Faxina na Alma Carlos Drumond de Andrade

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...Minha alma me parecia tão vasta e pura quanto a cúpula do céu que me envolvia.

Preciso de um momento só, longe de todas essas coisas. Preciso de uma purificação na alma.

O que deve fazer alguém que não sabe o que fazer de si? Utilizar-se como corpo e alma em proveito do corpo e da alma? Ou transformar sua força em força alheia? Ou esperar que de si mesma nasça, como uma consequência, a solução? Nada posso dizer ainda dentro da forma. Tudo o que possuo está muito fundo dentro de mim.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

E ao se voltarem contra você, calar-se-ão diante de sua grandeza de alma.

VIAJAR! PERDER PAÍSES!

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!

Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim,
E a ânsia de o conseguir!

Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.

O essencial é saber ver, mas isso, triste de nós que trazemos a alma vestida,
isso exige um estudo profundo, aprendizagem de desaprender.
Eu prefiro despir-me do que aprendi,
eu procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram
e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
desembrulhar-me e ser eu.

Não há machado que corte a raiz ao pensamento.

Carlos de Oliveira

Nota: Trecho do poema "Livre".

Porque (Carlos Drummond de Andrade)

Amor meu, minhas penas, meu delírio,
Aonde quer que vás, irá contigo
Meu corpo, mais que um corpo, irá um'alma,
Sabendo embora ser perdido intento
O de cingir-te forte de tal modo
Que, desde então se misturando as partes,
Resultaria o mais perfeito andrógino
Nunca citado em lendas e cimélios
Amor meu, punhal meu, fera miragem
Consubstanciada em vulto feminino,
Por que não me libertas do teu jugo,
Por que não me convertes em rochedo,
Por que não me eliminas do sistema
Dos humanos prostrados, miseráveis,
Por que preferes doer-me como chaga
E fazer dessa chaga meu prazer

Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora. (Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade). A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções.

Hoje é dia de faxina
Pegue todos os seus medos , problemas, ansiedade, sofrimentos, tudo aquilo que te impedi de ser feliz e jogue na lata de lixo.
Faça uma faxina na sua vida, limpe tudo sem medo de ser arrepender, deixei tudo preparado para um novo dia, um novo amor, um novo amanhecer,uma nova vida.
Comece agora mesmo a se desfazer de tudo, não perca tempo, cada segundo é valioso demais.
Não se esqueça de nada que possa atrapalhar sua nova vida.
È preciso ter coragem para se livrar de tudo aquilo que durante muito tempo construímos, é preciso ter coragem para recomeçar, para dar um chance a si mesmo, é preciso ter coragem para seguir em frente sem medos, sem se importa com os outros, é preciso ter coragem para se livrar dos problemas, é preciso ter coragem para não fraquejar no primeiro obstáculo.
Olhe para você , lute por você, não desista de você, lute para que sua vida não se torne pesada, escura, sem vida, sem riscos.
Se olhe no espelho todos os dias e diga a si mesmo. Eu posso, Eu sou, Eu vou conseguir.
Corra o risco de tentar não levar mais a sua vidinha mais ou menos, e comece agora mesmo a construir uma nova vida cheia de coragem.Se livre de tudo que impeça você de tentar começar a uma nova vida, se livre de tudo que impeça você de ser feliz.
Vá hoje é o dia da faxina, limpe tudo e seja feliz.

"Só vou me sentir em paz quando terminar a faxina! Aí sim!" Isso é Felicidade Mundana. Eu me lembro da Monja Coen contando de uma vez que ela recebeu uma nova monja no mosteiro, e ela perguntou a nova colega: "O que a fez se tornar monja?" e ela respondeu "Vê-la limpando o chão. Nunca vi alguém tão feliz por estar limpando o chão.". Nós estabelecemos que só nos sentiremos felizes quando terminarmos a faxina, mas você é capaz de estar feliz enquanto faz a faxina?

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões
CAMÕES, L. Rimas. Coimbra: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, 1953.

Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com religião e amor com casamento.

Machado de Assis

Nota: Autoria não confirmada.

O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.

Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe

Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

Machado de Assis
Ressurreição (1872).

Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito.

Machado de Assis
Assis, M. Obra Completa de Machado de Assis. vol. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994.

Nota: Conto "Verba Testamentária" da obra "Papéis Avulsos" de Machado de Assis.

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Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.

Vinicius de Moraes
Seção de prosa do site oficial de Vinicius de Moraes.

Nota: Por vezes a frase é atribuída, de forma errônea, a Tom Jobim.

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Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção.

Antoine de Saint-Exupéry
Terra dos Homens. Editora Nova Fronteira. 2006

Nota: Tradução livre do original "Terre des Hommes".

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Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.

Antoine de Saint-Exupéry
O pequeno príncipe.

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes
Antologia Poética. Rio de Janeiro.1960

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