa.
Talvez sejamos o instante que tece
o fim da ausência que o peito confessa.
Então venha, mesmo sem aviso,
que entre o café e a palavra dita,
cura-se o vício, acalma-se a alma,
e a saudade vira poesia infinita.
Se a ausência de felicidade pode estar associada a insaciável fonte de desejos que nos caracteriza, quanto ser humano, então, o louco é o único ser que pode ter uma vida feliz, porque seus desejos não ultrapassam ao realizável, pois tudo que deseja é o que está ao alcance do seu olhar.
ausência do querer
não quero ficar sozinho
mas também não quero estar com ninguém
não quero fazer as coisas que gostava de fazer
mas também não quero fazer coisas novas
não quero ser quem já fui
mas também não quero ser diferente
um sentimento cinza que me corrói
me faz não querer nada.
pois o sentimento que tenho são sempre a
Ansiedade do futuro
Angustia no presente
Tristeza do passado
Perdeu a mim
Perdeu-se a mim um grande homem.
Com coração nobre e mão firme.
Sua ausência fortaleceu meu nome.
Aplausos da plateia, a quem confirme.
Seu sarcasmo ecoa na memória.
Seus olhos me apavoraram, e.
O tempo não apaga a dor,
Da sua partida, meu coração sangra.
O que resta não é a saudade, apenas sombra.
E a certeza de que fui de verdade.
Um desamor, uma luz que nunca brilhou.
Na realidade.
